aqui no aqui tem coisa encontram-se
coisas, coisas, coisas...
...desde janeiro de 2003


Nos anos 80 fiz algumas ilustrações para a revista Playboy, esta foi sobre a CIA, Ronald Reagan e Muamar Kadafi.

é isso, por fernando stickel [ 17:46 ]


Preservar a memória de um país, de uma cidade, de um profissional, contar as histórias das pessoas, dos artistas, dos momentos importantes e apenas rotineiros, eu sempre tive isso em mente, e fui separando através da vida os registros e documentos que pudessem um dia contar essa história.
Reuni nestes dias de quarentena um amplo material de referência da minha carreira, que venho guardando há muitos anos, abordando design gráfico, ilustração, poesia, artes plásticas e fotografia. Pretendo doar estes arquivos ao Instituto de Estudos Brasileiros da USP – IEB. Meus pais já fizeram o mesmo em 2002, doando cerca de 4.000 livros.
No meu caso o acervo é de livros, anotações, desenhos originais, fotos, cadernos, blocos de desenho e portfolios.
Uma comissão interna do IEB analisará a oferta, caso aprovada a doação é concretizada.

é isso, por fernando stickel [ 18:04 ]


Morando e trabalhando na Vila Olímpia, tenho o hábito de fazer uma fezinha na Mega Sena na Loterica São Jorge na R. Nova Cidade, rotina de quem está há 35 anos no bairro, assim como ir à padaria, à farmácia, cortar o cabelo, ou sacar dinheiro no caixa automático.

Jogo sempre sete números, a aposta é mais cara, mas a probabilidade de ganhar é muito maior, e jogo quando o prêmio está acumulado, a excitação é maior…
Pensar no que fazer com o dinheiro se você ganhar é um exercício mental muito interessante. Até uma determinada faixa a sua vida não mudará, apenas adicionará um conforto aqui, a realização de um desejo ali. Daí pra frente a coisa fica mais complexa… mas de qualquer maneira de uma coisa tenho certeza absoluta, seja qual for o valor do prêmio, se algum dia eu ganhar, uma parcela será distribuida a quem precisa ou merece.

A única atendente da lotérica que conheço pelo nome é a D. Terezinha, uma senhora japonesa de mais idade, talvez a dona do estabelecimento. Todas as outras conheço de vista, a que me atende no guichê preferencial tem mãos bonitas, com as unhas bem cuidadas.
Procuro sempre os horários em que a lotérica está vazia, agora na quarentena está mais fácil…

Tenho certeza de que a sorte (boa ou má) nada mais é que a conjunção em um determinado momento, de vários fluxos energéticos, cristalizando um ou vários fatores, comandados não pela sua vontade, mas pelas leis maiores do universo e suas circunstancias.

é isso, por fernando stickel [ 0:07 ]


O primeiro estímulo que tive para publicar minhas poesias ocorreu em 1977.

Foi o anúncio em uma revista do Prêmio Remington de Prosa e Poesia, com premiação em dinheiro. A Comissão Julgadora: Flávio Moreira da Costa, Affonso Romano de Sant’Anna, Hélio Pólvora, Dirce Côrtes Riedel, Silviano Santiago e José J. Vieira.

Arregacei as mangas e fui à luta. Submeti minha obra “Prosa ou Poesia, conforme o caso” sob o pseudônimo de M. Pseudonym. Meu amigo Cassio Michalany me ajudou a fazer as capas, com um gabarito.

22 anos depois, em 1999 surgiu o meu livro de poesias “aqui tem coisa”, publicado pela DBA.

é isso, por fernando stickel [ 10:29 ]


Nas arrumações que ando fazendo por conta da quarentena encontrein este gouache de 1966, 22 x 30 cm, que achei muito bom! Eu tinha 18 anos!

é isso, por fernando stickel [ 15:22 ]

sba
Este é o “Stickel Heim”, pavilhão que meus pais doaram à Sociedade Beneficente Alemã SBA no Sesquicentenário da Imigração Alemã 1824-1974.
O projeto arquitetônico ficou a cargo do arquiteto Salvador Candia, em cujo escritório eu trabalhava na época. Sob a orientação do arquiteto Yasuhiro Aida, braço direito do Salvador, trabalhei bastante neste projeto.
São 12 quartos, sala de estar, copa e terraço para uso dos idosos que a SBA abriga.


Os dizeres da placa comemorativa, afixada no prédio:

Em homenagem à memória de nossos pais
Ernesto Diederichsen
Maria Elisa A. Diederichsen
Arthur Stickel
Erna H. Stickel
No ano comemorativo do Sesquicentenário da Imigração Alemã no Brasil, construimos esta casa.
Martha Diederichsen Stickel
Erico João Siriuba Stickel


Meu pai, Erico Stickel, na inauguração.


