aqui no aqui tem coisa encontram-se
coisas, coisas, coisas...
...desde janeiro de 2003

esportes

biathlon mario sacconi


Ao meu lado a Vera Domschke, viuva do Mario

Na Sociedade Hípica Paulista realizou-se o 24º Biathlon, homenageando meu recém falecido amigo Mario Sacconi.


O grupo que fez a caminhada

é isso, por fernando stickel [ 7:24 ]

faleceu mário sacconi


Mário Sacconi e a Mercedes-Benz 280 SL, companheira de inúmeros rallyes de carros clássicos.

MEU AMIGO MÁRIO

Mário Vicente Sacconi era um esportista. Não por acaso foi na Sociedade Hípica Paulista que eu conheci o Mário, quando a Sandra minha mulher e eu nos associamos em 2007. A Sandra já conhecia a Vera Domschke, mulher do Mário desde os tempos de cursinho…
Certo dia eu estava na piscina e o Mário se aproximou de uma maneira ao mesmo tempo direta e suave, atitude que de cara me impressionou, e perguntou meu nome, o que eu fazia, e assim iniciamos uma gostosa conversa, que se tornaria uma sólida amizade.


Sandra, Vera e Mário na Lapa, PR.

Naquela época eu me dedicava bastante à natação, ele corria e nadava e nós, junto com a Sandra participávamos das competições “Biathlon” do clube, onde um corre e o outro nada.
No Biathlon de novembro 2012, a dupla Sandra e Mário participaram de um sorteio e ganharam o prêmio de uma estadia no Lapinha SPA no Paraná, com direito a acompanhante. No inverno de 2013 os dois casais embarcaram para uma deliciosa semana de caminhadas e muita saúde na Lapinha!

———


Chegando ao Clube Internacional de Regatas em Santos.

Vocês sabem o que é exaustão física extrema?
Eu sei, depois de dois dias de regata não muito bem sucedida… O primeiro dia, em setembro 2011 no Clube Internacional de Regatas em Santos foi só de treinos, Mário, timoneiro e eu, proeiro, entramos na água no snipe “Pantera por volta das 15:30 e navegamos até as 16:00 quando um defeito em uma roldana travou todo o sistema de controle da vela mestra do snipe, uma coisa provoca outra e acabamos virando, bem no meio da rota dos navios que entram e saem do porto de Santos. Rompeu-se a trava que segura a bolina, e ficamos sem a dita cuja, que mergulhou rumo ao fundo do mar… Mesmo se conseguíssemos desvirar o barco, seria impossível navegar sem a bolina.
Por sorte haviam outros competidores por perto que vieram nos ajudar, a coisa funciona assim: Mario e eu pedurados em uma escota, fazemos peso para desvirar o barco, quando a vela chega à superfície da água, alguém dos outros barcos pega a ponta do mastro que aflorou e dá um empurrão para cima, para completar a operação. Essa operação se repete uma, duas, três, cinco vezes, você escorrega, bate no barco, vai ficando fraco e com frio, cada tentativa é mais difícil que a anterior… Finalmente com o barco desvirado, um dos voluntários que nos ajudava saiu do barco dele e entrou no nosso tão rápidamente que parecia ter “andado sobre as águas”, e nos ajudou a baixar as velas e preparar um cabo para reboque. Chegamos no Clube Internacional de Regatas simplesmente exaustos… aí pega o carro e, chegando em São Paulo fomos ao Yacht Club Santo Amaro para emprestar uma bolina, a coisa foi longe…
Acordar no dia seguinte cheios de dores, tentando chegar cedo ao clube para consertar os estragos. Saímos em cima da hora, chegamos na raia exatamente na hora… UFA!!!!! Eis que, a dois minutos da largada se rompe um cabo… Novamente um perereco e a correria da improvização, conseguimos largar com cerca de 4 minutos de atraso, no primeiro contravento, tudo bem, conseguimos deixar três competidores para trás, na segunda bóia, tudo OK, aí o cabo esgarçou, pifou. Não deu mais, tivemos de desistir. Chegando de volta em São Paulo passamos na Regatta, compramos os equipamentos necessários, e amanhã cedo de volta à luta!!!!!!!

