aqui no aqui tem coisa encontram-se
coisas, coisas, coisas...
...desde janeiro de 2003


Meu filho Arthur acaba de completar o curso de Animação Clássica (Classical Animation) na Vancouver Film School VFS, um dos cursos do Advanced Production Programs da escola de cinema.
Como bom pai coruja posso afirmar, sem chance de errar, que o trabalho do Arthur é o melhor da Classe CA 104, quem estiver precisando de um animador pode e deve procurá-lo!
Instagram e-mail a.s.stickel@gmail.com Linkedin
Veja a animação “Knock Out” aqui.
Veja o Demo Reel aqui.
Veja o portfolio aqui.


A formatura se deu com uma reunião via Zoom, e uma projeção no YouTube, sinal dos tempos de pandemia, que pegou o Canadá bem fortemente.

A turma tinha inicialmente 25 alunos, e terminou com 17.


No meio do caminho o Arthur começou a namorar com sua colega Quinn, americana da Califórnia, agora estão morando juntos.


O curso foi forte, exigiu muito dos alunos, e ainda tiveram que lidar com a pandemia, no final deu tudo certo!


Arthur e Quinn.


A tchurma.


O ano foi puxadíssimo, mesmo assim conseguiram passear um pouco…

Apresentação dos trabalhos de todos os alunos. A classe se chama CA 104.

é isso, por fernando stickel [ 18:30 ]


Este rádio Hallicrafters de ondas curtas, design Raymond Loewy de 1947, foi do meu avô Arthur Stickel.
Quando eu era moleque, montei um rádio galena no meu quarto na R. dos Franceses, e estendi um fio de antena entre a janela e uma árvore no quintal, cerca de 20 metros.
Um dia resolvi testar o Hallicrafters com a antena do galena, e deu certo!

é isso, por fernando stickel [ 23:01 ]


Ontem, meia-noite no celular.
Fenômeno interessante acontece comigo, e se repete com curiosa frequência envolvendo relógios digitais.
Estou sempre vendo nos relógios digitais horas cheias como 12:00; 00:00
No carro, no computador e no celular são os casos mais comuns e vem acontecendo há muito tempo! Será mera coincidência, ou seria algo no domínio da sincronicidade?


Hoje, meio dia no carro.

Clique AQUI para ver casos similares.

é isso, por fernando stickel [ 13:51 ]


Sim. Eu tenho um caso pessoal com as gambiarras, eu as odeio!!!!
Na minha vida de arquiteto e “construtor-reformador”, fiz dezenas de reformas nos mais diferentes imóveis, residenciais e comerciais e sempre me defrontei com a praga das gambiarras, instalações provisórias, mal feitas, precárias, que acabam permanecendo no tempo, enfeiando o ambiente onde estão e provocando inúmeros problemas.

Fui pesquisar:

“Gambiarra” (substantivo feminino) é uma palavra com vários significados, os mais predominante são “extensão de luz”; “acessório de iluminação” (Novo Dicionário Aurélio, 1975); e, no Brasil, “improvisação” (que terá correspondência no termo “desenrascanço”, utilizado em Portugal)
Entre outros significados, destacam-se “ramificação de luzes” (Ferreira, 1999), “ligação fraudulenta; gato” (Houaiss, 2001), “relação extraconjugal” (Navarro, 2004).
O termo “gambiarra” costuma ser usado também como adjetivo, significando “precário”, “feio”, “tosco”, “mal acabado”.


Recentemente me voluntariei para fazer parte do Conselho Consultivo de apoio ao trabalho da síndica Juliana e do sub-síndico Giuliano no Condomínio Modular Delta, onde moro. Concluímos há pouco tempo com sucesso algumas obras importantes, como a nova entrada de eletricidade, a pintura dos prédios e o jardim, e agora chegou a hora de eliminar as gambiarras na garagem, que representam, além de tudo, um risco de segurança.


Este novo trabalho será feito pelo João orientado por mim, vou acompanhá-lo pessoalmente, e será necessário para aumentar a segurança do prédio, e também como preparação de novas e importantes reformas estruturais.


Sandra minha mulher conheceu o João “faz-tudo” mil anos atrás, ele já trabalhou para nós em inúmeras obras, e, de fato, entende profundamente de eletricidade e será capaz de destrinchar décadas de instalações que se sobrepõe umas às outras, eliminando as inativas e inúteis e colocando em ordem as instalações necessárias ao bom andamento do prédio.


