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arte

iris dassault


Iris Dassault: Modelo blogueira ou blogueira moodelo? Veja aqui.

é isso, por fernando stickel [ 23:20 ]

27ª bienal


Errei meu cálculo e perdi a exposição dos concretistas no MAM, paciência. Fui então à 27ª Bienal de São Paulo, entrada grátis, e o único prazer que lá obtive foi um Eskibon na saída por R$3,50.

Rala, irrelevante, fraca, esta Bienal é totalmente inútil. É óbvio que deve haver uma ou duas pérolas perdidas lá no meio, mas mesmo o Marcel Broodthaers ficou ralo e perdido. Triste, drenado de energias, cá estou desiludido com (esta) arte. E de quebra triste com (este) Brasil. Por ser totalmente oportuno, e como de costume lúcido e bem escrito, vai o artigo do Arnaldo Jabor sobre o tema:

A arte deve ser a exaltação da vida – Caderno 2 – 12/12/2006

Ao apagar das luzes, fui ver a Bienal. Já tinha visto e fui de novo. E confirmei a primeira impressão. A sensação é a de ruínas ou de despejos da civilização. Os trabalhos repetem os mesmos códigos e repertórios: terra arrasada, materiais brutos e sujos, desarmonia, assimetria, uma busca deliberada da feiúra, uma clara vergonha de ser ?arte?, vergonha de provocar sentimentos de prazer. A fruição poética é impedida, como se o prazer fosse uma coisa reacionária, ?alienada?, ignorando o ?mal do mundo?, que tem que ser esfregado na cara do espectador para que ele não esqueça o horror social e político que nos assola.

É como se a própria arte fosse uma babaquice a ser evitada. Numa entrevista, uma das teóricas da arte contemporânea, Claire Bishop, diz na Folha : ?não defendo uma arte da transcendência. O paradigma romântico foi desmantelado no século 20, porque apresenta a arte como algo universal acima da realidade social e política?.

Ou seja, a razão maior da arte , que é justamente esta, está jogada fora, em nome de uma ?virada social da arte?, uma racionalização criada para substituir a impotência política real.
Fui andando pelo pavilhão do Niemeyer, pensando que o edifício moderno era superior a qualquer panfletinho ali exposto.

Pensei que o império da sordidez mercantil, a ignorância no poder, o fanatismo do terror, a boçalidade da indústria cultural, em suma, toda a tempestade de bosta que nos ronda está muito além do alcance crítico de qualquer ?denúncia ? artística.. Não adianta mais ?chocar ? ninguém. Nada que haja na Bienal nos choca mais que uma explosão da discoteca onde morrem 300 jovens, nada é pior que homens-bomba ou a África ou a lama das favelas e periferias. Nada.
A arte virou um parque temático de deprimidos, um muro de lamentações inúteis.
Hoje, sobrou apenas a psicose como bandeira, a melancolia como ?denúncia? de uma vida sem solução e a única crítica do mundo ocidental é feita pelos terroristas islâmicos.

Intelectuais e artistas vivem em pânico, pois seu reinado de sínteses se extinguiu . Os acontecimentos estão incompreensíveis e , no entanto, óbvios demais. Pipocam religiões e irracionalismo autoritário que nos tragam alguma certeza , nem que seja a de chicotes em nossas costas , pedras em nossas cabeças ou guerras sangrentas que nos purifiquem.
Todas as reflexões filosóficas ficaram céticas, descrevendo impossibilidades e becos sem saída. Nunca imaginávamos que o século 21 seria parecido com o século 7o . quando Maomé se declarou o único profeta

Tropeçando em perigosas ?instalações ? pensei que a morte da ?aura? da arte será mais difícil de se aceitar do que pensávamos. Com a morte da arte, o artista se vê abandonado , e ele mesmo passou a usar a luz da ?aura?, passou a ter ?halo?, como uma coroa de espinhos para sua solidão. O artista quer virar obra de arte. E tudo faz para esquecer seu abandono, mesmo que seja expor seus excrementos numa latinha. E vemos que ele não abriu mão da representação, mas cultiva-a ao avesso da beleza, como uma doença favorita. Ele é a representação, ele é a paisagem.

Acontece então que críticos e ensaístas sacanas,mas brilhantes como Brad Holland, por exemplo, vêem essa brecha teórica no ar e começam a destratar a arte em geral, com claros tons reacionários e, no caso do Holland, muito engraçados. Ele se refere ao beco sem saída d arte, que descrevo neste artigo-cabeça. Diz ele: ?Tanto o dadaísmo como o surrealismo estão superados. É impossível distinguir esses movimentos estéticos da vida cotidiana. ?E depois: ?não há mais o que transgredir. Tudo foi assimilado. ?Estamos rompendo normas?é, hoje, o slogan do McDonald?s?. E a piada final, o ?punch line?: ?Antigamente , o artista de vanguarda chocava a classe média; hoje a classe média choca o artista de vanguarda.?

