aqui no aqui tem coisa encontram-se
coisas, coisas, coisas...
...desde janeiro de 2003


O projeto de Juan O’Gorman para sua própria casa, vizinha das casas-estúdio de Diego Rivera e Frida Kahlo na Cidade do Mexico.

é isso, por fernando stickel [ 9:09 ]


Casa-Estudio de Frida Kahlo e Diego Rivera na Cidade do Mexico, projeto de Juan O’Gorman, anos 30.


Sandra e eu no terraço da casa-estúdio de Diego Rivera.

é isso, por fernando stickel [ 9:23 ]


Minha fase de brincar com fogo durou um ou dois anos, eu devia ter 13 ou 14 anos, e terminou com uma explosão.

Meus amigos me ensinaram a produzir pólvora em casa, com clorato de potássio (KClO3) e açúcar. Para acelerar a reação adiciona-se fósforo (P) vermelho, mas muito cuidado no preparo, qualquer atrito pode fazer a mistura explodir.

No início foram as bombinhas de São João, que nós desmontávamos e fazíamos de várias pequenas uma grandona, mas dava muito trabalho. Depois a coisa evoluiu para a produção “industrial”, queima lenta da pólvora para os foguetes, e queima rápida para as bombas.

A explosão final se deu na hora do jantar, no meu quarto na R. dos Franceses na Bela Vista. Enquanto minha mãe chamava para a mesa no andar de baixo, eu coloquei a mistura de clorato de potássio e açúcar no almofariz de bronze, não mais que uma colher de sopa, misturei bem, e me preparei para adicionar o fósforo vermelho, que é uma substância higroscópica e forma grânulos.

Lembrei da dica dos meus amigos que qualquer atrito pode provocar explosão, mirei bem um grânulo grande com o pilão, afastei meu rosto, e com o braço estendido bati.

Uma luz intensa, um estampido seco, tontura e um zumbido infernal nos ouvidos, sobrepujando todos os outros sons.

Levantei da mesa e mal consegui andar, tanta era a fumaça branca, abri as janelas do quarto, a fumaça começou a sair, abri a porta do quarto e saí envolto em volutas de fumaça, no hall do andar de baixo a família inteira olhava para cima assustada, sem coragem de subir as escadas… A explosão foi ouvida em toda a vizinhança, as pessoas sairam à rua perguntando o que havia acontecido, foi um fuzuê…

O saldo da brincadeira foram os meu dedos da mão direita incrustrados com resíduos da explosão, o zumbido que durou cerca de um mês para sumir, e a cúpula do abat-jour que se encolheu com o calor, sem falar na bronca que levei dos meus pais…

Na escala de coisas perigosas que fiz na minha adolescência (e sobrevivi…) só as brincadeiras com a Winchester 44 do meu avô superaram a pólvora, mas esta é uma outra história…

é isso, por fernando stickel [ 10:00 ]


Hoje faz exatamente 17 anos que surgiu este blog!
Parece que foi ontem que eu vi pela primeira vez o blog do meu amigo Dudi Maia Rosa, e fiquei muito excitado com a possibilidade de fazer algo semelhante.
Pesquisa daqui cutuca dali, fala com um, fala com outro e finalmente consegui colocar o “aqui tem coisa” no ar. Já são postagens em 204 meses consecutivos, ou 6.205 dias!
Parabéns pra nós!!!! Eu, seu criador, e você, aqui tem coisa!!!!

Relembre aqui comigo como se iniciou o blog:

Considero o Dudi Maia Rosa como meu “pai” no assunto blog. Certo dia em 2002, conversando com ele, quando perguntei alguma coisa ele falou assim:
-Vai lá ver no meu blog.
-Aonde?
-No meu blog.
-Quiquiéisso?
-Cê tem internet?
-Tenho,
-Então anota aí meu endereço: http://www.dudimaiarosa.blogspot.com e vai lá ver.

Foi o que fiz, esperei uns 20 minutos e não aconteceu nada. Liguei pra ele e reclamei:
-Dudi, tô esperando uns 20 minutos e não aconteceu nada.
-Cê tem banda larga?
-Quiquiéisso?

