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coisas, coisas, coisas...
...desde janeiro de 2003

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francisca


Há 14 anos a Francisca chegou de Minas Gerais com os dois filhos pequenos, Nilson e Clemilson para trabalhar na minha casa na R. ribeirão Claro, Vila Olímpia, São Paulo.
Viúva, humilde, simples, uma das lentes de seu grosso óculos de míope estava rachada e os filhos só olhavam para o chão, não respondiam às minhas tentativas de conversa.
Na primeira noite levei aos recém chegados pizza e sorvete, na manhã seguinte tratei de consertar os óculos dela.
Hoje cedo a família se mudou definitivamente.
Nestes 14 anos comprei terrenos vizinhos, fiz inúmeras reformas, a casa conheceu períodos de grande movimentação, nasceu meu filho Arthur, me separei, mudei, montei novo estúdio, minha ex-mulher mudou, ajudei a Francisca a comprar sua casa própria, e é para lá que ela vai, fica logo depois do túnel Maria Maluf.
Boa sorte na casa nova, Francisca, e obrigado por tudo, sobretudo por se dedicar tanto ao Arthur.

é isso, por fernando stickel [ 10:29 ]

cuidado, 2005 promete!

Cuidado, 2005 promete! Este golpe está sendo aplicado nos homens em vários shoppings!!!

Poucos dias atrás, em pleno feriado de ano novo, um amigo passeava pelo Shopping Morumbi, quando foi abordado por duas loiras, bonitas, na faixa dos 20 anos, queimadíssimas de sol, ambas trajando vestidinhos Versace, curtos e semi-transparentes, extremamente decotados. As moças se apresentaram como representantes de uma multinacional de cosméticos e o convidaram para participar de uma pesquisa.
Sem desconfiar de nada, ele aceitou. Elas então o levaram até a porta principal do shopping, onde um Omega 0km preto os aguardava. Elas disseram que a pesquisa seria feita em outro local, mais tranqüilo. Levaram então meu inocente amigo para uma enorme mansão nos jardins.
Lá chegando, foi recebido por duas morenas maravilhosas, queimadíssimas de sol, também trajando vestidinhos Versace, curtos e transparentes, extremamente decotados.
Estas moças ofereceram a ele o que parecia ser um refrigerante, numa taça de cristal, e o encaminharam para um dos quartos da casa, onde seria feita a pesquisa. O quarto tinha uma cama king-size e foi ali que seu pesadelo começou. De repente, as quatro moças deixaram cair seus minúsculos vestidinhos Versace e, totalmente nuas, pularam em cima dele, rasgando toda sua roupa. Ele tentou reagir, mas aquele líquido, supostamente um refrigerante, o tinha deixado zonzo e excitado. Entre os lençóis brancos de cetim, ele foi usado sexualmente pelas quatro meninas.
Mas, o pesadelo estava apenas começando. Elas o levaram para uma enorme banheira de hidromassagem, onde as sevícias recomeçaram.
Depois, foi arrastado para um enorme salão de jogos, onde elas abusaram dele sobre uma enorme mesa de sinuca. Na cozinha, teve seu corpo
completamente lambuzado de licor Amarula. Uma após outra, aquelas quatro “abelhas” ninfomaníacas o atacaram, sem trégua, lambendo cada centímetro do seu corpo.
Quando percebiam que ele recobrava sua consciência, elas o faziam beber mais daquele misterioso líquido, e continuavam a usar e abusar dele.
No final da tarde, completamente exaurido, ele não mais reagia aos ataques. Elas o arrastaram então para fora da enorme mansão, e o jogaram dentro de um enorme jeep Land Rover. Enquanto estava sendo arrastado, pôde ver o rótulo da garrafa do líquido misterioso e, pasme, o suposto licor era na verdade:
CHAMPANHE FRANCÊS VEUVE-CLIQUOT !!!
Minutos depois, o jeep deixou numa praça, perto de sua casa. Arrasado, completamente sem forças, ele se arrastou pelas ruas do bairro, até atingir a segurança do lar, onde sua amada esposa o aguardava.
Ele chorava convulsivamente. Sentia-se envergonhado e arrasado, mas pelo menos estava vivo e de volta ao lar. Lembrou-se então que só suportou toda aquela barbárie porque, durante os momentos mais difíceis, só tinha na cabeça a imagem de sua adorada esposa, como a vira pela manhã: vestindo aquele velho baby doll das Lojas Marisa, os seios murchos transparescendo através da camiseta, das pernas cheias de varizes (que ele diz, carinhosamente, ser o “mapa do amor”), da delicadeza dos seus 95 quilos, bem distribuídos em seus 1,56 m de altura.
Pequena grande mulher.
Portanto, cuidado com mais esse golpe!! Mulheres contem esta história para seus maridos / namorados, pois se forem avisados a tempo, eles saberão como agir diante do convite dessas pessoas perversas!!!!!!!!

