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fernando stickel na geração 80


Nesta esquina de uma das alamedas de acesso ao Parque Lage no Rio de Janeiro iniciava-se a minha Instalação AZ, com a qual participei da exposição “Como Vai Você Geração 80?” no Parque Lage em 1984.


A localização do Parque Lage na Rua Jardim Botânico é única, enfiada na floresta, tem o Cristo Redentor logo ali em cima, é maravilhoso!

Título: AZ
Técnica: Instalação composta de faixa de morim pintada ao longo de alameda de acesso do Parque Lage, no Rio de Janeiro, suporte de um texto poético composto pelo entrelaçamento de duas sequências de palavras de A a Z.
Dimensões: 0.80 x 150m
Data: 1984
Exposição: “Como vai você, Geração 80?”

Recebi em junho 2003 o seguinte e-mail:
Prezado Fernando,
Meu nome é Caroline Buttelli, sou estudante do 9º semestre de Design na Universidade Luterana do Brasil ULBRA, em Canoas, RS.
Estou cursando uma disciplina de História da Arte Brasileira, na qual estou desenvolvendo um trabalho em grupo sobre a Geração 80 de Pintores. Gostaríamos de fazer uma entrevista por e-mail a respeito dessa manifestação artística, para incluirmos em nossa pesquisa. O objetivo dela é saber qual a visão dos próprios pintores acerca da Geração 80.

E esta foi minha resposta:
Caroline,
Participei da exposição coletiva “Como vai você, Geração 80”, no Parque Lage, Rio de Janeiro, RJ em 1984, quase que por acaso. Soube por amigos que os convites para participar estavam sendo feitos, mexi meus pauzinhos e fui convidado nos últimos instantes pelo curador Marcus Lontra.
Naquela época eu namorava a Helena, uma carioca, e passava bastante tempo no Rio de Janeiro. Fui ao Parque Lage e decidi que o meu trabalho seria feito ao longo de uma das alamedas de acesso do parque, a céu aberto. Apresentei meu projeto, uma instalação chamada “AZ”, que foi aprovado. Consegui o patrocínio de oito pessoas amigas, que financiaram o meu trabalho. Cada um dos patrocinadores recebeu, ao final do evento, uma colagem com fotos do trabalho realizado. Não participei de nenhum “grupo” chamado “Geração 80”, portanto este meu depoimento é individual. Tentando responder objetivamente às tuas perguntas:
1) Qual a relação entre a sua arte produzida nos anos 80 e o momento de abertura política pelo qual o Brasil estava atravessando? Existiu alguma relação?
– Os artistas são as antenas da raça, disse Ezra Pound. Então, para um artista antenado, tudo é política. No meu caso esta atitude não transparesce necessáriamente na minha obra, que não carrega slogans nem bandeiras, o que não quer dizer que eu não tenha carregado bandeiras, como a das “diretas já”, “fora collor” ou “stop the war”.
2) Alguns críticos de arte dizem que os anos 80 geraram as piores obras do século XX. Qual a sua opinião a respeito?
– Bullshit. Alguém se lembra de algum nome destes tais críticos? Alguns dos participantes da Geração 80, no entanto, tem hoje projeção mundial. Como em todas as exposições coletivas com grande número de artistas, olhando-se para os participantes quase 20 anos depois, nota-se uma grande maioria que sumiu, e alguns poucos que ganharam notoriedade. É sempre assim. 100 anos depois serão lembrados apenas aqueles de grande projeção. Já os críticos…
3) Com a liberdade artística pregada pela Geração 80, como você e os demais artistas escolhiam seus temas, já que tudo era permitido?
– Tudo sempre foi permitido. Vide Marcel Duchamp e sua obra “Fountain” de 1917. Liberdade artística sempre existiu, mesmo nos países e regimes mais totalitários a arte teima em florescer.
4) Os anos 80 marcaram a volta da pintura, que estava em baixa nos anos 70. Quais eram os ideais artístico da Geração 80?
– Eu sempre desenhei, pintei, fiz colagens, fotografei, escrevi, etc…, sem conexão direta com os anos 70, 80 ou 90. Meu ritmo de trabalho é muito irregular, e independe dos modismos e suas épocas.
5) Muitos artistas dizem que os anos 80 foram prósperos em termos financeiros, existindo uma grande procura pelas obras de arte. Qual a sua impressão a respeito disto?
– Por ter um ritmo de trabalho muito irregular, minha relação com o mercado nunca foi boa. Nunca fui um artista que “vende bem” (infelizmente…)
6) Como o conceito de Transvanguarda se aplicou à Geração 80 de Pintores?
– Não sei.
7) Quais os artistas internacionais que serviam de inspiração para ti e para a Geração 80, se é que existiram?
– Para mim foram e continuam sendo Matisse, Duchamp, Beuys. Para a Geração 80 não sei.
8) Quais as suas impressões gerais a respeito da exposição “Como vai você, geração 80?”, realizada no Parque Laje em 1984?
– A exposição foi um evento altamente energético, mágico, excitante, apinhado de gente, realmente marcante. Meu trabalho foi vandalizado e três dias após a inauguração já não existia mais.
9) Se pudesse selecionar uma obra sua que fosse a melhor representante dos conceitos da Geração 80, qual seria?
– A obra que lá foi exposta:
Título: AZ
Técnica: Instalação composta de faixa de morim pintada ao longo de alameda de acesso do Parque Lage, suporte de um texto poético composto pelo entrelaçamento de duas sequências de palavras de A a Z.
Dimensões: 0.80 x 150m
Data: 1984
10) Na sua opinião, qual a diferença básica entre a arte produzida hoje e a arte dos anos 80?
– A utilização maciça de novos meios técnicos digitais, fotografia, vídeo, computação, etc…