——–

O arquiteto João Batista Vilanova Artigas (1915-1985) projetou alguns prédios significativos na minha vida:
– FAUUSP na Cidade Universitária. No dia do vestibular de arquitetura em 1969, inauguração da nova faculdade, o próprio Artigas circulava entre as mesas, zeloso de sua obra e reprimia quem ousava usar um estilete sobre a fórmica virgem das mesas.
– Sobrados na R. Sampaio Vidal. Já formado arquiteto, comprei e reformei uma casa, projeto de sua autoria.
– Casa Domschke. Em setembro 2022 conheci outra obra do Artigas, desta vez em triste circunstância, pois nesta enorme casa realizou-se o velório de sua proprietária, Lydia Domschke, mãe da Vera, sogra do Mario e neste mesmo dia ficamos sabendo do diagnóstico do Mario, um tumor do tamanho de uma laranja no pulmão e várias metástases.

——

Mário e eu em Santos, prontos para competir!

Às sete da manhã em ponto, conforme combinado, Mario passou na minha casa e pegou a mim e ao meu filho Arthur, direção Ponta da Praia em Santos. Íamos participar do Circuito Netuno de Travessia em Águas Abertas – 2ª Etapa, abril 2010. Trânsito complicado em Santos, por um evento de pedestrianismo, ruas e avenida da praia fechados, chegamos ao stand da YPS, promoter do evento, às 8:15h, dentro do prazo.
Retiramos as toucas obrigatórias, verde para mim, vermelha para o Mario e tivemos nossos números de inscrição pintados no corpo. Às 9:00h houve “simpósio técnico”, com rápidas explicações para as provas, 9:20h, largada da minha prova. Cerca de 50m separavam a linha de início da prova do começo da arrebentação, distância que cobri em um trote leve, o que acabou por prejudicar meu fôlego no início das braçadas, planejada para ser em 4×1, mas acabei por começar direto no 2×1. Na primeira bóia, a 150m já havia controlado a respiração. Na virada da segunda bóia, a 600m, a coisa ficou feia, pois a correnteza me arrastava para longe do portal de chegada, e foi necessário aplicar mais de 100% da minha capacidade cardiopulmonar, com o esforço cheguei exausto, completando os 750m em 15’23”, em segundo lugar na minha categoria “P” 60+ nascidos entre 1947 e 1951.
O Mario largou às 9:35h e completou os 1500m em 34’14”, terceiro lugar na categoria “O” 55+ nascidos entre 1952 e 1956. No seu pódio haviam quatro Marios!!!!

——-

Poucas semanas atrás resolvi levar o Mario a passear de carro. Ele e a mulher Vera estavam morando temporariamente na casa da Luciana, irmã da Vera, pois a casa deles estava em reforma. Mario já estava sem trabalhar há algum tempo, fora de sua própria casa, imerso 100% na família, médicos, tratamentos, hospital etc… Achei que um passeio, retirando-o desta confusão faria bem a ele, consultei a Vera e ela me disse que o Mario gostou da ideia do passeio.
Cheguei na casa da Luciana em um sábado de manhã, 30 setembro 2023, estacionei a minha “baleia” Mercedes-Benz 560 SEL, toquei a campainha e a Luciana abriu a porta avisando:
– O Mario está saindo.
Ele apareceu na porta, caminhando muito devagar, muito fraco, e sem falar nada me deu um abraço emocionado.
Fomos até o carro, abri a porta do passageiro e ajudei-o a entrar no carro, dei a volta, sentei no banco do motorista e perguntei:
– Mario, você quer ir a algum lugar em especial, no YCSA?
– Quero ir na farmácia… e me deu instruções sucintas, usando mais gestos que palavras para chegar à farmácia mais próxima, quis descer do carro, ajudei-o, entramos na farmácia e ele comprou duas coisinhas.
Voltamos ao carro, e ele só com um gesto disse: Vamos!
Daí para frente, durante cerca de hora e meia dirigi em silêncio, apenas uma música suave no rádio, ele não abriu mais a boca, cheguei a pegar a Rodovia Castelo Branco, pensando em parar no bacalhau do km 54, mas o trânsito estava infernal e fugi por um desvio.
Voltamos à casa da Luciana e lá deixei o Mario. À tarde liguei e perguntei se ele havia comentado algo, e a Luciana disse que ele havia gostado do passeio.
No dia seguinte soubemos que ao se preparar para deitar, cerca de 23h, Mario disse para a Vera:
– Não vai dar, estou com muita dor.
E foram para o hospital.
Esse era o Mario, durão, aguentava dor sem reclamar, só abria o bico em último caso.
Esta foi a última vez que estive com o Mário, que o vi vivo, ele faleceu na sexta-feira 10 novembro 2023.

———-


Preparados para a largada do Rallye 1.000 Milhas Históricas Brasileiras.

