aqui no aqui tem coisa encontram-se
coisas, coisas, coisas...
...desde janeiro de 2003

Posts tagueados ‘estúdio’

boi no lescher

boil
Exposição de José Carlos BOI Cezar Ferreira no estúdio de Artur Lescher na Vila Leopoldina.

é isso, por fernando stickel [ 18:41 ]

exposição boi

Exposição de José Carlos BOI Cezar Ferreira e convidados

2 Novembro 2011, das 16:00 às 20:00h no Atlelier Arthur Lescher, R. Cel. Rafael Castro Bueno 179 – Vila leopoldina

Pocket show de Branca Lescher com Daniel Szafran no piano, às 19:00h, bar no local

é isso, por fernando stickel [ 16:10 ]

steve jobs

apple
Eu não o conheci pessoalmente, mas de alguma forma a vida de Steve Jobs e suas geniais criações esteve entralaçada com a minha, principalmente por duas vertentes:

1. O computador pessoal
Quando morei em New York, no período 1984-85, necessitei escrever meu currículo, e acabei por descolar um freelancer que escrevia em um PC primitivo com sistema DOS, tela preta e letras verdes; eu sentava ao lado dele em um apartamento da Sétima Avenida e ia corrigindo o que ele digitava, ao final da sessão imprimia-se o resultado em uma impressora matricial.
Fiz desta maneira várias versões, e na volta ao Brasil necessitei continuar o trabalho.
Por uma fantástica coincidência, conheci em Campos do Jordão o Bruno Mortara, amigo da minha ex-mulher Jade, e vi em cima da mesa na casa dele uma revista com o título “Desktop Publishing”, perguntei o que era aquilo, ele me explicou que com o computador Macintosh era possível criar uma publicação no estúdio, em cima de sua mesa de trabalho.
Achei o máximo, e comecei a trabalhar com o Bruno e seu computador Apple, fizemos inúmeros trabalhos desta maneira, anos mais tarde em 1997, orientado pelo Bruno, comprei meu primeiro Macintosh, me tornando um fiel usuário desde então. Entre 1997 e 99 produzi integralmente o meu livro “aqui tem coisa” em um Power Mac G3. Desnecessário dizer que o meu celular é um iPhone 4.

2. Jay Chiat
Conheci o Jay, fabulosa figura humana em 1983 em New York, e tive o privilégio de me tornar seu amigo. Em 1984 sua agência de publicidade, Chiat/Day, foi responsável por uma das mais famosas campanhas jamais feitas, o lançamento em rede nacional no Superbowl do filme “1984” que apresentou ao mundo o Macintosh da Apple.
Neste mesmo ano cheguei a New York, onde morei até Dezembro de 1985.
O contato com o Jay, ouvir suas histórias do mundo da publicidade, suas campanhas para a Apple, Porsche e Energyzer, frequentar sua casa na 34th Street, e conviver com seus amigos foi para mim uma experiência única, insubstituível. Através dele conheci o estúdio do arquiteto Frank O. Gehry, jantei com o ator Dennis Hopper, manuseei várias caixas do artista Joseph Cornell e guiei seu Porsche um dia inteiro em Los Angeles, além de passar duas temporadas seguidas na Côte D’Azur. Com ele aprendi também sobre o lado positivo do “American Way Of Life”, o empreendedorismo e a objetividade, a valorização do trabalho e de fazer as coisas direito, da criatividade e da inteligência.

As mortes de Jay Chiat em 2002 aos 70 anos de idade, vítima de câncer da próstata, e de Steve Jobs, aos 56, vítima de câncer do pâncreas, marcam para mim o fim de um ciclo, dois homens geniais que souberam como ninguém falar de modernidade, eficiência, beleza e inteligência, com muito humor e generosidade. O Jay eu conheci de perto, o Steve e seu legado fazem parte da minha vida…

é isso, por fernando stickel [ 15:43 ]

mariana correia

mariana
Em uma destas casas próximas à esquina da R. Mariana Correia com R. Sampaio Vidal, em São Paulo,os artistas Cassio Michalany e Plinio Toledo Piza fizeram na garagem um estúdio.
Corria o ano de 1970, e éramos colegas do segundo ano da FAUUSP, eu frequentava a garagem, e lá fiz também alguns desenhos.
Na mesma R. Mariana Correia morou alguns anos mais tarde o meu cumpadre Frederico Jayme Nasser, recém-casado com a Marina.