Eu, meu pai Erico, iris Di Ciommo, minha mãe Martha e o arquiteto Salvador Candia.


Meu pai assinava o “Käseblatt” apelido carinhoso com que a comunidade alemã se referia ao jornal em lingua alemã “Deutsche Zeitung”, que trouxe uma longa reportagem com fotos sobre a inauguração do “Stickel-Heim”.

é isso, por fernando stickel [ 20:06 ]


Graças ao desgoverno de Jair Bolsonaro, o coronavírus avança feliz em sua curva ascendente no Brasil.
No mundo são hoje 5.400.000 infectados e 345.000 mortes.
No Brasil, 365.000 infectados e 23.000 mortes.
Assim não dá… #forabolsonaro

é isso, por fernando stickel [ 12:33 ]


Roman Polanski nos presenteia com um filme magistral! Em português O Oficial e o Espião.
Em 1894, o capitão francês Alfred Dreyfus é injustamente condenado por traição e sentenciado à prisão perpétua na ilha do Diabo.


Emile Zola escreveu a famosa carta aberta J’Accuse…! em 13 Janeiro 1898

é isso, por fernando stickel [ 8:57 ]

kalil.jpg
Garimpagens nos álbuns de fotografia antigos, um dos efeitos da quarentena do cooronavírus…
Na saída da festa do meu casamento com Maria Alice Kalil em 14 Maio 1971, meu sogro, José Kalil (1903-1975) beija a filha, sob o olhar da irmã Dulce.
O álbum do casamento foi feito pelo fotógrafo Peter Scheier.


José e Josephina Abs Kalil, Frederico Nasser e eu, na Catedral Ortodoxa do Paraíso. Meu sogro levou de sua residência inúmeros tapetes para decorar a Catedral… juntamente com o trabalho da Marilia Vogt, que decorou a igreja e a casa.


Meu pai Erico (1920-2004), minha mãe Martha, a noiva Alice, eu, a sogra Josephina (1912-1972) e o sogro José (1903-1975) na festa de casamento na R. Martiniano de Carvalho, 14 Maio 1971.
As fotos são de Peter Scheier, recuperei de contatos preparatórios para o album de casamento.


Na saída da festa Alice de roupa clara, Plinio de Toledo Piza de barba e minha prima Ciça (Cecilia Cruz Villares) na porta do carro, de xadrez.


Pilotando a Variant, Dulce, a irmã da noiva me brinda com arroz! Ao fundo seu marido Tigrão (Luis Carlos Fagundes) olha divertido…

é isso, por fernando stickel [ 13:17 ]

Meus desenhos a nankin em um micro caderninho de artista de 7 x 10 cm, dos anos 70.

é isso, por fernando stickel [ 11:54 ]


Novos jardins no Condomínio Modular Delta!


Projeto e execução da paisagista Flavia Tiraboschi.


Na sequência da pintura dos prédios o paisagismo foi a cereja no bolo!

é isso, por fernando stickel [ 19:13 ]

José Kalil, meu falecido sogro entre padres. À direita, na foto é provavelmente o Padre Rahme.

é isso, por fernando stickel [ 9:18 ]


Logotipos da Argos Industrial S.A. e da Fiação para Malharia indiana S.A. projetos dos anos 60-70 do designer gráfico Alexandre Wollner (1928-2018), considerado o pai do design moderno no Brasil. Wollner participou da fundação da primeira escola de design do país em 1962, a Escola Superior de Desenho Industrial do Rio de Janeiro – ESDI.

Sobre as empresas, no texto de 1959 “Os precursores do progresso do Brasil” de Eddie Augusto da Silva-Rubens Veras-Julio Ewigkeit, Editora Sociedade Brasileira de Expansão Comercial Ltda:

São múltiplos e notáveis os empreendimentos pessoais de ERNESTO DIEDERICHSEN. Em 1914 em sociedade com Luiz Trevisioli e Aleardo Borin, fundou uma fábrica de tecidos em Jundiai. Essa fábrica transformou-se no que é hoje a “Argos Industrial S/A” uma das mais pujantes organizações industriais do ramo. Acompanhado por alguns amigos ERNESTO DIEDERICHSEN fundou ainda a “S/A Fiação para Malharia Indiana”, o “Lanifício Argos S/A”, e adquiriu e ampliou a “S/A Cotonificio Adelina”.


Algumas marcas/logotipos projetados por Alexandre Wollner.


Um dos meus primeiros trabalhos gráficos foi criar os nomes para fibras especiais ALVIL e TEFIL, e as respectivas etiquetas.


