A casa da minha infancia, na Rua dos Franceses 324, Bela Vista, em foto aérea de Junho 1973.
A mesma casa hoje, com terreno menor e um vizinho nos fundos, cuja entrada é pela rua sem saída Ulisses Paranhos.
A casa da minha infancia, na Rua dos Franceses 324, Bela Vista, em foto aérea de Junho 1973.
A mesma casa hoje, com terreno menor e um vizinho nos fundos, cuja entrada é pela rua sem saída Ulisses Paranhos.
“Toda forma que cria beleza tem uma função”
“O que me atrai é a curva livre e sensual. A curva que no encontro sinuoso dos nossos rios, nas nuvens do céu, no corpo da mulher preferida. De curva é feito todo o universo. O universo curvo de Einstein.”
Fiz esta homenagem a Oscar Niemeyer (1907-2012) em 9 Maio 1979, no caderno que mantive com meu amigo Cassio Michalany.
Como artista, escultor, desenhista, um gênio!
Já como arquiteto, sofrível (estive DENTRO de várias obras dele, são péssimas)
Como político, lamentável.
Sobre o comunismo de butique de Niemeyer, ícone perfeito da CHEC (Comunistas Hipócritas da Esquerda Caviar) leiam o excelente artigo de Reinaldo Azevedo.
Por outro lado, é inegável o legado plástico de Niemeyer, homenageado pelo Edifício Copan, neste meu óleo sobre tela de 1980.
Sanatório Esperança S/A. Inaugurado em 1938, na R. dos Ingleses, Bela Vista, atualmente com o nome de Hospital Infantil Menino Jesus.
Admirei este prédio art-deco toda a minha infância e adolescência, pois minha casa ficava a um quarteirão de distância, na R. dos Franceses.
Hoje está desfigurado por inúmeras reformas e ampliações.
O Itaim vai se juntando com a Vila Olímpia em dezenas de prédios novos, alguns belíssimos, como é o caso do prédio na R. Leopoldo Couto de Magalhães Jr. 700, construido pela Método, de onde a foto panoramica foi tirada.
Alguém sabe quem é o arquiteto?
Em paz o cidadão jogado na calçada parece estar, seja pela bebida, pelo sono ou ambos, já com amor…
A cena é de ontem, na Al. dos Arapanés em Moema.
Na Rua Graúna, em Moema, a poucos metros da Pizzaria Braz.
Este predinho resiste, com sua arquitetura simples e correta dos anos 50 e 60…
Para o nosso filhote da raça Jack Russell, que atende por Jimmy Hendrix, o paraíso sobre a face da terra é jogar bola em um amplo gramado.
Isto é possível a cerca de 15 minutos a pé da minha casa, no Viveiro Manequinho Lopes, que fica dentro do Parque do Ibirapuera.
Reparem que ele está com a bola de tênis na boca…
Não adianta fugir do caos visual em São Paulo. Para onde se olha, qualquer lugar, é o caos… e o caos pode ser interessante!
Pelo jeito a “estética do caos” está presente também nesta pintura de Luiz Zerbini, que abre exposição hoje no MAM Rio de Janeiro.
A vida de “cachorreiro” tem suas vantagens. Muitas!
Desde que o Jimmy Hendrix entrou em nossas vidas, Sandra e eu nos revezamos, ou vamos juntos levar a pequena e encantadora criatura a passear.
São dois roteiros diferentes, o mais longo que fazemos normalmente nos fins de semana com tempo bom nos leva ao Parque do Ibirapuera e ao Viveiro Manequinho Lopes, onde é possível soltar o Jimmy sem coleira, para correr atrás da bola, o programa que ele mais gosta.
O roteiro mais curto nos leva aos quarteirões vizinhos de onde moramos em Moema, impossível soltá-lo da coleira, ao menos por ora enquanto ele não está 100% treinado.
Em ambos estou sempre me dedicando ao vício da fotografia.
Na selva de pedra tem alguém que lembra dos passarinhos…
A obra do Metro, vizinha da Igreja Nossa Senhora Aparecida, na praça de mesmo nome.
Em 1966, poucos meses antes de completar 18 anos, comecei a namorar a Alice. Nós não tínhamos, como todos os jovens daquela época, um lugar só nosso para namorar e relaxar.
Na casa dos meus pais ou dos sogros era impossível namorar, os tempos eram outros… o recurso eram as viagens ou o carro, nas famosas “corridas de submarino”.
Depois de algum tempo cansamos de namorar na rua e decidimos alugar um apartamento só nosso, encontramos uma kitinete para alugar na Rua Rocha, na Bela Vista (Bixiga), o prédio tinha muitas unidades por andar…
Pintei a porta de entrada de vermelho brilhante, como em Londres, instalei um carpete de sisal cinza claro e pintei as paredes de branco, ficou lindo! Compramos cama, mesa, cadeiras, fogãozinho, tudo funcionava e passávamos deliciosos fins-de-semana brincando de casinha, cozinhando macarrão. Eu levei materiais de desenho e ficava produzindo minhas artes, a Alice dedicava-se à leitura.
Apenas alguns amigos íntimos sabiam da existência do nosso “ninho” e algumas vezes emprestávamos o apartamento para os mais necessitados…
Casamos em Maio 1971, passamos a lua-de-mel foi em Londres, na volta fomos morar na casa dos meus sogros, José e Josephina. A casa era muito grande, um apartamento foi separado para nós, quarto, saleta e banheiro.
A convivência diária com meus sogros me ensinou muitas coisas sobre uma cultura bem diferente da casa dos meus pais, como sempre fui curioso fui aprendendo um pouco de árabe, pois o casal só conversava entre eles em árabe, curtindo muito a culinária libanesa, na qual D. Josephina era mestre, a maneira de receber convidados, as festas, etc… Eu era jovem e ingênuo, na minha maneira simples consegui me relacionar muito bem com meus sogros, gostava muito deles!
