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fernando stickel na geração 80


Nesta esquina de uma das alamedas de acesso ao Parque Lage no Rio de Janeiro iniciava-se a minha Instalação AZ, com a qual participei da exposição “Como Vai Você Geração 80?” no Parque Lage em 1984.


A localização do Parque Lage na Rua Jardim Botânico é única, enfiada na floresta, tem o Cristo Redentor logo ali em cima, é maravilhoso!

Título: AZ
Técnica: Instalação composta de faixa de morim pintada ao longo de alameda de acesso do Parque Lage, no Rio de Janeiro, suporte de um texto poético composto pelo entrelaçamento de duas sequências de palavras de A a Z.
Dimensões: 0.80 x 150m
Data: 1984
Exposição: “Como vai você, Geração 80?”

Recebi em junho 2003 o seguinte e-mail:
Prezado Fernando,
Meu nome é Caroline Buttelli, sou estudante do 9º semestre de Design na Universidade Luterana do Brasil ULBRA, em Canoas, RS.
Estou cursando uma disciplina de História da Arte Brasileira, na qual estou desenvolvendo um trabalho em grupo sobre a Geração 80 de Pintores. Gostaríamos de fazer uma entrevista por e-mail a respeito dessa manifestação artística, para incluirmos em nossa pesquisa. O objetivo dela é saber qual a visão dos próprios pintores acerca da Geração 80.

E esta foi minha resposta:
Caroline,
Participei da exposição coletiva “Como vai você, Geração 80”, no Parque Lage, Rio de Janeiro, RJ em 1984, quase que por acaso. Soube por amigos que os convites para participar estavam sendo feitos, mexi meus pauzinhos e fui convidado nos últimos instantes pelo curador Marcus Lontra.
Naquela época eu namorava a Helena, uma carioca, e passava bastante tempo no Rio de Janeiro. Fui ao Parque Lage e decidi que o meu trabalho seria feito ao longo de uma das alamedas de acesso do parque, a céu aberto. Apresentei meu projeto, uma instalação chamada “AZ”, que foi aprovado. Consegui o patrocínio de oito pessoas amigas, que financiaram o meu trabalho. Cada um dos patrocinadores recebeu, ao final do evento, uma colagem com fotos do trabalho realizado. Não participei de nenhum “grupo” chamado “Geração 80”, portanto este meu depoimento é individual. Tentando responder objetivamente às tuas perguntas:
1) Qual a relação entre a sua arte produzida nos anos 80 e o momento de abertura política pelo qual o Brasil estava atravessando? Existiu alguma relação?
– Os artistas são as antenas da raça, disse Ezra Pound. Então, para um artista antenado, tudo é política. No meu caso esta atitude não transparesce necessáriamente na minha obra, que não carrega slogans nem bandeiras, o que não quer dizer que eu não tenha carregado bandeiras, como a das “diretas já”, “fora collor” ou “stop the war”.
2) Alguns críticos de arte dizem que os anos 80 geraram as piores obras do século XX. Qual a sua opinião a respeito?
– Bullshit. Alguém se lembra de algum nome destes tais críticos? Alguns dos participantes da Geração 80, no entanto, tem hoje projeção mundial. Como em todas as exposições coletivas com grande número de artistas, olhando-se para os participantes quase 20 anos depois, nota-se uma grande maioria que sumiu, e alguns poucos que ganharam notoriedade. É sempre assim. 100 anos depois serão lembrados apenas aqueles de grande projeção. Já os críticos…
3) Com a liberdade artística pregada pela Geração 80, como você e os demais artistas escolhiam seus temas, já que tudo era permitido?
– Tudo sempre foi permitido. Vide Marcel Duchamp e sua obra “Fountain” de 1917. Liberdade artística sempre existiu, mesmo nos países e regimes mais totalitários a arte teima em florescer.
4) Os anos 80 marcaram a volta da pintura, que estava em baixa nos anos 70. Quais eram os ideais artístico da Geração 80?
– Eu sempre desenhei, pintei, fiz colagens, fotografei, escrevi, etc…, sem conexão direta com os anos 70, 80 ou 90. Meu ritmo de trabalho é muito irregular, e independe dos modismos e suas épocas.
5) Muitos artistas dizem que os anos 80 foram prósperos em termos financeiros, existindo uma grande procura pelas obras de arte. Qual a sua impressão a respeito disto?
– Por ter um ritmo de trabalho muito irregular, minha relação com o mercado nunca foi boa. Nunca fui um artista que “vende bem” (infelizmente…)
6) Como o conceito de Transvanguarda se aplicou à Geração 80 de Pintores?
– Não sei.
7) Quais os artistas internacionais que serviam de inspiração para ti e para a Geração 80, se é que existiram?
– Para mim foram e continuam sendo Matisse, Duchamp, Beuys. Para a Geração 80 não sei.
8) Quais as suas impressões gerais a respeito da exposição “Como vai você, geração 80?”, realizada no Parque Laje em 1984?
– A exposição foi um evento altamente energético, mágico, excitante, apinhado de gente, realmente marcante. Meu trabalho foi vandalizado e três dias após a inauguração já não existia mais.
9) Se pudesse selecionar uma obra sua que fosse a melhor representante dos conceitos da Geração 80, qual seria?
– A obra que lá foi exposta:
Título: AZ
Técnica: Instalação composta de faixa de morim pintada ao longo de alameda de acesso do Parque Lage, suporte de um texto poético composto pelo entrelaçamento de duas sequências de palavras de A a Z.
Dimensões: 0.80 x 150m
Data: 1984
10) Na sua opinião, qual a diferença básica entre a arte produzida hoje e a arte dos anos 80?
– A utilização maciça de novos meios técnicos digitais, fotografia, vídeo, computação, etc…