A mistura é completa, cabos de eletricidade com telefone, câmeras de segurança com o acionamento dos portões, todos enroscados em canos de água fria e quente, gás, esgoto, águas pluviais, etc…


Arquiteta Sandra Pierzchalski e o João “Faz tudo”


Em três dias de trabalho já eliminamos centenas de kg de canos e conduites, centenas de metros de cabos dos mais variados tipos e várias caixas de passagem, suportes, etc…

é isso, por fernando stickel [ 16:27 ]


Muitos anos atrás, no finalzinho do século XX comentei com meu mecânico Gigante que estava com vontade de comprar um carro clássico, possivelmente uma Mercedes-Benz.
Passados alguns dias ele me ligou e disse:
– Fernando, o carro já encontrei, agora é com você! Na sequência ele me passou o endereço da Auto Mercantil Paulista no centro da cidade.
Lá chegando encontrei a dica do Gigante, uma lindíssima Mercedes-Benz 500 SL 1986, impecável em sua pintura azul marinho com estofamento caramelo e capota de lona azul, com apenas 18.000km!
Negociei, comprei e saí feliz da vida com aquela poderosa máquina!
Marinheiro de primeira viagem nos carros clássicos, não me preocupei muito com a origem do carro, sua documentação, sabia apenas que o vendedor era um figurão na organização SBT do Silvio Santos.
Inevitavelmente minha personalidade caprichosa iniciou imediatamente os necessários ajustes e melhorias, o carro era muito pouco rodado, sofria de conhecidas sequelas de pouco uso, o escapamento por exemplo estava em muito mal estado, então mandei vir um novo original, os bicos de injeção também foram substituídos, e assim pouco a pouco o carro voltou à sua glória original: Motor V8 com 245 hp, câmbio automático de 4 marchas, freios a disco assistidos, ABS, airbag, ar condicionado, cruise control, enfim, todas as amenidades.


Cerca de 1997, com meu filho Arthur e a Mercedes na R. Ribeirão Claro.


O carro veio com os manuais, chave reserva, tudo direitinho!
Usei o carro com imenso prazer, até que um dia em Novembro de 1998, indicado pelo meu grande amigo Anisio Campos (1933-2019), participei pela primeira vez de uma competição automobilística, o rallye de regularidade “Interlagos Classic Endurance” promovido pelo MG Club.
Fiz a inscrição no clube, e lá fui eu, novato total no assunto, “rubbing shoulders” com a elite dos colecionadores de carros clássicos em São Paulo, muito bem introduzido pelo Anisio!


Anisio Campos e eu em Interlagos.


Feliz e orgulhoso com o 9º lugar em minha primeira competição!


Alguém me emprestou um capacete amarelo!


Bons tempos em que pilotos e colecionadores como Jan Balder, Sergio Magalhães, Antonio Marranghello, Roberto Haberfeld, Baby Maia Rosa, Edgard Saigh, Rodolfo Pirani, e Alcides Diniz punham suas máquinas para rodar… e eram máquinas como Ferrari, Porsche, Mercedes-Benz, Jaguar, Lancia, BMW…

é isso, por fernando stickel [ 10:21 ]

Diz a sabedoria popular que não há alegria que não se acabe, nem tristeza que dure para sempre…

Minha tristeza como proprietário da Mercedes-Benz 500 SL 1986, se iniciou com o processo de licenciamento do carro, provavelmente em 1996. O despachante me ligou informando que os documentos não estavam liberados, havia alguma restrição. Fiquei muito bravo exigi que ele encontrasse uma solução.

Após longa peregrinação encontraram a origem do problema, um bloqueio na Receita Federal. De posse dos detalhes contatei um advogado especializado que finalmente me forneceu o diagnóstico:

Licenciamento do carro bloqueado, pela cassação no STF de uma liminar que permitia a compra de carros usados no exterior. Todos os carros nesta situação (eram muitos) ficaram ilegais do dia para a noite.

Me desesperei, fiquei indignado e disse ao advogado que o meu objetivo seria usar o carro ao máximo, pois foi para isso que o havia comprado.

O advogado montou uma estratégia para que eu recebesse de volta os impostos pagos, pois ao ser internalizado todos os impostos tinham sido pagos. E continuei a usar o carro, sem documentos, correndo o risco de tê-lo aprendido a qualquer momento. Até um momento pitoresco ocorreu, quando voltando do Guarujá para São Paulo em uma segunda-feira de manhã fui parado por um policial rodoviário, em frente à COSIPA. Conversa vai, conversa vem, o policial não pediu os documentos e acabou elogiando muito a Mercedes, me liberando… Ufffaaaa!!!