Mario navegador e eu piloto articipamos nos dias 2,3,4 e 5 de junho 2011 do Rallye 1.000 Milhas Históricas Brasileiras destinado a carros clássicos, realizado pela primeira vez no Brasil pelo MG Club do Brasil, com regras da FIA e supervisão da “Fédération Internationale des Véhicules Anciens” – FIVA.
Percorremos cerca de 1.700 km entre São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, as cidades de pernoite foram Angra dos Reis, Tiradentes e Campos do Jordão. A máquina que nos levou nesta competição incrível foi o Porsche 911 Carrera 1975, motor 2,7 litros, 210hp, que passou com louvor em seu primeiro grande teste após período de três anos de restauro de motor, câmbio, suspensão, freios, etc…
Logo de manhã, na largada da segunda perna saindo do Portobello Resort, fui perguntando ao Mario qual o próximo objetivo, uma lombada, um ponto de ônibus, uma padaria, etc… ele dizia lombada e ela não estava lá, ele dizia padaria, mas ela já havia passado, e assim fomos indo e eu comentava com ele que alguma coisa estava errada…
Até que ele falou: Túnel! Não havia túnel… Aí eu tive certeza que havíamos errado o roteiro, e iniciei a toda velocidade (e muita emoção) a recuperação do erro, que nos custou apenas 60 km…
À noite, a organização do rallye projetou em uma tela o percurso de todos os carros registrado por GPS, vários pontos seguiam juntos após a largada e logo um ponto desgarrou-se do bloco principal (éramos nós…), o ponto distanciou-se bastante do grupo, e depois voltou rapidamente a se juntar, demos muitas risadas e fomos dormir felizes com a aventura.
Completamos a prova em 22º lugar na geral (51 inscritos) e 14º lugar na categoria (24 inscritos).
O carro se comportou perfeitamente e descobrimos que existem inúmeras belezas naturais que não conhecemos, simplesmente por falta de andar por este mundão afora.
Além dos prazeres da competição, e dos deliciosos “rachas” em trechos de deslocamento, conhecemos várias pessoas interessantes, escutamos muitos “causos”, e conversei muito com o Mario, ele mesmo um fantástico contador de causos. Mario, e eu fomos nos ajustando durante o percurso, ao ponto de zerarmos todos os PC no último trecho.

——–

Mario era um excelente contador de causos. Contava histórias da sua infância e adolescência na casa dos pais na Vila Nova Conceição, as brincadeiras e aventuras com os amigos da rua, passando por sua vida profissional, a MGS Eletronica, pelas aventuras na vela, viagens, etc… etc… Um dos causos ficou bem gravado na minha memória, pois passou-se na Praia do Tombo no Guarujá, local que eu conhecia bem, pois tínhamos casa ali perto, e sobre o qual meu pai sempre me alertou:
– Não entre no mar na Praia do Tombo, é muito perigoso, as ondas são muito fortes e tem correnteza!
Pois foi justamente nesta praia que o Mario foi surfar, foi embrulhado por uma onda e sofreu um corte profundo no ombro, ferido, teve que aguentar um bom tempo para conseguir sair do mar sangrando e procurar ajuda…

———

Passeio a Campos do Jordão, Francisco, Mario e eu nas BMW.

Certo dia, início de 2010, Mario me falou assim: Quer ser meu proeiro?
Eu respondi: Se você é louco de me convidar, eu sou louco de aceitar!
Eu explico. Mario foi desde sempre um velejador, inicialmente na classe Finn, uma das mais difíceis, e depois na classe Snipe, na qual eu fui proeiro na minha adolescência no YCSA. Como já havíamos conversado sobre esse assunto ele sabia que eu tinha intimidade com a vela.
Ele me explicou que o Snipe World Master Championship 2010, organizado pela Snipe Class International Racing Association – SCIRA, Campeonato Masters Mundial de Snipe, aconteceria em setembro no Rio de Janeiro, e que teríamos cerca de cinco meses para os necessários treinamentos.
Eu topei na hora, e começamos a participar de regatas, na represa de Guarapiranga, sede do Yacht Club Santo Amaro – YCSA. Comprei roupas técnicas, velejamos em temperaturas congelantes, viramos o barco em vento forte, fizemos muitos ajustes e reformas no barco, enfim, muita experiência acumulada em pouco tempo. Naquela época tanto ele quanto eu tinhamos potentes motos BMW, e ir e voltar ao YCSA era fácil e rápido.
Em julho veio o Campeonato Leste Brasileiro em Cabo Frio, minha primeira regata fora de São Paulo. Viajamos na quinta-feira ao meio-dia, rebocando o snipe na perua Peugeot do Mario. Em condições normais, sem congestionamentos são cerca de sete horas na estrada. Foram duas regatas na sexta-feira e duas no sábado, as duas do domingo não fizemos para poder preparar o barco para a viagem de volta e chegar cedo.
Ao final da regata na sexta-feira o Iate do Clube do Rio de Janeiro – Sede Cabo Frio ofereceu um churrasco, devorado por nós, e logo na sequência fomos à pousada Porto Fino, exaustos. Enquanto eu tomava banho, Mario já havia se preparado, mergulhou na cama e dormiu imediatamente, quando eu ia entrar na cama fui assaltado pelo ronco do Mario… Ele dormia profundamente e roncava na potência máxima! Pensei com os meus botões: Assim não vai dar! Fui à recepção e pedi outro quarto, onde pude finalmente desabar na cama! Nossa posição nas quatro regatas foi de 20º lugar, para um total de 26 participantes, resultado excelente, considerando que no grupo havia competidores com inúmeros troféus internacionais, como Bruno Bethlem e Ivan Valente, além de vários outros “feras”. Além disso nossas idades somavam 117 anos e o peso 170kg, muitas das tripulações concorrentes eram bem mais jovens e mais leves. O resultado, além de um brutal aumento na minha experiência e no treino da tripulação, foram dores generalizadas, exaustão total ao final das regatas, noites de doze horas de sono, e os meus dedos parecem salsichas “overstuffed”, duros, doídos, parecia que com qualquer coisa eles iriam estourar!