Aí ele me explicou, constatei que eu ainda estava na época da internet a lenha (acesso discado), contratei a banda larga, que para mim era novidade, fiquei maravilhado e resolvi que PRECISAVA ter um blog.
Depois de algumas tentativas, consegui colocar o “aqui tem coisa” no ar e não parei mais…

é isso, por fernando stickel [ 7:11 ]


No Palacio De Bellas Artes, no centro da Cidade do Mexico, fica este mural gigantesco de 4,46 x 11,46m de autoria do muralista José Clemente Orozco (1883-1949) intitulado “Katharsis o La eterna lucha de la Humanidad por un mundo mejor”


O último imperador asteca Cuauhtémoc sendo torturado pelo conquistador Hernán Cortés para dizer onde escondia o ouro. Painel de David Alfaro Siqueiros (1896-1974) de 1950-1951.


Diego Rivera (1886-1957) “El hombre en el cruce de caminos o El hombre controlador del universo” 1934 Afresco sobre bastidor metálico transportável, 4,85 x 11,45m


Sandra no imenso e luxuoso hall de entrada em maravilhoso estilo Art-Deco do Palacio de Bellas Artes.
Na sobre-loja se vê o painel de Rufino Tamayo (1899-1991) intitulado “Mexico de hoy” de 1953, 5,10 x 11,28m

é isso, por fernando stickel [ 19:06 ]


A primeira coisa que precisa ser dita sobre as Torres de Satélite, localizadas na parte norte da Cidade do México é que são muito lindas e poderosas, apenas estando ali, ao seu pé, é possível avaliar seu enorme tamanho, presença e personalidade.

Uma das primeiras esculturas urbanas do país de grandes dimensões, teve seu planejamento iniciado em 1957 quando o arquiteto Luis Barragán (1902-1988) foi convidado pela empresa que desenvolveu o loteamento Cidade Satélite para projetar o símbolo da urbanização. Ele por sua vez convidou o escultor Mathías Goeritz e o pintor Chucho Reyes Ferreira para colaborar no desenvolvimento do projeto.

O projeto foi originalmente planejado para sete torres, com a mais alta atingindo uma altura de 200 metros, mas uma redução no orçamento obrigou o projeto a ser reduzido para cinco torres, com a mais alta medindo 52 metros de altura, e as mais baixas 30 metros.

Goeritz originalmente queria que as torres fossem pintadas em diferentes tons de laranja, mas mudou de idéia mais tarde devido à pressão de construtores e investidores. Finalmente, decidiu-se que as torres seriam pintadas em vermelho, azul e amarelo, as cores primárias subtrativas, com a adição de branco.

Assim, nos primeiros dias de março de 1958, as Torres Satélite foram inauguradas como símbolo do recém-nascido e moderno Ciudad Satélite.


Interessante que as torres não tem cobertura, são simples cascas de concreto abertas em cima…


Não tive coragem de subir nesta escada…


À tarde, a visão das Torres com a bruma/poluição não é a melhor… Esta também é a visão “de trás”, o melhor impacto se obtém vindo pelo outro sentido.

é isso, por fernando stickel [ 10:50 ]


Na Casa Luis Barragan na Cidade do Mexico, preservada como um museu, o arquiteto Luis Barragán (1902-1988) viveu de 1948 até sua morte. Lá o arquiteto adotou uma característica interessantíssima nos interiores, a ausência de luminárias nos tetos. Ele utiliza apenas abajures e luminárias presas a pequenos toquinhos de madeira, chumbados em locais estratégicos.
Na foto o escritório de Barragán com uma tela de Josef Albers (1888 – 1976), seu contemporâneo.


O toquinho de madeira chumbado na parede.


Em primeiro plano escultura de Henry Moore, que Barragan recebeu como parte do The Pritzker Architecture Prize, com o qual foi laureado em 1980, e a tela de Josef Albers da série “Homage au Carré” dos anos 60.


Em seu escritório, ao lado de sua poltrona de leitura temos também a luminária presa na própria estante. Barragan mantinha reproduções de obras do seu interesse, como o nu de Edward Weston, uma pintura de Modigliani e um vaso grego.


Quarto de dormir de Barragan. Nosso guia Alberto Guzmán, também arquiteto, o conheceu e esteve próximo em seus últimos dias, relatando um homem extremamente católico e muito solitário. Em cima da cama o toquinho de madeira suporta a luminária.