Claro que essas piadas não resolvem o impasse. Claro também que os artistas contemporâneos não podem ignorar o horror do mundo e têm de acusar o golpe. Sim,mas mesmo em tempos terríveis, há que se buscar alguma transcendência,sem desistir da criação como esperança e vitalidade.

Depois da Bienal, entrei na exposição Raízes da Forma, no MAM ? SP, exibindo os principais trabalhos fundadores do Movimento Concreto dos anos 50 em São Paulo.

E, aqui, devo fazer uma auto-crítica: sempre impliquei com os concretos, desde minha adolescência no Rio, talvez influenciado pela cisão entre cariocas e paulistas sobre arte, com a polêmica entre concretos e neo-concretos do Rio, liderados por Ferreira Gullar. Mas domingo, dentro do MAM, tive uma sensação de alívio, de paz.

Diante das obras lindas de Ivan Serpa (ele , um precursor livre), de Lígia Clark, de Oiticica ( que me irritava desde as brigas com o Cinema Novo) , Geraldo de Barros, Aluízio Carvão, Alexandre Wollner e outros, diante das formas puras, reencontrei-me com a transcendência , sim , ali, no concreto. Sim, a arte que nos pacifica, eleva, nos silencia. E tive a certeza inapelável: a forma é tudo. Na forma está a verdade muito mais que na gritaria de denúncias e conteúdos desesperados como panfletos. No silêncio da forma a beleza nos espera, a esperança de sentido nos aplaca. Na beleza das formas organizadas, no desenho da razão está um sentido misterioso, mas imperioso para a vida. Lembrei-me então de uma frase de Stravinski: ?A obra de arte deve ser exultante.? E entendi que desistir da beleza é uma confissão de derrota, é legitimar os inimigos.

E só então 50 anos depois apaixonei-me pelos concretos de São Paulo, liderados pelos irmãos Campos e Pignatari , eu que já os tinha chamado de
mata-mosquitos da cultura?, no passado. Desculpem-me hoje 50 anos depois.

é isso, por fernando stickel [ 17:54 ]

eisenheim


Auto-retrato no estilo “ilusionista”.

Quer ver um filme policial excelente, num cenário impecável com uma trilha sonora by Philip Glass e atores magistrais?
Vá ver Eisenheim, o Ilusionista.

É interessante pensar que Dr. Sigmund Freud estava lá em Viena na época retratada no filme, atendendo no seu consultório na Berggasse 19.

é isso, por fernando stickel [ 23:31 ]

mariana gama


A Mariana Gama foi (excelente) modelo no meu extinto curso de desenho de observação.
Ela tem idéias de organizar grupos para sessões de desenho com modelo vivo. Informações: 11 9493-9601 mariana.gama@ig.com.br

é isso, por fernando stickel [ 12:42 ]

reflexo azul


No saguão do sanitário masculino da Pinacoteca. O reflexo azul vem do trabalho de Regina Silveira instalado no átrio central.

é isso, por fernando stickel [ 10:47 ]

german lorca


Esta figura simpaticíssima chama-se German Lorca, tem 84 anos e a energia de um jovem. Fotografou tudo e todos em sua longa e rica carreira.
Lorca me fotografou e me ajudou muito na preparação da minha exposição “Vila Olímpia”, na Pinacoteca e ontem abriu lá sua bela exposição “Fotografia como memória”, com curadoria e montagem impecáveis de Diógenes Moura.

é isso, por fernando stickel [ 12:26 ]

luise weiss


No Espaço Fundação Stickel, na exposição de Luise Weiss, da esq. para a dir, Ricardo Ribenboim, Margot Delgado, Luise Weiss, Jac Aronis, Magy Imoberdorf, Edouard Bos, Sandra Pierzchalski.

é isso, por fernando stickel [ 22:33 ]

luise weiss


No Espaço Fundação Stickel, exposição de Luise weiss, da esq. para a dir, Patricia Magano, Sonia Abreu, Helena Magano, José Mindlin, Diana Mindlin, Rosely Nakagawa, Junosuke Ota, Marcia Cirne Lima, Feres Khoury.

é isso, por fernando stickel [ 10:04 ]

luise weiss


Feres Khoury ajuda sua mulher, Luise Weiss nos retoques finais da exposição que abre hoje às 20h no Espaço Fundação Stickel, fechando com chave de ouro a programação de 2006 da Fundação Stickel.

é isso, por fernando stickel [ 8:34 ]

luise weiss


Luise Weiss retoca uma de suas pinturas, no Espaço Fundação Stickel.

