aqui no aqui tem coisa encontram-se
coisas, coisas, coisas...
...desde janeiro de 2003

Meu amigo Toninho Noronha me envia foto de uma pintura minha em seu apartamento. Trata-se de um dos primeiros trabalhos que vendi, óleo sobre tela. É muito bom revê-lo quase 40 anos depois…

Em 1983 iniciei o registro das minhas obras em um grande livro de folhas em branco, um calhamaço analógico onde coloco um número de referência para cada obra, sua ficha técnica e, na medida do possível, seu histórico. Descubro que quem vendeu a obra foi a Galeria Paulo Klabin, que representou alguns trabalhos meus naquela época…

A pintura de 1982 está registrada no livro, mas sem foto. Procurei, fucei nos meus arquivos e finalmente encontrei uma linda foto!

é isso, por fernando stickel [ 8:19 ]

A Fundação Stickel é especialista em levar arte e cultura gratuitamente a populações sem acesso a estes bens, fundamentas à cidadania. Fazemos isso através de cursos na periferia de São Paulo, exposições de arte, lançamento e doações de livros, etc…

As visitas educativas às nossas exposições são ferramenta fundamental neste processo, acabamos de utilizá-la em nosso Espaço Fundação Stickel, na Vila Olímpia, com a visita guiada à exposição “A Cidade Diante dos Meus Olhos”.

Utilizando vans, e uma boa integração entre as equipes responsáveis, trazemos alunos de nossas escolas parceiras na periferia de São Paulo, para realizar atividades com a equipe da Cidade Invertida, coordenada por Ricardo Hantzschel. 

Seu símbolo de referência é um trailer adaptado para operar, principalmente, como câmera obscura e laboratório fotográfico. Todos os alunos realizam fotos analógicas com câmeras “pin-hoje”, o processo é lúdico e extremamente interessante e didático.

As escolas beneficiadas são:
– Crescer Sempre de Paraisópolis.
– Escola Estadual Condessa Filomena Matarazzo de Ermelino Matarazzo, na Zona Leste.
– Escola Estadual Comendador Mário Reys em Itaquera.
– Associação Alessandro Zarzur – FAZ no Real Parque, Zona Sul

A Fundação Stickel está sempre em busca de novos parceiros que acreditem na nossa missão, e possam colaborar na manutenção de nossas atividades.

é isso, por fernando stickel [ 9:54 ]


E. E. Comendador Mário Reys

A Fundação Stickel promoveu a visita educativa de alunos de suas instituições parceiras à exposição “Os Mundos de Leonardo da Vinci” no Shopping Morumbi, organizada em parceria com a Visual Farm, que trouxe à vida as ideias geniais do mestre renascentista em um espetáculo de projeções incríveis!

O acesso à arte também faz parte da nossa missão e, com esta atividade, queremos facilitar o contato entre os nossos públicos e os equipamentos culturais disponíveis na cidade.

– Crescer Sempre de Paraisópolis
– Escola Estadual Condessa Filomena Matarazzo de Ermelino Matarazzo na Zona Leste
– Escola Estadual Comendador Mário Reys em Itaquera


E. E. Condessa Filomena Matarazzo


Crescer Sempre

é isso, por fernando stickel [ 11:40 ]


Elis Regina e Tom Jobim

“Elis & Tom – Só Tinha de Ser com Você”, direção de Roberto de Oliveira e Jom Tob Azulay, roteiro de Nelson Motta, é um filme documentário extraordinário.

Na Los Angeles de 1974, Antonio Carlos Jobim, a encarnação da Bossa Nova, e Elis Regina, então a cantora mais popular do Brasil, se reuniram para gravar aquele que se tornaria um dos álbuns mais icônicos da história da música brasileira.

Através de imagens raras e inéditas, “Elis & Tom” revela o conflito e a alegria deste momento, numa viagem única no tempo, revelando momentos íntimos do processo criativo, as personalidades extraordinárias destes artistas e as inevitáveis tensões do processo.

Raras vezes temos a oportunidade de acompanhar o processo criativo de um artista, neste caso a documentação é farta e extremamente bem produzida, envolvendo depoimentos e gravações de toda a equipe, com destaque para Cesar Camargo Mariano, produtor musical do álbum e também arranjador de algumas músicas, marido de Elis na época.