é isso, por fernando stickel [ 18:44 ]


Arquivos de Frida Kahlo em sua casa-estudio que se transformou em um museu.
Frida, seu marido Diego Rivera e seu amante Leon Trotsky eram todos comunistas de carteirinha, o engraçado neste contexto é o tamanho do cifrão na pasta 18 da artista comunista…
Todos eles viviam muito bem, em casas e estudios muito grandes, com jardins, etc…


Jardim interno da casa-estúdio de Frida Kahlo na Cidade do Mexico.

Guillermo Kahlo, Frida Kahlo, c.1926. Silver gelatin print, 6 ¾ x 4 ¾ in. (17.2 x 12.2 cm). Frida Kahlo & Diego Rivera Archives. Bank of Mexico, Fiduciary in the Diego Rivera and Frida Kahlo Museum Trust


Items from the Museo Frida Kahlo. Photograph by Javier Hinojosa. Diego Rivera and Frida Kahlo Archives, Banco de México, Fiduciary of the Trust of the Diego Rivera and Frida Kahlo Museums. Museo Frida Kahlo.

é isso, por fernando stickel [ 16:56 ]

O projeto da Casa Gilardi, na Cidade do Mexico, foi solicitado ao arquiteto mexicano Luis Barragán (1902-1988) pelo seu proprietário Martin Luque, e seu sócio Pancho Gilardi em 1975, quando o arquiteto já havia se aposentado formalmente. 
Ele inicialmente se recusou a aceitar o projeto – até que fez uma visita ao local, onde foi cativado por um jacarandá de notável beleza. Mudando de ideia, Barragán observou: “Não corte esta árvore, porque a casa será construída ao redor dela”.


Sandra e nosso guia Alberto Guzmán, também arquiteto, no jardim da Casa Gilardi, ao lado do jacarandá.


O corredor de acesso à piscina.


A famosa piscina de Barragán!

é isso, por fernando stickel [ 10:19 ]


Ex-votos colecionados por Frida Kahlo, expostos no museu instalado em sua antiga casa-estudio na Cidade do Mexico.
Não sei se seria um gosto pessoal dela, ou uma característica de uma sociedade rural, mas a grande maioria das imagens envolve animais…

é isso, por fernando stickel [ 9:18 ]


Quadra San Cristóbal, Fonte dos Amantes e Casa Egerstrom são partes de um projeto pensado por Barragán para uma comunidade de cavaleiros, na periferia da Cidade do Mexico.
O projeto foi encomendado ao arquiteto pelo executivo sueco Folke Egerström, CEO da Ericsson no Mexico. A fonte é um dos espaços de uso público do conjunto, projetada especificamente como bebedouro para os animais. A construção do conjunto terminou em 1969.


Os amantes são simbolizados por coches de madeira. Tivemos o privilégio de um dia glorioso e a fonte ligada!

é isso, por fernando stickel [ 18:46 ]


Fachada da Casa Ortega de 1940, primeiro projeto de Luis Barragán no bairro de Tacubaya, Cidade do Mexico. O mal estado de conservação é um mal que afeta patrimonio cultural no mundo todo….
Na frente da porta de entrada, Sandra e nosso guia Alberto.


Hall principal de distribuição da Casa Ortega.


Estúdio e biblioteca. Na casa mora o arquiteto Jose Manuel Barcena Ortega.


Sala de estar e jantar.


Sala de estar.

é isso, por fernando stickel [ 9:58 ]


No centro da Cidade do Mexico, poderosa arquitetura no estilo art-deco!

é isso, por fernando stickel [ 9:42 ]


No centro da Cidade do Mexico, a Plaza de la Constitucion e o Palácio Nacional.


Mural de Diego Rivera no Palácio Nacional. Veja sua história AQUI.

é isso, por fernando stickel [ 9:39 ]


No interior do Palacio De Bellas Artes, no centro da Cidade do Mexico, finalizado em 1934, maravilhosa arquitetura Art-Deco!


O exterior do Palacio De Bellas Artes.

é isso, por fernando stickel [ 9:06 ]


Juan O’Gorman (1905-1982) pintor e arquiteto mexicano, realizou em 1950 os murais que cobrem o edifício da biblioteca central da Universidad Nacional Autónoma de México-UNAM, na Cidade Universitária da Cidade do Mexico.

é isso, por fernando stickel [ 9:38 ]


Estúdio de Diego Rivera na Cidade do Mexico.

é isso, por fernando stickel [ 9:04 ]


Uma glória do estilo Art Deco, o Teatro Armando Manzanero em Merida, Mexico.

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é isso, por fernando stickel [ 9:35 ]