é isso, por fernando stickel [ 18:37 ]

geração 80

A BELA ENFURECIDA

“Como vai você, geração 80?” Respondem 120 artistas de todo o Brasil, que ocuparão, com seus trabalhos, as paredes, portas, janelas, piscina, banheiros, espaços construídos e espaços vazios do imponente prédio da Escola de Artes Visuais do Rio de Janeiro, além das aléias, árvores, grutas e cantinhos malocados do Parque Lage. Muito mais, portanto, que uma exposição, “Geração 80” caracteriza-se como um evento, oportunidade primeira em que esses 120 jovens batalhadores resolveram se reunir e permitir que as pessoas conheçam, e se possível compreendam, a sua produção.

É evidente que, num evento como esse, estipular critérios de seleção é algo de delicado e
perigoso. Certamente vocês poderão argumentar que muitos não deveriam participar e que, por
outro lado, alguns nomes foram esquecidos. Tudo bem. Esses são movimentos normais no jogo da arte. O que acreditamos importante é que, durante todo o agradável (e por vezes alucinado) processo de realização da mostra, jamais os curadores, (Paulo Roberto Leal e Sandra Moger) entre os quais me incluo, tentaram impor caminhos, forçar a existência de movimentos ou grupinhos, comportamentos superados nos quais somente alguns poucos e velhos ‘espertos’ se beneficiam.

Gostem ou não, queiram ou não, está tudo aí. Todas as cores, todas as formas, quadrados, transparências, matéria, massa pintada, massa humana, suor, aviãozinho, geração serrote, transvanguardas, pós-modernos e pré-modernos, radicais e liberais, punks e panquecas, neo­expressionistas e neocaretas, velhos conhecidos, tímidos, agressivos, apaixonados, despreparados e ejaculadores precoces. Todos, enfim, iguais a qualquer um de vocês. Talvez um pouco mais alegres e mais corajosos, um pouco mais…Afinal, trata-se de uma nova geração, novas cabeças.
E, se hoje, ninguém alimenta mais o pedantismo de se entrar para a História e ser o tal, o que todos esperam é poder fazer alguma coisa, sem os exagerados pavores e pudores da
conceitualização. Trata-se de tirar a arte, donzela, de seu castelo, cobrir os seus lábios de batom bem vermelho e com ela rolar pela relva e pelo paralelepípedo, recriando momentos precisos nos quais trabalhos e prazer caminham sempre juntos.