Esta situação perdurou dois ou três anos, um belo dia até emprestei o carro para o meu filho Antonio namorar…
Finalmente o advogado me alertou que todos os recursos judiciais falharam, e que eu estava sujeito à “Pena de Perdimento”, ou seja, eu deveria entregar o carro à Receita Federal, que o levaria à leilão.

Totalmente arrasado, montei uma estratégia para comprar o carro quando fosse a leilão, e depenei-o, para diminuir seu valor, retirando faróis de milha, estepe, compressor do ar condicionado, rádio, antena elétrica, ferramentas, tapetes e a capota rígida. Finalmente, muito revoltado, em um dos dias mais tristes da minha vida entreguei o carro na Receita, no centro da cidade.

Passei a monitorar os avisos de leilão, e nada… Havia até frequentado um leilão de veículos para ver como era ao vivo, passaram-se os anos e nada do leilão… Até o dia em que recebi um telefonema, o homem se identificou dizendo que havia comprado o “meu” carro no leilão. Quase caí de costas! Como assim? Ele me explicou que os leilões eram destinados apenas a pessoas jurídicas, haviam mudado as regras.

Foi o segundo dia mais triste da minha vida… Finalmente fiz um acordo com o comprador e vendi a ele todas as peças que havia retirado do carro, e tentei esquecer o triste episódio. Só agora, cerca de 20 anos depois estou conseguindo contar essa história com certo distanciamento.


Pedi ao comprador para ver o carro, e encontrei-o nesta situação lastimável. Após vários anos no depósito da Receita, as rodas originais sumiram, lataria toda riscada, manchado, uma tristeza.


Painel arrebentado, estofamento rasgado.


Tudo sujo, enferrujado, decaído.

Foi muito, muito doído perder um carro perfeito. Como terceiro de boa fé eu não poderia ter sido punido tão drasticamente. Falta muito para o Brasil se tornar um país mais justo, em todos os sentidos.

é isso, por fernando stickel [ 10:00 ]


Duas visões de Niagara Falls, por dois famosos artistas norte-americanos nascidos com século e pouco de diferença…
Frederic Edwin Church, pintor & Annie Leibovitz, fotógrafa.

é isso, por fernando stickel [ 17:08 ]


Meu tio Bernardo Frederico Diederichsen (1904-1928) faleceu aos 24 anos de idade, ao sofrer choque elétrico.
Recém formado Engenheiro Eletrotécnico na prestigiosa escola EHT Zürich em Zurique na Suíça, ele estava em seu primeiro emprego no Banco do Brasil em São Paulo.
Vestia um guarda-pó branco e trabalhava em um rádio, com uma chave de fenda no bolso do guarda-pó, inclinou-se sobre o rádio e a chave de fenda encostou em uma fonte de alta voltagem, fulminando-o instantaneamente.
Em seu bolso da calça carregava seu primeiro salário.
Minha mãe Martha tinha apenas um ano de idade, e lembra de conviver toda sua infância com sua mãe Maria Elisa Diederichsen (Lili) vestida de preto, em luto fechado.
Eu me lembro de ter visto o guarda-pó, com uma marca de queimado provocada pelo choque…


Este busto de Bernardo em bronze, esculpido por Franz Diederichsen, estava na casa do meu tio Ernesto George Diederichsen em Florianópolis. A casa pegou fogo e o busto sobreviveu. Após o falecimento do meu tio, meus primos Tim e Arnaldo acharam que o busto deveria ficar com a única irmã sobrevivente de Bernardo, minha mãe Martha. O busto se encontra no terraço do apartamento de minha mãe.


O diploma de engenheiro elétrico.

Em um curioso costume da época, na página 6 do jornal CORREIO PAULISTANO de Sabbado 21 abril 1928, na seção NECROLOGIA consta a seguinte notícia:
Dr. Bernardo Frederico Diederichsen
Causou dolorosa impressão nesta capital o fallecimento do sr. dr. Bernardo Frederico Diederichsen, vítima do lamentavel desastre de ante-hontem. Os seus funeraes, realizados hontem, constituíram uma eloquente prova de quanto o mallogrado moço, era estimado no nosso meio social. O feretro sahiu, ás 17 horas, da rua dos Franceses, n. 9, para o cemitério dos Protestantes. Entre as pessoas presentes viam-se as seguintes: Dr. Pires do Rio, prefeito municipal, acompanhado de seu oficial de gabinete sr. Paulo de Campos; dr. Luis B. Da Gama Cerqueira, coronel Arthur Diederichsen e senhora d. Lydia de Araujo… Seguem-se centenas de nomes da sociedade paulistana. Na sequência uma lista das coroas de flores, entre elas esta: “Ao querido irmão Bernardo beijinhos carinhosos de Ernestinho e Martha” Veja a reprodução do jornal AQUI.