é isso, por fernando stickel [ 15:28 ]

aos meus leitores

Alguns dos meus leitores mais antigos se lembrarão com certeza do imbroglio que o Blogger aprontou cerca de um ano atrás, com vários blogs sumáriamente executados e alguns, como o meu, temporáriamente sumidos, depois com dicas diversas conseguimos voltar ao ar, etc…
Agora estou sentindo no ar uma nova degola, vários amigos dizendo que não conseguem acessar, o sistema de comentários pifou, algo me diz que algo vai mal.
Por outro lado o esforço que fiz para mudar para casa nova (e própria) deverá frutificar nos próximos dias (ou semanas).
Então não se esqueçam, se o “aqui tem coisa” sumir na calada da noite, ele reaparecerá, tal qual uma fênix, na minha casa nova:

https://www.stickel.com.br

é isso, por fernando stickel [ 15:28 ]

e agora, juízo, tá?!

E agora, juízo, tá?!

é isso, por fernando stickel [ 22:28 ]

reveillon 2005: navegar é preciso.

Reveillon 2005: Navegar é preciso. (em São Paulo…)

é isso, por fernando stickel [ 12:47 ]

passou

Acabo de receber da minha amiga Ana Lins:
PASSOU
O ano passou. Não sei se vós, leitor amigo, ou vós, distinta leitora, o passastes bem. Eu, como já passei muitos, os tenho passado de todo jeito, e ainda hoje esse segundo que vem depois da meia-noite me perturba. Já passei ano só, em terra estranha, ou, o que é mais amargo, na minha; ou andando como um tonto na rua ou afundado num canto de um bar ruidoso; tentando inutilmente telefonar; dormindo; com dor de dente. E quando digo de todo jeito estou dizendo também de jeito feliz, entre gente irmã ou nos braços de algum amor eterno – braços que depois dobraram a esquina do mês e da vida, e se foram, oh! provavelmente sem sequer a mais leve mágoa nos cotovelos, apenas indo para outros braços.
Passam os anos, passam os braços; mas fica sempre, quando a terra dá outra volta em si mesma, essa emoção confusa de um instante. Conheço pessoas que fogem a esse segundo de consciência cósmica, afetando indiferença, indo dormir cedo – como se não estivessem interessadas em saber se esta piorra velha deste planeta resolveu continuar girando ou não. É singular que entre tantas festas religiosas e cívicas nenhuma chegue a ser tão emocionante e perturbe tanto a humanidade como esta, que é a Festa do Tempo. É como se todos estivéssemos fazendo anos juntos; é o Aniversário da Terra.
Se a alma estremece diante do Destino, o espírito se confunde; reina uma tendência à filosofia barata; vejam como eu começo a escrever algumas palavras com maiúsculas, eu que levo o ano inteiro proseando em tom menor, e mesmo o nome de Deus só escrevo assim para não aborrecer os outros, ou para que eles me não aborreçam.
Já ao nome do diabo, não; a esse sempre dei, e dou, o “d” pequeno, que outra coisa não merece a sua danação. A ele encomendamos o ano que passou e a Deus o Novo. Que vá com maiúscula também, esse Novo; fica mais bonito, e levanta nosso moral.
E se entre meus leitores há alguma pessoa que na passagem do ano teve apenas um amargo encontro consigo mesmo, e viveu esse instante na solidão, na tristeza, na desesperança, no sofrimento, ou apenas no odioso tédio, que a esse alguém me seja permitido dizer: “Vinde. Vamos tocar janeiro, vamos por fevereiro e março e abril e maio, e tudo que vier; durante o ano a gente o esquece, e se esquece; é menos mal. E às vezes, ao dobrar uma semana ou quinzena, às vezes dá uma aragem. Dá, sim; dá, e com sombra e água fresca. E quem vo-lo diz é quem já pegou muito no sol nos desertos e muito mormaço nas charnecas da existência. Coragem, a Terra está rodando; vosso mal terá cura. E se não tiver, refleti que no fim todos passam e tudo passa; o fim é um grande sossego e um imenso perdão.”
Rio, Janeiro de 1952
Rubem Braga, em A borboleta amarela

é isso, por fernando stickel [ 11:45 ]

mensagem do grande fodão


Será que o Grande Fodão lá em cima não está enviando uma mensagem aos comuns mortais cá embaixo, com esta tragédia do tsunami?

