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...desde janeiro de 2003

arte

trama do gosto

Planta do prédio da Fundação Bienal de São Paulo para a exposição “A Trama do Gosto, um outro olhar sobre o cotidiano”, em janeiro 1987, destacado em verde o espaço em que fiz a sub-curadoria, “Natureza Morta Limitada”.
A curadoria geral da mostra foi de Sonia Fontanezi.


A planta do meu espaço.

O trabalho artístico do gênero “Natureza Morta” na sua forma mais tradicional sugere sempre uma parada no tempo. Sua tradução do inglês (Still Life) significa, literal­mente, “Vida Parada”.

Este corte plástico no quoti­diano, congelando espaço e tempo, nos remete a pensa­mentos sobre a transitoriedade e incerteza da vida.

A realidade urbana contemporânea carece de momentos de reflexão como estes, propi­ciados pela longa e introspec­tiva fruição de uma obra de arte.

Assim, propomos uma releitura da Natureza Morta através da apresentação de trabalhos contemporâneos, em diversas técnicas, bem co­mo através da fragmentação de seus tradicionais elementos constituintes, a fruta, as flores, o jarro (cerâmica), a garrafa (vidro), a toalha, o peixe (animal, caça), o castiçal (objeto), etc… e o reagrupamento destes elementos inter­pretado por artistas contemporâneos.

Reproduções fotográficas de alguns trabalhos de pintores famosos permitirão uma rápida avaliação das origens e evolução do gênero.

O partido arquitetônico, ilu­minação e trilha sonora do espaço da mostra foram criados poro recapturar o clima de paralisação cósmica encontrado em muitos desses trabalhos. Para ilustrar este texto, um vaso de Sempre vivas
SEMPRE VIVAS
MORTAS VIVAS
NATUREZA MORTA
VIDA PARADA
ESPAÇO CONGELADO TEMPO
SUSPENSO
BELEZAS ESTACIONADAS

FERNANDO STICKEL SUB-CURADOR

Amelia Toledo
Ana Maria Stickel
Antonio Cabral
Antonio Peticov
Cecilia Abs André
Dudi Maia Rosa
Ester Grinspum
Fabio Cardoso
Felipe Tassara
Feres Lourenço Khoury
Fernando Stickel
Flávia Ribeiro
Flávio Motta
Gilda Mattar
Gilda Vogt
Guyer Salles
Ivan Kudrna
Jeanete Musatti
João Carlos Carneiro da Cunha
José Carlos BOI Cezar Ferreira
Luise Weiss
Luiz Paulo Baravelli
Maciej Babinski
Margot Delgado
Marisa Bicelli
Nelson Leirner
Pedro Alexandrino
Pinky Wainer
Rosely Nakagawa
Silvia Elboni
Stella Ferraz de Camargo
Ucho Carvalho
Wesley Duke Lee

é isso, por fernando stickel [ 9:52 ]

a arte da vida

Domingo frio, acordo travado e com dores, fruto de um dia inteiro de pé na abertura da exposição do Cassio Michalany ontem, 14/6 no espaço Fundação Stickel.
Na verdade foram três dias puxados, quinta e sexta na montagem da exposição junto com o Marco, e ontem na abertura, que foi muito boa, com amigos queridos e bons papos.
Hoje depois de um excelente café da manhã com a Sandra e a companhia do imprescindível Estadão, fiz um passeio rápido com Jimmy e Bolt na pracinha da Vila Nova, dei comida para os cachorrinhos e fui ao clube fazer um alongamento e sauna, foi a melhor decisão, fiquei novo!
Agora, me sentindo muito elegante e renovado, com roupas limpas e dentes reformados tomo uma taça de vinho do Porto e penso nos queridos amigos falecidos no ano passado, Mario e Cassio, ao som do sax de Ben Webster & Coleman Hawkins.
Em breve iremos todos à Enosteria para o tradicional almoço de domingo.
E a vida segue, so it goes.

é isso, por fernando stickel [ 13:00 ]

homenagem a cassio michalany


30 desenhos, 1980

FUNDAÇÃO STICKEL CONVIDA PARA ABERTURA DA EXPOSIÇÃO “O SILÊNCIO DA COR” de CASSIO MICHALANY

Homenagem ao artista Cassio Michalany (1949-2024), celebrando sua trajetória singular e sua presença contínua entre nós, um ano após seu falecimento. A mostra nasce do desejo de compartilhar não apenas a força plástica de sua obra, mas também os vínculos pessoais, afetivos e artísticos que nos unem a ele, que soube, como poucos, silenciar o excesso e fazer da cor um acontecimento.

