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...desde janeiro de 2003

sabedorias

doutora bia badaud

Doutora Bia Badaud, num acesso de sabedoria:

“As profundas razões psicológicas que levam as pessoas a não enxergar o evidente, não me cabe decifrar.
Apenas repito o que já disse aqui: remédio é coisa pra quem está doente. Se você pode andar, se teve o privilégio de ter onde morar e o que comer, e se estudou, e se não está doente, sugiro que, antes de mais nada, agradeça estas dádivas a Deus, com sinceridade.
Isto feito, antes de reclamar que o chão está molhado, verifique se não deixou a torneira aberta!!
Antes de correr atrás de uma panacéia, verifique se já segue hábitos consagrados pelo bom senso, ao longo dos milênios de civilização humana.”

é isso, por fernando stickel [ 11:41 ]

o corpo é natural da cama

Luiz Melodia diz que o corpo é natural da cama.
Também acho, só tem um problema, a consciência não é.

é isso, por fernando stickel [ 20:17 ]

fajardo disse

Meu amigo Carlos Fajardo disse:

Angústia é quando você toma uma indecisão.

é isso, por fernando stickel [ 0:33 ]

o caracol e a pitanga


… e do nosso sábio Millôr:

O Caracol e a Pitanga
Há dois dias o caracol galgava lentamente o tronco da pitangueira, subindo e parando, parando e subindo.
Quarenta e oito horas de esforço tranqüilo, de caminhar quase filosófico.
De repente, enquanto ele fazia mais um movimento para avançar, desceu pelo tronco, apressadamente, no seu passo fustigado e ágil, uma formiga-maluca, dessas que vão e vêm mais rápidas que coelho em desenho animado. Parou um instantinho, olhou zombeteira o caracol e disse: “Volta, volta, velho! Que é que você vai fazer lá em cima? Não é tempo de pitanga”. “Vou indo, vou indo”- respondeu calmamente o caracol.
“Quando eu chegar lá em cima vai ser tempo de pitanga”.

MORAL: NO BRASIL NÃO HÁ PRESSA!

é isso, por fernando stickel [ 9:35 ]

assassinato com elegância

Aprendi numa revista Esquire antiga: Como assassinar alguém e se livrar da arma com elegância e bom gosto.
Tome um pernil de bom tamanho, temperado, e congele-o.
Convide sua vítima para jantar.
Enquanto tomam os primeiros drinks , peça licença, pegue o pernil congelado e desfira um golpe certeiro.
Em seguida abra um excelente vinho e vá curtindo o sucesso da empreitada, enquanto espera que a arma descongele.
Leve a arma ao forno, e desfrute!

Mas,… como se livrar do corpo?
Cartas para a redação.

é isso, por fernando stickel [ 17:50 ]

ajuda do millôr

Página de um caderno de anotações, com a ajuda do Mestre Millôr:

De repente
Na alma
O terror da calma

é isso, por fernando stickel [ 10:21 ]

sair fora dos trilhos

Para descobrir novos caminhos é preciso sair fora dos trilhos.
Albert Einstein

Parece lógico, né? Quantos de nós conseguimos de fato sair fora da rotina?
Será que temos interesse verdadeiro?

é isso, por fernando stickel [ 9:24 ]

schopenhauer reliefpfeiler

Uma das características do meu pai que mais gosto são as pequenas citações e sabedorias, por exemplo, segundo meu pai, Schopenhauer foi quem descobriu o único palíndromo da língua alemã de 4 sílabas:

RELIEFPFEILER

ou seja, coluna em relêvo.

é isso, por fernando stickel [ 18:10 ]

chocolates para os pés

Sapatos são chocolates para os pés.
Achei lá no Salón Comedor da Sil Curiati.

é isso, por fernando stickel [ 9:58 ]

dizer umas verdades

No dia da mentira, estou pensando em dizer umas verdades.
No dia em que este blog completa dois meses e um dia de vida, estava eu pensando sobre minhas razões para fazer um blog.
Vocês se lembram da cena do imperdível filme “A Festa de Babette” em que o General, arrumando-se para o jantar em frente ao espelho diz, pensativamente:
“Vanity, all is vanity”
ou seja,
“Vaidade, tudo é vaidade”.
Pois é, acho que tudo começa com a vaidade.
Depois vem a liberdade, autenticidade, curiosidade, contatos, humor, excitação, mistério, obsessão, poesia, arte, culinária, política, beleza, precisão, paranóia, elegancia, saudade, tecnologia, DIVERSIDADE, inteligência, máquinas, gratificação, história, links, muitos links.

