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...desde janeiro de 2003

arte

ócio

ocio
Foi ontem o lançamento do livro ÓCIO da minha amiga Helena Carvalhosa.
Muito interessnte a relação de suas esculturas efêmeras com as poesias de Manoel de Barros.

é isso, por fernando stickel [ 15:19 ]

duchamp na philadelphia

phila.jpg
Visitei em 1985 a cidade com mais arte nas ruas que jamais vi, e o Philadelphia Museum of Art, que guarda a maior coleção de obras de Marcel Duchamp.
Estou observando a obra máxima de Duchamp, Etant donnes: 1 la chute d’eau, 2 le gaz d’eclairage (Given: 1. The Waterfall, 2. The Illuminating Gas) instalada permanentemente no museu. Duchamp levou 20 anos para concluir esta instalação, 1946 – 1966.
A foto provávelmente é da minha amiga Monica Kowarick.

duchamp
Durante muitos anos era proibido divulgar a imagem que se vê pelo buraco na porta, obrigando a quem quisesse ver a obra-prima de Duchamp a ir ao museu.

é isso, por fernando stickel [ 18:44 ]

james bond db5

bond2
Você quer possuir o carro mais famoso de James Bond?
O Aston Martin DB5 de 1964, astro dos filmes Goldfinger e Thunderball vai a leilão.
Estima-se que saia por um valorzinho básico, simbólico, de cinco milhões de libras esterlinas…

BOND
Todos os detalhes são reais, criados e instalados pela própria Aston Martin.
Spray de óleo, metralhadoras, painel blindado, ejeção do assento, placas giratórias, está tudo lá!

é isso, por fernando stickel [ 9:56 ]

29ª bienal de são paulo

29_bienal
Acaba de ser divulgada a lista oficial dos artistas participantes da 29ª Bienal de São Paulo, cujo tema é:

“Há sempre um copo de mar para um homem navegar”?

verso do poeta Jorge de Lima tomado emprestado de sua obra maior, Invenção de Orfeu (1952)

Compõe-se de 148 nomes, alfabéticamente de Adrian Piper a Zanele Muholi, brasileiros e estrangeiros.
Curadores-chefe: Moacir dos Anjos, Agnaldo Farias
Curadores convidados: Chus Martinez, Fernando Alvim, Rina Carvajal, Sarat Maharaj, Yuko Hasegawa

Espero que esta seja um bom antídoto para a última, a malfadada “Bienal do Vazio”

é isso, por fernando stickel [ 14:47 ]

nova canon

portaria
O encontro de duas novidades.
1. Minha nova câmera Canon Power Shot SX210IS, a quarta na sequência após a minha primeira digital, a Sony Cyber-shot DSC-F717 de 2003.
2. O saguão de entrada do prédio onde morarará minha filha e o meu neto Samuel em Pinheiros, após a conclusão da reforma do apartamento recém iniciada.

A nova câmera, além do modo MANUAL, tem um formato WIDE, que é este da foto.

é isso, por fernando stickel [ 14:13 ]

oldenburg em iquique

uy1
No caminho para o aeroporto em Iquique fotografei de dentro do taxi esta lata de refrigerante gigante, poderia ser uma obra de Claes Oldenburg.

é isso, por fernando stickel [ 12:54 ]

faleceu dennis hopper

hopper
Foto: Reuters

Morre aos 74 anos o ator e diretor Dennis Hopper, de “Easy Rider”

Em 1989 fiz um programa interessante com os meus filhos Fernanda e Antonio, na época com 12 e 10 anos de idade.
Começamos com uma semana de esqui na neve em Vail, Colorado, em seguida levei-os à Disney de Los Angeles, e ficamos em um hotel ali perto em Anaheim.
Lá pelas tantas me ligou o meu falecido amigo Jay Chiat (1931-2002) e disse:
– Fernando, come up here, I reserved a room for you in Marina del Rey, it’s closer and we could get together. (as distâncias em LA são imensas)