Cinco décadas de sua consistente produção artística estarão representadas, com obras das coleções Sandra e Fernando Stickel, José Olympio da Veiga Pereira, Walter Appel e Augusto Livio Malzoni.

Espaço Fundação Stickel
Rua Nova Cidade 195 Vila Olímpia São Paulo SP

Abertura: Sábado 14 junho das 11 às 16h

Visitação: Até 19 julho, terça a sexta 11 às 17h sábados 11 às 15

é isso, por fernando stickel [ 9:02 ]

lucy villa-lobos na mapa

A pintora Lucy Villa-Lobos com Marcelo Palotta na Galeria Mapa em São Paulo.

Ao conhecer seu lindo trabalho, imediatamente me lembrei dos grandes artistas Agnes Martin e Sean Scully.

Muita delicadeza e eficiência cromática na pintura a óleo.

é isso, por fernando stickel [ 8:19 ]

boi na galeria mapa

José Carlos BOI Cezar Ferreira, ou simplesmente BOI para seus amigos, era um pintor fabuloso, companheiro inesquecível, “um artista dos artistas” como diz Agnaldo Farias em seu texto de apresentação.

Falecido em 2018, Boi recebe agora uma necessária retrospectiva na Galeria MaPa, imperdível!

Rua Costa 31 – Sábado, 24 maio, das 11 às 17h.
Estacionamento na Rua Bela Cintra 374

é isso, por fernando stickel [ 17:36 ]

alexander von humboldt


Alexander Von Humboldt (1769-1859) geógrafo, naturalista, explorador e cientista.

Geografia das plantas nos países tropicais – Uma pintura da natureza nos Andes


Chiranthodendron pentadactylon

Alexander Von Humboldt se descrevia como um cientista com alma de artista. Seu naturalismo pode ser descrito como um dos mais abrangentes, sensíveis e inovadores de sua época. Ele não via a natureza apenas como um conjunto de objetos a serem classificados, mas como um sistema interconectado, dinâmico e esteticamente significativo. Seu naturalismo era científico, filosófico e até poético. Entre seus amigos Schiller (1759-1805) e Goethe (1749-1832).

é isso, por fernando stickel [ 15:31 ]

marcio périgo

Fundação Stickel convida para a mostra “Somos Memórias”, exposição de gravuras de Márcio Périgo com texto crítico de Agnaldo Farias, no Espaço Fundação Stickel.

Abertura no próximo sábado, 12 de abril, das 11h às 16h. Venha conferir 66 gravuras em metal!

Rua Nova Cidade 195 – Vila Olímpia – São Paulo

“Nesta série de gravuras, cores vibrantes e carregadas de simbolismo revelam a terra e o carvão, evocando memórias ancestrais de povos originários e seus utensílios, histórias profundas e enraizadas. O que vemos na obra de Périgo vai além de imagens – são narrativas que ecoam em nós, pulsantes e viscerais, como a terra que sustenta a nossa memória coletiva.” – Fernando Stickel.

Márcio Périgo é gravador e desenhista. Iniciou seu trabalho em gravura em metal na Fundação Armando Álvares Penteado, em 1972, como matéria curricular do curso de graduação em Comunicação Visual. Em 1977 obteve o título de Bacharel em Comunicação Visual, quando apresentou um painel voltado a um estudo gráfico da obra Grande Sertão-Veredas, de João Guimarães Rosa. Obteve o título de mestre na área de Poéticas Visuais, com a dissertação A Matéria da Sombra em 2001. Em 2009 obteve o título de doutor apresentando a tese Caos Aparente – Sinais gráficos.

é isso, por fernando stickel [ 17:07 ]

colagem sem cola…

colagem
Colagem sem cola… último trabalho feito no meu estúdio…artes plásticas + fotografia.


Com algum Photoshop depois… e impresso!

é isso, por fernando stickel [ 23:34 ]

arte

Tenho feito poucos trabalhos acabados, este é uma ecoline sobre cópia fotográfica do ano passado.

é isso, por fernando stickel [ 16:45 ]

do fundo do baú

Nsta foto, tomada pelo meu falecido amigo e colega arquiteto Leslie Joseph Murray Gattegno, na 10ª Bienal de São Paulo, em 1969, estou observando as pinturas do artista canadense Greg Curnoe (1936-1992)


Página do catálogo da Bienal.


