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obras destruídas

O doloroso capítulo dos trabalhos descartados, destruídos.
Ideias boas que ficaram pelo caminho, circunstancias de espaço, armazenamento, caos organizacional, falta de condições de exposição, falta de clareza mental, tudo isso contribui para a destruição de obras.
Por sorte fotografei vários destes trabalhos destruídos, assim agora, muitos anos depois, podemos falar deles…


Visitei a retrospectiva de Joseph Beuys no Centre Pompidou em Paris em 1994 e fiquei louco. Fui duas vezes ao museu, absorvi, respirei o cheiro do feltro e do óleo de oliva, mergulhei nas vitrines, fiquei louco, passei horas fascinado lá dentro, o impacto foi muito grande.


De volta ao meu estúdio entendi que um monte de objetos que eu colecionava estavam ali esperando para serem utilizados em uma nova série de trabalhos.
Encomendei uma dúzia de caixas de folha de flandres, receptáculo destes objetos. Por alguma razão o projeto não avançou, sobrou o registro fotográfico. Tudo foi para o lixo.


Sempre gostei muito de colagens no papel, bidimensionais, depois comecei a pesquisar colagens espaciais, juntando objetos diversos. Uma das caixas de flandres ficou vazia na parede, adicionei um espelho guarnecido de suspensórios e um fragmento de tela. A trapizonga ficou ali por um tempo mas não se consolidou como um trabalho terminado, foi tudo para o lixo.


Tentei juntar vários fragmentos de tela com pirâmides pintadas, também sem sucesso, foi tudo para o lixo.


O trabalho “Sim querida, queimei tudo” foi mais elaborado, pelo tamanho, diversidade e quantidade de objetos coletados, rádios, caixas de charuto, calculadora, vários litros de vinagre feito por mim mesmo, um relógio, liquidificador, ventilador, etc… tudo devidamente acomodado em estantes de aço. O elemento aglutinador era uma tela vermelha com o título do trabalho pintado em branco. Gostava muito desta “assemblage”. Não sobreviveu, foi tudo para o lixo.


O caso desta pintura de grandes dimensões foi diferente, pois o trabalho foi concluido e exposto na exposição que fiz na Espaço Virgilio em 2001, como não foi vendido retornou ao estúdio, ocupando espaço imenso. Tanto atravancou que foi para o lixo.


Esta pintura acrílica sobre madeira de 2m. também foi finalizada e participou da exposição no Espaço Virgílio em 2001. Após a exposição voltou para o meu estúdio, eu não estava satisfeito com ela, seu conceito me parecia confuso não era um trabalho pacífico, tranquilo. Me incomodava, foi para o lixo.

é isso, por fernando stickel [ 6:59 ]

arte em pinheiros

No início dos anos 1980 recém separado da Iris, fui morar no Ed. Ipauçu, na R. Pinheiros 1076, ao lado do posto de gasolina da Av. Pedroso de Morais.

O apartamento no terceiro andar, de cerca 120 m2, tinha dois quartos com terraço e uma boa sala também com terraço. O prédio era antigo, dos anos 50, amplo e muito gostoso, um quarto para mim e outro para os meus filhos Fernanda, na época com 5 anos e o Antonio com 3. Uma vaga de garagem para o meu VW Passat branco. No prédio não havia porteiro eletrônico, então quando chegava alguém eu jogava lá de cima a chave embrulhada em uma esponja. Morei neste apartamento até o final de 1983.


Eu e meus filhos Fernanda e Antonio no terraço dos quartos.

Adaptei a sala para ser um amplo estúdio, e lá preparei minha primeira exposição individual de desenhos, na extinta Paulo Figueiredo Galeria de Arte, na Rua Dr. Mello Alves 717 casa 1.
Com os trabalhos da exposição quase prontos, e ainda sem moldura, pedi ao meu amigo fotógrafo Arnaldo Pappalardo para fotografá-los.


No dia das fotos, meu amigo Cassio Michalany (1949-2024) veio participar da sessão.