Testemunho dos costumes da época, o cartão de agradecimento às manifestações de luto muito formal e muito pesado gráficamente falando…

é isso, por fernando stickel [ 13:36 ]


PORSCHE RAIZ !!!
Firme, forte e veloz, muito charme e enorme prazer de dirigir!

Porsche 911 S Coupe 1975, sem eletrônica, sem freio, direção e suspensão assistidos. Motor seis cilindros opostos refrigerado a ar, 2,7 litros com 185 hp. Câmbio mecânico de 5 marchas, freio a disco nas 4 rodasa, pesa apenas 1050 kg. Hoje levei-o a passear na Estrada dos Romeiros, e lá ele correspondeu a 100% daquilo que os engenheiros e designers alemães projetaram, me dando enorme prazer no retorno de tanto esforço investido no restauro da máquina!


Este carro faz parte da primeira edição especial feita pela Porsche, em comemoração aos seus 25 anos de produção. Foram construidos 1.063 carros nas versões 911S; Carrera e Targa, todos com pintura prata e estofamento em couro preto com tecido xadrez, com uma placa comemorativa numerada com a assinatura de Ferry Porsche aplicada na tampa do porta-luvas. Destes 500 foram exportados para os E.U.A. na versão americana.


O ar condicionado é um equipamento opcional, adicionado pós venda. O volante de direção original não é o da foto, está guardado…


O carro é ‘matching numbers”, mantendo os mesmos números de chassis, motor e câmbio originais!
A série foi chamada de “Jubiläumsmodell – 25 Jahre Fahren in seiner schönsten Form” ou “Silver Anniversary Edition – 25 Years Driving in its Purest Form”.

Este carro é possivelmente o único desta série especial no Brasil.


O mercado de carros clássicos Porsche é pleno de coisas esquisitas. Muitos carros foram alterados com o famoso “Turbo look” e várias outras combinações de rodas de outros modelos, etc… Existe uma enorme confusão entre as siglas, algo que foi facilitado pelos modelos destinados ao mercado americano, que tiveram siglas próprias, enfim, identificar corretamente um 911, 911T, 911S, Carrera, 911Carrera, etc… dos anos 70 não é tarefa fácil.

Quando comprei este carro em 2016 fui me informar sobre a série especial, mesmo na literatura os dados eram muito divergentes, então escrevi um e-mail em alemão diretamente à Porsche na Alemanha, indagando do meu carro, e a resposta veio, também por e-mail: Sim, teu carro é da série especial de 25 Anos!

é isso, por fernando stickel [ 17:23 ]


O Jaguar E Type 2+2 Série 2 de 1970 do meu amigo Rubens ficou pronto! Lindo de morrer em “Classic Racing Green” e Rudge Wheels!

é isso, por fernando stickel [ 17:50 ]


Faleceu o amigo Gerard Loeb aos 92 anos de idade. Muitos anos atrás frequentava a casa dos meus pais, Gerard era marchand de arte e amante da música clássica.
Encontrava com ele nas galerias, vernissages e exposições, sempre um bom papo. Boa viagem Gerard, RIP!

é isso, por fernando stickel [ 17:16 ]


Uma das decisões mais tristes é mandar derrubar uma árvore. Esta foi sacrificada no Condomínio Modular Delta.


Quando uma árvore morre, e galhos secos ameaçam cair, com risco de dano material e até de morte a decisão precisa ser tomada rápidamente.


Minhas companheiras maritacas que me acordavam com sua deliciosa algazarra agora vão ter que cantar em outra freguesia…

é isso, por fernando stickel [ 9:12 ]


A História da Pagoda – Mercedes-Benz 280SL 1970

Muitos anos atrás, provavelmente nos anos 80, meu amigo Anisio Campos me levou a conhecer a R&E, oficina restauradora de carros clássicos. Vi em cima de uma bancada, um conjunto completo de suspensão traseira de um Jaguar E Type, totalmente restaurado, pintura preta do agregado brilhando, os discos de freio impecáveis, metais, porcas, parafusos, arruelas, polidos e maravilhosos! Fiquei fascinado e pensei: Eu quero!!