Marcus de Lontra Costa

Artistas Integrantes de “Geração 80”

Adélia Oliveira
Adir Sodré
Alberto Camareiro
Alex Vallauri
Alexandre Dacosta
Ana Horta
Ana Maria Morais – Amom
Ana Maria Tavares
Ana Miguel
Ana Regina Aguiar
Analu Cunha
André Costa
Ângelo Marzano
Antônio Alexandre
Armando Matos
Augustus Almeida
Beatriz Milhazes
Beatriz Pimenta
Carlos Mascaranhas
Carlos Fiuza
Ciro Cercal Filho
Ciro Cozzolino
Claudio Alvarez
Claudio Duque
Cláudio Fonseca
Claudio Roberto
Cláudia Monteiro
Clara Cavendish
Cristina Bahiense
Cristina Canale
Cristina Salgado
Daeco
Daniel Senise
Denise Porto
Delson Uchoa
Eduardo Kac
Eduardo Moura
Elisabeth Jobim
Eneias Valle
Ester Grinspum
Esther Kitahara
Felipe Andery
Fernando Barata
Fernando Lopes
Fernando Lucchesi
Fernando Moura
Fernando Stickel
Francisco Cunha
Francisco Faria
Frida Baranek
Gastão Castro Neto
Gerardo
Gervane de Paula
Gonçalo Ivo
Grupo Rádio Novela
Hamilton Viana Galvão
Hellen Marcia Potter
Hilton Berredo
Inês de Araújo
Isaura Pena
Jadir Freire
Jayme Fernando
Jair Jacqmont
Jeanete Musatti
João Magalhães
João Modé
Joaquim Cunha Neto
Jorge Barrão
Jorge Duarte
Jorge Guinle
José Eduardo Garcia de Moraes
José Roberto Miccoli
Ju Barros
Judith Miller
Karin Lambrecht
Leda Catunda
Leonilson
Lídia Perla Sacharny
Livia Flores
Lúcia Beatriz
Luiz Antônio Norões
Luiz Cruz
Luiz Ernesto
Luiz Pizarro
Luiz Sérgio de Oliveira
Luiz Zerbini
Manoel Fernandes
Marcelo Lago
Marcos Lima
Marcus André
Mario Azevedo
Mariza Nicolay
Marta Dangelo
Maria Ignêz Lobo
Maurício Arraes
Maurício Bentes
Maurício Dias
Mauro Fuke
Monica Lessa
Monica Nador
Nelson Felix
Paulo Campinho
Paulo Henrique Amaral
Paulo Nobre
Paulo Paes
Patrícia Canetti
Ricardo Basbaum
Ricardo Sepúelveda
Rogéria de Ipanema
Roberto Tavares
Sandra Sartori
Sérgio Romagnolo
Sérgio Niculitcheff
Siomar Martins
Solange Oliveira
Suzana Queiroga
Tadeu Burgos
Terezinha Lozada
Umberto França
Valério Rodrigues
Vicente Kutka
Xico Chaves
Waldemar Zaidler e Carlos Matuck

é isso, por fernando stickel [ 14:51 ]

salvando uma vida

Lembrei de uma vida que salvei.

Cerca de 1984, no Rio de Janeiro, andávamos Helena Bricio e eu pelas margens da Lagoa Rodrigo de Freitas perto da saída do Túnel Rebouças, em um belo e ensolarado sábado de manhã, quando percebi pelo canto do meu olho direito algo se debatendo na água.

Prestei atenção e vi que era uma criança se afogando, a cerca de 4 ou 5 metros da margem. Ainda não existia a ciclovia, a calçada era rente à Lagoa e imediatamente me joguei na água, nadei até o moleque e o arrastei para o raso em uma pequena praia de areia. Ele devia ter uns 10 ou 11 anos, tossia muito e estava assustado, nem conseguia falar. Logo chegaram vários meninos correndo na nossa direção, me disseram obrigado e levaram o amigo embora.

Em seguida fui até um posto de gasolina logo em frente, me lavei com uma mangueira (a água da Lagoa não é lá essas coisas…) e seguimos no nosso passeio.

Quem salva uma vida, salva toda a humanidade.

é isso, por fernando stickel [ 11:47 ]

casa roberto marinho


A exposição Calder + Miró na Casa Roberto Marinho, no Cosme Velho, Rio de Janeiro, é imperdível!


Alexander Calder


Joan Miró

é isso, por fernando stickel [ 9:02 ]

loio persio


Loio Persio na Oasis, Rio de Janeiro.

é isso, por fernando stickel [ 17:27 ]

confeitaria colombo


Maravilhosa Confeitaria Colombo, no centro do Rio de Janeiro.

é isso, por fernando stickel [ 9:03 ]

aeroporto santos dumont

Os painéis do saguão principal do Aeroporto Santos Dumont me fascinam desde os anos 80, quando voei inúmeras vezes no Electra II da Varig, o grande expoente da Ponte Aérea daquela época!

