Sonhei com meu falecido amigo de infância Klaus Fridrich Foditsch.
Eu descia a rua Barão de Aguiar, onde ele morava, sentado no ar, com muita calma, muita paz, uma sensação deliciosa.
Era como se houvesse uma confortável poltrona invisível me sustentando a cerca de 80 cm do chão, e eu deslizava muito devagar, olhando com curiosidade para aquela rua de casas simples que foi palco de tantas brincadeiras com bicicletas, carrinhos de rolemã, motos, carros.
Lá no fim da rua vi o Klaus, ele também me viu e veio ao meu encontro, ao lado dele tinha um garotinho que brincava com um cachorrinho do tipo “escovão”.
Começamos a conversar, e apareceu a Erika, irmã dele, muito cansada e encurvada.
Entramos na casa, nos encostamos perto de uma cristaleira, continuamos a conversar e ele me confidenciou no ouvido:
– Entramos no quarto do meu avô e abrimos todas aquelas caixas de coisas que ele comprava e não mostrava…
– Quero ver! O que são, ferramentas?
Aí eu fiquei louco para ver estas coisas, mas o Klaus começou a enrolar, haviam outras pessoas por ali. Na sala haviam várias caixas de papelão empilhadas, cheias de velharias, e duas pranchas de passar roupa.
1. (Acordei com o sonho tão vivo na minha cabeça, que sentei imediatamento para escrevê-lo, é muito raro para mim sonhar assim em São Paulo)
2. (O cérebro humano é fascinante (ou seria a alma…) como é que surgem estas memórias tão claras, depois de décadas, como funciona isso?)
3 comentários
Strix
setembro 5th, 2009 at 11:15
Apnéia nos dá esta sensação de levitação durante o sono.
fernando stickel
setembro 5th, 2009 at 12:06
Uau! Fiquei com medo!
Tácito Bárbaro
setembro 11th, 2009 at 20:44
O klaus era primo da minha ex mulher. Tinhamos um relacionamento muito legal. Ele era único,inteligentíssimo e um grande gozador.Bebemos muito, choramos muito, tenho muita saudade dele. Eu sempre ia a casa dele consertar seus aparelhos de som e essa era uma boa oportunidade de papearmos até altas horas. A Erica e seu marido, o espanhol Manolo, moram no meu coração. Depois da minha separação, nunca mais tive contato com eles. Grandes pessoas. Um grande abraço Fernando. Precisamos nos encontrar. Tácito
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