aqui no aqui tem coisa encontram-se
coisas, coisas, coisas...
...desde janeiro de 2003

arte

estudante de arquitetura

Ainda estudante de arquitetura na FAUUSP, e logo depois de formado, trabalhei com o arquiteto Salvador Candia, meu mestre do pouco que sei de arquitetura.
Nesta época, 1970 a 74, havia muito tempo livre, muito espaço para “cera técnica” e eu aproveitava para desenhar, normografar besteiras.

é isso, por fernando stickel [ 15:40 ]

discordo do amarar

Discordo do Amarar, existem livros insubstituiveis, seja pela carga afetiva, seja lá pelo que for, não me desgrudo deles, alguns estão comigo há mais de 30 anos.
Mesmo que haja outra maneira de consultá-los.

é isso, por fernando stickel [ 18:13 ]

ajuda do millôr

Página de um caderno de anotações, com a ajuda do Mestre Millôr:

De repente
Na alma
O terror da calma

é isso, por fernando stickel [ 10:21 ]

teatro ágora

Ontem à noite passei em frente ao Teatro Ágora, na R. Rui Barbosa, 664 – Bela Vista, dos meus amigos Roberto Lage e Celso Frateschi, e fiquei triste ao ver que a fachada foi reformada, obliterando a pintura que eu havia feito.
Tudo bem, manutenção é necessária, mas que trabalho sumido é triste é, ainda mais que apagaram sem me avisar.


A fachada do teatro hoje, 2021, segundo Google.

é isso, por fernando stickel [ 9:56 ]

outro ângulo

A tchurma gostou tanto que vou mostrar outro ângulo do meu estúdio, numa tarde de sol, para alegrar a tarde horrorosa de hoje aqui em SP.

é isso, por fernando stickel [ 17:17 ]

aula da tarde


Aula de desenho de observação no meu estúdio.

é isso, por fernando stickel [ 19:27 ]

que se foda a literatura

o quente é uma revista
que se foda a literatura
tem que ser uma transa com tesão
crua de tão pura
fedendo pra cachorro
obscena e imprevista
mas realmente limpa
uma coisa que não minta
vamos fazer um esporro
algo que se adiante
autêntico e delirante
uma coisa genuína como pichação
na latrina
agraciada com garra e agarrada
com graça
segure a barra e mande brasa

e. e. cummings, tradução de duda machado

é isso, por fernando stickel [ 18:22 ]

preparar a tinta

Preparar a tinta, Phtalo Blue + Phtalo Green + Ultramarine + Black, misturar bem no liquidificador, testar, deixar secar para confirmar a cor, e pintar.
Então curtir o resultado.

é isso, por fernando stickel [ 19:24 ]

coisas do estúdio

Coisas do estúdio.

é isso, por fernando stickel [ 18:45 ]

estúdio, 19h

O estúdio, 19h.

é isso, por fernando stickel [ 0:21 ]

detalhe de um trabalho

Detalhe de um trabalho.

é isso, por fernando stickel [ 15:43 ]

amor tem que sair da lista

sinto muito. mas o amor tem que sair da lista
dos artigos de luxo.
pois. os homens estão morrendo de fome afetiva
nas ruas da vida. ou mesmo dentro
das salas de jantar

por Luciana Wis

é isso, por fernando stickel [ 17:57 ]

nítido azul brilhante

tudo nítido
azul brilhante
o mundo assim
de hoje em diante

é isso, por fernando stickel [ 12:43 ]

matisse, notre-dame

Henri Matisse
Notre-Dame, fin d’après-midi, 1902
óleo sobre papel montado em tela, 72.5 x 54.5 cm

é isso, por fernando stickel [ 23:47 ]

presente de bodas

Este é um dos desenhos mais antigos que me lembro ter feito, devia ter 16 ou 17 anos.
Dei de presente para os meus pais nas bodas de prata, em 1976.

é isso, por fernando stickel [ 17:35 ]

manoel de barros

De Manoel de Barros, no livro O Encantador de Palavras, 1996.

1. MATÉRIA DE POESIA
Todas as coisas cujos valores podem ser
disputados no cuspe à distância
servem para poesla
O homem que possui um pente
e uma árvore
serve para poesla
Terreno de 10×20, sujo de mato – os que
nele gorjeiam: detritos semoventes, latas
servem para poesla
Urn chevrolé gosmento
Coleção de besouros abstêmios
O bule de Braque sem boca
são bons para poesia
As coisas que não levam a nada
tem grande importância
Cada coisa ordinária é um elemento de estima
Cada coisa sem préstimo
tem seu lugar
na poesia ou na geral
O que se encontra em ninho de joão-ferreira:
caco de vidro, garampos,
retratos de formatura,
servem demais para poesia
As coisas que não pretendem, como
por exemplo: pedras que cheiram
água, homens
que atravessam períodos de árvore,
se prestam para poesia
Tudo aquilo que nos leva a coisa nenhuma
e que você não pode vender no mercado
como, por exemplo, o coração verde
dos pássaros,
serve para poesia
As coisas que os líquenes comem
– sapatos, adjetivos-
têm muita importância para os pulmões
da poesia
Tudo aquilo que a nossa
civilização rejeita, pisa e mija em cima,
serve para poesia
Os loucos de água e estandarte
servem demais
O traste é ótimo
O pobre-diabo é colosso
Tudo que explique o alicate cremoso
e o lodo das estrelas
serve demais da conta
Pessoas desimportantes
dão pra poesia
qualquer pessoa ou escada
Tudo que explique
a lagartixa de esteira
E a laminação de sabiás
é muito importante para a poesia
O que é bom para o lixo é bom para a poesia
Importante sobremaneira é a palavra repositório;
a palavra repositório eu conheço bem:
tem muitas repercussões
como um algibe entupido de silêncio
sabe a destroços
As coisas jogadas fora
têm grande importância
-como um homem jogado fora
Aliás é também objeto de poesia
saber qual o período médio
que um homem jogado fora
pode permanecer na terra sem nascerem
em sua boca as raízes da escória
As coisas sem importância são bens de poesia
Pois é assim que um chevrolé gosmento chega
ao poema, e as andorinhas de junho

é isso, por fernando stickel [ 1:10 ]

não resisti, lindo demais!

Não resisti, tá lindo demais!

é isso, por fernando stickel [ 18:53 ]

verdadeiro desenho cego

O verdadeiro DESENHO CEGO, do meu aluno Plinio Pereira, carvão sobre papel sulfite.

é isso, por fernando stickel [ 18:41 ]