Anúncio de revista.

é isso, por fernando stickel [ 14:12 ]


Marta Goes e Nirlando foram nossos hóspedes em Campos do Jordão em Julho 2003. Em Março do mesmo ano fomos hóspedes deles em sua casa na Powell Street em San Francisco, CA.

Faleceu hoje meu amigo Nirlando Beirão, vítima da terrível ELA – Esclerose Lateral Amiotrófica, ele tinha a mesma idade que eu, 71 anos. Há cerca de um ano atrás trocamos algumas palavras no Whatsapp, mas senti que a doença estava muito difícil pra ele.

Acho que no caso desta doença, a morte é um alívio, de tão cruel que é a degeneração. Que faça boa viagem, querido Nirlando.

é isso, por fernando stickel [ 23:26 ]


A imagem é do site da Johns Hopkins University

Além de estarmos fechados dentro de casa há mais de 40 dias, a crise do coronavírus começa a provocar atritos no condomínio, são reclamações de barulho das crianças nas áreas comuns, aglomerações de adultos irresponsáveis sem usar máscaras de proteção, e por aí vai…

Eu como membro do Conselho que auxilia os síndicos vou dando os meus palpites, que na maioria das vezes são radicais demais… Pouquíssimos adultos estão usando máscaras…

E não ajuda nada neste cenário o fato de Bolsonaro só fazer e falar bobagem a respeito, externando desprezo pelas fatalidades com seu “E daí?” O novo Ministro da Saúde Nelson Teich não consegue falar três palavras coerentes, só enrola.

O número de infectados e mortos só faz subir…Hoje são 3.200.000 casos confirmados no mundo e 229.000 mortes. No Brasil são 79.500 casos confirmados e 5.500 mortes.

A adesão à quarentena vem diminuindo, do ideal de 70% na cidade de São Paulo, estamos hoje com 48%, nas periferias o comércio começa a funcionar normalmente, o que vai acabar provocando um desastre…

Mas o pior de tudo é a tradicional incompetência do Governo Federal em distribuir o auxílio emergencial de R$600,00 às famílias de baixa renda. A Caixa Econômica Federal não consegue montar um sistema que atinja a todos os necessitados, seus aplicativos e sites na internet funcionam mal, provocando filas gigantescas nas agências físicas, é uma tristeza…

é isso, por fernando stickel [ 12:46 ]


Em 1967, com a carteira de motorista recém obtida, Alice Kalil, minha namorada, eu e um casal de amigos, a Isa e o Paulo, viajamos para Brasília, DF, no Opel Commodore A Coupe prata, com capota de vimil preto da minha mãe, que me emprestou o carro.
Foi a primeira vez que dormi com a Alice num quarto de hotel, só nós dois. O por-do-sol que entrava direto pela janela, era a coisa mais potente e incrível de que me lembro.
Achei Brasília o máximo.


O Opel em melhor detalhe, no MG Club.

é isso, por fernando stickel [ 10:40 ]


Em 14 Dezembro 1999 lancei meu primeiro livro de poesias e desenhos “aqui tem coisa” pela Editora DBA, na A Estufa do Leo Laniado, na R. Wizard 53 na Vila Madalena.

Foi um evento alto astral, veja aqui.

Menos de um ano depois quatro poetas com livros recém lançados se organizaram em torno da Livraria Spiro da Lili Guimarães para fazer uma noite de leitura de poemas.

Eliane Accioly Fonseca – Trapeiro de Sonho
Fernando Stickel – aqui tem coisa
Luciana Wis – Vida
Rita Moreira – Perscrutando o Papaia

Criamos o grupo “Vozes do Ofício”, se bem me lembro fui eu que propus este nome, e convidamos o saxofonista Lloyd Bonnemaison para acompanhar a leitura. Jade Gadotti fez uma linda foto, imprimimos um convite, conquistamos alguns patrocinadores, e fizemos um lindo evento no dia 27 Junho 2000, na Al. Lorena 1979!


Lloyd e eu.


Meus pais Martha, Erico e eu.


Luciana Wis e Rita Moreira.


Eu com Eliane Fonseca.


Giovanna Pennacchi e Lili Guimarães, a anfitriã.


Naji e Roberta Ayoub com Anisio Campos


A audiência.

é isso, por fernando stickel [ 11:22 ]


Há mais de um mês de quarentena e esta bela máquina dormia na garagem… Hoje não resisti, um belíssimo dia de outono, feriado de Tiradentes e levei a Mercedes-Benz 280 SL 1970 a passear.

é isso, por fernando stickel [ 17:43 ]