Em contato com o minimalismo de Tom (nas palavras de Beth Jobim, filha de Tom, que tinha 16 anos na época das gravações, o pai usava muito mais a borracha do que o lápis ao compor) Elis promove uma progressiva depuração de sua voz exuberante, atingindo controle e lirismo inigualáveis em um processo lindo de ser acompanhado.

Tecnicamente o longa é impecável, o som é perfeito, fotografia impecável, é um filme que prende a atenção e extremamente prazeiroso de assistir, com detalhes da época inimagináveis hoje, como os cigarros presentes em todas as gravações…

Na minha área das artes visuais, 99% do processo criativo se faz a sós, imagino que ao compor uma música o artista também esteja só, talvez com seu piano. Mas ao tocar sua composição uma enorme quantidade de outros profissionais entra em ação, e torna-se necessário controlar e obter o máximo desempenho de toda a equipe. O documentário mostra muito bem essa dinâmica.


Tom Jobim e Cesar Camargo Mariano

é isso, por fernando stickel [ 8:42 ]

No meio do silêncio e do verde, a presença de Deus fica mais clara.
Essa luz ilumina os porões da mente, desfaz o mofo, espanta os fantasmas.
Com cuidado, chamo a isso de ‘felicidade’.
Ela pousa, muito leve, no telhado desta casa.

Obrigado

Caio Fernando Abreu
18/06/1989

Meu comentário: A natureza, o silêncio e a luz podem ser a mais pura tradução daquilo que eu entendo ser Deus. Feliz aquele que percebe.

é isso, por fernando stickel [ 10:23 ]

A Fundação Stickel realizará em seu espaço na R. Nova Cidade 195 – Vila Olímpia, a exposição de pinturas de Maria Villares, com inauguração prevista para 11 novembro 2023.


Maria Villares à direita e sua assistente, Andrea Angulo. Ao fundo algumas telas da exposição.


Maria Villares em seu estudio.


O estudio da artista.

é isso, por fernando stickel [ 8:40 ]

Sonhei com meu pai

Eu estava confortavelmente sentado em uma poltrona debaixo de uma árvore, lendo um artigo da Trip Transformadores de 2019, trajando um terno claro e gravata. O local era um pátio ou um jardim ao ar livre, poderia ser os fundos da casa do Guarujá, quando chegou meu pai Erico, também de terno claro.

Ele me pediu para para acompanhá-lo, precisava me mostrar alguma coisa. Ali ao lado estava parado um Fusca bege, ele abriu a porta e tomou a direção, eu me sentei no banco do passageiro. Meu pai começou a guiar por uma cidade que eu sabia ser Nova Iorque porém a aparência era bem diferente. Nova Iorque é uma cidade plana e esta cidade por onde andávamos tinha relevo significativo, largas avenidas bem vazias. Andamos até chegar na casa da Rua dos Franceses e meu pai queria minha opinião sobre uma reforma que incluiria uma nova suíte na casa.

Estávamos no jardim e olhávamos para a casa discutindo a localização de uma janela, onde ficaria a nova suite e outros detalhes. Tudo muito calmo e equilibrado. A casa parecia mais alta e sem reentrâncias, sem beiral, um paralelepípedo.

é isso, por fernando stickel [ 7:59 ]

A cada dia que passa fica mais difícil encontrar peças para carros clássicos. A internet é a grande ferramenta, mas mesmo assim não consegui encontrar as duas alavancas de controle, das setas de direção e farol alto e do limpador de parabrisa do Porsche 911S 1975 “Silver Anniversary Edition”
Quem me ajudou foi o Joe, e as peças zero km acabaram de chegar, vão aprimorar a máquina, sempre bem cuidada!

é isso, por fernando stickel [ 12:24 ]


Foto: Zeca Florentino

Faleceu minha querida amiga Valu Oria. Faça uma linda viagem, Valu.

é isso, por fernando stickel [ 15:31 ]


Foto: Chao Soi Cheong/AP


A sala do meu apartamento, com a TV

22 anos atrás, no fatídico 11 setembro 2001, conhecido posteriormente como 9/11, eu tomava café da manhã no meu apartamento da R. Casa do Ator, na Vila Olímpia, quando a TV começou a mostrar as imagens do ataque ao World Trade Center, as torres gêmeas de New York.