é isso, por fernando stickel [ 10:13 ]

o mundo gira


O mundo gira…

é isso, por fernando stickel [ 15:57 ]

a música das bolachas

Há algum tempo atrás (desconfio que sejam um ou dois anos) alguém mexeu no meu toca-discos Thorens, que me traz alegrias tocando “bolachas” desde os anos setenta, e quebrou a agulha.
Procurei a agulha sem sucesso, acabaram por me indicar um site na China, o qual não acessei por preguiça…
Finalmente, por uma enorme coincidência, o meu amigo Mario Sacconi descolou a agulha em uma loja na Rua Santa Ifigênia, e me presenteou a cápsula reformada com agulha nova.
Ontem, no meu estúdio, instalei a cápsula, tudo funcionou e voltei a ouvir minha coleção de LPs. O equipamento é uma mistura de equipamentos ingleses de cerca de 20 anos de idade, caixas EPOS, pré e power REGA e tuner e CD ROTEL, que se misturam bem com o Thorens quarentão…

é isso, por fernando stickel [ 9:14 ]

new york, jardins

Eu morava em 1985 em New York, onde tinha um estúdio, e fui de bicicleta a um concerto no Carnegie Hall, não me lembro se Oscar Peterson ou Duke Ellington.
Ao final do concerto, inebriado por jazz de excelente qualidade, saí para a noite fresca, sob o tradicional céu novaiorquino azul profundo.
Dei carona para alguém na minha bicicleta, acho que foi o David, meu vizinho. Tarde da noite, ruas vazias, desci a 5ª Avenida em velocidade, pedalando forte embalado pelo peso extra, o vento na minha cara.
Sensação de liberdade e beleza, éramos os donos daquela cidade, podíamos tudo em cima daquela bicicleta.

Sexta-feira, 25/2/2011, final da tarde nos jardins minha mulher me retira do escritório e ganhamos a calçada, tarde deliciosa, gente bonita, bares cheios.
Primeira parada: Cartier, onde Sandra ganha uma pulseira desejada ardentemente desde a adolescência. Felicidade completa brindada com taças de rosé brut oferecidas pela casa.
Segunda parada: Dan Galeria, onde Sandra acerta com Peter Cohn as condições de venda de uma pintura para um cliente. De quebra, conversas deliciosas sobre arte e chocolates.
Terceira parada: Le Vin, 19:00h, destroçamos moule et frites acompanhada de Chablis, crème brûlée de sobremesa.
Ganhamos novamente a calçada, inebriados pelo vinho e todas as coisas boas que compartilhamos há mais de dez anos…
Céu azul profundo, restaurantes recebendo seus clientes, burburinho, Sandra pega o carro no estacionamento e eu a moto, saio com a mesma sensação de liberdade e beleza vivida 26 anos atrás em New York.
Quarta parada: Nossa casa, onde chegamos com poucos minutos de diferença, em altíssimo astral, que delícia!

é isso, por fernando stickel [ 10:44 ]

faleceu jean pierre

Jean Pierre Bernardet foi meu aluno de desenho. Além disso virou amigo, Sandra minha mulher e eu ficamos amigos do casal Jean Pierre e (também…) Sandra.
Muito interessado em tudo, fez questão de desenvolver uma técnica para registrar suas viagens em pequenos cadernos, depois encanou que queria fazer caricaturas, tanto insistiu que obteve sucesso!
Li com pesar no jornal a notícia de seu falecimento.
Que faça uma linda viagem, que com certeza registrará em um de seus cadernos, que ajudei a criar…

é isso, por fernando stickel [ 18:35 ]

eduardo longo


Neste prédio da R. Bela Cintra tive o primeiro contato com a obra do arquiteto Eduardo Longo.
Foi assim:
Eu cursava em 1968 o Cursinho Universitário, me preparando para o vestibular de arquitetura, naquela época era a FAUUSP e o Mackenzie, e precisava fazer um desenho grande.
Meu amigo Rubens Mario (já falecido) se propos a me ajudar e disse que eu poderia usar a prancheta do Eduardo, eu fiquei meio constrangido, porque não conhecia o arquiteto pessoalmente, só de sua fama.
O Rubens Mario disse que não tinha problema, que o Eduardo era “gente fina” e que não iria reclamar, e lá fui eu em uma tarde desenhar no apartamento do arquiteto.
Lá chegando fiquei maravilhado, era um apartamento pequeno, todo reformado, com o teto em ângulos, um biombo de metal e a porta do banheiro amarela parecia uma porta de submarino, achei o máximo!
Logo depois conheci-o pessoalmente, e somos amigos desde então.


O próprio Eduardo me fez a gentileza de enviar as fotos do apartamento.