O embarque e desembarque se fazia diretamente do saguão principal para a pista, em dias de chuva guardas-chuva eram fornecidos…

Os painéis são de autoria do pintor, desenhista e professor brasileiro Cadmo Fausto (1901-1983) natural do Rio de Janeiro.


O Electra, estacionado em frente ao saguão principal.

é isso, por fernando stickel [ 12:23 ]

encrencado aos 13 anos


A minha educação sexual foi praticamente inexistente, meu pai jogou na minha mão aos 13 anos de idade um calhamaço chamado “A nossa vida sexual” de um tal Dr. Fritz Kahn. A parte interessante do livro é que ele trazia algumas “gravuras” dos órgãos sexuais masculino (que eu já conhecia) e do feminino, o grande desconhecido!


A educação sexual informal da minha geração todos conhecem, os amigos e os catecismos do Carlos Zéfiro!


Encrencado como qualquer adolescente, coberto de eczemas, e já com pelos crescendo nas palmas das minhas mãos, meus pais acharam por bem que eu deveria ter ajuda profissional, e com 14 ou 15 anos de idade meu pai me levou ao Rio de Janeiro, para ser atendido pelo papa da psicologia, um tal de Mira Y Lopez.

No consultório da sumidade, um escuro apartamento em Copacabana, após as formalidades iniciais meu pai se afastou, o doutor fechou as portas com vitrais de seu estudio e eu fiquei frente a frente com o monstro.
Lembro que ele perguntava insistentemente quem eram os meus ídolos, e eu dizia que não os tinha, mas ele teimava:
– Mas você não gosta de futebol?
Eu dizia NÃO, e ele insistia:
– Mas você não gostaria de ter um autógrafo do seu jogador de futebol preferido?
– Eu pacientemente explicava ao doutor que não tinha o menor interesse por futebol.
Ou seja, a consulta foi um fiasco total.


O lucro da visita ao doutor são as deliciosas lembranças que ficaram daqueles dois ou três dias no Rio de Janeiro, sozinho com meu pai, a viagem de avião, o Aeroporto Santos Dumont, a hospedagem no Hotel Miramar, no Posto 6, os almoços em restaurantes à beira da praia, do vento e o cheiro do mar.

é isso, por fernando stickel [ 9:05 ]

reveillon na bahia!


Minha mãe Martha com sua amiga Charlotte.


No Outeiro das Brisas, desta vez com a família completa, Vovó Martha conta histórias para o Ian.


Sandra, Angela e Monique.


Antonio e Ian.


Graças à incompetência e desrespeito da Gol aos seus passageiros, nossa chegada a São Paulo atrasou mais de 24 horas, e tivemos que dormir no Rio de Janeiro!

é isso, por fernando stickel [ 8:03 ]

olimpíadas rio 2016


Sandra com nossos anfitriões nas Olimpíadas Rio 2016, Tomás e Silvia.


A turma toda!


Cenas lindas!


O mais bacana para assistir “in loco” foi o ciclismo, com a medalha de ouro para a Inglaterra.


A vitória de Usain Bolt!

é isso, por fernando stickel [ 9:42 ]

rio de janeiro


Sandra no Instituto Moreira Salles – IMS


Exposição de Geraldo de Barros


Ipanema


Visão do Hotel Arpoador Inn

é isso, por fernando stickel [ 15:15 ]

geração 80 completa 30 anos

80
Hoje, 14 Julho 2014, comemoram-se 30 anos da abertura da exposição ‘Como vai você, Geração 80?’

Mostra diversificada e esfuziante invadiu o Parque Lage com desenhos, instalações, grafites e performances de 123 jovens artistas