Fiquei muito tempo grudado na TV, assistindo entre horrorizado e fascinado a tragédia.

Iraci, minha empregada na época, assistia junto comigo, ao mesmo tempo em que eu me lembrava da época em que morei em New York e visitei o World Trade Center.

Outro ângulo sa sala, mostrando a entrada do corredor dos quartos.

A sala.

é isso, por fernando stickel [ 8:34 ]

O filme Oppenheimer é longo, pesado, difícil e muito bom. Poderia ter uma hora a menos? Talvez. Mas acho que vale a pena, é um daqueles filmes necessários. O personagem de Robert Oppenheimer está perfeito no ator irlandês Cillian Murphy, que eu já tinha amado na série Peaky Blinders.

Para mim que tenho interesse em ciência, e que já havia lido cerca de 10 anos atrás o livro “The making of the atomic bomb” escrito pelo ganhador do Pulitzer, Richard Rhodes, o filme foi um complemento perfeito!
São nada menos que 788 páginas fascinantes, a história do gênio humano e da física nuclear se confundem com a política do século XX, as perseguições nazistas aos judeus, a primeira e a segunda grande guerra, os prêmios Nobel.
Um esforço técnico/científico/político/logístico sem precedentes, algo que custou nos anos 40 dois bilhões de dólares ao governo dos E.U.A.
As questões morais colocadas, o esforço para terminar a guerra, a consciência pesada dos responsáveis pela criação da mais poderosa arma se confundem com o fascínio e o prazer intelectual da verificação prática de teorias altamente sofisticadas da desintegração atômica.
Sem dúvida um dos melhores livros que li. Tudo aquilo que aprendi nas aulas de física e química no colégio, mais um tanto que pude complementar na vida adulta voltaram à tona, simplesmente fascinante.
O autor deteve-se inclusive na vida pessoal dos protagonistas, nomes como Robert Oppenheimer, Enrico Fermi, Einstein, Nioels Bohr, Madame Curie, Heisenberg, Leo Szilard, Emilio Segrè, Egene Wigner, Edward Teller, e também na vida da comunidade de Los Alamos, onde centenas de cientistas, técnicos e suas famílias conviveram no período final da criação da bomba.
O horror de Hiroshima e Nagazaki não foi poupado, a descrição gráfica dos efeitos das bombas é de arrepiar, até hoje.
Raras vezes na vida consegui ler um livro deste tamanho e complexidade até o fim, valeu!!

é isso, por fernando stickel [ 8:56 ]

Em 2005, aos 57 anos de idade, eu limpava obsessivamente as lentes dos meus óculos, sem me dar conta que a sujeira não estava nas lentes, e sim na progressiva opacidade dos cristalinos, as lentes dos nossos olhos. Era a catarata se instalando subrepticiamente. “Muito cedo” disse na época o Dr. Marcelo Cunha (1955-2021), meu oftalmologista, mas já que apareceu, vamos operar. O procedimento inclui o implante de uma Lente Intra Ocular (LIO) que substitui o seu cristalino “original” danificado. Assim fizemos, nos dois olhos, um na sequência do outro, pouco depois das cirurgias o processo se completou com novas lentes para os óculos, pois com a operação o grau diminui. Tudo funcionou, lentes limpas!

Cerca de seis meses atrás, em consulta de rotina, fui diagnosticado com início de glaucoma no olho esquerdo, o tratamento para a pressão alta intraocular que origina a doença é uma gota de colírio diária, muito simples. Há dois dias atrás meu olho esquerdo subitamente ficou com a visão embaçada e todas as luzes apresentavam um halo… Fiquei apavorado com a possibilidade de alguma coisa grave relacionada ao glaucoma, e ontem mesmo já estava de volta ao consultório da Dra. Gabriela, oftalmologista.


A seta na foto aponta a lente deslocada

O resultado da consulta: A lente implantada na operação de catarata 18 anos atrás saiu do lugar, se deslocou, provocando a visão embaçada. UFA!!! Nada relacionado ao glaucoma. A correção será cirúrgica, já marquei para a semana que vem com o Dr. Andre Maia.

