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arte

o tarado de itanhaém

Prometi a história completa, ei-la:

Amor aos Pedaços ou O Tarado de Itanhaém

Após o teatro fomos jantar no bistrô La Tartine, vizinho do restaurante Mestiço, muito gostoso simpático e barato, sempre com lugar, ao contrário do Mestiço, sempre lotado. Nas mesas ao lado desenrolam-se cenas fascinantes:

Ele: Alto, forte, ombros largos, por volta dos 45 anos, grisalho nas têmporas, cara de serial killer, médico legista contratado por concurso pela Prefeitura de Itanhaem, SP, prolixo, encantado com sua própria voz, alta e pausada, veste jeans, tênis e camisa cinza escuro e discorre sobre o milhão de dólares necessário para montar uma franquia MacDonalds ou os R$ 200.000 para montar um Amor aos Pedaços.
Ela: Mignon, gostosinha, parda, vulgar, sorriso semi-cretino nos lábios, bibliotecária do interior, parece ser excelente ouvinte, ou então está apenas embevecida pelo bonitão. Não sabe o que é Amor aos Pedaços.
Ele: (declamando): – “Você é a coisa mais importante que aconteceu na minha vida, você não sabe como estou feliz” e olha profundamente nos olhos dela, inclina-se para a frente e segura a mão da moça bem apertada. Logo a seguir: -“Você pode escolher o prato quente para dividirmos” mudando abrubtamente para: “Eu sonhei em ter uma livraria”, e conta como é apaixonado pelos livros desde criança.
E assim vai ele solando sobre os mais diversos assuntos, conta como foi contratado pela Prefeitura, ela fixada nele. Aí conta como conseguiu obter gravações da ex-mulher com o amante, através de um enfermeiro do Savoy Pronto Socorro, e continua descrevendo suas aventuras pra baixinha, ela vidrada nele, sempre com olhar entre embevecido e completamente idiota, depois volta a falar das franquias e da sua paixão pelos livros e a vontade de ter uma livraria, e também o desejo de montar academia de artes marciais… , o tempo passa, Sandra e eu mal conseguimos disfarçar a total curiosidade, anotamos algumas coisas em guardanapos de papel, o assunto é extremamente fascinante.
Ela não se dá conta, mas está correndo perigo. Algo neste casal nos passa uma tragédia suspensa por algo muito tênue, a brutal diferença física entre os dois, a obsessão sinistra do grandalhão evidenciada no seu falar pausado e monocórdio, a improvável salada de objetivos de vida…

Atrás de nós outro casal curioso, ele um jovem gatão gringo, cabelos longos, mãos bonitas e costas largas, na segunda caipirinha tripla, ela mulata esguia, cabelos anelados, insinuosa e sorridente, no segundo balde de dry-martini.
Falam alto, ele em inglês e ela macarronicamente se dedica ao “body language”, se pegam, se beijam, a certa altura se levantam, e no meio do restaurante entre as mesas abraçam-se num longo beijo tarado e voltam a se sentar sorridentes.
Mais dry-martini, mais caipirinha, o tom de voz se eleva, começam a brincar com os talheres fazendo um barulho danado, daqui a pouco se levantam novamente e se agarram mais intensamente, mão na bunda, beijos profundos, parece que de comum acordo estão fazendo uma prévia dos corpos, antes que desmaiem de tanto beber, dane-se o restaurante e quem estiver por perto. Neste caso a tragédia será apenas acordar com aquela puta dor de cabeça e tentar se lembrar do que aconteceu na noite anterior…

é isso, por fernando stickel [ 8:47 ]

bundas!

Bundas e mais bundas… Dica do Freddy.

é isso, por fernando stickel [ 18:03 ]

carlos fajardo

No momento, duas exposições do meu amigo Carlos Fajardo em SP: secas, precisas, corretas, impecáveis. Pinacoteca de São Paulo e Dan Galeria.

é isso, por fernando stickel [ 11:44 ]

lygia pape

Lygia Pape expõe, entre outros, este magnífico trabalho de aprox 10 x 5 m. numa montagem impecável da Galeria André Millan, R. Rio Preto 63, SP.

é isso, por fernando stickel [ 11:33 ]

lâmpada de mesa

Desenho do suporte de uma luminária de mesa dos anos 40 ou 50.
Dei a luminária de presente para o Dudi muitos anos atrás. Que eu saiba, continua prestando bons serviços na mesa dele!

é isso, por fernando stickel [ 10:55 ]

fricção científica

Fricção científica na zona do agrião.

é isso, por fernando stickel [ 13:12 ]

trabalho novo

Trabalho novo, título: NINGUÉM NENHUM LUGAR
Assemblage com fotos, papéis, colagem e fitas, dentro de uma caixa, 40 x 60 cm.

é isso, por fernando stickel [ 12:42 ]

composição suprematista

Composição suprematista, com Polaroid e Photoshop.

é isso, por fernando stickel [ 11:26 ]

terreno baldio

Polaroid tirada em 28/8/89 num terreno baldio na esquina da R. Ribeirão Claro com o córrego Uberaba, hoje Av. Helio Pellegrino.