Cerca de 30 anos depois, em 30 Junho 2008, na loja Private Collections na Av. Cidade Jardim em São Paulo, algo me chamou a atenção. O lindo carro brilhava e me apaixonei imediatamente pela combinação de pintura branca com estofamento vermelho. Comprei a Mercedes-Benz “Pagoda” 280 SL 1970 no ato!

Em seguida iniciamos na oficina do Gigante os cuidados necessários para colocar a Pagoda em condições de uso. Revisão de freios, conserto do trambulador, limpeza do tanque de gasolina, regulagem de válvulas, etc…

O motor e o cofre estavam muito sujos, então retiramos o motor para uma limpeza geral, pintura de peças, troca de mangueiras e bicos de injeção, polimento da tampa de válvulas, etc…

Em Setembro o motor tinha sido limpo, pintado, e estava de volta ao seu lugar. Em Outubro 2008 o carro estava lindo, funcionando bem e confiável.

Como perfeccionista não consegue ficar quieto, em Novembro levei o carro a uma garagem tranquila e lá entrou em ação Osmar Koch, vulgo “Có”, especialista em Mercedes-Benz. O mundo do restauro automotivo é cheio de curiosidades e particularidades, e o Có é uma delas… Ele vem até o “paciente”, com sua oficina ambulante dentro de uma Kombi, e inicia as operações, desmontou todo o painel, identificou as peças, levou para consertar, fez o tratamento anti-ferrugem onde necessário, pintou, bicromatizou, etc… etc…

O resultado final desta operação foi um painel totalmente restaurado, com os detalhes em madeira recuperados, sistema de ventilação e ar quente completo e operante, limpadores de para-brisa idem, rádio, mostradores, luzes, interruptores, tudo funcionando e original. De quebra trocamos todas as borrachas do carro, que estavam ressecadas.

Tudo isto durou até Junho 2009 quando um belo dia, ao checar o nível do óleo, vi que havia água no óleo… Mais uma vez o carro volta à oficina do Gigante para as investigações de praxe. Removemos o cabeçote e lá estava o vazamento de água para dentro de um cilindro… Foi aí que entrou em ação o “FATOR JÁ QUE” muito conhecido por todos os antigomobilistas.

Sim, JÁ QUE abrimos o motor, vamos refazê-lo por completo, retífica, pistões, anéis, pinos, bronzinas, casquilhos, etc… etc… inclusive um cabeçote 0km, pois o original estava empenado e sem salvação. Do motor original sobrou o bloco e o virabrequim, devidamente retificados.

Inúmeras outras peças originais Mercedes-Benz foram compradas, escapamento completo, molas, amortecedores, discos de freio, etc…

Em Janeiro e Fevereiro 2010 começam a chegar as peças para remontagem do motor, em Agosto finalmente recebemos o cabeçote novo!

Em Julho 2011 o carro voltou à garagem para detalhamento final do Có nas portas, vidros, etc… Em Setembro estourou uma mangueira de óleo… Em Outubro tudo pronto…Sabemos que carros restaurados precisam de muito uso para que todos os defeitos apareçam, sejam corrigidos, etc… etc… até que o dito cujo fique confiável.

Em Novembro 2011 participei do primeiro rallye de regularidade com a Pagoda, com o motor ainda amaciando. Meu amigo Mario Sacconi navegador e eu piloto obtivemos 12º lugar no 72º Rallye Campos do Jordão do MG Club, tudo funcionou perfeitamente à excceção do hodômetro, que quebrou logo no início da prova. Foi o primeiro grande teste da máquina!

Em Agosto 2012, com meu filho Arthur na posição de navegador, conquistamos o 1º Lugar no Rallye Volare, o 77º Rallye do MG Club do Brasil!

Em Março 2014 fui com um grupo de amigos para a Alemanha visitar a feira de carros clássicos TechnoClassica Essen, e trouxe de lá mais algumas peças. Os consertos e aprimoramentos se sucederam nos anos seguintes, assim como os rallyes e os passeios.

Em Junho de 2015 inicia-se a mais importante prova de regularidade em solo brasileiro, o Rallye Internacional 1.000 Milhas Históricas Brasileiras, promovido pelo MG Club do Brasil.
Para participar é necessário que o carro tenha o Passaporte da Fédération Internationale des Véhicules Anciens – FIVA, que exige além da originalidade a instalação de uma chave geral, que foi providenciada. O rallye percorreu em cinco dias Rio de Janeiro, Minas Gerais e voltou a São Paulo, Arthur e eu conquistamos o 2º Lugar!