é isso, por fernando stickel [ 18:37 ]

colagem sem cola…

colagem
Colagem sem cola… último trabalho feito no meu estúdio…artes plásticas + fotografia.


Com algum Photoshop depois… e impresso!

é isso, por fernando stickel [ 23:34 ]

arte

Tenho feito poucos trabalhos acabados, este é uma ecoline sobre cópia fotográfica do ano passado.

é isso, por fernando stickel [ 16:45 ]

virginia borelli

Esta grande pintura minha, Sem Título, acrílica sobre tela, 1,05 x 3,22m, expus na Galeria Paulo Figueiredo em Novembro 1990, e lá foi comprada pela Virginia Borelli.

Descobri na Internet que ela está em uma loja em Campinas.

Acho interessantíssimas estas descobertas fortuitas do destino dos meus trabalhos!

A pintura não está exposta da melhor maneira, é verdade, mas sobreviveu e dá caráter à loja. Valeu!


Galeria Paulo Figueiredo

é isso, por fernando stickel [ 12:14 ]

coleção toninho noronha

Meu amigo Toninho Noronha me envia foto de uma pintura minha em seu apartamento. Trata-se de um dos primeiros trabalhos que vendi, óleo sobre tela. É muito bom revê-lo quase 40 anos depois…

Em 1983 iniciei o registro das minhas obras em um grande livro de folhas em branco, um calhamaço analógico onde coloco um número de referência para cada obra, sua ficha técnica e, na medida do possível, seu histórico. Descubro que quem vendeu a obra foi a Galeria Paulo Klabin, que representou alguns trabalhos meus naquela época…

A pintura de 1982 está registrada no livro, mas sem foto. Procurei, fucei nos meus arquivos e finalmente encontrei uma linda foto!

é isso, por fernando stickel [ 8:19 ]

ex-libris ejss

Lá nos anos 70 criei um Ex-libris  para o meu pai, identificando-o pelas iniciais de seu nome completo, Erico João Siriuba Stickel – EJSS

Imprimi em papel Vergé creme, uma novidade na época, e dei a ele de presente. Ele o utilizou, marcando seus livros até falecer em 2004.


