Hoje, 14 Julho 2014, comemoram-se 30 anos da abertura da exposição ‘Como vai você, Geração 80?’
Mostra diversificada e esfuziante invadiu o Parque Lage com desenhos, instalações, grafites e performances de 123 jovens artistas
Artigo de Nani Rubin em O Globo
RIO — Em 14 de julho de 1984, quando Tancredo Neves apareceu nos jornais dizendo que iria vencer a presidência da República, sucedendo ao último general da ditadura, João Figueiredo, novos ares também sopravam no panorama da arte brasileira. Os ventos de um movimento original convergiam para a Escola de Artes Visuais (EAV) do Parque Lage, onde, desde as 16h, uma multidão circulava pelo palacete, apreciando e interagindo com obras de 123 artistas. Às 18h, com o trânsito já inteiramente engarrafado na Rua Jardim Botânico, milhares de gaivotas de papel produzidas por Carlos Mascarenhas e lançadas pelos visitantes disputavam espaço na piscina da mansão, cobrindo a “Baleia”, escultura inflável de Frida Baranek. Diante da entrada, a pintura “Sansão”, de Daniel Senise, parecia empurrar as colunas do casarão. Aqui e ali, havia performances. E intervenções bem-humoradas, como duas televisões de Barrão que conversavam entre si. Mais adiante, uma tela de Chico Cunha reproduzia a embalagem do bombom Sonho de Valsa. Lado a lado, as obras surpreendiam o público e pareciam responder, pictoricamente, à pergunta proposta pelo nome da exposição que era inaugurada ali: “Como vai você, Geração 80?”.
Veja aqui as minhas impressões sobre a exposição e a obra “AZ” que apresentei.
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