Artigo de Nani Rubin em O Globo

RIO — Em 14 de julho de 1984, quando Tancredo Neves apareceu nos jornais dizendo que iria vencer a presidência da República, sucedendo ao último general da ditadura, João Figueiredo, novos ares também sopravam no panorama da arte brasileira. Os ventos de um movimento original convergiam para a Escola de Artes Visuais (EAV) do Parque Lage, onde, desde as 16h, uma multidão circulava pelo palacete, apreciando e interagindo com obras de 123 artistas. Às 18h, com o trânsito já inteiramente engarrafado na Rua Jardim Botânico, milhares de gaivotas de papel produzidas por Carlos Mascarenhas e lançadas pelos visitantes disputavam espaço na piscina da mansão, cobrindo a “Baleia”, escultura inflável de Frida Baranek. Diante da entrada, a pintura “Sansão”, de Daniel Senise, parecia empurrar as colunas do casarão. Aqui e ali, havia performances. E intervenções bem-humoradas, como duas televisões de Barrão que conversavam entre si. Mais adiante, uma tela de Chico Cunha reproduzia a embalagem do bombom Sonho de Valsa. Lado a lado, as obras surpreendiam o público e pareciam responder, pictoricamente, à pergunta proposta pelo nome da exposição que era inaugurada ali: “Como vai você, Geração 80?”.

Veja aqui as minhas impressões sobre a exposição e a obra “AZ” que apresentei.

é isso, por fernando stickel [ 13:48 ]

getúlio

getulio
Faz tempo que não comento os filmes que vi aqui no blog, mas “Getúlio” precisa ser comentado.
O filme é muito bom. Eu não diria excelente, para chegar a isso faltam algumas coisinhas.
Tony Ramos está magistral no papel do ditador/presidente, e todos os outros atores/atrizes preenchem com maestria seus papéis.
Produção e figurinos impecáveis, luz, fotografia, som, tudo excelente.
Para que o filme entrasse na categoria excelente, senti falta de um pouco do Rio de Janeiro da época, algumas cenas externas daqueles glamurosos anos 50 na Capital da República.
Vale assistir!

Eu não conhecia nenhum trabalho do diretor João Jardim, fui ver algumas coisas rápidas na internet, e gostei!

é isso, por fernando stickel [ 17:10 ]

casa daros

Casa_Daros
Visitamos em Botafogo, no Rio de Janeiro, a Casa Daros, instituição da Daros Latinamerica, uma das mais abrangentes coleções dedicadas à arte contemporânea latino-americana, com sede em Zurique, Suíça. Daros Latinamerica conta com cerca de 1.200 obras, entre pinturas, fotografias, vídeos, esculturas e instalações, de mais de 117 artistas, e segue em expansão.

A Casa Daros é um espaço de arte, educação e comunicação, que ocupa um casarão neoclássico do século XIX, preservado pelo Patrimônio da cidade do Rio de Janeiro. Projetado pelo arquiteto Francisco Joaquim Bethencourt da Silva (1831-1912), encontra-se em um terreno de mais de 12 mil metros quadrados, em Botafogo, Rio de Janeiro.

O espaço apresenta exposições da Coleção Daros Latinamerica e tem forte foco em arte e educação – com diversas atividades para o público. Oferece, ainda, uma agenda de seminários e encontros com artistas no auditório, além da biblioteca especializada em arte latino-americana contemporânea, o Espaço de Documentação, o Espaço de Leitura com catálogos de exposições da coleção, restaurante/café e loja.

daros
Minuciosamente restaurada, a Casa Daros é uma jóia européia implantada em Botafogo. Capricho, precisão, bom gosto e execução impecável dão gosto de ver!!

é isso, por fernando stickel [ 19:20 ]

museu de arte do rio – mar

mar
A arquitetura do MAR.
Queria muito conhecer o MAR – Museu de Arte do Rio. Minha curiosidade tinha sido aguçada por documentário na TV onde os arquitetos Bernardes & Jacobsen explicam o partido arquitetônico e a obra. Neste fim de semana de intensas visitas artístico/culturais à maravilhosa cidade do Rio de Janeiro finalmente lá cheguei.

Cheguei e me encantei com a localização do complexo e com o partido arquitetônico. E me decepcionei, por algumas razões:

museu-arte-rio-1
– A linda cobertura ondulada precisaria ser um pouco maior, para cumprir eficientemente seu papel. Dá a sensação de “cobertor curto”, 15 a 20% maior em área acho que resolveria. Existe até um croquis no site ArcoWeb mostrando uma versão com a cobertura maior.

museu-arte-rio-3
– A rampa de acesso que desce do prédio novo ao prédio antigo está com muita cara de um apêndice de última hora. Cheira a corte de verbas, é ruim de caminhar e pobre no visual. Poderia ser um dos pontos altos do complexo. No site da ArcoWeb um croquis sugere a rampa em vidro, muito mais interessante.
– Os dois terraços deveriam ser interligados. (humilde opinião…)
– Faltam espaços de descanso na descida dos andares, que poderiam capitalizar no poderoso visual do porto.
– Detalhamento e execução da obra sofríveis.