é isso, por fernando stickel [ 18:24 ]

wesley duke lee


Wesley Duke Lee 1931 – 2010

Acaba de falecer o artista plástico que inspirou toda uma geração, a mim inclusive.
As fotos tirei em Dez 2005 no estúdio do Wesley na Av. João Dias, “em Santo Amaro” como ele gostava de dizer.
O alemão (Alzheimer) pegou ele logo depois, e nos últimos anos de vida sua alma já passeava grande parte do tempo em outros locais que não o seu corpo.
No Olimpo das Artes Wesley esperará por nós, munido de sua sabedoria, humor e excelente ARTE. Será para sempre um dos melhores desenhistas de todos os tempos.


Veja aqui um pouco da história do Wesley neste blog.

é isso, por fernando stickel [ 14:42 ]

janio quadros & augusto nunes


Tem uma que eu não perdoo na minha mulher.
Ela fez, com minha autorização, uma limpeza do meu estúdio na qual eu não estava presente de propósito, se não a tal da limpeza não sairia, tenho consciência…
Pois bem, junto com as tralhas e o lixo verdadeiro, foram sucateadas várias vassourinhas do Jânio Quadros! Legítimas, originais!
Me lembrei disso porque me deu uma saudade do ex-presidente, ao ler o blog do Augusto Nunes.

é isso, por fernando stickel [ 23:46 ]

é uma porcaria!

fifa
É UMA PORCARIA!

A minha primeira especialização profissional foi na área do design gráfico.
Ainda estudante de arquitetura, cerca de 1970/71 fiz estágio na Forminform, do designer Ruben Martins (1929-1968), escritório que posteriormente passou a se chamar Desenhvolve. O escritório ficava na R. Barata Ribeiro, perto da minha casa na R. dos Franceses. Nesta época meus mestres foram Paulo Jorge Pedreira (1945- 1995) May Suplicy (1943-2005) e Celia Beatriz Monte. Fiz também estágios na Gráfica Furest, que ficava na R. Augusta e Fotolitos Bosatelli.
Nesta época o design era a minha religião, quando viajei à Europa em 1969 fiz questão de visitar o estúdio do designer Roberto Sambonnet em Milão, e em São Paulo visitei o estúdio do designer Alexandre Wollner.
Mais tarde trabalhei no escritório Cauduro Martino e em 1977 abri em sociedade com Norberto Chamma nosso escritório chamado und, do qual me desliguei em 1981 para me dedicar integralmente às artes plásticas.
O design gráfico, no entanto, é um ofício do qual você não se despe, e não se despede… No meu caso continua sendo a minha “religião”, o último trabalho que participei foi o logotipo da Fundação Stickel, em parceria com Iris Di Ciommo.

Contei a historinha acima apenas para me qualificar a criticar a “marca” da Copa 2014, algo que Alexandre Wollner fez com maestria, leia AQUI.
Eis a “comissão de notáveis” que aprovou o logo monstrengo:
O presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira, o secretário-executivo da Fifa, Jérôme Valcke, o arquiteto Oscar Niemeyer, o escritor Paulo Coelho, a cantora Ivete Sangalo, a modelo Gisele Bündchen e o designer Hans Donner -, que escolheram entre opções sugeridas por várias agências.

Eu não gosto, sinceramente, que a Copa 2014 comece assim, mas é impossível não criticar esta coisa medonha!

Leia o que Juca Kfouri informa sobre isso AQUI.


R. Barata Ribeiro 116, na minha lembrança onde ficava o escritório de design.

é isso, por fernando stickel [ 15:55 ]

o meu bulgari

bvlgari-diagono-black-1-ano_0
Agora que começam as férias de Julho me lembrei de um episódio curioso, ocorrido por volta de 2004, quando eu ainda dava aulas de desenho de observação no meu estúdio da Vila Olímpia.
Fui contratado por uma família para dar aulas durante as férias para várias meninas, idades de 11 a 16, em um grupo fechado.
Expliquei que 11 anos era fora do meu público, que pela minha experiência a idade mínima para este tipo de aula seria de 13 anos, mas como era um grupo de irmãs e primas deveria dar certo.
Muito bem. Iniciei as aulas, tudo correu bem, até o dia em que passei lição de casa e pedi para que observassem em casa, ou no caminho de casa algo que lhes chamasse a atenção e depois me relatassem.
Foi difícil fazer com que elas entendessem “algo que lhes chamasse a atenção”, enfim, passada a lição de casa veio na próxima aula o resultado. Uma observou uma árvore, a outra uma peça de arte, assim por diante, até que veio a resposta:
– O meu Bulgari!
Esta menina trazia no pulso um relógio Bulgari, eu pedi para ela tirá-lo, peguei-o, pedi para que ela o examinasse em detalhe e perguntei:
– O que você reparou de especial no seu relógio?
– É um Bulgari!!!
– Sim, mas ele é especial porque? Tem uma cor, um desenho, formato, o tipo de números, qual a particularidade que lhe chamou a atenção?
– Uai, é um Bulgari!
Tentei, mas foi impossível explicar que o simples fato de algo ter uma assinatura de grife não torna este objeto necessáriamente especial. Minha aluna encerrou o curso de férias sabendo desenhar, mas não conseguiu se despir do preconceito.