O convite da exposição “Fernando Stickel Desenhos”. A vernissage foi no dia 5 abril 1983 às 21:00h. O trabalho reproduzido no convite Título: Audit; Técnica mista; Dimensões 26 x 182cm.

ARTE
Só para os “happy few”
Dois estilos eficazes, pessoais, exclusivos
MANFREDO DE SOUZA NETO E FERNANDO STICKEL • Galeria Paulo Figueiredo, São Paulo

Dentre todas as áreas, a de artes plásticas é seguramente a que tem um público mais especializado – e essa tese pode ser provada pela presente exposição. Sem dúvida, a crítica, os colecionadores e os habitués do circuito terão grandes prazeres, e muito o que falar, diante dos trabalhos destes dois jovens artistas. Mas é muito difícil explicá-los para o leigo. Que diabos, afinal, querem dizer os compridos desenhos de Fernando Stickel, quase uma tira de papel com formas geométricas simples, aparentemente sem grandes emoções e nenhum virtuosismo? E qual a “mensagem” das pinturas de Manfredo de Souzaneto, que são na verdade montagens de telas de formatos distintos, cada uma recoberta uniformemente com uma cor, e muitas vezes com a moldura e o próprio chassi tornando-se parte do quadro?
Decididamente este texto não terá a pretensão de responder com clareza a tais perguntas. Mesmo porque a noção de “mensagem”, na obra de arte contemporânea, é bem mais complexa do que a de transmissão de um recado que está “fora” da obra. Isto é: a mensagem de um quadro é o próprio quadro – e acabou-se. Não interessa tanto se ele mostra um determinado assunto (no caso da arte figurativa) ou se ele extravasa determinadas emoções (como em certo tipo de abstração). O que de fato conta é a forma por cujo intermédio esse conteúdo está expresso. Em estética moderna, aliás, pode-se até afirmar que a distinção entre forma e conteúdo é uma falácia. Na verdadeira obra de arte, um é o outro, interagindo. Esse tipo de elucubração teórica é inevitável, para legitimar e qualificar o trabalho de Fernando e de Manfredo. Da mesma geração (34/35 anos), ambos com formação de arquiteto, e evidentemente atualizados em matéria de contemporaneidade, fazem uma arte consciente de sua função no universo. Tanto Manfredo quanto Fernando começam por questionar certos limites até a nível técnico. O primeiro é apresentado aqui como pintor e o segundo como desenhista. Mas na verdade Manfredo faz objetos que invadem ambiciosamente o espaço, exploram o lado reverso da pintura (através dos chassis aparentes), não usam a cor como seu maior recurso expressivo e não chegam a ser escultóricos. E os desenhos de Fernando só são desenhos porque utilizam o lápis – entre outras técnicas. Em apenas um ou outro caso, o elemento especificamente gráfico impera.
É claro que o objetivo dos dois artistas não é apenas essa discussão formal. No caso de Manfredo – que tem maior currículo e está visivelmente mais maduro -, sua atual fase é o legítimo ponto de chegada para outras etapas onde o elemento “extrapictórico” era maior. Mineiro, ele chegou a
desenhar, numa linguagem semi-abstrata, as montanhas de Minas. Viveu depois na França uma fase quase experimentalista e retorna agora a um suporte clássico – a tela -, mantendo-se ainda fiel às origens (suas tintas são todas feitas com terras, por ele mesmo preparadas). Fernando faz aqui sua primeira individual, com honestidade e garra. O que mais impressiona, em ambos, é a sensação imediata de acerto, Isto é: deram um tiro com boa pontaria.
Construíram uma linguagem bem articulada e eficaz.
Cabe a pergunta se vale a pena criar essa linguagem, que seguramente se destina a minorias. Com rara coragem, Manfredo argumenta: “Não creio que a arte possa mudar o mundo. Ela pode, quando muito, colaborar para mudar a cabeça de indivíduos”. Dependendo do ponto de vista, esta posição será tachada de alienada ou realista. Mas mesmo tal distinção é menos importante do que o fato de que a opção de Manfredo e Fernando não exclui (pelo contrário: incorpora) a beleza. Por isso, até quando não “entendida”, sua obra prova-se capaz de despertar sempre a mesma exclamação. “Que bonito!” E este é, seguramente, um critério decisivo de valor. Em vez de discursos, temos a instauração de objetos que enriquecem a sensibilidade do indivíduo. Não será também isso um ato social?
Olivio Tavares de Araújo
ISTOÉ 13/4/1983