Nivelados na morte, pretos, brancos, amarelos, queimados do sol, albinos, loiras burras, altos, baixos, gordos, magros, tortos, pernetas, manetas, sarados, raquíticos, inteligentes, burros, bondosos, cruéis, parvos, nobres, plebeus, honestos, corruptos, eficientes, limítrofes, homens, mulheres, crianças, jovens, idosos, bebês, gays, lésbicas, prostitutos e putas, príncipes e play-boys, bilionários, miseráveis, sofisticados, desleixados, aposentados, cristãos, budistas, muçulmanos, pentecostalistas, agnósticos, ateus, evangélicos, mórmons, satanistas, espíritas, taciturnos, alegres e desligados, asiáticos, europeus, americanos, latinos, aborígenes, políticamente corretos e canalhas, todos na vala comum da tragédia em cenário paradisiaco.

Um simples peteleco na crosta trerrestre, um minúsculo desviar na órbita do planeta, algo imperceptivel lá de cima, e a lição sobre a inutilidade das guerras, dos preconceitos, da ganância, do ódio racial e religioso, da infinita sede de poder.

é isso, por fernando stickel [ 10:47 ]

faleceu meu pai


Erico João Siriuba Stickel 1920 – 2004
Meu pai viajou. Descansou. 84 anos bem vividos, precisa mais?

é isso, por fernando stickel [ 23:31 ]

bom natal a todos!

Direto do Ibirapuera, Bom Natal a todos!

é isso, por fernando stickel [ 1:58 ]

arthur no piano

Algumas semanas atrás, meu filho Arthur se apresentou com sua turma de aula de piano, a irmã Fernanda também foi.

é isso, por fernando stickel [ 17:52 ]

lama michel rinpoche


Ontem à noite minha prima Bel Cesar foi visitar o meu pai no Hospital Osvaldo Cruz acompanhada do filho, o Lama Michel Rinpoche.
Com 12 anos de idade o Michel deixou a família e foi estudar budismo tibetano na Índia, se transformando em um monge budista, aos 23 anos de idade.
A visita foi muito boa, calma, Lama Michel fez uma longa oração pedindo abertura de caminhos para a alma do meu pai se elevar, e atravessar o “bardo” mais tranquilamente.
Bardo é a fronteira entre a vida e a morte, que é descrita com minúcias no budismo.
Após a oração conversamos e esclarecemos dúvidas, foi um belo gesto. Obrigado!

é isso, por fernando stickel [ 10:53 ]

filho adolescente

O pai entra no quarto do filho adolescente e vê um bilhete em cima da cama. Ele vai até lá, já temendo o pior, e começa ler:

“Caro Papai, é com grande pesar que lhe informo que eu estou fugindo com meu novo namorado, Juan. Estou apaixonado por ele. Ele é muito gato, com todos aqueles “piercings”, tatuagens e aquela super moto BMW que tem. Mas não é só por isso, descobri que não gosto de jeito nenhum de mulheres e como sei que o senhor não vai consentir mesmo com isso, vamos fugir e ser muito felizes no seu “trailler”.
É que ele quer adotar filhos comigo, e isso foi tudo o que eu sempre quis para mim.
Aprendi com ele que maconha é ótima, é uma coisa natural que não faz mal pra ninguém, e ele garante que no nosso pequeno lar não vai faltar marijuana.
Juan acha que eu, nossos filhos adotivos e os seus colegas “gays” vamos viver em perfeita harmonia. Não se preocupe papai, eu já sei me cuidar, apesar dos meus 15 anos já tive várias experiências com outros caras e eu tenho certeza que Juan é o homem da minha vida.
Um dia eu volto, para que o senhor e a mamãe conheçam os nossos filhos. Um grande abraço e até algum dia. De seu filho com amor.”