é isso, por fernando stickel [ 14:27 ]

linda manhã de sol

Linda manhã de sol, com mais um poema do Paulo Mendes Campos, do livro Alhos e Bugalhos:

Coisas deleitáveis
Arrancar os sapatos depois do baile;
andar descalço em relva úmida;
sombra de árvore;
passarinho colorido quando pousa perto da gente;
mudar para apartamento maior;
flores;
dormir cansado;
banho de cachoeira antes do almoço;
achar dinheiro;
varanda de fazenda;
o sorriso de Ingrid Bergman;
janela para o mar…

é isso, por fernando stickel [ 8:50 ]

são paulo acorda

No meio da bruma São Paulo acorda, e nada melhor para começar a semana do que esta pérola:

ACORRENTADOS de Paulo Mendes Campos, do livro “O Anjo Bêbado”, Editora Sabiá – Rio de Janeiro, 1969.

Quem coleciona selos para o filho do amigo; quem acorda de madrugada e estremece no desgosto de si mesmo ao lembrar que há muitos anos feriu a quem amava; quem chora no cinema ao ver o reencontro de pai e filho; quem segura sem temor uma lagartixa e lhe faz com os dedos uma carícia; quem se detém no caminho para ver melhor a flor silvestre; quem se ri das próprias rugas; quem decide aplicar-se ao estudo de uma língua morta depois de um fracasso sentimental; quem procura na cidade os traços da cidade que passou; quem se deixa tocar pelo símbolo da porta fechada; quem costura roupa para os lázaros; quem envia bonecas às filhas dos lázaros; quem diz a uma visita pouco familiar: Meu pai só gostava desta cadeira; quem manda livros aos presidiários; quem se comove ao ver passar de cabeça branca aquele ou aquela, mestre ou mestra, que foi a fera do colégio; quem escolhe na venda verdura fresca para o canário; quem se lembra todos os dias do amigo morto; quem jamais negligencia os ritos da amizade; quem guarda, se lhe deram de presente, o isqueiro que não mais funciona; quem, não tendo o hábito de beber, liga o telefone internacional no segundo uísque a fim de conversar com amigo ou amiga; quem coleciona pedras, garrafas e galhos ressequidos; quem passa mais de dez minutos a fazer mágicas para as crianças; quem guarda as cartas do noivado com uma fita; quem sabe construir uma boa fogueira; quem entra em delicado transe diante dos velhos troncos, dos musgos e dos liquens; quem procura decifrar no desenho da madeira o hieróglifo da existência; quem não se acanha de achar o pôr-do-sol uma perfeição; quem se desata em sorriso à visão de uma cascata; quem leva a sério os transatlânticos que passam; quem visita sozinho os lugares onde já foi feliz ou infeliz; quem de repente liberta os pássaros do viveiro; quem sente pena da pessoa amada e não sabe explicar o motivo; quem julga adivinhar o pensamento do cavalo; todos eles são presidiários da ternura e andarão por toda a parte acorrentados, atados aos pequenos amores da armadilha terrestre.

é isso, por fernando stickel [ 10:46 ]

cassia e fernando, o pessoa

Minha amiga Cassia Gonçalves me enviou este delicioso poema de Fernando Pessoa:

Temos, todos que vivemos,
Uma vida que é vivida
E outra vida que é pensada
E a única vida que temos
É essa que é dividida
Entre a verdadeira e a errada.

é isso, por fernando stickel [ 19:39 ]

peguei no dudi


Peguei no Dudi:
“Pouca observação e muito raciocínio conduzem ao erro.
Muita observação e pouco raciocínio conduzem à verdade.”

é isso, por fernando stickel [ 11:07 ]

true blessedness


The true blessedness of a man is not to to arrive, but to travel.
Robert Louis Stevenson.

é isso, por fernando stickel [ 19:28 ]

longas distâncias


Das minhas anotações, Robert Motherwell disse:

O artista tem que ser um corredor de longas distâncias, um fundista, maratonista, ultra-maratonista, não pode desistir nunca e jamais esmorecer. Seu objetivo e sua paixão estão lá, de manhã, à tarde e à noite, todos os dias da sua vida.

é isso, por fernando stickel [ 0:00 ]