Mudamo-nos de mala e cuia, guiei os cerca de 60km que separavam os bairros, e na mesma noite o Jay me convidou para jantar no Rebecca’s em Venice, frizando que o restaurante era um projeto novo do Frank Gehry, amigo dele e cujo escritório visitei em 1985.
Agitei um programa para os meus filhos jantarem no quarto, o Jay me pegou no hotel em um Porsche 928 preto, naquela época sua agência de publicidade, a Chiat-Day tinha a conta da Porsche.
Chegamos ao Rebecca’s Restaurant em Venice, 2025 Pacific Avenue, e quase caí de costas. O bar na entrada era inteiro de alabastro (ou onyx), e reluzia na atmosfera sensual, no teto um enorme crocodilo feito de placas de metal, o restaurante era a coisa mais interessante e ousada que eu jamais havia visto.
Pouco a pouco os outros convidados foram chegando, o Jay ia me apresentando, entre eles Dennis Hopper (1936-2010). Lembro-me do Jay conversando com ele sobre um warehouse que eles iriam comprar, algo assim.
E eu estava sentado ali do lado dele, tive o privilégio de jantar com um dos monstros sagrados do cinema. Quis a fatalidade que ambos falecessem de cancer da próstata, ainda jovens, com setenta e poucos anos.

é isso, por fernando stickel [ 18:19 ]

o inferno

salario
O filme Salário do Medo (1953) que assisti na minha adolescência, com Yves Montand, me marcou muito, era um drama sobre o transporte de um caminhão carregado de nitroglicerina. Eu só não sabia que o diretor do filme era Henri-Georges Clouzot, um dos “monstros sagrados” do cinema.

Descobri isso assistindo ao filme O Inferno de Henri-Georges Clouzot em cartaz no Reserva Cultural.
A história deste filme é interessantíssima, começa em 1964 com o diretor escrevendo, dirigindo e produzindo seu filme O Inferno com Romy Schneider e Serge Reggiani.
A filmagem complicadíssima, com orçamento hollywoodiano, não avançou, o ator principal totalmente estressado pelas exigências do diretor se arrancou antes do final da filmagem e Henri-Georges Clouzot teve um enfarte. O filme foi abandonado.
Em 2005 a viúva do diretor, falecido em 1977, trouxe à luz os filmes originais, o que permitiu a execução deste documentário fantástico.

romy
O inferno de que trata o filme é o ciúme. O diretor deu total liberdade à equipe para pesquisar sons e imagens que transmitissem a loucura terminal do personagem consumido por ciúme doentio.
O resultado é uma mistura improvável de Fellini com Marcel Duchamp.
O universo da Op Art e da música eletroacústica se mistura com cenas sensuais de Romy Schneider, no auge de seus 26 anos esquiando nas águas de uma represa.

é isso, por fernando stickel [ 10:35 ]

virgílio

virgilio
Em 2001 aluguei durante o mês de Dezembro o Espaço Virgílio em Pinheiros, SP, onde expus minhas pinturas e desenhos, o vernissage foi no dia 29/11/01.
Neste espaço funciona hoje a Galeria Virgílio, naquela época um grupo de artistas gerenciava o espaço, e inclusive o alugava.
Sou adepto deste tipo de solução alternativa, pois negociar uma exposição com as galerias de arte pode ser uma tarefa insanamente longa, cansativa e frustrante.
Pude desta maneira organizar a exposição da maneira que eu achei correta, com dois grupos de desenhos, um recente só de nus, e um “histórico”, e também um grupo de pinturas.


Este trabalho doei posteriormente à Prefeitura de São Paulo, e foi exposto na inauguração da Galeria Olido, em 10 Setembro 2004.

é isso, por fernando stickel [ 16:46 ]

fabio moreira leite

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No apartamento/estudio do Fabio Moreira Leite. Todos os espaços são ocupados com obras de arte, inclusive o banheiro…

é isso, por fernando stickel [ 12:12 ]

porta em moema

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Em Moema.