———

Mário preparando o barco.

Finalmente chegou o dia 18 setembro 2010, hora da viagem ao Rio de Janeiro para o tão esperado Campeonato Masters de Snipe, Mario e eu estávamos bastante bem treinados, o barco regulado, tudo em ordem.
Mais uma vez o processo de preparar a carreta e desmontar o barco e colocá-lo na carreta, aproveitei e fui atrás de um pneu novo, preparativos para uma viagem tranquila.
Chegamos ao Rio de Janeiro ao final da tarde e fomos direto ao Iate Clube do Rio de Janeiro em Botafogo para descarregar o snipe. O local é lindo demais, com o Pão de Açúcar logo ali. Na sequência fizemos o check-in no Novotel no Leme, desta vez em quartos separados!
Na manhã seguinte, a cerimônia de abertura do campeonato contou com banda de música da Marinha e discurso de autoridades!

Durante os meses de treinamento Mario me ensinou tudo, comentava sobre os competidores concorrentes e suas estratégias, me apresentou dezenas de amantes da vela, esclareceu as regras de largada e de competição, detalhes técnicos do barco. Tentei ser um bom aluno, fui melhorando no processo de montagem e desmontagem do barco, e na velejada em si, nas responsabilidades do proeiro, e, de fato, pouco a pouco nos tornamos um time. Algumas habilidades acessórias foram desenvolvidas, como guiar pelo Rio rebocando a carreta, procurando um borracheiro…


Mário e eu no Iate Clube do Rio de Janeiro.

As competições na baía da Guanabara, à sombra do Pão de Açúcar, eram lindíssimas, e muito difíceis. Poucos velejadores conhecem o complicado regime de marés e correntezas do local, então apenas os competidores locais e os mais experientes se davam bem.
A convivência no Iate Clube era muito divertida, com muita gente nova, tomar um chopp ao final da tarde naquele ambiente foi uma experiência única! Nas poucas horas livres conseguimos ainda caminhar bastante pelo Leme, visitar o Forte de Copacabana, fizemos uma trilha ao redor do Pão de Açúcar, visitamos o Museu Niemeyer em Niterói e uma exposição de Wesley Duke Lee na Pinakotheke em Botafogo.
A competição foi vencida pela dupla Paulo Santos e Rodrigo Inacio, cariocas e profundos conhecedores da Baía da Guanabara, nós ficamos em 35º lugar, dentro de um universo de 54 competidores, incluindo japoneses, noruegueses, italianos, norte-americanos e canadenses.


Mário e eu na Guarapiranga.

————

No Carnaval de 2016, os Hackepeters, grupo de Whatsapp formado por 4 casais de amigos da Sociedade Hipica Paulista, decidiam ir a um baile a fantasia em um restaurante no centro da cidade, na R. Nestor Pestana. Foi hilário! O Mario de Popeye e a Vera de arlequim; Sandra de anos 70 e Fernando; Mané de Chapolim Colorado e Laura e Alexandre de pirata e Celina.

———–

Almoço no Manacá, com Bassy, Alberto e meu filho Arthur.