é isso, por fernando stickel [ 20:25 ]

final de ciclo


A exposição da Luise Weiss no Espaço Fundação Stickel encerra um ciclo de nove exposições, desde Outubro 2005:

LUISE WEISS – SAGA
JUAN ESTEVES E JOAQUIM MARQUES – Fotografias
ROUXINOL 51 – UM OLHAR SOBRE A ESCOLA BRASIL:
FERES KHOURY – Desenhos de grandes dimensões
4 LINHAS – Carla Ricciuti, Cris Mie, Malvina Sammarone, Renata Cook
JOSÉ CARLOS BOI CEZAR FERREIRA – Pinturas
MAGY IMOBERDORF
CÁSSIA GONÇALVES – Grafo esculturas transparentes
LUIZ PAULO BARAVELLI – Pinturas da Série Arte e Ilusão

Trabalhamos muito e com enorme prazer para que tudo isso fosse possível. Iniciamos com a exposição do Baravelli, e a cada exposição sentimo-nos mais e mais no caminho correto. Em 2007 a Fundação Stickel não terá mais disponível o espaço de exposições da R. Ribeirão Claro, teremos que procurar outro espaço, se possível com parcerias, ou outras soluções, mas com a certeza absoluta de que o rumo será mantido.

é isso, por fernando stickel [ 18:12 ]

luise weiss


Fundação Stickel convida para a abertura da exposição

SAGA
de Luise Weiss

Abertura na terça-feira, 5 Dezembro às 20h

Exposição: 5 a 23 Dezembro de 2006
segunda a sexta-feira das 14 às 20h
sábado das 11 às 15h

Espaço Fundação Stickel – R. Ribeirão Claro 37 Vila Olímpia
04549 060 São Paulo
tel 11 3849 8906

Patrocínio: Fundação Stickel

“Impressões do tempo: a obra de Luise Weiss”
Exertos do texto do catálogo pela Prof. Dra. Claudia Valladão de Mattos:

Memória e identidade constituem a matéria prima da saga da artista Luise Weiss. Nascida em uma família de imigrantes judeus austríacos, o ponto de partida da artista para a construção de sua poética particular foi sua própria história familiar. Há quase dez anos, por ocasião de seu doutorado, Luise começou a pesquisar as correspondências e os álbuns de sua família. Fascinada por essas imagens, ela decidiu reencontrar, na vida real, os lugares que apareciam naquelas velhas fotografias de seus antepassados, como forma de construir uma narrativa sobre si mesma.

… a experiência da viagem à Europa ajudou a artista a compreender a trajetória de sua família em um contexto cultural mais amplo e introduzir questões relacionadas à memória coletiva em suas indagações. Tal ampliação dos horizontes de seus interesses permitiu que Luise se ocupasse de uma série de fotografias anônimas de uma família de imigrantes, registrando os tempos passados inicialmente na Polônia e, em seguida, no Brasil. A empatia gerada pelo sentimento de um destino comum despertou nela o desejo de resgatar do anonimato as pessoas que povoavam aquelas fotografias. Novamente, o interesse principal da artista não se voltou para uma investigação sobre fatos históricos, mas centrou-se nos mistérios da comunicação entre passado e presente, através do meio fotográfico. Conhecer de perto as pessoas retratadas para preservar a memória de todo um grupo motivou a realização desses novos trabalhos. Neles, Luise utiliza-se da pintura para reacender a vida das figuras retratadas.

… em meio aos retratos encontramos algumas paisagens. Porém elas não se localizam mais no mundo exterior, mas, como tudo aquilo que a artista cria, são tão humanas quanto os seus personagens: verdadeiras paisagens da memória.

é isso, por fernando stickel [ 16:13 ]

juan e joaquim


No Espaço Fundação Stickel, na exposição de Juan Esteves e Joaquim Marques.

Eletra de Barros, Geraldo de Barros e Lenora de Barros, a viúva, o pai e a filha.

é isso, por fernando stickel [ 9:20 ]

juan e joaquim


No Espaço Fundação Stickel, na exposição de Juan e Joaquim, as fotos da série “Bananeiras” de Joaquim Marques, da esq. para a dir, Sandra, Joanninha (mãe do joaquim), Joyce e Bernardo.

é isso, por fernando stickel [ 14:26 ]

douchez/farkas


No Espaço Fundação Stickel, na exposição de Juan e Joaquim, Jacques Douchez, 85 e Thomaz Farkas, 82, examinam seus retratos.

é isso, por fernando stickel [ 9:07 ]

juan joaquim


No Espaço Fundação Stickel, na exposição de Juan e Joaquim, da esq. para a dir: Alex Fleming, Lela Severino, João Musa(de perfil), German Lorca, Cassio Vasconcellos, Eduardo Muylaert, Sergio Fingerman.

é isso, por fernando stickel [ 7:42 ]

juan esteves e joaquim marques


A abertura das exposições de Juan Esteves e Joaquim Marques ‘in memoriam” ontem, no Espaço Fundação Stickel, foi o primeiro evento que abrimos à noite, em dia de semana, com sucesso total. Calculo que mais de 500 pessoas passaram por lá.
Na foto, da esq. para dir, eu, Mary Lou Paris, da Editora Terceiro Nome, Juan Esteves e Rosana.

é isso, por fernando stickel [ 19:25 ]

juan e cristiano


Dois fotógrafos fantásticos, o homenageado da noite de hoje, Juan Esteves, e seu retratado, Cristiano Mascaro, no Espaço Fundação Stickel.

é isso, por fernando stickel [ 2:11 ]