Tenho reparado que atendentes com contato direto com o público, como caixas de supermercado e padarias, vendedores, etc… estão a cada dia que passa mais mal-educados e despreparados.
A grande maioria é jovem, são grosseiros, apressados, não olham na sua cara, não sorriem, e é óbvio que palavras como “bom dia” e “obrigado” não fazem parte do vocabulário destas vítimas de um país em desmoronamento. Entrar em contato com a soberba do (não)atendimento de órgãos oficiais como Prefeitura ou Caixa Econômica então é desesperador!!!
A exceção vai por conta de locais onde sou tradicionalmente bem atendido, onde os atendentes tem mais idade, como por exemplo o posto de gasolina na esquina das ruas Canário e Jacutinga, onde os frentistas me conhecem, me cumprimentam, sabem exatamente o que fazer, inclusive qual a pressão para calibrar os pneus da moto, e recebem por isso, evidentemente, uma boa “caixinha”.
Os caixas da padaria vizinha do meu escritório, na esquina das ruas Nova Cidade e Casa do Ator estão lá há décadas, são gentis, rápidos, simpáticos. Assim acontece também na lanchonete Arabia da rua das Fiandeiras, tudo muito simples, eficiente e simpático.
Qual o resultado disso? Os negócios que não conseguirem recrutar, treinar e manter equipes de bom nível, cederão lugar aos que se preocupam com isso. É voz corrente geral que está cada dia mais difícil contratar pessoal de nível, infelizmente é fácil constatar esta triste realidade.
Meu amigo Juan Esteves adiciono um excelente comentário, que faço questão de adicionar ao post:
Fernando,
As vezes me sinto tentado a crer que isso é uma decadência da nossa civilização (a brasileira) definitivamente qualquer atendimento, privado ou público está próximo de ser indecente! Vc mapeou este pequeno entorno seu e já vislumbra essa tragédia! Aumente o seu range para os correios, entrar em uma fila, ver 2 ou 3 caixas olhando pra vc, te encarando e não se movem, ou aquele banco que não tem atendimento personalizado, tentar tirar uma certidão em um Cartório, cujo mais simples funcionário, adquiriu area de príncipe! Os tempos em que eu ia na Padaria e minha conta ia para a caderneta do meu pai, parecem muito remotos! O que me faz voltar as aspas do início.
Não vivemos uma decadência! Pois esta pressupõe termos chegado ao nível evolutivo muito maior, coisa que de fato não aconteceu! Somente estamos alcançando, como bem escreveu Levi-Strauss, a plenitude da barbárie! Esta sim não decai aqui nos tristes trópicos, só evolui…
3 comentários
Juan Esteves
dezembro 16th, 2013 at 9:15
Fernando,
As vezes me sinto tentado a crer que isso é uma decadência da nossa civilização (a brasileira) definitivamente qualquer atendimento, privado ou público está próximo de ser indecente! Vc mapeou este pequeno entorno seu e já vislumbra essa tragédia! Aumente o seu range para os correios, entrar em uma fila, ver 2 ou 3 caixas olhando pra vc, te encarando e não se movem, ou aquele banco que não tem atendimento personalizado, tentar tirar uma certidão em um Cartório, cujo mais simples funcionário, adquiriu area de príncipe! Os tempos em que eu ia na Padaria e minha conta ia para a caderneta do meu pai, parecem muito remotos! O que me faz voltar as aspas do início.
Não vivemos uma decadência! Pois esta pressupõe termos chegado ao nível evolutivo muito maior, coisa que de fato não aconteceu! Somente estamos alcançando, como bem escreveu Levi-Strauss, a plenitude da barbárie! Esta sim não decai aqui nos tristes trópicos, só evolui…
fernando stickel
dezembro 16th, 2013 at 9:25
Puxa, Juan, “plenitude da barbárie” é forte, mas infelizmente é verdadeiro!
fernando cals
dezembro 16th, 2013 at 18:57
Infelizmente a mais dura realidade.
Dizer que isso é coisa de cidade grande, pura mentira.
Moramos na serra carioca, Petrópolis, cidade pequena, onde normalmente eramos sempre bem atendidos, com cortesia e carinho.
Isso está mudando, rapidamente.
Hoje mesmo, mudei de caixa no super mercado, quando dei bom dia, e ela nem respondeu…insisti e nada…peguei minhas compras e mudei de caixa.
Vamos de mal a pior em termos de educação no Brasil.
abraços
fernando cals
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