é isso, por fernando stickel [ 18:24 ]

colagem sem cola…

colagem
Colagem sem cola… último trabalho feito no meu estúdio…artes plásticas + fotografia.


Com algum Photoshop depois… e impresso!

é isso, por fernando stickel [ 23:34 ]

oficina de design de automóvel

Em julho 1988 Anisio Campos e eu promovemos no meu estúdio na R. Ribeirão Claro, Vila Olímpia, a
1ª Oficina de Design de Automóvel.

Vivíamos um Brasil fechado às importações, os carros importados eram raridade e os projetos de transformação e adaptação em carros nacionais um mercado em expansão. A ideia era proporcionar um curso profissionalizante de design de automóvel, capitalizando neste cenário.

A preparação do curso foi minuciosa, durante um ano Anisio e eu nos reunimos periodicamente, estruturando o curso e batalhando patrocínios, finalmente selecionamos 14 rapazes, que aprenderam em seis semanas, desde a história do design automobilístico até fazer a maquete (mock-up) dos projetos de final de curso.

Passamos pelas técnicas construtivas, dimensionamento, ergonomia, motores, aerodinâmica, desenho de observação, arte, etc… Obtivemos apoio da Pirelli e FIESP. O resultado foi excelente, refizemos o curso em Brasília DF em 1990 e em Fortaleza CE em 1992.


Anisio, eu e o Dacon 828 no meu estúdio


As maquetes finalizadas


Alguns detalhes das maquetes


Da esq. para a direita, Anisio, eu e Tito Nakao, agachado, André Cintra


Anisio Campos e eu entregando o diploma do curso para Tito Nakao


A festa de encerramento do curso

Os alunos:
Adhemar Ghiraldeli Junior
André Cintra
Claudio Borges
Eduardo Rosa
Eliéser Cunha
Ernesto Paulo Harsi
Glaudium Bicheski
José Anibal Franchi
José Luiz Gabriele Bernardes
Kenzi Tozaki
Paulo Ganns Chaves
Ricardo Moretti Gerbasi
Rubens Corrêa Junior
Tito Nakao Junior


Foto Sebastião Alves
Anisio, eu, e os estudantes da “3ª Oficina de Design de Automóvel” promovida pelo Instituto Euvaldo Lodi, Universidade Federal do Ceará e Federação das Indústrias don Estado do Ceará em Fortaleza, 18 novembro 1992.

é isso, por fernando stickel [ 12:23 ]

limpar o desastre

O acidente ocorreu exatamente 18 anos atrás, em Agosto de 2003!


Shit happens!


Agora tenho que limpar o desastre, recolher vidros quebrados, contar mortos e feridos, reutilizar o que sobrou inteiro, reinventar o trabalho, etc…etc…

é isso, por fernando stickel [ 8:59 ]

enchente na vila olímpia


Enchente na Vila Olímpia em 1986. Estou dentro da minha casa no Nº 37 da Rua Ribeirão Claro, olhando para o rio em que se transformou a rua.
A água chegava a subir um metro! As casas tinham proteções diversas, murinhos, portões comportas, etc…

De dentro da minha casa, equipada com comportas e proteções eu ficava monitorando e controlando os estragos. Pela rua transformada em rio navegavam colchões, bananeiras, sacos de lixo, sofás, tudo que é possível imaginar.


Na esquina da atual Av. Helio Pellegrino x R. Ribeirão Claro, era o local onde o córrego Uberabinha saia do seu leito e avançava pelas ruas.