Morávamos já há algum tempo na casa da R. Martiniano de Carvalho 1049 quando Alice e eu tivemos em uma mesma noite o mesmo sonho. Foi algo inusitado, muito forte e significativo, pois a mensagem do sonho era claríssima: Saiam daí, comecem sua vida de casados na sua casa!
Poucas semanas após o aviso já havíamos mudado para o Edifício Hugo Eduardo, na R. Hans Nobiling, atrás do Clube Pinheiros.
Edifício Hugo Eduardo.
Monumento ao Ilmo. Dr. Victor Raúl Haya de la Torre, nascido no Perú (1895-1979)
Vocês conhecem a figura?!
Fica em frente à Pizzaria Camelo, na av. Juscelino Kubitschek, em São Paulo.
Chegar em casa mais cedo para ir à inauguração da 30ª Bienal de São Paulo – A Iminência das Poéticas.
Triste ilusão, ficamos na iminência…
Na Av. República do Líbano tudo parado, algo como 40 ou 50 minutos de trânsito para chegar à Bienal.
Sem chance, meia volta, parada no supermercado para comprar um poderoso Syrah de 14,5%VOL. e voltar para a delícia do lar!
A esquina da Rua Grauna x Avenida Santo Amaro apresenta cenário particularmente decadente, com lojas fechadas, abandonadas, sujas e pixadas.
Acontece que para o paulistano atento duas coisas separadas por poucos metros se destacam em meio ao caos, a cabeleira do rosto grafitado, e uma primavera de cor laranja, simplesmente deslumbrante!
Apesar de ter tido sua casa derrubada pela imbecilidade humana, o Bem-te-vi continua me alegrando, no meio da selva de pedra.
Logo que a Av. Hélio Pellegrino foi aberta em 1992, sobre o leito canalizado do córrego Uberaba, surgiu o Sacolão da Vila Olímpia, um dos primeiros negócios abertos na nova avenida. Eu fui cliente, pois morava a cerca de um quarteirão, na esquina da R. Ribeirão Claro.
Hoje, vinte anos depois, são dezenas de lojas, restaurantes sofisticados, agências de automóveis e até prédios residenciais de alto padrão se encontram na avenida.
O sacolão se transformou em “Hortifruti”, e agora fechou, evidentemente para dar lugar a algum novo empreendimento sofisticado.
A cidade não para de mudar, e a Vila Olímpia é um dos bairros que muda mais rápidamente, está precisando urgentemente de Metrô!
Hoje à tarde, em um agradável passeio a pé, Sandra, Jimmy Hendrix e eu fomos conhecer o novo Shopping JK Iguatemi na Vila Olímpia.
Muito bonito, projeto arquitetônico primoroso, amplo, arejado, bem iluminado. Até aí tudo bem.
Ocorre que o trânsito na região virou um inferno, e como sempre o poder público falhou, porque não assumiu para valer sua responsabilidade, que a estas alturas, no caos em que São Paulo se transformou, deveria ser:
– Sem transporte público adequado, NÃO abre.
Não adianta dizer que haverão zilhões de vagas de estacionamento, valet-parking, o escambau, pois o modelo em vigor de privilegiar o transporte individual, em detrimento do coletivo está ERRADO!!!!
A outra coisa surpreendente é o tamanho das lojas, todas as grifes estrangeiras mais importantes e mais caras lá estão, em mega-lojas.
A Chanel, que ainda não abriu, ocupa a área de um quarteirão!!
Em um raio de ceca de 1.500m encontram-se três shoppings sofisticados, o próprio JK, o Iguatemi, e Cidade Jardim, além do Shopping Vila Olímpia, destinado a público de menor poder aquisitivo.
Haverá mercado para tudo isso? Aos preços exorbitantes que hoje se praticam em São Paulo, transformada em uma das cidades mais caras do mundo??!
Sei não…
Penso sempre nas metrópoles que conheço, como New York, onde morei, Londres e Paris, todas muito bem providas de transporte público, nas quais os sistemas de metrô datam do século XIX e onde os shoppings não tem estacionamento, por exemplo Bloomingdales na 59, Harrods em Knighstbridge e Le Bon Marché em Saint Germain.
São Paulo está atrasada quase um século…Para comparar, o Metrô de São Paulo começou a funcionar em 1974, e tem hoje cerca de 74km de linhas, o Metrô da Cidade do México começou a funcionar em 1969 e tem hoje cerca de 202 km de linhas…
Visão lateral do novo escritório da Fundação Stickel, que fica atrás desta parede branca. A foto foi feita da R. Quatá.
Dizem que a obra em primeiro plano será de um prédio comercial na esquina da R. Quatá x R. Nova Cidade, na Vila Olímpia, projeto de Isay Weinfeld.
Por enquanto foram feitas as fundações, e tudo parou, parece que a construtora/incorporadora está tentando comprar CEPACs (Certificado de Potencial Adicional de Construção) para poder aumentar a área construida, enquanto isso desfrutamos de mais algum tempo em paz…
Na visão oposta, em primeiro plano o canteiro de obras, e em seguida a esquina da Av. Nova Faria Lima x Av. Helio Pellegrino
Estou participando do congresso FLAC 2012 – Festival Latino-Americano de Captação de Recursos, que se realiza no Espaço APAS, na R. Pio XI no Alto da Lapa.
Hoje no intervalo do almoço fui dar uma volta no bairro para esticar as pernas, e encontrei umas coisas interessantes…
A Paróquia São João Bosco