Mario e eu estávamos treinando bastante natação, já havíamos feito o teste de natação no mar na prova em Santos, e resolvemos participar de uma prova maior, a Fuga das Ilhas na Barra do Sahy, litoral norte. A organização do evento insistia em dizer que a distância era de 1.500m, quando na realidade é de cerca de 1.900-2.000m.
No domingo 8/12/2013 Mario, Jean, outro amigo da Hípica e eu procuramos o espaço do Edu Modenez, parceiro do nosso professor Ricardo, e lá, guarnecidos de cadeiras, água, isotônico e sombra aguardamos o início da prova nos hidratando, para combater as cãibras. Foram cerca de duas horas de espera até a largada. Na escuna que leva os competidores à ilha fiz bastante alongamento das panturrilhas, e me senti preparado para a prova.
Dada a largada me esquivei de parceiros mais afoitos, ninguém quer tomar uma braçada ou pernada, peguei o meu ritmo e mirei na referência no continente. Mario e Jean sumiram, cada um na sua… Durante o percurso senti uma ou outra “fisgada” na panturrilha, início de cãibra, dei uma soltada na perna e me livrei da maldita, e assim foi até o final. O mar estava bastante mexido, acho que fiquei retido por um bom tempo em alguma correnteza contrária perto da largada, e na chegada, andando com água abaixo da cintura as cãibras quiseram se manifestar novamente, combati-as com calma, andando devagar e levei cinco minutos até passar pelo portal. Completei a prova em 55’06”, 9º colocado na categoria e 2086 na geral. O Mario completou a prova com pelo menos 10 minutos a menos.
Almoçamos como reis no Manacá, em Camburi, e a sensação de vitória e objetivo cumprido: Completar a prova sem cãibras!!!

——-

No topo do Monte Serrat, eu, Sandra, Vera e Mário.

Em Julho 2012 Mário sugeriu que visitássemos Santos, sugestão aceita imediatamente, e lá fomos nós para o litoral na tarde da sexta-feira 20 julho, Dia Internacional da Amizade.
Primeira parada no Monte Serrat, com linda visão 360 graus de toda a cidade, com acesso pelo bondinho. Em seguida pegamos uma catraia na Bacia do Mercado, em Santos, destino Vicente de Caravalho (antiga Itapema), no Guarujá, uma linda e curta viagem, ida e volta, pelo meio do porto de Santos.
Na sequência uma caminhada pelo Valongo, Bolsa do Café, museu Pelé em construção, até em um casamento tropeçamos!

é isso, por fernando stickel [ 23:55 ]

faleceu julio berriel


Faleceu em Punta Del Este no Uruguai o meu amigo Julio Berriel. Excelente e bem humorado companheiro de aventuras automobilísticas, Julio deixa muitas saudades. R.I.P.


Em 2014 Julio me convidou a participar com ele da 24ª Edición 1.000 Millas Sport e Historicos – Gran Premio Ancap – Copa Mazda, em Montevideo e Punta Del Este, o que fizemos a bordo do Ford Escort emprestado pelo nosso amigo Wanderley Natali. Pela primeira vez ocupei o lugar do navegador, nosso resultado não foi brilhante, mas nos divertimos muito!


No ano passado em Lindoia encontrei com Julio, percebi que ele tinha emagrecido muito, o questionei, mas ele não quis falar a respeito. Fiquei com a triste sensação de que algo não ia bem com ele.

é isso, por fernando stickel [ 9:28 ]

almoço confraternização


Os clubes da Alfa Romeo e da Mercedes-Benz se reuniram em um delicioso almoço de confraternização no Clube Monte Líbano. Na foto com Roberto Suga e sua mãe, D. Edith, e Sandra, esposa do Julinho Penteado.


Sergio Massa, Ricardo Prado Santos, Emanuel Zveibil, Roberto Suga e eu.


Minha Mercedes-Benz 280 SL 1970 foi convidada a participar da festa!


Raul Sulzbacher e eu.


No centro da foto o nosso Presidente e eficientíssimo organizador da festa, Elias Haddad.


Atenção aos discursos!


A Pagoda esperando a festa começar!

é isso, por fernando stickel [ 18:07 ]

faleceu tigrão


Faleceu Luiz Carlos Fagundes (5/4/1937- 13/6/2022), o Tigrão, aos 85 anos.


Tigrão em sua querida Angra dos Reis.

No domingo 21 Junho 1970 a Seleção Brasileira conquistou no Estádio Azteca, da Cidade do México o terceiro título da Copa do Mundo de Futebol, com uma vitória de 4 x 1 sobre a Itália.

O êxito ocorreu em plena ditadura militar (1964–1985), na gestão do Presidente e General de Exército Emílio Garrastazu Médici (1905–1985).