é isso, por fernando stickel [ 16:23 ]

família ramenzoni

A família Ramenzoni era vizinha de frente da casa dos meus pais na Rua dos Franceses, bairro da Bela Vista.
Os filhos, Lamberto, Dante, Virgilio e Lucia são todos mais velhos do que eu, de vez em quando eles me convidavam a entrar e aí eu me deliciava em universos novos, como as armas de fogo ou os carros e lanchas potentes. Lembro-me bem de uma pick-up com motor de Corvette…
No início dos anos sessenta, adolescente, eu ia de ônibus às aulas de dança da Madame Poços Leitão e na volta para casa, cerca de 23:00h fisgava umas cenas do namoro da Lucia Ramenzoni com o Paulo Francini, no portão. Achava aquilo muito excitante!
Hoje a Lucia continua minha vizinha de bairro na Vila Olímpia, com estúdio na R. Fiandeiras.

é isso, por fernando stickel [ 14:40 ]

teatro

Fomos ao teatro ver “Vestir o pai”, com Karin Rodrigues dirigida por Paulo Autran. Hilário, excelente!
Saindo, fomos jantar no La Tartine, vizinho do Mestiço e muito gostoso, sempre com lugar, ao contrário do Mestiço, sempre lotado.
Nas mesas ao lado desenrolam-se conversas que nos chamam a atenção.
Ele alto, forte, 45 anos, grisalho nas têmporas, cara de serial killer, prolixo, voz alta e pausada, ela, mignon, gostosinha, parda, sorriso semi-cretino nos lábios, excelente ouvinte.
Atrás de nós outro casal curioso, ele jovem gatão gringo de mãos bonitas e costas largas, na segunda caipirinha tripla, ela mulata esguia, cabelos anelados, insinuosa e sorridente, no segundo balde de dry-martini.
Depois conto mais, anotamos tudo…Estas histórias poderão se chamar “Amor aos pedaços” ou “O tarado de Itanhaém”…

é isso, por fernando stickel [ 2:53 ]

bardi, abaporu e malba

Em Buenos Aires fomos visitar o MALBA.
A pintura O Abaporu de Tarsila do Amaral é o carro chefe do livro de apresentação do museu.
Meu pai comprou este quadro do Bardi lá no início dos anos 60, e eu convivi com esta tela por mais de 20 anos.
O quadro sempre esteve no escritório do meu, pai, pois minha mãe não gostava dele e não o queria em casa.
Em 1984 meu pai o vendeu e distribuiu parte do valor entre os filhos, eu peguei o dinheiro e me mandei para New York para um ano sabático, foi o dinheiro mais bem gasto!

é isso, por fernando stickel [ 15:25 ]

quarta-feira à tarde

Estúdio, quarta-feira à tarde.

é isso, por fernando stickel [ 0:47 ]

bolachas e mahler

Andei curtindo uns LPs antigos, sim, as queridas bolachas.
Basta lavá-los com água e sabão neutro, secar com uma toalha macia, e se o LP não sofreu muitos desaforos vida afora, o som é perfeito.
Agora, tem umas coisas chatas de doer, os entendidos de música clássica que me corrijam, mas a sinfonia de Mahler que escutei hoje à tarde, pelamordedeus…

é isso, por fernando stickel [ 19:56 ]

expo guto lacaz

Exposição do Guto Lacaz, 30 de Setembro às 20:00 h, na Val de Almeida Junior, R. Artur de Azevedo 613.
Copiado do Dudi:
Essa ilustração do Guto me lembrou uma aula em que o Fajardo, explicando a arte para os alunos, pegou uma caixa de fósforo, tirou um palito e disse – esse é o artista, a caixa com os palitos dentro é o público e riscou o fósforo na lixa que seria o trabalho. O palito incendiou, e ele revelando , falou – a arte é assim!

é isso, por fernando stickel [ 21:12 ]

brincadeiras com arthur

Brincadeiras com Arthur, soltar “vespinhas”, depois desenhar robôs e um logotipo com pictogramas para o blog do papai.

é isso, por fernando stickel [ 23:24 ]

modelo vivo no calor infernal

Aula de desenho de observação com modelo vivo, no calor infernal de ontem.
Hoje a primavera começa com uma das suas, chuvisco e frio logo cedo.

é isso, por fernando stickel [ 9:15 ]

christo e piza

valley.jpg

Duas obras de arte
O conceito destes dois trabalhos é simples: SEPARAÇÃO.
A época de execução dos dois trabalhos é praticamente a mesma, 1970 para a gravura em metal “En se séparant” de Arthur Luiz Piza e 1970/1972 para a instalação de Javachev ChristoValley Curtain.
No entanto a maneira de fazê-los, radicalmente diferente. Enquanto o trabalho do Piza, uma gravura, é solitário e introspectivo, a equipe de construção necessária para a execução da cortina de Christo teve 100 pessoas, sem falar nas empresas de engenharia e contatos com órgãos públicos para a finalização do projeto, assim como a captaçao de dinheiro, muito dinheiro!

é isso, por fernando stickel [ 11:46 ]