Neste meio tempo ficamos pensando sobre a possível razão para a lente sair do lugar, um evento raro segundo a Dra. Gabriela, mas relatado na literatura: Movimentos bruscos ou traumas oculares, qualquer ação que cause pressão ou movimento repentino no olho, como esfregar o olho vigorosamente, pode levar ao deslocamento da Lente Intra ocular (LIO). Sandra lembrou do meu tombo de moto, um evento traumático 8 anos atrás que pode ter dado início ao processo de deslocamento da lente.


Logo após a cirurgia, na sala de recuperação

Na quinta-feira 14/9/2023 às 11:00h ocorreu a cirurgia denominada vitrectomia na clínica da Av. Gabriel Monteiro da Silva, tudo dentro do previsto. A dose de Dormonid foi mais fraca e eu fiquei em estado de sonolência, não apaguei completamente, deve ser parte do aprimoramento da técnica. A cirurgia levou cerca de 3h00 bem mais do que a cirurgia de catarata, que leva no máximo 30 minutos. Chegamos em casa cerca de 14h30, almocei e dormi profundamente no sofá. Sandra preparou um maravilhoso jantar com direito a mille-feuille da Confeitaria Dama, assistimos TV.


A lente implantada

Assim que deitei para dormir e apaguei a luz senti que meu olho esquerdo tinha como se fosse um foco de luz aceso em sua frente e o direito não, na normalidade do quarto escuro. Essa diferença me perturbava e me preocupei que não conseguiria dormir desse jeito. Fui me acalmando tentando reduzir essa luminosidade virtual e pouco a pouco os dois olhos passaram a ter a mesma sensação de quarto escuro. Ainda assim não consegui dormir, ao contrário da minha rotina diária, talvez pela ausência do CPAP, que não pude usar por causa do tampão no olho. Cerca de meia-noite e meia senti que a anestesia estava finalmente se dissipando.

Não dormi bem, levantei às 5:30 e vim escrever este relato, utilizando só o olho direito. Funciona, mas não é confortável, pela perda da profundidade de campo. O olho operado doi um pouco mas nada que me obrigue a tomar uma Novalgina. Logo mais às 9h00 voltarei à clínica para retirar o tampão e iniciar a rotina dos colírios.

Retirado o tampão minha visão se apresentou bastante confusa, mas todos me garantem que é assim mesmo. Dr. Andre Maia me explicou que o primeiro dia é o pior e vai melhorando progressivamente.
Utilizando uma tabela para não me perder, devo utilizar colírios de hora em hora. Os exames na retirada do tampão indicaram que a cirurgia foi perfeita. Em 6 a 8 semanas tudo estará normalizado e nova lente para os óculos poderá ser encomendada.

Após uma rápida passagem no meu escritório após a consulta da manhã, passei o dia em casa, a visão atrapalhada ainda não me motiva a fazer alguma coisa. Amanhã será um novo dia!


A tabela de uso dos colírios.

2ª noite: Dormi bem usando o CPAP, cerca de 8h00 no total. Acordei às 5h00 da manhã com a sensação do olho grudado, passei uma água e voltei a dormir. Acordei com a sensação da visão mais encaixada, porém embaçada, o olho esquerdo bem congestionado, vermelho e cheio de meleca. Banho, colírio e vida que segue.

é isso, por fernando stickel [ 12:14 ]


Meu primo Paulo Diederichsen Villares e seu pai Luiz Dumont Villares, ao lado do Aero Commander. Paulo está usando uma bengala porque havia sofrido um acidente de planador, com sequelas na coluna vertebral.

aero.jpg

Neste bimotor Aero Commander a pistão, prefixo PT-BDU, apelidade de BIDU, fiz minha primeira viagem aos E.U.A. em Janeiro 1962, com 13 anos de idade.
O avião precisava fazer manutenção dos motores, operação que naquela época só era possível em Miami – USA, então meu tio Luiz Dumont Villares, proprietário do pássaro convidou meu pai Erico e eu para irmos junto com o avião até Miami.
Embarcamos 6 pessoas, lotação máxima, meu tio, o piloto Celso, meu pai, eu e mais dois primos.
Primeira parada para reabastecimento em Brasilia, depois em algum lugar das Guianas. Dormimos em Barranquilla na Colombia, num hotel saído de um filme de James Bond, a noite mais quente e úmida de que tenho lembrança.