A cada enchente, estragos, asfalto arrancado, sujeira, etc…

é isso, por fernando stickel [ 7:33 ]

corrida de rua em são paulo


Eu de camiseta branca e calção vermelho e minha filha Fernanda, com as mesmas cores do Papai… Estou na esquina da R. Araujo x R. Major Sertório, no centro de São Paulo.

Em 28 Outubro 1979, um dia antes da minha filha Fernanda completar 2 anos de idade, participei, aos 31 anos de idade, da “Primeira Corrida pela Cidade de São Paulo” na distância de 8km, que completei em 45’ 27”. Na minha camiseta o logotipo “und”, do estúdio de design gráfico do qual eu era sócio na época.

Descobri a corrida com cerca de 22 anos de idade, quando comprei o livro do Dr. Keneth Cooper, e fui fazer o famoso teste dos 12 minutos na pista de atletismo do Clube Pinheiros. A partir daí comecei a correr sozinho, fui tomando gosto, corria na praia no Guarujá, até que meu amigo Renato me avisou desta prova, que resolvemos correr juntos. A largada foi no Estádio do Pacaembu, circulamos pelo centro da cidade e a corrida terminou no Pacaembu.

é isso, por fernando stickel [ 9:35 ]

faleceu beatriz esteves

bia
Li na edição do Estadão de 12/2/2016 a notícia do falecimento da minha ex-aluna Beatriz (Bia) Esteves e fiquei chocado. Muito jovem!

Alguns dias depois leio no Facebook que foi o coração, dormindo… o que pode-se dizer é uma benção…

Vivi com ela um episódio muito interessante durante minhas aulas de desenho de observação, cerca de 1986/87.

Em um dia de aula no meu estúdio na R. Ribeirão Claro, Vila Olímpia a Bia reclamava muito que não conseguia desenhar, estava intranquila, falava muito, ao ponto em que solicitei aos outros alunos que parassem de desenhar, reuni todos ao redor da lareira e pedi para a Bia falar sobre sua intranquilidade.

Ela era uma pessoa reservada, discreta e estranhou a minha solicitação, diria que ficou chocada… Tranquilizei-a dizendo que se fosse necessário conversar para podermos evoluir no desenho, era isso que faríamos, sem problema nenhum.

Timidamente ela começou a contar seu momento e rapidamente surgiu o assunto que originou o desconforto, ela estava desmamando seu bebê! Leio no anúncio fúnebre que ela deixou os filhos Ana Helena e Francisco, não lembro sobre qual deles era a questão.

As angustias do crescimento e a consequente separação da criança estavam atrapalhando sua concentração na aula de desenho. Foi um momento catartico. Houve compreensão, choro e alivio.

Me senti altamente gratificado com meu momento “Dr. Freud”, foi muito bom ajudar a Bia a encontrar o caminho da solução da questão.

Penso com carinho nela e seus filhos, já adultos… Desejo que faça uma boa viagem.

é isso, por fernando stickel [ 9:11 ]

und jangada

und jangada

Iris Di Ciommo, Lelé Chamma e eu, colegas da FAUUSP éramos sócios do estúdio de design gráfico chamado “und”.
No Natal de 1978 pedimos ao nosso colega arquiteto Paulo Caruso para fazer uma charge, que ele gentilmente desenhou, imprimimos um cartão postal (bons tempos…) e enviamos para clientes e amigos.
Na cestinha, a minha filha (e da Iris) Fernanda com um aninho de idade… dois dias atrás, 29/10 ela completou 37!!!!
Desde os tempos do Cursinho Universitário ficávamos fascinados com a fantástica capacidade de desenhar e caricaturar dos gêmeos Chico e Paulo Caruso.

é isso, por fernando stickel [ 18:18 ]

mudanças

atelier5
Oito anos atrás, em Maio 2006 esta era a visão do meu estúdio na R. Nova Cidade, Vila Olímpia.

Retrato de momento de transição entre uma carreira de trinta anos nas artes plásticas e a nova atividade no Terceiro Setor, como Diretor Presidente da Fundação Stickel.