O pai quase desmaiando continua lendo:

PS: Pai, não se assuste. É tudo mentira e estou na casa da Mariana, nossa vizinha. Só queria mostrar pro senhor que existem coisas muito piores que as notas vermelhas do meu boletim que está na primeira gaveta…

é isso, por fernando stickel [ 10:41 ]

fortaleza

Meu pai resiste.
Não deveria, mas resiste, estamos entrando no quinto dia de hospital, a sedação aumenta, e ele lá. Firme, não sei nem como.

é isso, por fernando stickel [ 20:37 ]

pisou no pato?!


Três mulheres morrem juntas num acidente de carro e vão para o céu. Chegando lá, São Pedro diz:
-Aqui no céu só tem uma regra:
“NÃO PISE NOS PATOS!”
Elas acharam a regra esquisita, mas quando, finalmente, atravessaram as portas do paraíso perceberam que era quase impossível andar sem pisar em um pato. O paraíso estava forrado de patos.
Ainda meio confusa, uma das mulheres pisou num pato. Minutos depois, São Pedro apareceu com uma corrente, um cadeado e o homem mais feio que ela já tinha visto e disse:
– Você não cumpriu a regra… seu castigo é viver a eternidade acorrentada a este homem.
Dias depois, a segunda mulher cometeu o mesmo erro; pisou num pato.
E, como antes, São Pedro acorrentou-a com o homem mais feio que ela já tinha visto e disse:
– Seu castigo é viver a eternidade com este homem.
A terceira mulher então, passou a ser super cuidadosa. Meses se passaram. Um dia São Pedro aparece com um homem perfeito: lindo, moreno, olhos verdes, forte, alto… e acorrentou-a a ele.
Ela sem entender nada, ficou quieta. Quando São Pedro se afastou, ela disse ao maravilhoso homem:
– Que será que eu fiz para receber este prêmio? E ele respondeu:
– VOCÊ não sei, mas… EU PISEI NUM PATO!!!

é isso, por fernando stickel [ 10:31 ]

época do natal

Coisas da época do Natal…
Uma senhora levou a filha de 17 anos ao médico, queixando-se que a menina andava com vômitos, tonturas, que tinha perdido o apetite… O médico observou a mocinha e concluiu:
– Minha senhora! a sua filha está grávida de três meses!
– A minha filha???? Ela nunca esteve sozinha com um homem! Não é verdade, Carla Susana?!?!?
– Eu nem nunca beijei um homem!!!
O médico tirou da gaveta uns binóculos, aproximou-se da janela e ficou calado a olhar para o infinito… Passados vários minutos a mãe da Carla Susana, admirada, pergunta ao médico o que é que se passava, ao que ele respondeu:
– Da última vez que isto sucedeu nasceu uma estrela no Oriente e chegaram três reis magos. Desta vez não vou perder o espetáculo!!

é isso, por fernando stickel [ 9:18 ]

queridos amigos e leitores

Queridos amigos e leitores destas maltraçadas, me ajudem com seus pensamentos e orações facilitar ao meu pai Erico a transposição desta misteriosa barreira entre a vida e a morte.
Ele foi sedado ontem à noite, devido ao crescente sofrimento causado pelo câncer de pâncreas. Já não conseguia mais se alimentar e nem se hidratar. Ele mesmo pediu, embora sem muita clareza, o término do sofrimento, dele a da família.
Meu irmão Roberto, o caçula da família, completou 50 anos no dia 14, parece que meu pai aguentou até esta data simbólica, para então entregar os pontos.
Obrigado a todos que tem me apoiado.

é isso, por fernando stickel [ 10:06 ]

erico stickel


Na foto do meu filho Antonio, minha irmã Sylvia, meu pai, minha mãe e minha filha Fernanda.

Na quinta-feira 16 Dezembro a família estava reunida ao final da tarde ao lado do meu pai, que sofria muito com as consequências do cancer de pancreas, com dificuldade de se alimentar e mesmo de beber água. Várias semanas antes ele havia decidido que ficaria em casa até o último momento, a partir daí seria sedado e levado ao hospital.

Mesmo sem muita clareza, meu pai comunicou que não aguentava mais, e queria ser sedado.

Por volta das 22 horas, com minha mãe ao seu lado, meu irmão Neco e meu filho Antonio, ele tomou, em silêncio, os remédios que encerraram seu sofrimento. Na manhã seguinte a ambulância o levou para o Hospital Osvaldo Cruz.

é isso, por fernando stickel [ 9:25 ]

final da tarde

Sexta-feira final da tarde em SP. Bom fim de semana a todos!

é isso, por fernando stickel [ 20:17 ]