Almoçamos no restaurante do museu, os banheiros já estão sem manutenção, no banheiro dos homens faltava água, olhando tudo, dá a sensação de corte de verbas, e opção por soluções de construção mais baratas. É uma pena.

imaginario
Do ponto de vista das exposições, o Museu de Arte do Rio – MAR não deixa a desejar, tudo muito bem feito e bem montado.
O ponto alto é a exposição “imagináRio” sobre a evolução da paisagem carioca, com curadoria de Paulo Herkenhoff.

é isso, por fernando stickel [ 9:42 ]

reveillon 2013 bahia


Queima de fogos no Reveillon 2013, Praia do Espelho, Bahia.
Nos últimos anos, vários Reveillons passamos na Bahia:

2013 – Outeiro das Brisas
2012 – Punta del Este
2011 – Praia do Forte
2010 – Rio de Janeiro RJ
2009 – Outeiro das Brisas
2008 – São Roque SP
2007 – Ponta do Corumbau
2006 – Praia do Forte
2005 – São Paulo SP
2004 – Itacaré

é isso, por fernando stickel [ 18:35 ]

vemaguet


Na minha adolesência eu tinha dois amigos omnipresentes, o Klaus Foditsch (já falecido) e o Mauricio Oliveira (mora atualmente nos E.U.A.)
Ambos estimulavam, cada um à sua maneira, a minha paixão pelas máquinas e automóveis.
O Klaus porque tinha em casa a oficina do pai dele, Seu Simon, lá nós construimos carrinhos de rolimã, um kart com motor de serra, estilingues, mexíamos nas bicicletas, motocicletas e assim por diante. O tio do Klaus tinha uma perua Dodge, e ele deixava a gente dar umas bandolas pelo bairro no carro, depois de lavá-lo nos sábados à tarde.
O Mauricio tinha dois irmãos mais velhos, e havia carros interessantes na casa, MG TD e Austin Healey. Tanto fiz que consegui guiar os dois, pelas ruas de terra do Alto de Pinheiros, muito antes de completar 18 anos.

Certa feita, por volta de 1964, os quatro irmãos Oliveira, Murilo, Mauricio, Marcelo e Marcos e eu fomos de DKW- Vemag Vemaguet para o Rio de Janeiro, lá chegando eu dei a idéia de pedir hospedagem na casa de um casal amigo dos meus pais, Sonia e Jorge, cariocas chiquetérrimos que moravam na última casa de frente para o mar ainda existente em Ipanema.
Toquei a campainha, na maior cara de pau, e a Sonia muito educada e simpática enfiou os cinco moleques para dentro de casa sem chiar. Impensável nos dias de hoje…

é isso, por fernando stickel [ 18:45 ]

christo no rio de janeiro

Em 1977 um amigo me deu a dica de uma notícia interessantíssima na coluna do Zózimo no JB:
Javacheff Christo, o artista búlgaro naturalizado americano, que enbrulha coisas, viria ao Brasil embrulhar o Pão de Açúcar em celofane!

(post em capítulos, a história é longa…)

Naquela época eu estava com a bola toda, minha filha Fernanda recém nascida e meu escritório de design “Und” recém inaugurado. Meu inglês estava a 1.000, porque eu havia trabalhado recentemente em uma multinacional de engenharia, onde todas as comunicações eram em inglês.
Acreditando piamente na notícia do Zózimo, mais do que depressa descolei o endereço do artista em New York, e escrevi uma carta dizendo querer ser o Gerente de Projeto da empreitada no Rio de Janeiro.

christoj
Bons tempos de pré-eletrônica e cartas escritas em papel! O máximo de sofisticação era a IBM de bolinha…
Carta posta no correio, pouco menos de um mês depois chegou a resposta, assinada pela esposa e administradora/empresária do artista, Jeanne-Claude Christo, informando que óbviamente a notícia era falsa…

jeanne1
Alguns anos depois, em 1985, morando em New York, voltei a escrever para Christo e Jeanne-Claude, e eles mais uma vez me responderam simpáticamente.
Acabei por nunca encontrá-los ao vivo, mas fiquei contente com a atenção das respostas.

clinton

é isso, por fernando stickel [ 17:17 ]