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...desde janeiro de 2003

sítio das figueiras


Nos anos 30 – 40 meu avô Ernesto Diederichsen tinha glebas de terra na Zona Sul de São Paulo, bairro de Rio Bonito.
O Sítio das Figueiras ficava às margens da represa Billings e abrigava a casa de veraneio da família, inserida em meio a gigantescas figueiras, daí o nome do sítio. A estrutura de lazer da casa incluía quadras de esporte e um enorme escorregador, alguns barcos também ficavam disponíveis para brincadeiras aquáticas.

A cerca de 400 metros da casa ficava a Colônia de Férias dos funcionários do grupo empresarial Diederichsen, que incluía indústrias têxteis, comércio de café, hotel e outras atividades. Meu avô era um visionário, e muitos anos antes de ser obrigatório por lei, ele já realizava trabalhos sociais beneficiando seus empregados, como creche, ambulatório, escola primária, cinema, biblioteca, etc… A Colônia de Férias era ampla, com acomodações para para os funcionários, salões de eventos, cozinha, restaurante, etc…

Na minha memória dos anos 50-60 a viagem da nossa casa até o sítio era bem longa, a entrada ficava a cerca de 30 quilômetros do centro de São Paulo a uma hora e tanto de viagem de carro.
Após passar pelo autódromo de Interlagos chegava-se à cidade Dutra, aí muitas vezes parava-se em uma padaria onde eram feitas as compras finais, mais um quilômetro de asfalto e entrava-se à esquerda em estrada de terra, mais um quilômetro e chegava-se ao portão de entrada do sítio, que abria para uma retilínea estrada em subida suave, cercada de casuarinas, à direita ficava o Sitio das Jabuticabeiras.

Ao final desta suave ladeira havia, à direita a entrada do Sítio das Jabuticabeiras, e também o terreno que muitos anos mais tarde seria doado pelos meus pais às Aldeias SOS.

Muitos anos mais tarde, o Sítio das Figueiras se transformou no SESC Interlagos.

é isso, por fernando stickel [ 13:24 ]

5 comentários

jose.rodrigo.octavio@gmail.com

dezembro 29th, 2020 at 14:22

Minha família paulista tinha um sítio grande em São José dos Campos. Ficava no alto de um morro e a gente via a casa lá da Dutra.
Hoje o tal morro não existe e um bairro inteiro ocupou sua área.

Rodrigo Mendes guedes

janeiro 20th, 2021 at 22:05

Boa noite tudo bem?Nasci em 1980 na rua Fernando Amaro de Miranda perto a aldeia SOS onde meus pais compraram a casa em 1977 de bairro novo padronizado de um construtor chamado LAÉRCIO e o terreno foi loteado pela a MAGOSAN…gostaria se possível de mais fotos deste bairro pous gostaria de ver como era a região onde nasci nos anos 60

fernando stickel

janeiro 29th, 2021 at 15:00

Oi Rodrigo, já foi bem difícil encontrar as fotos que estão no post… Infelizmente não tenho outras.

Felipe

julho 18th, 2021 at 19:29

Olá Fernando, boa noite

Compramos nosso terreno perto do seu antigo sitio há uns 20 anos, o proprietário anterior constava como o seu pai, até transferirmos a propriedade, o IPTU vinha no nome dele, as margens da represa Billings aqui no Jardim Progresso, Rua Jaime Biscarri notei desde que vim morar aqui que há uma casa em ruínas na beira da represa, no meio da mata remanescente, mesmo em ruínas dá pra ver que tem uma arquitetura antiga e uns azulejos também do passado, muito bonitos, imagino que talvez possa ter conhecido esta casa quando ela estava de pé, talvez até pertencesse a sua família.

Foi uma grata surpresa achar seu blog! Informações históricas muito enriquecedoras.

Abraço.

fernando stickel

julho 18th, 2021 at 23:11

Oi Felipe, obrigado pela tua lembrança! Não me lembro desta casa não…

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