é isso, por fernando stickel [ 17:25 ]

fabio moreira leite

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No apartamento/estúdio do Fabio Moreira Leite.
Um conjunto de carimbos criados (esculpidos) pelo artista, objetos, desenhos pinturas, até dentro de caixas de pizza ele fazia arte!

é isso, por fernando stickel [ 10:41 ]

bixiga

bixiga
Visão do Bixiga (Bela Vista) da janela do apartamento do Fabio Moreira Leite.

fabio
Página de caderno de anotações do artista.

é isso, por fernando stickel [ 15:14 ]

sépia

sepia2
A vizinha de pernas sépia

E não se esqueça de derreter
o fim da tarde rósea choque

sua boca

.

é isso, por fernando stickel [ 23:53 ]

faleceu fabio moreira leite

fabio
(Fábio Moreira Leite, fotografado em abril de 2008, por Mário Leite)

Reproduzo abaixo post do blog do jornalista Paulo Moreira Leite. Leiam o post até o final e entenderão o por que desta reprodução:

“O artista plástico Fábio Moreira Leite morreu sexta-feira, 6/3/2009, em São Paulo, meses antes de completar 58 anos.
Fábio fazia desenhos, pinturas e gravuras desde os 14 anos de idade. Deu aulas em escolas da rede publica de São Paulo e também em estabelecimentos privados, fez trabalhos em escritórios de arquitetura. Entrou e saiu de diversas faculdades, algumas vezes com diploma, outras, não, mas nunca pensou em fazer outra coisa na vida além de artes plásticas.
Já gostava de frequentar a museus e exposições quando os garotos de sua idade iam para os campos de futebol e festinhas.
Participou de exposições coletivas e fez amostras individuais. Andou por vários estilos e escolas, além de criar soluções proprias em seu trabalho.
Sua obra foi lembrada recentemente numa antologia sobre a década de 70, realizada no Instituto Tomie Othake. Sem nunca ter alcançado sucesso comercial, produziu um conjunto de trabalhos notáveis pela coerência e pelo rigor. Costumava ser apreciado por quem se dava ao trabalho de conhecer o que fazia.
No universo de grandes mutações culturais que marcou as últimas décadas, ele pode se definido como um artista incapaz de negociar idéias ou convicções.
Nos últimos anos, ele residia num pequeno apartamento na região do Bixiga, em São Paulo, bairro que costumava frequentar em passeios à pé.
Em sua casa, os pincéis, telas, latas de tinta e todo material de trabalho tinham prioridade absoluta sobre seus confortos de morador.
Fábio era meu irmão mais velho. No início de 2008 descobriu um cancer no pâncreas e enfrentou a doença até a última sexta-feira, armado da principal característica que possuiu para viver –  coragem.”

Visitei na semana passada, a pedido da família, o apartamento/estúdio do Fabio (1951-2009), encontrei uma enorme produção de desenhos, cadernos de anotações pessoais, pinturas, objetos, livros, enfim, uma vida inteira de trabalho de um artista falecido precocemente.
A família se pergunta o que fazer com este enorme acervo, e me pediu ajuda.
Comecei por fotografar o apartamento:

fabio2

fabio3

Pedi autorização da família para divulgar as fotos, com o objetivo de apresentar o drama e procurar uma solução para o problema: O que fazer com o enorme e interessantíssimo acervo deixado pelo Fábio?

cad
Dezenas e dezenas de cadernos manuscritos, desenhados, com colagens, enchem as prateleiras, dividindo espaço com uma vasta biblioteca de arte, filosofia, religiões, etc…

é isso, por fernando stickel [ 20:01 ]

krazy kat

kat
Emprestado daqui.

é isso, por fernando stickel [ 12:27 ]

na ciclovia

cicl
Na Ciclovia Rio Pinheiros, ontem.

é isso, por fernando stickel [ 9:19 ]

jan hendrix

jan
A SPArte me revelou ao menos um artista que eu não conhecia, e do qual gostei muito!
É um holandês que vive há muito tempo no México, seu nome Jan Hendrix, sua idade cerca de 60.

é isso, por fernando stickel [ 16:11 ]