
Participei da V Exposição Jovem Arte Contemporânea, no Museu de Arte Contemporânea da USP (MAC-USP) no Ibirapuera entre 25 de agosto e 26 de setembro de 1971.
A Jovem Arte era uma uma exposição coletiva anual, parte de uma série de iniciativas do MAC-USP sob a gestão de Walter Zanini, para fomentar a produção artística jovem no Brasil. A série “Jovem Arte Contemporânea” surgiu após as edições iniciais focadas em desenho e gravura (Jovem Desenho Nacional e Jovem Gravura Nacional) e se tornou mais abrangente a partir de 1967.
A novidade desta edição foi a exposição de poemas, departamento no qual fui aceito juntamente com, entre outros Olney Krüse, enquanto vários amigos como Antonio Henrique Amaral, José Carlos BOI Cezar Ferreira, Augusto Livio Malzoni, Aieto Manetti Neto, Cassio Michalany, Plinio de Toledo Piza Filho, Dudi Maia Rosa, Gilda Vogt, Mario Cravo Neto, Norberto (lelé) Chamma, Vitor Ribeiro, Claudio Tozzi participaram na área das artes plásticas, os premiados foram Aieto Manetti Neto, Victor Ribeiro, Dudi Maia Rosa, e Gilda Vogt. Artigo na página 7 do jornal O Estado de São Paulo do dia25/8/1971 aborda extensamente a exposição.
Os poemas que apresentei foram:
James Coburn no Guarujá
El Camión
perfuro chão
Eurailpass
desde ontem
em Dresden
Desdêmona
desmaiou
Cabo Frio
É tarde e eu já estou exausto de não fazer nada.
Felizes são aqueles que não fazem nada em paz.
E aqueles que não se cansam de não fazer nada.
E aqueles que dormem bem sem estarem cansados de não
fazer nada além de mergulhar nas águas frias do
Cabo Frio de Janeiro apesar do Janeiro encalorado
e as águas são d’Álcalis como se fossem veículo
de peixes e mergulhadores encalorados por não
além de nada trabalhar na madrugada encalorada
pela água dos canos plásticos em exposição ao sol
ardente oriundo do calor da madrugada que o banho
em canos quentes não deu cabo.
Posteriormente estes dois poemas foram incluídos no meu livro de desenhos e poesias “aqui tem coisa”</em> lançado em 1999.

