Cartão postal comemorando o lançamento do navio

Me inspirei em um cartão postal que ganhei do meu pai retratando o transatlântico Cap Arcona da companhia Hamburg Süd, lançado em maio 1927. Ele gostava muito de navios, e minha mãe Martha viajou no Cap Arcona em 1934, aos 7 anos de idade, de Santos para Hamburgo.

Anos depois uma versão do ex-libris foi criada para ser usada em relevo. Se bem me lembro, todos os livros doados à Instituto de Estudos Brasileiros da USP – IEB em 2002 foram marcados com este relevo.

é isso, por fernando stickel [ 16:34 ]

desenho com fernando stickel

No Espaço Fundação Stickel o meu curso de desenho de observação, versão 2023.


Inúmeros modelos disponíveis para serem desenhados, e também a introdução da aquarela.

é isso, por fernando stickel [ 7:12 ]

les douvres


Méaulle, Fortuné Louis (Angers, 11–04–1844 – en 1901), graveur

Em 1990 expus uma série de trabalhos na Galeria Paulo Figueiredo em São Paulo, uma das telas intitulei “Les Douvres”, cuja inspiração, não me lembro bem por que, me veio de uma formação rochosa na Normandia.
Após a exposição, dei a tela de presente para meu amigo Jay Chiat (1931-2002) Acrílica s/ tela, 125 x 185cm.


Lembrei desta história na visita que fiz ontem ao atelier dos meus queridos amigos Feres Khoury e Luise Weiss, e lá vi esta tela recente do Feres.

é isso, por fernando stickel [ 7:51 ]

olhar 70′ na mapa


Marcelo Pallotta, Xenia Roque Benito e eu.

A exposição “OLHAR 70’ uma pequena coleção particular” ficará em cartaz na Galeria MaPa até 23 Junho.
Segunda a sexta-feira das 10 às 18h, sábado com agendamento. Rua Costa 31 (estacionamento R. Bela Cintra 374)
Pinturas, desenhos, esculturas e gravuras de Wesley Duke Lee, Frederico Nasser, Luis Paulo Baravelli, Cassio Michalany, Dudi Maia Rosa, Evandro Carlos Jardim, José Carlos BOI Cezar Ferreira, Maciej Babinski, Plinio de Toledo Piza, Sergio Lima e Fernando Stickel. @galeriamapa

A seguir imagens da inauguração no sábado 7 Maio.


Edo Rocha, eu e Claudio Furtado.


Ana Maria Stickel, Sylvia Stickel, Luiz Villares e Isabela Prata.


Macaparana e a tela de Baravelli.


Sylvia Stickel, Marcos Aspahan, Claudio Furtado, eu, Eneida Ferraz e Plinio Toledo Piza.


Geral da galeria.


Sylvia Stickel e Sandra Pierzchalski.


Claudio Ferlauto e Carlos Perrone.


Martha Stickel, aos 95 anos… com a tela de José carlos BOI Cezar Ferreira


Com o colecionador Orandi Momesso.


(foto Marcos Aspahan) Com Plinio de Toledo Piza Fº


(foto Marcos Aspahan) Memorabilia!

é isso, por fernando stickel [ 10:30 ]

olhar 70′ galeria mapa

70′ uma pequena coleção particular

A paixão pela arte transmuta-se na paixão do colecionador.

Amalgamento de fazeres, pensares, e contemplares. Muita gente fazendo arte conhecendo o trabalho de muita gente, referências cruzadas em uma São Paulo muito circulável.

Alquimia de amizades, mestres, artistas, curiosos e amantes, no recorte temporal, geográfico, afetivo e quiçá intelectual em que todas essas coisas assumem uma CARA, a cara dos Anos 70

Pinturas, desenhos, esculturas e gravuras de Wesley Duke Lee, Frederico Nasser, Luis Paulo Baravelli, Cassio Michalany, Dudi Maia Rosa, Evandro Carlos Jardim, José Carlos BOI Cezar Ferreira, Maciej Babinski, Plinio de Toledo Piza, Sergio Lima e Fernando Stickel.