Eu tinha 21 anos de idade, cursava a FAUUSP e namorava há cerca de dois anos com a Alice. Assistimos ao jogo na casa do pai dela, José Kalil, na R. Martiniano de Carvalho no bairro do Paraíso.

Ao término do jogo o Tigrão, namorado da Dulce, irmã mais velha da Alice, me arrancou do exultante ambiente familiar, me enfiou em uma Ferrari vermelha conversível, colocou uma bandeira do Brasil nas minhas mãos e saímos em alta velocidade…

Descemos a R. Martiniano de Carvalho e logo encontramos uma multidão comemorando no meio da rua, naquela região haviam vários cortiços, eu nem percebi, mas minha bandeira tinha sido arrancada das minhas mãos por um daqueles felizes brasileiros. Tigrão freou imediatamente o carro, saltou e foi atrás do ladrão de bandeira, mergulhando no cortiço.

Eu fiquei sentado no carro, atônito, mal me dando conta do que havia acontecido, a turba se aproximou e cercou o carro, e eu sem saber o que fazer… Finalmente o Tigrão reapareceu com a bandeira na mão, e retomamos nosso passeio!

Ele era assim, intenso, imprevisível, brincalhão, e tínhamos em comum o gosto pelas máquinas, pelos carros velozes! Certa feita ele me deu uma carona para o Guarujá em um Renault “Rabo-Quente” preparado para corridas…


O Renault “Rabo-Quente” com o logotipo de sua oficina, a Torke. A oficina ficava na R. Jesuino Pascoal na Vila Buarque, ao lado da Santa Casa.

é isso, por fernando stickel [ 20:36 ]

regularidade em interlagos


Com meu amigo Norbert, convidado no banco do passageiro, na reestréia do Rallye de Regularidade em Interlagos.


Ontem houve a primeira prova da temporada de Regularidade. Tentei usar o cronômetro do Iphone, me atrapalhei, e acabei fazendo a prova apenas na sensibilidade, usando apenas conta-giros e trocas de marcha sempre iguais conquistamos o terceiro lugar!
O Porsche 911 S 1975 “Silver Anniversary Edition” se comportou perfeitamente, tudo funcionou!

é isso, por fernando stickel [ 8:21 ]

rallye pedra do baú


Sandra como navegadora e eu participamos do 105º Raid do MG Club – Rallye de Campos do jordão – Pedra do Baú, com a Mercedes-Benz 280 SL 1970!


Largada da Etapa Noturna, sexta-feira 3/12 19:00h


Em plena competição!


Em plena ação!


A Pousada do Quilombo fica em um cenário privilegiado, em São Bento do Sapucaí, de frente para a Pedra do Baú!
A Pagoda comportou-se com perfeição, de dia e de noite, e a recém instalada proteção térmica cumpriu com eficiência seu papel.


No quesito navegação a coisa não foi tão bem… Principalmente porque utilizamos pela primeira vez um aplicativo de celular chamado Rabbit, que nada mais é que uma planilha eletrônica que teoricamente controla tudo pelo GPS. No entanto, a mistura do Rabbit com a planilha em papel tradicional revelou-se uma tragédia, ao menos para nós…
Desta maneira ficamos em 11º na Etapa Noturna e 12º no sábado, 4 Dezembro.

é isso, por fernando stickel [ 9:09 ]

interlagos


Pista de Interlagos em 1963, era assim que eu frequentava o autódromo na minha adolescência!
Ao final da reta a Curva 1, de alta velocidade… Não existe mais.

é isso, por fernando stickel [ 10:47 ]

futebol de artista

Cerca de 1970, no terreno dos fundos da casa dos meus pais na R. dos Franceses havia uma quadra cimentada, e lá inventamos um jogo de futebol com o grupo de amigos que frequentava a Escola Brasil:
O engraçado é que, se bem me lembro, nenhum dos artistas plásticos participantes da brincadeira tinha muita conexão com o esporte bretão.
Eu sempre fui um perna de pau, isso posso garantir.
Além dos jogadores estavam também a Sakae, mulher do Baravelli e seu filho Zé.


Da esq. para a direita, José Carlos BOI Cezar Ferreira (falecido), eu, Cassio Michalany, Luis Paulo Baravelli, Carlos Alberto Fajardo, Leslie Joseph Murray Gattegno (falecido) e Frederico Nasser (falecido).
Meu irmão Neco também está na foto, de pernas abertas e vestido de branco.
Não tenho a menor idéia de quem tirou as fotos, as cópias em papel apareceram nos meus guardados.

é isso, por fernando stickel [ 8:38 ]

campeões regularidade!!