Ao chegar à bandeirada final, no Shopping Iguatemi em São Paulo, o carro soltava muita fumaça, sinal de que algo ia mal. Logo em seguida, indicado por um amigo, levei o carro à oficina autorizada Mercedes-Benz A. M. Marcelo na Casa Verde. Me pediram para deixar o carro por uma semana para realizar o orçamento. Eu sabia que havia chegado o inevitável momento de fazer a funilaria e pintura completos.

Fechei contrato com a A. M. Marcelo para desmontagem completa, funilaria e pintura e remontagem completa. Em Agosto 2015 iniciaram-se os trabalhos de restauro e o carro foi 100% desmontado. A tinta foi retirada de toda a carroceria, toda a parte de baixo do carro, muito danificada pela ferrugem foi totalmente reconstruida, a lataria recuperada, todas as imperfeições corrigidas.
O motor teve o cabeçote e as guias de válvulas recuperados, o eixo comando de válvulas substituido. Em 15 meses o carro foi totalmente restaurado aos seus padrões originais, com a inclusão de um ar-condicionado original. Em Novembro 2016 recebi a máquina totalmente nova, pintada de branco, código 050.

Em Junho recebo pneus nas medidas originais, 185 HR14 com faixa branca, conferindo ao carro dirigibilidade e equilíbrio perfeitos! Nunca imaginei que este detalhe faria tanta diferença!

Em Outubro 2017 Arthur e eu conquistamos o 1º Lugar no Rally Quadrifoglio 2017 – Circuito das Nascentes, promovido pelo Alfa Romeo Clube do Brasil, 6ª Etapa do Campeonato Brasileiro de Regularidade da FBVA.

Também em Outubro 2017 realizou-se no campo de polo da Sociedade Hípica Paulista o “Concours D’Elegance Car Day Brasil 2017”, promovido pela Federação Brasileira de Veículos Antigos -FBVA em comemoração ao seu aniversário de 30 anos, e julgado por juízes internacionais da Féderation Internationale des Véhicules Anciens – FIVA

A Pagoda conquistou o muito honroso 2º lugar em sua categoria, Esportivos Europeus, Classe F 1961 a 1970, o certificado foi assinado por Patrick Rollet, presidente da FIVA, um dos juízes, e por Roberto Suga, presidente da FBVA. Esta premiação representa o reconhecimento a nível internacional de um trabalho sério de restauro automotivo!

Timeline

Data Evento Promotor Navegador Posição
Jun 2008 Compra do carro na Private Collections
Jun 2009 Reforma mecânica no Gigante
Nov 2011 Rallye Campos do Jordão MG Club Do Brasil Mario Sacconi 12º
Jan 2012 Regularidade Interlagos Jan Balder Mario Sacconi 3º
Jan 2013 Regularidade Interlagos Jan Balder Arthur Stickel 1º
Set 2013 Regularidade Interlagos Jan Balder Arthur Stickel 1º
Dez 2013 Rallye Volare MG Club Do Brasil Arthur Stickel 1º
Dez 2013 Regularidade Interlagos Jan Balder Arthur Stickel 1º
Abr 2014 Regularidade Interlagos Jan Balder Arthur Stickel 3º
Jun 2014 Regularidade Interlagos Jan Balder Arthur Stickel 1º
Dez 2014 Rallye Campos do Jordão MG Club Do Brasil Arthur Stickel 3º
Abr 2014 Regularidade Interlagos Jan Balder Arthur Stickel 4º
Mar 2015 Rallye Monte Verde MG Club Do Brasil Arthur Stickel 2º
Jun 2015 1.000 Milhas Históricas MG Club Do Brasil Arthur Stickel 2º
Ago 2015 Reforma completa A.M.Marcelo
Jul 2017 VI Passeio Cron. Vinhedos Alfa Romeo Clube Sandra Pierzchalski 12º
Out 2017 Rallye Quadrifoglio 2017 Alfa Romeo Clube Arthur Stickel 1º
Out 2017 Concours D’Elegance Car Day Brasil 2017 FIVA 2º
Ago 2018 Rallye Caminho do Mar MG Club Do Brasil Arthur Stickel 5º
Jul 2019 Regularidade Interlagos Jan Balder Arthur Stickel 11º
Set 2019 Rallye Quadrifoglio Alfa Romeo Clube Sandra Pierzchalski 4º
Nov 2019 XIX Rallye Internacional Classic Car Club RS Sandra Pierzchalski 2º

é isso, por fernando stickel [ 10:05 ]


A Fundação Stickel vem se reinventando com a pandemia do coronavírus e está oferecendo cursos gratuitos de fotografia à distância, pela plataforma Zoom.
Nossa educadora, a arquiteta e fotógrafa Ana Mello em seu curso “Nichos de Fotografia de Arquitetura” ofereceu aos alunos uma surpresa na aula de ontem, interessantíssima entrevista com o também arquiteto e fotógrafo Cristiano Mascaro.