Três desenhos encostados em uma estante metálica branca são provavelmente os últimos trabalhos de alunos do meu curso de desenho de observação.
Iniciado em 1986, encerrei o curso neste ano por conta das novas exigências da Fundação.

Tudo muda.

Muitas das coisas nesta foto foram simplesmente descartadas, em um processo complexo e doloroso, porém necessário.

Este mesmo estúdio, após uma reforma, é hoje o escritório da Fundação Stickel.

E o meu trabalho nas artes renasce a partir de imagens contidas em um computador…

é isso, por fernando stickel [ 9:52 ]

alunos de fernando stickel


Minha amiga e ex-aluna Lorna Lee Balestrery me enviou esta fotografia do grupo de 46 alunos do meu Curso de Desenho de Observação que expuseram seus trabalhos na Galeria Montesanti-Roesler (hoje Nara Roesler) em 24 e 25 Junho 1989. Eu estou sentado.
A foto foi tirada no meu estúdio da R. Ribeirão Claro 37, Vila Olímpia, onde se realizavam as aulas. Se bem me lembro o fotógrafo foi Hiroto Takada, a foto utilizada na divulgação e no convite.

Os alunos:
Andrea Greeb
Beth Meloni
Bia Ferreira de Oliveira
Caio Escobar
Carla Ricciuti
Cássia Gonçalves
Célia Guagliano
Cristiane Sammarone
Edgar Souza
Edna Scatamacchia
Edouard Bos
Elizabeth C. Moyses
Eveli Przepiorka
Fábio Carrijo
Fábio Mazzantini
Fátima Junqueira Enout
Fernanda Junqueira
Filomena Ragone
Flora Gusmão
Heloisa G. Soares
Isabel Romero
João da Rocha
Katia Albanez
Leandro Spett
Letícia Dias de Moura
Lígia Gonçalves
Lorna Lee
Lou Richter
Luiz Camargo de Paula
Magda Recalde
Malvina Sammarone
Malu Leal
Mariangela Fiorini
Maria Cecília Whately
Marita Dirceu
Marlene Bernd
Marta V. M. de Campos
Mels
Micaela Marcovici
Monica Medeiros
Naji Ayoub
Neide Jallageas
Pedro Luba
Rosa Maria Salvetti
Tais Camargo de Paula
Tom

lorna
Lorna (de vermelho) e amigos na exposição.

é isso, por fernando stickel [ 16:07 ]

estúdio cassio michalany

hall
No bairro de Pinheiros, esquina da R. Simão Alvares com Teodoro Sampaio, em um predinho de dois andares, meu amigo Cassio Michalany teve durante muitos anos seu estúdio de pintor.
Estas fotos do hall de escada do prédio, e do estúdio são de 14 Dezembro 2003.
Meu filho Arthur tinha 8 anos, hoje tem 18…

sala cassio
Esta sala logo na entrada era usada como espaço de exposição de trabalhos novos.

mesa cassio
A mesa de trabalho.

cassio & arthur
A mesa da cozinha, o espaço social do estúdio.

arthur cassio
Na cozinha ficava também a bancada de trabalhos manuais.

cm4

é isso, por fernando stickel [ 18:45 ]

visita à frapê


Arnaldo Pappalardo e eu visitamos o estúdio da nossa amiga Flávia Ribeiro (Frapê)

é isso, por fernando stickel [ 23:30 ]

benjamin patterson

Em Setembro de 1984 cheguei a New York para lá ficar durante um ano, e fui hóspede logo na chegada no apartamento da minha amiga Helena Hungria, na época casada com o Fluxus-artist americano Benjamin (Ben) Patterson (1934-2016).
O apartamento deles era enorme, em Washington Heights, perto da George Washington Bridge, 665 West 160 Street #2A e lá fiquei por dois meses.

(não sei se fui um bom hóspede, mas eles foram excelentes anfitriões… agradeço até hoje a paciência deles…)

Para chegar ao MoMA, na 53 Street, por exemplo, eu demorava cerca de uma hora pela Red Line do subway…
Benjie, como a Helena carinhosamente o chamava, cozinhava muitas vezes para nós, e eu o supria dos “brazilian cigars” Alonso Menendez, made in Bahia, que nós degustávamos após o jantar.