Trabalho de Greg Curnoe.

é isso, por fernando stickel [ 17:40 ]

cassio michalany

Fosse vivo meu amigo Cassio Michalany completaria hoje, 16 março 2025, 75 anos de idade, infelizmente ele nos deixou precocemente no ano passado.

Um acidente doméstico o enviou para a UTI no Hospital Oswaldo Cruz, na mesma época em que eu me recuperava em uma cama de hospital no Einstein de cirurgia de descompressão lombar.

Entre o Einstein e o Oswaldo Cruz trocamos alguns telefonemas, eu tive a sorte de sair, já ele teve sua linda carreira tragicamente encerrada ali mesmo no hospital. Consegui ir ao velório me despedir do grande amigo, apoiado em uma bengala, capengando…

Saudades do Cássio, muitas saudades.

é isso, por fernando stickel [ 8:51 ]

merecido oscar


Foto Antonio Frajado

No meio do caos que nós brasileiros vivemos, sem perspectivas de melhora, a excelente notícia do Oscar de melhor filme internacional para “Ainda estou aqui” é um alívio e esperança de que ainda podemos sonhar em ser um país civilizado.

O filme conta uma história de civilização versus barbárie, de maneira clara e direta, usando recursos simples e atores magistrais, Fernanda Torres como Eunice Paiva e Selton Mello como Rubens Paiva estão impecáveis sob a direção de Walter Salles. Adorei o filme e torci até o último minuto por esse merecido prêmio! Parabéns a toda equipe!

é isso, por fernando stickel [ 9:01 ]

fernanda torres

Vitória!!! Fernanda Torres leva o prêmio de melhor atriz em língua estrangeira no Globo de Ouro!
O filme Ainda estou aqui já ganhou diversos prêmios, e segue firme rumo ao Oscar.
Parabéns ao diretor Walter Salles e toda equipe!

é isso, por fernando stickel [ 8:59 ]

o bastardo

O filme “O Bastardo”, disponível na Prime Video, conta a história do soldado e explorador dinamarquês Ludvig Kahlen (1704-1774), interpretado por Mads Mikkelsen, que explorou e cultivou a selvagem Jutlândia da Dinamarca, em meados do século XVIII.

O filme é emocionante, te pega desde o primeiro minuto e Mads Mikkelsen tem uma atuação memorável. Locações, roteiro, figurino, fotografia, tudo perfeito, sem exageros. A direção de Nikolaj Arcel cria com competência um filme austero e envolvente, nos colocando dentro da dura luta de Ludvig Kahlen pela sobrevivência e conquista de uma posição de nobreza na Dinamarca no século XVIII.

Além de tudo o filme é um libelo contra a praga woke que nos assola, pois trata de assuntos como ambição, poder, amor, raça, resiliência, sexo, vingança, de uma maneira correta, sem nenhum viés, sem exaltar, esconder ou privilegiar nenhum aspecto da existência humana, retrata homens e mulheres tentando sobreviver, prisioneiros talvez de um ou outro aspecto dos costumes e práticas da época, sim, mas enfrentando de frente as duras condições da vida rural.


Kahlen enfrenta Frederik De Schinkel

é isso, por fernando stickel [ 9:20 ]

leitura de poemas aqui tem coisa

Em 14 de dezembro de 1999 lancei meu primeiro livro de poesias e desenhos aqui tem coisa pela Editora DBA, no espaço A Estufa do Leo Laniado, na R. Wizard 53 na Vila Madalena.

Fiz o livro com muito capricho, pensando que ele poderia ser o único! Na verdade fiz até agora mais dois livros, o Vila Olímpia pela Editora Terceiro Nome em 2006 e Clássicos pela Editora Madalena em 2020.

Foi um evento de altíssimo astral, onde meu amigo Celso Frateschi organizou uma leitura dos meus poemas por Paulo Autran, Karin Rodrigues, Eliana Fonseca (Lili), e Fernando Eiras.

é isso, por fernando stickel [ 8:52 ]

luisa strina 50 anos

Para celebrar os 50 anos da galeria de arte que Luisa Strina fundou, em São Paulo, em 17 de dezembro de 1974, parte de sua coleção estará aberta à visitação pública pela primeira vez desde 1994.

“Amostra: um recorte da coleção Luisa Strina” apresentará trabalhos de nomes significativos da arte contemporânea como Cildo Meireles, Fernanda Gomes, Carl Andre, Jimmie Durham, Francis Alÿs, Mira Schendel, Leonilson, dentre muitos outros.