Na sequência Caracas capital da Venezuela, onde dormimos no Hotel Tamanaco. De lá fomos para a Costa Rica, sobrevoamos vulcões ativos, vi os corais e as águas maravilhosas do Caribe, logo depois Managua na Nicarágua e depois longo vôo até a Cidade do México, onde dormimos no moderníssimo Hotel Alameda, lembro bem do quarto, com um caixilho que tomava a parede inteira, do chão ao teto e cortinas elétricas, no dia seguinte conheci as pirâmides.

No dia seguinte mais um longo vôo até Miami. Fiquei conhecendo o avião de cabo a rabo, até umas pequenas pilotadas me deixaram fazer.

Lembro-me do meu tio Luiz Dumont Villares (1899-1979) assim como está nesta foto.

Em Miami cada um dos passageiros foi para o seu lado, meu pai e eu fomos a New York.
Lembro-me bem do Rockefeller Center e do Radio City Music Hall. Certo dia meu pai foi fazer algo na cidade e me deixou sozinho no hotel, com todas as recomendações, lanches preparados, etc…
Não sei porque saí do quarto e a porta bateu atrás de mim, e como me explicar para entrar novamente, sem falar inglês…
Aos prantos, no elevador, fui salvo por um bailarino espanhol, que entendeu o meu portunhol…

é isso, por fernando stickel [ 8:04 ]

ERNESTO DIEDERICHSEN – Um visionário

Meu avô Ernesto Diederichsen (1878-1949) e sua esposa Maria Elisa Arens Diederichsen (Lili)(1883-1973) chegaram à cidade serrana de Campos do Jordão, SP em 1936. Encantados com o cenário, compram grandes glebas de terra e iniciam a construção da residência de veraneio da família, concluída em 1941, na sequência empreendem em sociedade com o genro Luiz Dumont Villares o Hotel Toriba, concluído em 1943.

A vivência em Campos do Jordão os colocou em contato com a situação de pobreza e más condições de saúde em que viviam moradores e ocupantes dos sanatórios existentes na região. Sensibilizados com a situação, Ernesto e Lili iniciam um trabalho filantrópico assistencialista, e criam em 1946 o Grêmio Bernardo Diederichsen. Com gestão do Reverendo Oswaldo Alves o Grêmio atendia famílias e crianças carentes que chegavam à cidade para acompanhar o tratamento de tuberculose de parentes internados, incluindo distribuição de remédios, alimentos, agasalhos e realização de tratamentos médicos.

Após o falecimento de Ernesto, em 1949, as obras assistenciais foram assumidas por sua filha Martha Diederichsen Stickel junto ao seu marido Erico João Siriuba Stickel (1920-2004), meus pais. Em 1954 este trabalho assistencial se transformou, na Fundação Beneficente Martha e Erico Stickel, hoje Fundação Stickel.

Industrial e empresário, Ernesto estava à frente de seu tempo, pois tinha sua atenção voltada para o bem estar de todos os empregados de suas indústrias, criando muito antes que as leis o obrigassem, creche, ambulatório, gabinete médico, escola primária, cinema e biblioteca em suas empresas.

O Sítio das Figueiras ficava às margens da represa Billings e abrigava a casa de veraneio da família, inserida em meio a gigantescas figueiras, daí o nome do sítio. A estrutura de lazer da casa incluía quadras de esporte e um enorme escorregador, alguns barcos também ficavam disponíveis para brincadeiras aquáticas.

A cerca de 400 metros da casa ficava a Colônia de Férias dos funcionários do grupo empresarial Diederichsen, que incluía indústrias têxteis, comércio de café, adubos e forragens, óleos vegetais hotel e outras atividades. A Colônia de Férias era ampla, com acomodações para para os funcionários, salões de eventos, cozinha, restaurante, etc…

Anos mais tarde, o Sítio das Figueiras se transformou no SESC Interlagos.

Quando conheci a Argos Industrial nos anos 70 fiquei fascinado pela marca da empresa, criada pelo designer Alexandre Wollner (1928-2018),considerado o pai do design moderno no Brasil.