Galeria MaPa e Fernando Stickel convidam para a exposição “OLHAR 70’ uma pequena coleção particular”
Abertura sábado, 7 maio das 11:00 às 18:00h. Rua Costa 31 (estacionamento R. Bela Cintra 341) De 7 maio a 23 junho


Catálogo da exposição disponível na galeria.

é isso, por fernando stickel [ 16:39 ]

este sou eu


Este sou eu.
Foto “biométrica” exigida pelo Consulado Alemão para renovação do passaporte.

é isso, por fernando stickel [ 15:37 ]

pintura 20 anos


Vinte anos!
Pintura acrílica sobre backlight.
2001
71 x 122cm

Curioso como esta pintura guarda alguma relação com a fachada da Fundação na foto abaixo, né não?

é isso, por fernando stickel [ 15:36 ]

limpar o desastre

O acidente ocorreu exatamente 18 anos atrás, em Agosto de 2003!


Shit happens!


Agora tenho que limpar o desastre, recolher vidros quebrados, contar mortos e feridos, reutilizar o que sobrou inteiro, reinventar o trabalho, etc…etc…

é isso, por fernando stickel [ 8:59 ]

futebol de artista

Cerca de 1970, no terreno dos fundos da casa dos meus pais na R. dos Franceses havia uma quadra cimentada, e lá inventamos um jogo de futebol com o grupo de amigos que frequentava a Escola Brasil:
O engraçado é que, se bem me lembro, nenhum dos artistas plásticos participantes da brincadeira tinha muita conexão com o esporte bretão.
Eu sempre fui um perna de pau, isso posso garantir.
Além dos jogadores estavam também a Sakae, mulher do Baravelli e seu filho Zé.


Da esq. para a direita, José Carlos BOI Cezar Ferreira (falecido), eu, Cassio Michalany, Luis Paulo Baravelli, Carlos Alberto Fajardo, Leslie Joseph Murray Gattegno (falecido) e Frederico Nasser (falecido).
Meu irmão Neco também está na foto, de pernas abertas e vestido de branco.
Não tenho a menor idéia de quem tirou as fotos, as cópias em papel apareceram nos meus guardados.

é isso, por fernando stickel [ 8:38 ]

faleceu carlito carvalhosa

Faleceu Carlito Carvalhosa aos 59 anos de idade. Minha homenagem ao artista com esta foto de minha autoria.

é isso, por fernando stickel [ 15:54 ]

colaboração


Colaboração marido-mulher.
Arquitetura de interiores – Sandra Pierzchalski
Foto fine art – Fernando Stickel
Foto do ambiente – Fernando Stickel

é isso, por fernando stickel [ 18:45 ]

eu nasci


Dia 6 Outubro 1948 eu nasci na Pro Matre Paulista, minha mãe Martha comigo na cama da maternidade, reparem o telefone no criado mudo…


Chegamos em casa, na R. Henrique Martins 631 a bordo do Citroën Traction Avant do meu pai!


Minha mãe comigo no terraço da casa. Muitos anos depois esta casa abrigou o restaurante Roanne.


Todas essas fotos foram escaneadas de contatos 35 mm, que minha mãe encontrou em suas arrumações.


Com meu pai Erico.


Em Campos do Jordão.


Com minha avó Lili.

é isso, por fernando stickel [ 17:07 ]

sandra & fernando

Há muitos anos que a Sandra minha mulher e eu fazemos uma parceria arquitetura/fotografia.
A documentação fotográfica e a divulgação dos trabalhos dela de arquitetura e decoração são feitas em grande parte por mim, ela prepara os ambientes e eu fotografo. Simples assim.
Aqui o resultado da decoração do jantar de Natal realizado ontem.

é isso, por fernando stickel [ 12:12 ]