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...desde janeiro de 2003

lavagem do passado

Encontrei o Augusto de Franco no Twitter, e me encantei com o texto dele a seguir, pois penso exatamente da mesma maneira, inclusive por ter votado no Lula nas últimas eleições…

A OPERAÇÃO LAVAGEM DO PASSADO EM CURSO

Um Ministério da Verdade orwelliano está a todo vapor agora.

1 – Não se fala mais em mensalão. É como se não tivesse existido, embora Lula tenha confessado que existiu, em entrevistas na Granja do Torto e em Paris no final de 2005, confundido-o espertamente com caixa 2 de campanha (versão falsa urdida por Thomaz Bastos e Malheiros).

2 – Não se fala mais em petrolão. O PT nada teve a ver com aquele mega esquema de corrupção, apesar da montanha de evidências.

3 – Não se fala em aparelhamento do Estado por militantes petistas. Embora haja relatórios muito precisos sobre isso. O governo Lula I criou mais de um cargo público por hora. Foram 37.543 cargos entre janeiro de 2003 e fevereiro de 2006.

3.1 – Dividindo sucessivamente por 38 meses, por 30 dias e por 24 horas, dá o total de 1,37 cargos por hora, representando uma despesa extra de 625 milhões por ano.

3.2 – Levantamentos feitos durante o primeiro mandato de Lula provaram que o grau de infestação ultrapassou todos os limites do bom senso (e.g., cerca de 90% dos cargos de direção do Ministério das Cidades sob o comando de Olívio Dutra, estavam, na época, nas mãos de petistas).

4 – Não se fala da rede suja de sites e blogs petistas, que introduziram, pela primeira vez, as fake news no debate público brasileiro. É como se nunca tivessem existido veículos, não raro financiados por dinheiro público ou propaganda de estatais.

4.1 – Exemplos em 2014: Brasil 247, Opera Mundi, Correio do Brasil, Revista Forum, Carta Capital, Pragmatismo Político, O Cafezinho, Viomundo, Brasil de Fato, Diário do Centro do Mundo, Conversa Afiada, GGN, Caros Amigos, Plantão Brasil, Tijolaço, Mídia Ninja, Outras Palavras, Carta Maior.

5 – Não se fala da responsabilidade do PT na introdução do “nós” contra “eles” na luta política, quer dizer, da visão populista de que a sociedade está vincada por uma única clivagem “povo” x “elites”, sendo que ‘povo’ aqui não é um conceito sociológico e sim político-ideológico.

6 – Não se fala do apoio do PT às ditaduras cubana, angolana, venezuelana e nicaraguense. Inventa-se, então, que o PT é socialdemocrata para esconder o seu caráter neopopulista de esquerda (tal como seus aliados estratégicos Chávez e Maduro, Ortega, Evo, Correa, Lugo, Funes).

7 – Diz-se que o PT nunca quis controlar a mídia (inventando a versão de que o partido defendia um tipo de regulação democrática como a que vigora no Reino Unido ou que o PT quer regular as mídias sociais – que nem existiam na ocasião em que essa bandeira começou a ser agitada).

8 – Pela fragilidade das provas da Lava Jato, tenta-se dizer que o sítio de Atibaia não era de Lula (embora todo mundo soubesse que era de Lula, ocupado regularmente por ele, ainda que não estivesse formalmente em seu nome). Ora, os bens de Putin também não estão em seu nome.

9 – Tenta-se dizer que Lula nunca se interessou pelo triplex de Guarujá (ainda que não o tivesse comprado de papel passado, pois ficou registrado em nome da OAS). Para não falar do empreendimento fraudulento da Bancoop, que está na raiz de tudo, dirigido por Berzoini e Vacccari.

10 – Repete-se, repete-se e repete-se, diariamente, durante anos a fio, que não há provas contra Lula e que tanto é assim que seus processos foram anulados. Como se ele tivesse sido absolvido pela justiça e como se os atropelos de Moro, Deltan e Cia. inocentassem Lula.

ADVERTÊNCIA. Critico o caráter populista e hegemonista do PT desde 2004. Não tenho nada a ver com bolsonarismo (direita, extrema-direita, conservadorismo, reacionarismo, anticomunismo). Bolsonaro não poderia ser reeleito porque estava erodindo nossa democracia. Votei em Lula.

Augusto de Franco escreve no blog DAGOBAH

é isso, por fernando stickel [ 13:48 ]

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