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biennale di venezia

biennale1
Em 1985 meu amigo Jay Chiat (1931-2002) me convidou a passar uma temporada em Cap d’Antibes, em Junho.
Em 1986 ele repetiu o convite, e eu prontamente aceitei, ao terminar a novamente gloriosa temporada na Villa Dorane, tomei o trem para ir à Bienal de Veneza. No meio do caminho parei em Genova e liguei para a minha mãe do orelhão só para saber se estava tudo bem com a família.
Ela atendeu o telefone já suspirando, o diálogo foi mais ou menos assim:

-Oi Mãe, tudo bem?
-Ah… Fernando…….
-Que foi? Aconteceu alguma coisa??!!
-Ah…. Fernando…. o Antonio………
-Fala Mãe!!!! Fala logo, o que aconteceu?!!!!!!!
-Ele levou um tiro.
-Aonde??
-Na mão.
-Que mão?
-Direita.
-Como? Ele está bem??!!
-Foi um assalto, mas agora já está tudo bem.
-Tô voltando.

Depois de dois ou três dias, passando por uma conexão em NYC, cheguei ao aeroporto em São Paulo e o Antonio meu filho, com 7 anos de idade estava lá me esperando com o gesso no braço direito.
Aconteceu um assalto ao posto de gasolina da esquina da R. João Cachoeira x R. Dr. Alceu de Campos Rodrigues, no Itaim, o Antonio estava no banco de trás da Variant da mãe, voltando da escola com o motorista, e uma bala perdida entrou pelo vidro traseiro do carro e pegou no antebraço dele, fraturando o osso.
Por sorte o motorista teve presença de espírito, e assim que percebeu o que havia ocorrido, foi ao Hospital São Luís, que fica ali do lado e o Antonio foi prontamente atendido, sem maiores consequências.
Passado o susto o Antonio perguntou se eu não havia ficado chateado de não ir para a Bienal, conforme o planejado, e eu disse que de jeito nenhum, que nem pensava mais nisso, e que o importante era ele estar bem.

Com isso, a vontade de ver La Biennale di Venezia ficou adiada até agora, pois mais uma vez o Credit Suisse me faz um convite IRRECUSÁVEL, para visitar com eles a Bienal, nos feriados da semana que vem.
É óbvio que aceitei, Sandra e eu lá estaremos, não preciso mais adiar meu sonho…

é isso, por fernando stickel [ 11:23 ]

5 comentários

Zé Rodrigo

junho 4th, 2009 at 12:20

Cara, voce comprou o Credit Suisse????
Só pode ser….
:-)))
:-)))))
:-))))))))

Que loucura esta história com seu filho.
Balas perdidas estão em moda atualmente, mas a (a com H, a com crase ou a sem nada?)
23 anos elas já existiam…

vi

junho 4th, 2009 at 14:22

Ui…se tivesse sido eu a receber esta noticia do jeito que vc conta aqui…cá não estaria mais…haja coração …minha mãe já me conhecendo ,nas minha viagens…para qualquer coisa que saisse fora do comum dizia…Olha não foi nada tá tudo bem …e depois contava…

mais do que merecida esta viagem mesmo depois destes anos todos..levar este susto não há o que pague….divirtam-se …em dobro! 😉

Te

junho 5th, 2009 at 4:00

Quem pode, pode! Quem não pode…vai lendo o blog!

Cà estou eu à espera das suas considerações e fotos da Bienalle!
Divirtam-se.

Stella

junho 5th, 2009 at 16:58

Olá Stickel,
Nossa que história terrível , vá para a Biennale , vc mereceu.
Bjos
Stella

fernando em alassio — aqui tem coisa

outubro 9th, 2020 at 14:18

[…] Em 1986 eu viajava de trem de Nice para Veneza, onde eu pretendia visitar a Biennale. No meio do caminho parei em Alassio, pequeno lugarejo na província de Savona. Lá, por indicação da Claudia Gnemmi, minha namorada na época fui à pousada “Petit Chalet” de seus tios, das famílias Gnemmi e Raymondi Colombo. Fui super bem recebido, os “zios” me ofereceram Campari e um bello spaghetti! Na sequência da viagem, parei em Genova e liguei do orelhão para minha mãe, que me deu uma notícia chocante. Leia a história aqui. […]

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