A exposição, organizada pela própria galerista/colecionadora, pela diretora artística da galeria Kiki Mazzucchelli e pelo curador/galerista Ricardo Sardenberg, terá abertura no dia 17 de dezembro de 2024, das 18h às 21h.

Em uma Paulicéia longínqua, quando abríamos os jornais e as colunas sociais nos traziam impressas as novidades das artes, festas, exposições, etc… minha vida artística foi indelevelmente ligada à Luisa Strina.

Recorte de Luis Paulo Baravelli refletido em obra de Carl Andre no piso.

Uma das mais lindas pinturas de Mira Schendel que já vi.

Como todos os dias se aprende algo novo, fiquei conhecendo este artista belga maravilhoso, Francis Alÿs.

é isso, por fernando stickel [ 9:14 ]

o clube do nada

A cineasta Anna Muylaert pisou na bola. Embalados pelas boas memórias de seus excelentes “Durval Discos” de 2002 e “Que horas ela volta” de 2015, fomos assistir seu último filme “O Clube das Mulheres de Negócios”, recém lançado.

Decepção total. O que é isso??!!! Bons elementos existem no filme, atores, fotografia, cenários instigantes, reconhecemos o Clube de Campo e o Yacht Clube Santo Amaro!

Mas infelizmente não há nada que mantenha estes elementos unidos sob uma ideia, um propósito, uma mensagem. Não há um roteiro compreensível. Pequenos fragmentos se sucedem, alguns totalmente dispensáveis, como a cena com o cavalo, e você fica esperando que eles se unam e façam sentido, combatendo a cada minuto a vontade de se levantar e ir embora do cinema, esforço frustrado, pois até o último segundo nada os une e nada faz sentido.

Obviamente percebemos muitas simbologias sobre o momento político do nosso país, as odiosas questões identitárias, OK, existe ali um empenho, mas em qual direção esta tentativa nos leva? Para lugar nenhum. Tempo perdido. O ícone Ítala Nandi, presente em “O bandido da Luz Vermelha” de 1968, participa também desta elegia ao nada, coitada, emprestando sua rica história para nada.

é isso, por fernando stickel [ 7:43 ]

motoring arts


O Carcará em fotos de época

Um ícone do automobilismo brasileiro, o Carcará é um automóvel criado pelo designer Anisio Campos (1933-2019) para bater o recorde de velocidade brasileiro para motores até 1.000cc. O exemplar único foi produzido em Matão SP pelo “carrozziere” Rino Malzoni, com motor DKW de dois tempos preparado por Miguel Crispim.


Anisio Campos em frente à CasaBola do arquiteto Eduardo Longo na Rua Amauri

Para homenagear os 40 anos do recorde do Carcará, que obteve a velocidade velocidade média de 212,903 km/h pilotado por Norman Casari em um trecho de cerca de cinco quilômetros da Rodovia Rio-Santos na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro no dia 29 junho 1966, um grupo de 20 artistas brasileiros radicados em São Paulo e o designer Anisio Campos criaram a exposição MOTORING ARTS com patrocínio do Santander Banespa e apoio da Fundação Stickel.

De 10 a 19 Outubro 2006, juntamente com os trabalhos dos artistas, estará exposta a recriação do Carcará original, com motor DKW-Vemag três cilindros, dois tempos e 1 litro, feito à mão pelo artesão Toni Bianco. O Carcará II é a única peça recriada no acervo da Associação Cultural do Museu do Automobilismo Brasileiro, presidido por Paulo Trevisan em Passo Fundo, RS.

A exposição será no Espaço CasaBola de Eduardo Longo, na R. Amauri 352 São Paulo.

ANTONIO PETICOV • CACIPORÉ TORRES • CLAUDIO TOZZI • CLEBER MACHADO • FERNANDO STICKEL • GILBERTO SALVADOR • GUILHERME DE FARIA • GUSTAVO ROSA • GUTO LACAZ • IVALD GRANATO • JEJO CORNELSEN • JOSÉ RESENDE • JOSÉ ROBERTO AGUILAR • MARCELO CIPIS • MARCELO NITSCHE • MARCELO SERPA • NEWTON MESQUITA • RAMANEFER • RUBENS GERCHMAN • TOMOSHIGUE KUSUNO

Carcará


Meu filho Arthur no “cockpit” do Carcará II e Anisio Campos


Carcará e seu motor DKW instalado entre-eixos

é isso, por fernando stickel [ 17:54 ]