é isso, por fernando stickel [ 9:26 ]

fabio moreira leite

fabio9
No apartamento/estudio do Fabio Moreira Leite. Todos os espaços são ocupados com obras de arte, inclusive o banheiro…

é isso, por fernando stickel [ 12:12 ]

fabio moreira leite

fabio6
No apartamento/estúdio do Fabio Moreira Leite.
Um conjunto de carimbos criados (esculpidos) pelo artista, objetos, desenhos pinturas, até dentro de caixas de pizza ele fazia arte!

é isso, por fernando stickel [ 10:41 ]

bixiga

bixiga
Visão do Bixiga (Bela Vista) da janela do apartamento do Fabio Moreira Leite.

fabio
Página de caderno de anotações do artista.

é isso, por fernando stickel [ 15:14 ]

faleceu fabio moreira leite

fabio
(Fábio Moreira Leite, fotografado em abril de 2008, por Mário Leite)

Reproduzo abaixo post do blog do jornalista Paulo Moreira Leite. Leiam o post até o final e entenderão o por que desta reprodução:

“O artista plástico Fábio Moreira Leite morreu sexta-feira, 6/3/2009, em São Paulo, meses antes de completar 58 anos.
Fábio fazia desenhos, pinturas e gravuras desde os 14 anos de idade. Deu aulas em escolas da rede publica de São Paulo e também em estabelecimentos privados, fez trabalhos em escritórios de arquitetura. Entrou e saiu de diversas faculdades, algumas vezes com diploma, outras, não, mas nunca pensou em fazer outra coisa na vida além de artes plásticas.
Já gostava de frequentar a museus e exposições quando os garotos de sua idade iam para os campos de futebol e festinhas.
Participou de exposições coletivas e fez amostras individuais. Andou por vários estilos e escolas, além de criar soluções proprias em seu trabalho.
Sua obra foi lembrada recentemente numa antologia sobre a década de 70, realizada no Instituto Tomie Othake. Sem nunca ter alcançado sucesso comercial, produziu um conjunto de trabalhos notáveis pela coerência e pelo rigor. Costumava ser apreciado por quem se dava ao trabalho de conhecer o que fazia.
No universo de grandes mutações culturais que marcou as últimas décadas, ele pode se definido como um artista incapaz de negociar idéias ou convicções.
Nos últimos anos, ele residia num pequeno apartamento na região do Bixiga, em São Paulo, bairro que costumava frequentar em passeios à pé.
Em sua casa, os pincéis, telas, latas de tinta e todo material de trabalho tinham prioridade absoluta sobre seus confortos de morador.
Fábio era meu irmão mais velho. No início de 2008 descobriu um cancer no pâncreas e enfrentou a doença até a última sexta-feira, armado da principal característica que possuiu para viver –  coragem.”

Visitei na semana passada, a pedido da família, o apartamento/estúdio do Fabio (1951-2009), encontrei uma enorme produção de desenhos, cadernos de anotações pessoais, pinturas, objetos, livros, enfim, uma vida inteira de trabalho de um artista falecido precocemente.
A família se pergunta o que fazer com este enorme acervo, e me pediu ajuda.
Comecei por fotografar o apartamento:

fabio2

fabio3

Pedi autorização da família para divulgar as fotos, com o objetivo de apresentar o drama e procurar uma solução para o problema: O que fazer com o enorme e interessantíssimo acervo deixado pelo Fábio?

cad
Dezenas e dezenas de cadernos manuscritos, desenhados, com colagens, enchem as prateleiras, dividindo espaço com uma vasta biblioteca de arte, filosofia, religiões, etc…

é isso, por fernando stickel [ 20:01 ]

fabio moreira leite

808
Visitei hoje, a pedido da família, o apartamento/estúdio do falecido artista Fabio Moreira Leite (1951 – 2009).
Encontrei uma enorme produção de desenhos, cadernos de anotações pessoais, pinturas, objetos, livros, enfim, uma vida inteira de trabalho de um artista falecido precocemente.

é isso, por fernando stickel [ 17:42 ]