A Saga do Exaustor Capítulo V

Enviei a seguinte carta à diretoria da Sociedade Hípica Paulista, através do livro de sugestões:

“São Paulo, 3 Junho 2012

Prezados,
Frequento quase diáriamente a área do estacionamento, piscina, fitness e vestiário da Sociedade Hípica Paulista, as mais afetadas pelo ruido insuportavel gerado pelo novo exaustor da cozinha, instalado na reforma concluida recentemente.
Tenho me interessado e acompanhado as tentativas de corrigir o ruído, até agora sem êxito.
O silêncio, na nossa gigantesca Paulistânia caótica é um bem cada vez mais raro e precioso, e perdê-lo justo no local destinado ao nosso importantíssimo lazer é algo intolerável.
A progressiva erosão dos padrões de habitabilidade em uma cidade como São Paulo é um fato conhecido e lamentável, e permitir que esta tendência se faça presente no nosso Clube é algo que precisa ser combatido enérgicamente.
Neste sentido, gostaria de colaborar com a solução do problema, enviando sugestão que me parece a mais adequada, resolvendo de uma só vez três problemas:
EXAUSTÃO
RUÍDO
ESTÉTICA
Assumindo que a utilização da antiga chaminé seja o melhor caminho, me parece que colocar um exaustor axial dentro da chaminé resolveria todos os problemas:
– Com o exaustor encapsulado dentro da sólida estrutura de alvenaria, pouco ou nenhum ruído seria emitido.
– O fluxo de exaustão já está testado, e desta maneira seguiria sem interrupções.
– Não haveriam adições externas à chaminé, que prejudicam sériamente a estética do prédio.
– Bastaria uma porta de inspeção para acesso e manutenção do exaustor.
Continuo à disposição para colaborar na solução deste problema. Anexo croquis explicativo da sugestão.

Fernando Diederichsen Stickel”

A Saga do Exaustor Capítulo IV

Mais um capítulo na incompetência.
Hoje, na data marcada para a solução do problema do excesso de ruído do exaustor da nova cozinha da Sociedade Hípica Paulista, duas novidades:
1. Não há novidade, o barulho continua igual.
2. A agressão estética ao prédio e à antiga chaminé piorou muito.
É inacreditável como as pessoas se deixam levar pelo “achismo” em detrimento da ciência e da engenharia séria.