Em 1954 com seis anos de idade, lembro de sair cedo de casa para o quintal de nossa casa na R. dos Franceses e encontrá-lo coberto de folhas de alumínio triangulares, brilhando ao sol e molhadas do orvalho.
Nas comemorações do Quarto Centenário de São Paulo, a Força Aérea Brasileira com seus aviões fez a Chuva de Prata sobre a cidade!
Lembro também da “Voluta Ascendente” escultura de Oscar Niemeyer no Parque do Ibirapuera. Meu pai comentou comigo na época que a Voluta não tinha condições técnicas de ficar de pé, o projeto seria falho. De fato, o troço caiu e não levantou mais…
Lucas, artista pintando a óleo sobre tela no Ibirapuera, Novembro 2020.
– Arte simples, natural, direta e verdadeira, tipo lápis no papel, tinta na tela, martelo e talhadeira na pedra, buril na chapa de cobre ou até um canivete em um pedaço de madeira. Muitas vezes confundida com artesanato…
– Arte que eu faço.
– Arte que eu sei como fazer igual, ou melhor.
– Arte que eu sei o que o cara pensou quando fez.
– Arte em que é claro que o cara é preguiçoso, folgado, metido, oportunista e picareta.
– Arte que você sabe que é muito melhor que a sua, e que você não vai jamais chegar nem perto, e que de tão sublime e maravilhosa só resta admirála e invejá-la (no bom sentido, é claro…)
– Arte comum, que não encanta nem desencanta, apenas ocupa espaço, é a grande maioria.
– E tem a arte incompreensível, feia, ruim, feita muitas vezes com o objetivo de enganar o observador, é aquele tipo de arte que você simplesmente ignora e passa reto.
– E finalmente tem a arte executada em “equipes”, com múltiplos curadores, que se servem de longos e incompreensíveis textos intelectualóides… essa então é de doer! Muito fácil de detectar, se a ficha técnica do trabalho tiver mais que quatro linhas é desse tipo com certeza…
[terra>tijolo=forno]+farinha*pão – obra colaborativa (14 pessoas na equipe) no Ibirapuera, comissionada na 10ª Mostra 3M de Arte, Novembro 2020.
Quase que eu ia me esquecendo, tem mais um tipo! Arte que usa video! De preferência fora de foco, com no mínimo uma hora de duração…
Como tudo o que descrevi acima tem naturalmente exceções, vou usar o exemplo do vídeo para dizer que existem sim artistas que usam o vídeo com maestria, Nam June Paik e Bill Viola, mas eles são minoria, a esmagadora maioria dos artistas que usam vídeo em suas obras não sabem o que estão fazendo, e esperam que os espectadores não façam perguntas.
Nada como uma data redonda para uma comemoração, completam-se hoje exatos 20 anos da minha participação na Maratona!
Foto Jade Gadotti
Aos 51 anos de idade completei a metade da V Maratona de São Paulo, em 29 Maio 1999. Entrei no meio da prova, e fiz os 21 quilômetros finais em pouco menos de três horas, misturando caminhada rápida e trote. Na foto estou feliz com o feito, em baixo do abacateiro na minha casa na R. Ribeirão Claro!
Foto Jade Gadotti
Faltando 3km para o final, meu filho Arthur me encontrou na Av. Juscelino Kubitschek. O último km, na Av. República do Líbano, na chegada ao Parque do Ibirapuera, foi muito difícil, simplesmente infernal, mas cheguei!
A preparação para a prova foi longa e minuciosa, sob orientação da minha querida personal trainer Suzuki, principalmente por conta do meu histórico de hérnias do disco. Durante muitos meses todos os fins de semana eu fazia treinos longos no Ibirapuera, e durante a semana treinos mais leves.
Utilizei a “cola” acima, para garantir o ritmo durante a prova, alternando caminhada com trote.
Um ano antes participei informalmente da Maratona de Revezamento do Pão de Açúcar, no Parque Villa Lobos, entrei na metade e fiz os 21km, em esquema semelhante ao que utilizei em 1999.
Um ano e meio após a queda de uma árvore sobre o prédio da administração do Parque da Ibirapuera, a situação não mudou e os estragos lá continuam, à vista de todos, evidenciando o descaso da administração municipal.
A Prefeitura simplesmente fechou as salas destruidas, no prédio da administração do maior e mais importante parque da cidade.
O incompetete prefeito Malddad faria melhor se dedicando a recuperar estes estragos, ao invés de proibir a exibição da bandeira nacional, decisão totalitária e desrespeitosa aos cidadãos brasileiros.
Jimmy & Bolt no Estadão, na comemoração dos 60 anos do Parque do Ibirapuera!
