O Dia da Consciência Negra é celebrado no Brasil amanhã, 20 de Novembro, e é dedicado à reflexão sobre a inserção do negro na sociedade brasileira.
Ótimo, mas precisa ser feriado?
Será que o Município precisa de mais um dia sem trabalho? Será que o Brasil está tão bem assim? Na minha opinião, longe disso.
Combinei coisas de trabalho para amanhã sem me dar conta de que é feriado, eu não preciso de mais um feriado, ainda mais totalmente sem sentido. É um excesso de feriados municipais, estaduais, federais, pontos facultativos, etc… etcc…
Senão vejamos, apenas para argumentar:
Por que não instituir o Dia da Consciência? Coisa que parece faltar muito a todos nós hoje em dia.
Por que não fazer o Dia da Raça, onde cada um pensa, reverencia, reflete, promove e faz o que bem entender da sua raça, seja ela negra, amarela, parda, branca, cor-de-rosa, ariana, judia, árabe, esquimó?
A data foi escolhida por coincidir com o dia da morte de Zumbi dos Palmares, em 1695.
Não tenho nada contra o Sr. Zumbi, mas também não tenho nada a favor, se a toada prosseguir assim, faltará dia no ano para tanta gente que precisará ser homenageada.
No excelente artigo “Um dia para não comemorar” a jornalista Mary Zaidan inicia assim seu pensamento:
Toda discriminação é odiosa. Seja motivada pela cor da pele, pela origem dos povos, pelo credo, opção sexual, condição social ou matiz política.
Mas a luta segmentada, sectarizada contra a discriminação privilegia apenas um determinado grupo e, portanto, acaba por perpetuá-la.
É isso que ocorre nos dias dedicados à consciência negra, ao índio ou ao orgulho gay.
Beira a chacota achar que um feriado a mais jogará luzes sobre a discriminação ou ajudará na luta contra ela.