Domingo, 8 Agosto 2021, Dia dos Pais, começou com um lindo café da manhã enviado pelos meus filhos e arrumado lindamente pela Sandra!



Mario Sacconi (de azul), navegador e eu conquistamos o Primeiro Lugar no Campeonato de Regularidade Interlagos Verde & Rosso 2021!!


Nossa fiel companheira, Mercedes-Benz 280SL 1970, “Pagoda” tratada sempre com muito carinho, não decepcionou em Interlagos! Obrigado ao Zeca e ao Marco que me ajudam a mantê-la impecável!


Os troféus do campeonato.


Sétima e última etapa do Campeonato de Regularidade Interlagos Verde & Rosso 2021!


Segundo lugar na prova de hoje!


Parabéns ao Decio Fantozzi e sua equipe de cronometragem! Fantásticos organizadores do Campeonato!

é isso, por fernando stickel [ 23:12 ]

regularidade em interlagos


Na 6ª Etapa do Campeonato Verde Rosso de Regularidade em Interlagos, Mario Sacconi e eu continuamos liderando o Campeonato, apesar do resultado sofrivel da prova…

é isso, por fernando stickel [ 13:08 ]

regularidade interlagos


Mario Sacconi e eu em ação em Interlagos!


Com a Mercedes-Benz 280SL 1970 conquistamos no domingo 13 Junho o terceiro lugar na 5ª Etapa do Campeonato Verde Rosso de Regularidade.


Atrás de mim, com boné cor de rosa Mario Sacconi, meu navegador.


Assumimos a liderança do Campeonato!

é isso, por fernando stickel [ 10:35 ]

regularidade em interlagos


Quarta etapa do Campeonato de Regularidade Verde & Rosso

é isso, por fernando stickel [ 10:48 ]

regularidade em piracicaba


Terceira Etapa do Torneio Interlagos de Regularidade foi ao autódromo do Esporte Clube Piracicabano de Automobilismo – ECPA neste fim de semana em Piracicaba, para contornar as limitações da pandemia.

Mario Sacconi, meu navegador e eu saímos às 7 da manhã com um friozinho gostoso rumo a Piracicaba.


A pista é curta e travada, não tão gostosa quanto Interlagos. Demorei para me acostumar e encontrar a rotina dos movimentos idênticos, o Mario com seu relógio Garmin me ajudou no tempo.


Mesmo com o resultado não tão bom desta prova, conseguimos manter o segundo lugar no Campeonato!

é isso, por fernando stickel [ 9:01 ]

regularidade interlagos


Segunda Etapa do Campeonato Verde & Rosso de Regularidade em Interlagos.

Participei ontem, domingo 28 Fevereiro 2021 da segunda etapa do Rallye de Regularidade para automóveis clássicos em Interlagos, promovido pela Verde & Rosso do meu amigo Decio Fantozzi, em parceria com a Super Liga Desportiva de Velocidade e Le Mans Competições.
Conquistei o segundo lugar pilotando sozinho e sem cronômetro a Mercedes-Benz 280 SL 1970, debaixo de chuva torrencial, uma prova desafiadora!


Na chuva tudo muda, a pista estava muito escorregadia e foi difícil encontrar um ritmo adequado e razoavelmente seguro, além de ter que lidar com colegas de prova que insistem em não entender o significado da palavra REGULARIDADE…


Recebendo do meu amigo Wanderley Natali o troféu da Primeira Etapa.


O troféu da primeira etapa em 10 Janeiro, e da segunda em 28 Fevereiro.


No campeonato, com duas provas até agora estou empatado com o Guerreiro, tudo indica uma disputa braba!!!


Foto Sydnei Silveira

é isso, por fernando stickel [ 9:42 ]

regularidade em interlagos


Foto Original Motors, um pouco antes da chuva começar…
Primeiro Lugar na Primeira Etapa Torneio Interlagos de Regularidade!


Hoje, domingo 10/10/2021 ocorreu em Interlagos a primeira prova automobilística da nova década, com duas peculiaridades: Choveu muito forte, com o consequente encerramento da prova e houve desclassificações.

Participei do Rallye de Regularidade para automóveis clássicos em Interlagos, promovido pela Verde & Rosso do meu amigo Decio Fantozzi, em parceria com a Super Liga Desportiva de Velocidade e Le Mans Competições.

No briefing uma das regras repassadas foi o tempo mínimo de volta de 2’45”, assim como o caráter de regularidade da competição.

