Lembrei de uma vida que salvei.
Cerca de 1984, no Rio de Janeiro, andávamos Helena Bricio e eu pelas margens da Lagoa Rodrigo de Freitas perto da saída do Túnel Rebouças, em um belo e ensolarado sábado de manhã, quando percebi pelo canto do meu olho direito algo se debatendo na água.
Prestei atenção e vi que era uma criança se afogando, a cerca de 4 ou 5 metros da margem. Ainda não existia a ciclovia, a calçada era rente à Lagoa e imediatamente me joguei na água, nadei até o moleque e o arrastei para o raso em uma pequena praia de areia. Ele devia ter uns 10 ou 11 anos, tossia muito e estava assustado, nem conseguia falar. Logo chegaram vários meninos correndo na nossa direção, me disseram obrigado e levaram o amigo embora.
Em seguida fui até um posto de gasolina logo em frente, me lavei com uma mangueira (a água da Lagoa não é lá essas coisas…) e seguimos no nosso passeio.
Quem salva uma vida, salva toda a humanidade.
Deixe seu comentário