Raros seres tem tanto direito adquirido para serem homenageados nesta linda iniciativa, diariamente estas deliciosas criaturas passeiam no parque.
A seleção das fotos foi feita a partirda hashtag #ibiraestadao no Instagram.
No Parque do Ibirapuera, artista amador se dedica à saudável prática de aquarelar.
Com bom equipamento, aquarela Winsor & Newton, papel de algodão e mini cavalete, o lindo domingo avança com arte…
Poucos conhecem a disciplina envolvida em uma atividade aparentemente tão simples!
Estive na sede nova do Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo – MACUSP, no Ibirapuera (antigo DETRAN) para visitar a obra de Henrique Oliveira.
O museu está muito bem montado, e é simplesmente enorme! Faltam ainda pequenos detalhes como acesso decente ao estacionamento e paisagismo.
Sem dúvida uma das características mais interessantes do prédio reformado é a fantástica vista que se tem do terraço no último andar, de um lado o Parque do Ibirapuera, e do outro a gigantesca área verde do Instituto Biológico.
Passeando no Parque do Ibirapuera, encontrei algo novo, um trepa-trepa feito de cordas, chamado de “Rede Espacial”. Bem pensado, bem executado, gostei muito!
O dia do seu aniversário é um dia qualquer, ou quase…
Se prestar atenção é um dia com um quê de inusitado, é como a surpresa de encontrar um Ford Corcel com rodas pink!!
Algo que faz você dar um sorriso de vez em quando ao longo do dia… como que pensando:
– Cumé que cheguei até aqui? Quanta coisa já aconteceu!! Como me sinto bem!
E assim foi ontem, 6 de Outubro, quando completei 65 anos de idade. Logo cedo, a caminho do Ibirapuera com a Sandra e o Jimmy, encontrei o Corcel da foto.
Depois Sandra e Jimmy se enfiaram no oco de uma árvore…
No almoço ao ar livre com minha mãe, meus filhos Arthur, Antonio e sua namorada Rubia.
Em São Paulo, em um mesmo dia, perto uma da outra, você encontra situações totalmente diferentes e contrastantes.
A calma e o silêncio da natureza no Parque do Ibirapuera.
A terrível poluição sonora e do ar no tunel da Av. 9 de Julho.
Apesar das previsões metereológicas catastróficas, São Paulo amanhaceu com tempo fresco e sol, ideal para um passeio no Ibirapuera.
Lá, Jimmy Hendrix encontrou a combinação perfeita de seu prazer, brincar com a bolinha, um companheiro de brincadeiras, e uma deliciosa poça de lama…
Para o nosso filhote da raça Jack Russell, que atende por Jimmy Hendrix, o paraíso sobre a face da terra é jogar bola em um amplo gramado.
Isto é possível a cerca de 15 minutos a pé da minha casa, no Viveiro Manequinho Lopes, que fica dentro do Parque do Ibirapuera.
Reparem que ele está com a bola de tênis na boca…
Que tipo de memória visual tem um cão? Será possível “ler” a memória de um cão, ou de qualquer outro animal?
Hoje de manhã, passeando com Jimmy Hendrix no Viveiro Manequinho Lopes totalmente deserto, em um domingo cinza, frio, sem ninguém por perto, fiquei pensando nisso, e a questão assumiu a forma de uma fantasia, um conto, uma história fantástica. Várias versões são possíveis: Ficção científica
Eu sou abduzido por alienígenas, e a única testemunha é o Jimmy. Simultâneamente pilotos de aviões em procedimento de pouso no Aeroporto de Congonhas detectam forte anomalia magnética, suas bússolas ficam loucas por alguns segundos, o fato é reportado.
Um cientista na USP pesquisa a retenção de imagens em animais. Jimmy é encontrado vagando sozinho, seu dono desaparecido. As histórias se cruzam… CSI
Eu sou assassinado silenciosamente com uma pancada na cabeça por um louco que se esconde no meio do mato, mais uma vez a única testemunha é o Jimmy. O cadáver não oferece nenhuma pista aos investigadores do crime. Simultâneamente a polícia de algum lugarejo distante no Canadá investiga um acidente mortal com um urso pardo, onde as únicas testemunhas são o urso e o cão da vítima. Um zoólogo/veterinário que vem investigando a memória de animais se associa a um pesquisador em bio-engenharia para tentar “ver” o que o cão da vítima viu. Novamente as histórias se cruzam…
A história se transformará em um filme, dirigido naturalmente por David Lynch. A câmera passeará ao nível do chão, investigando em “Close-up” os olhos, ouvidos e narinas da testemunha, entrando a seguir em seu cérebro e suas sinapses…