Um dia cinza, com previsão de chuva a partir das 14:00h. Fechei a capota de lona da minha fiel companheira Mercedes-Benz 280 SL 1970 e repassei mentalmente quais os pontos da pista onde eu deveria melhorar. Eu já sabia que o meu tempo ideal seria por volta de 3 minutos por volta, cerca de 86 km/h de velocidade média.

A largada se deu por volta das 13:20h, o céu foi escurecendo ao mesmo tempo em que eu me concentrava e incorporava as correções planejadas na pilotagem. Por volta das 13:45 os primeiros pingos de chuva e as cabines de fiscalização exibiram a bandeira listrada de amarelo e vermelho, “PISTA ESCORREGADIA”.

Logo em seguida, na curva do Pinheirinho e no Bico de Pato experimentei pela primeira vez pilotando em Interlagos uma chuva cataclísmica, não se via nada, consegui fechar as janelas do carro e segui para a Junção, onde derrapei um pouco e iniciei a subida em direção aos boxes, o limpador de parabrisa no máximo e ainda assim a visão muito difícil.

Na próxima volta, sob chuva intensa, fui me acostumando com a ideia de que para manter a média, precisaria aumentar a velocidade nas retas, e diminuir no miolo, fui me adaptando à nova realidade quando apareceu a bandeira vermelha: PROVA ENCERRADA. Foi atitude correta da direção da prova, impossível pilotar com segurança sob um diluvio.

Valeu muito a experiência de uma prova com chuva, no início com a pista escorregadia, portanto perigosa, a adaptação, a nova estratégia, etc… Foi uma experiência rápida, não mais que duas voltas, com duas bandeiras que experimentei pela primeira vez!

Logo depois do final da prova foram anunciadas as premiações e conquistei o terceiro lugar, subi ao pódio ao lado do meu amigo Wanderley Natali que conquistou o primeiro lugar!

Já em casa, 23:00h surge no grupo de WhatsApp uma observação de que a partir da análise das planilhas analíticas publicadas no site da Verde & Rosso vários carros não respeitaram o tempo mínimo de volta de 2’45”, solicitando ao Decio a revisão dos resultados.

De fato, o regulamento da prova diz o seguinte: “11.8 No briefing será definido qual o tempo limite mínimo para cada volta, e caso o participante efetue mais de 3 voltas abaixo desse limite ele será desclassificado da prova.”


Minha “Pagoda” ao lado da 450 SL do Fernando Leibel, as duas Mercedes pintadas no código 050!


O primeiro resultado divulgado.

Na análise, Decio percebeu que o computador estava regulado para 2’35″como tempo de volta mínima, gerando a confusão, feita a revisão e republicada a planilha de resultados eu galguei ao primeiro lugar!

é isso, por fernando stickel [ 23:28 ]

regularidade em interlagos


Mais uma vez com imenso prazer em Interlagos, templo do automobilismo paulistano, no Rallye de Regularidade promovido pelo Alfa Romeo Clube do Brasil, pilotando a Mercedes-Benz 280 SL 1970!


Na ocasião foi projetado documentário sobre a trajetória do mago dos motores, o Orfeu da mecânica Crispim, que acaba de completar 80 anos de idade!


Um dos motores mais bonitos da história, Alfa Romeo V6


Segundo lugar no Rallye de Regularidade, sem navegador e sem cronômetro, mantendo o mesmo tempo de volta apenas na sensibilidade!!


As fotos da Mercedes na pista são do Sandro Silveira.


Feliz com o resultado!


12 voltas com tempo dentro da margem de um segundo!

é isso, por fernando stickel [ 13:23 ]

corrida de rua em são paulo


Eu de camiseta branca e calção vermelho e minha filha Fernanda, com as mesmas cores do Papai… Estou na esquina da R. Araujo x R. Major Sertório, no centro de São Paulo.

Em 28 Outubro 1979, um dia antes da minha filha Fernanda completar 2 anos de idade, participei, aos 31 anos de idade, da “Primeira Corrida pela Cidade de São Paulo” na distância de 8km, que completei em 45’ 27”. Na minha camiseta o logotipo “und”, do estúdio de design gráfico do qual eu era sócio na época.

Descobri a corrida com cerca de 22 anos de idade, quando comprei o livro do Dr. Keneth Cooper, e fui fazer o famoso teste dos 12 minutos na pista de atletismo do Clube Pinheiros. A partir daí comecei a correr sozinho, fui tomando gosto, corria na praia no Guarujá, até que meu amigo Renato me avisou desta prova, que resolvemos correr juntos. A largada foi no Estádio do Pacaembu, circulamos pelo centro da cidade e a corrida terminou no Pacaembu.

é isso, por fernando stickel [ 9:35 ]