Lucas Cruz está ministrando o curso “Dicas e Truques para fotografar com Celular” em 8 encontros de 180 minutos.


Estamos nos aprimorando no uso das novas plataformas, recebendo 100 alunos em cada curso!

é isso, por fernando stickel [ 16:10 ]

Esta minha imagem de hoje é interessante… Pela primeira vez em décadas me vejo sem pêlos…

Sim, estou estou pelado… Os meses de quarentena serviram como adubo para a minha floresta amazônica particular, que cresceu desmedidamente e foi sumariamente desmatada hoje.

Meu personal trainer Samuel, que fez a gentileza de cortar o meu cabelo neste período, resolveu estender o trabalho da máquina e revelar o resultado de seu trabalho, ou seja, meus músculos!

De fato, os vários meses de treinamento mudaram meu corpo, não apenas no aspecto da massa muscular, mas principalmente na redução de dores e cãibras e a conquista de uma melhor mobilidade. Falta talvez perder ainda uns quilinhos e diminuir a pança…

Sou, simbolicamente, um novo Fernando! Aos 71 anos de idade me vejo ainda forte e capaz, e esta limpeza de área coincide com o término de um longo período de arrumação de arquivos, de desenterrar fotos e documentos e descartar inutilidades, uma forma de passar a limpo o passado.

Pronto! Estou pronto para a vida que segue! Totalmente desmatado, mais leve e feliz!


Jimyy e Bolt não se abalaram com a ausência do matagal, já a minha mulher Sandra agradece, no chão, a pelagem ficou.

é isso, por fernando stickel [ 18:11 ]


Meu tio Ernesto George Diederichsen faleceu aos 99 anos de idade em Florianópolis. Faça uma linda viagem Tio Ernestinho!

E sobre ele escreveu assim seu neto Chico:

pois, família, passamos aqui em casa também a lembrar do vovô…. um dia especial…. a ver fotos …. a lembrar da musica, das estrelas…. do olhar para o mundo com olhos curiosos a buscar sentido… nos livros, nas artes…. na arquitetura, na natureza…. no “matutar” ! em lágrimas, faço aqui breve homenagem, de outras que certamente virão quando pudermos nos ver presencialmente…. guardo no peito e na mente a beleza dele em ilhabela, da ponta azeda por ele criada junto dos caiçaras…. criaram ali uma vila de belas casas esparças com respeito à natureza, ao povo de lá. casas simples, rusticas, com citações diretas da arquitetura popular e erudita das missões…. sem deixar os traços do trabalho operário se apagarem…. coisas que me ensinou na prática…. nos desenhos, no nanquim, no escalímetro das curvas de nivel… sem saber, talvez sabendo…. estavamos nós avançando nos conhecimentos da arquitetura. pois arquiteto ele era. autodidata. nos detalhes das tramelas de madeira, na ausência de coisas douradas, mas com as cores do povo, dos barcos de pesca… com pico, nas canoas. a ponta azeda não tinha muros…. não se pedia para entrar…. um sitio …. livre…. da areia e das pedras …. soltos… caminhávamos todos ao vento, pelas mangueiras, pelas redes ao vento. ensinou todos nós a amar a natureza… e a ciência…. com livros…. com quadros singelos nas paredes, traços da cultura. a ossada de baleia e tacho metálico de fazer farinha…. eram os ornamentos da casa. sem ostentações. canos aparentes…. nos banheiros…. barras de madeira nas janelas como nas antigas edificações simples da colonia. telhas de barro…. varanda por todos os lados…. e o vento. gavetinhas nas camas. gavetinhas para guardar transitores de rádio…. ponta azeda chamando. todos os barcos !!! sua preocupação com a segurança de todos no canal…. o levou a criar a comunicação entre todos, navios, veleiros, fragatas…. as antenas instaladas no morro, repetidoras de sinais lá na mata ecoam a salvatagem nos dias de vento sul, mas aqueles de ventos fortes !!! agradeço pela vida tua que segue viva (de fato e energeticamente falando enqueto sopro que passa de um a um, filho a filha…. a mesma energia vital criada e passada a bilhões de anos do tempo da vida). hoje aqui escrevo por causa dele. por causa de tí vô. por causa de teu amor por antonieta…. que veio….. bernardo…. e veio…. o sopro de vida em ti agora descansa e segue em nós, bem vivos, alegres de terem vivido contigo um tanto. uns mais, outros menos…. pena que fostes, pois iamos te visitar ano que vem…. assim te visitamos de outras formas. em sonhos. em pensamentos bons!! Pois, primos e amigos, espero que possamos nos ver e lembrar mais um tanto…. juntos em breve data pós vacinarmos todos ! a seguir envio fotinho de 2017 quando fomos a floripa cuidar de ida de pai bernardo…. vê-se nela jade, minha companheira, com joão, bisneto do vô desenhando algo para ele…. fragmentos de memórias…. e mais uma vez a gratidão por estarmos todos vivos…. por sermos seres…. vivos ! e se hoje estou arquiteto, urbanista…. a fazer o que faço…. a lecionar…. arquitetar com o povo de modo singelo e belo…. respeitoso com as nascentes de águas…. a mata! à luz da “bauhaus socialista alemâ” …. muito é por conta de ti, como disse a pouco….. por hora deixo aqui beijos e abraços, e um até breve. de joão (bisneto), dora (bisneta criativa), jade (companheira minha) e chico (eu)…… e como ele muitas vezes disse:

