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mondialino 50cc

mondialino1.jpg
Quando fiz meu livro aqui tem coisa, escrevi na introdução:

“Uma boa maneira de trazer à luz coisas que de outra forma permaneceriam ocultas na solidão de cadernos e pastas.”

Me referia aos desenhos que incluí junto com as poesias.
Agora estou gostando muito dessa história de blogar. Talvez não tenha encontrado ainda o equilíbrio ideal que gostaria entre todas as minhas vontades e interesses, talvez ande exagerando no uso do meu brinquedo novo, a câmera digital, mas no final das contas estou ADORANDO, inclusive porque continuo a garimpar nos meus cadernos e pastas por outras coisas, igualmente significativas, como minha motocicleta Mondial (Mondialino) 50cc, com a qual infernizava (sem capacete) as ruas calmas de São Paulo em 1966.

é isso, por fernando stickel [ 11:54 ]

sobre aqui tem coisa


Sobre “aqui tem coisa”, meu primeiro livro, que lancei em 1999, o meu amigo Carlos von Schmidt escreveu a seguinte nota, em 19/10/2002:

No início de outubro Fernando Stickel ligou. Para quem não sabe, Fernando é um artista plástico. Arquiteto, casado, três filhos, 51 anos. Esses dados estão na orelha de aqui tem coisa. Levei um susto quando vi que Fernando é cinqüentenário. Não sei porque mas sempre achei que Fernando não passava dos trinta. Talvez a voz, o jeito de falar, o entusiasmo permanente.
Não falávamos há anos. Uns cinco pelo menos. Contou-me que escrevera um livro, aqui tem coisa. Pediu-me o endereço para mandá-lo. Ontem, dia 18/10/02 o livro chegou. Reúne poemas, pensamentos, lembranças, anotações, desenhos, muitos desenhos. Gosto de livro assim. Espécie de diário de bordo. É um livro que dá gosto manusear, folhear, olhar, ler. O título , aqui tem coisa é um achado maravilhoso. Não vou contar nada para não perder a graça.
Na página 4, no prefácio que não é prefácio Fernando fala de seus poemas. Conta que alguns foram publicados na revista artes: número 57 de dezembro de 1983-, os poemas já fui jovem executivo. nonsense, precisão e Virada Selênio.
Ao ler a menção ao artes: fiquei contente. São raros os artistas que divulgamos e promovemos que se lembram. Foram muitos. Hoje, amnésicos, exibem o colorido rabo de pavão em vernissages e bienais. Gostei de ver que Fernando não esqueceu. Gostei!
Para comemorar o lançamento de aqui tem coisa vou republicar os poemas que selecionei há quase dezenove anos e outros que li de madrugada. De choro alguns desenhos também. Só espero que o próximo livro não demore tanto. Se demorar o que aqui tem coisa demorou vou estar com 91 anos. Idade perigosa. Picasso que o diga.

é isso, por fernando stickel [ 15:13 ]