é isso, por fernando stickel [ 17:42 ]

Neste último fim de semana aconteceu no Hotel Toriba em Campos do Jordão o encontro das famílias Diederichsen, Villares, Stickel e Dumont.

O hotel, inaugurado em 1943 foi construído pelo meu avô Ernesto Diederichsen (1878-1949) juntamente com meu tio, Luiz Dumont Villares (1899-1979), que era sobrinho de Alberto Santos Dumont (1873-1932), o Pai da Aviação.

A Fundação Stickel teve sua origem em Campos do Jordão na época em que Ernesto Diederichsen iniciou a construção da casa da família, inaugurada em 1941, quando frequentando a cidade de ele e minha avó Lili encontraram crianças desvalidas vagando pelo bairro de Abernéssia e iniciaram um trabalho social de assistência a estas crianças. Este trabalho foi assumido pelos meus pais, Erico João Siriuba Stickel e Martha Diederichsen Stickel após o falecimento de meu avô em 1949, e logo depois em 1954 foi transformado na Fundação Beneficente Martha e Erico Stickel.

O encontro reuniu cerca de 70 pessoas, de todas as idades e foi muito alegre e rico em conhecimentos e histórias, eu contei a história da Fundação, e projetei o mais recente vídeo institucional. Como gosto muito de contar boas histórias e tenho várias delas no meu blog, Conheci novas pessoas e novas possibilidades de histórias a serem contadas!

As fotos da família Stickel e de todos os presentes foram feitas na sala de estar do Hotel, com suas paredes guarnecidas dos maravilhosos afrescos de Fulvio Pennacchi (1905-1992).


Árvore genealógica da família criada pela minha prima Rebeca.

é isso, por fernando stickel [ 17:09 ]

Faleceu em Lisboa a minha amiga Monica Figueiredo. Quando comecei a dar aulas de desenho de observação no meu estúdio na R. Ribeirão Claro na Vila Olímpia, conheci a Monica, ela me deu dicas fantásticas para divulgar o meu curso, na sequência ficamos amigos. Ela se vai muito cedo, vítima de um cancer… Boa viagem Monica!!

é isso, por fernando stickel [ 17:40 ]


Sitio Boa Vista, área rural na confluência dos municípios de Monteiro Lobato, Tremembé e Pindamonhangaba, na Serra da Cantareira em São Paulo. São 7 chácaras de cerca de 20.000m2 cada, com acesso pavimentado, energia elétrica e internet. Água abundante!

As chácaras se chamarão:
1- João de barro
2- Pica-pau
3- Tico-tico
4- Sabiá
5- Saracura
6- Rolinha
7- Tuim

é isso, por fernando stickel [ 9:08 ]

Sonhei que estava em uma barcaça grande, ancorada na costa com vários barcos ao redor, onde havia uma piscina. Eu estava dentro da piscina, e do meu lado, encostado na borda estava meu neto Noah. Peguei ele no meu colo, e ele ficou ali tranquilo. Nisto a barcaça se solta e começa a avançar sozinha mar a dentro, enfrentando ondas e vários barcos por ali. Eu penso: Alguma onda maior vai virar a barcaça.

Aí a barcaça pega uma onda grande e volta “de jacaré” em direção à costa, velozmente. Vejo à distancia pessoas se movimentando para escapar do impacto da barcaça, mas ela aporta tranquilamente e as pessoas começam a sair, auxiliadas por dois guardinhas muito mal vestidos e franzinos. Nisto se abre uma porta na barcaça como se fosse a entrada do porão ou sala de bombas e lá estava meu falecido primo Bernardo, muito magro, vestido com uma roupa cor de laranja.

Ao sair da barcaça com o Noah no colo vejo que o caminho da saída é muito difícil, cheio de pedras escorregadias, aí digo para o Noah me esperar que vou descer e pego ele na sequência. Quando vou pegá-lo ele está grudado no lugar, puxo ele e não solta, olho atrás do corpo dele e vejo que ele está preso em uma teia de aranha muito forte, puxo com força e vai soltando, até que a própria aranha se desgruda e consigo soltar o Noah.

é isso, por fernando stickel [ 19:06 ]