“…… bem, minha gente….. assim é a vida! ” (ernesto, após longo e profundo suspiro)

E o neto Totó recebeu esta contribuição:

é isso, por fernando stickel [ 15:51 ]

Talvez esta seja a descoberta mais surpreendente da minha pesquisa dos arquivos da família, fotos da minha avó Erna jovem. Convivi muito com meu avô Arthur Stickel, gostava muito dele, lembro de muitos detalhes de sua pessoa, o mesmo não se aplica à minha avó, sempre muito quieta e precocemente envelhecida, não conseguia me relacionar muito bem com ela.


Minha avó Erna Hedwig Stickel (1889-1973) Uma mulher bonita, olhar forte, claramente uma personalidade marcante.


Aqui com 24 anos.


Nesta foto com minha tia Mausi Stickel Müller, minha avó tinha apenas 39 anos, mas já envelhecida…

é isso, por fernando stickel [ 9:18 ]


Meus tio Luiz Dumont Villares tinha negócios com a Westinghouse, e Mr. Falinsky, de origem russa, era o contato na empresa.
Jantando no Casino Russe, o casal Leonor e Luiz, minha mãe Martha com 19 anos, e o casal Falinsky.

Transcrição do cartão:

Jantar à convite do casal Falinsky no “Casino Russe”dia 31/5/46
Quanto a, passarmos fome aqui, peço consultarem os nossos pratos.
Não estão com água na boca? Abraços
Luiz
Leonor
Martha

Sobre o Casino Russe:
The third establishment reviewed by Iles Brody in the April Gourmet was the Russian-themed nightclub Casino Russe at 157 West 56th Street, run by and contiguous with the Russian Tea Room. It had been a favorite with New York’s emigre population, the Carnegie Hall crowd and cosmopolitans since the 1930s. Showing off his worldliness, Brody compared the night spot with the cabarets of southern Russia as well as with the Russian-themed supper clubs that had been all the rage in Paris just before the war. In his current best seller, Arch of Triumph, novelist Erich Maria Remarque made one of the Russian clubs of Paris a favored haunt of his protagonist. Remarque, who was living in New York in 1946, frequented Casino Russe, one of his “headquarters” in the city along with “21,” Le Pavillon and El Morocco. The food was Russian as was the entertainment. Brody wrote that the house cocktail was vodka, apricot brandy, cherry brandy and lemon juice, although he preferred his vodka straight with a sprinkle of pepper and a slice or two of unpeeled cucumber as they did it in Russia. The 40-man kitchen staff also prepared food for the Russian Tea Room, which had a different menu. Shows were at 8:30 and 12:00. When Brody visited the entertainers included a flame eater/dagger dancer, a chanteuse and a violinist. Dinner and floor show were $3.50. The drinks were good, he said, but the wine list was meager. He noted the existence of the Baghdad Room, off from the main dining room and away from the floor show.

é isso, por fernando stickel [ 9:21 ]