Encontrei na internet esta foto recente do Ben, em uma exposição no Nassauischer Kunstverein Wiesbaden.


665 West 160 Street NYC
A menos de um quarteirão de distancia iniciava-se um imenso e aprazível parque, que levava à George Washington Bridge.


Paper piece, 1960

“[O]ne of the nice things about being
a Fluxus artist, [is] that you can do
more or less anything you want and
nobody says, ‘Oh, but you are a visual
artist; why are you doing music?’”

Benjamin Patterson

é isso, por fernando stickel [ 9:35 ]

loft – west 18 st. nyc

18
11 West 18 St. # 5W – New York NY 10011

Morei neste endereço durante os últimos 9 meses da minha estadia “sabática” em New York, de Setembro 1984 a Dezembro 1985.
No quinto andar sem elevador era um verdadeiro “loft”, com aprox. 7m x 20m, cerca de 140 m2 de área livre.
As únicas paredes sólidas de alvenaria eram de um banheiro bem equipado, recém construido.Todas as outras divisões eram leves, tabiques de madeira ou mesmo cortinas.
Havia um quarto grande nos fundos, banheiro que incorporava minúscula área de serviço com lavadora de roupas, cozinha aberta para a sala, duas áreas trancadas onde Bob, o proprietário do imóvel deixou todas as suas coisas pessoais, e o meu quarto menor, na frente.
Utilizei a grande área livre como estúdio, pintei, desenhei, lá também esticávamos varais para secar as roupas, e demos festas memoráveis!
Dividi este loft com uma amiga, Eliane Gamal, na época correspondente do jornal Estado de São Paulo, nos demos super bem, nunca brigamos e ninguém acreditou que tinhamos sido apenas “roomates”.
Naquela época o aluguel era de U$900/mês, dividido por dois dava U$450 para cada um, super razoável considerando a localização excelente. Hoje acho que não sairia por menos de U$5.000/mês.

O Bob era diretor de teatro, e alugou o loft enquanto sua companhia fazia um “tour” através do país. Eu tinha a responsabilidade de, além de pagar o aluguel, encaminhar sua correspondência. Bob me deixou uma lista de endereços e as correspondentes datas, assim como uma balança, uma pasta cheia de selos e uma tabela do correio para calcular as tarifas. Civilizado, né?

Minha foto na porta do prédio foi a Sandra que tirou em 1 Março 2006.

18w
Vista da sala e da cozinha.


A fachada do prédio, via Google Maps. A entrada está escondida atrás da árvore.

é isso, por fernando stickel [ 16:41 ]

mudança

mudanca
A Fundação Stickel mudou de endereço, agora estamos aqui:

Rua Nova Cidade 193 – Vila Olímpia
04547-070 São Paulo SP
Tel 11 3083-2811
Fax 11 3083-7571

Faltam ainda retoques, detalhes, o normal de uma mudança, mas o principal já foi, computadores e linha telefônica ligados, mesas e cadeiras no lugar.
Ao trabalho!
Meu antigo estúdio volta a funcionar, um pouco diferente…

é isso, por fernando stickel [ 15:50 ]

sandra pierzchalski arquiteta

O que foi o meu estúdio na R. Nova Cidade, Vila Olímpia, transforma-se agora sob a batuta da arquiteta Sandra Pierzchalski nos novos escritórios da Fundação Stickel.

é isso, por fernando stickel [ 15:32 ]

novos escritórios

est7

Usei o timer da câmera neste auto-retrato feito hoje cedo no meu estúdio / Espaço Fundação Stickel na Rua Nova Cidade, nos últimos momentos da atual configuração arquitetônica.
Hoje mesmo começamos as arrumações e as obras de adaptação para que o espaço receba os escritórios da Fundação Stickel.

é isso, por fernando stickel [ 19:45 ]