Muito cansado da agitação da vida urbana, Tom larga o emprego, compra um grande pedaço de terra no Alasca e se muda para lá.
Ele vê o carteiro uma vez por semana e vai à mercearia uma vez por mês. No mais, paz e tranqüilidade… Depois de seis meses, já em dezembro, alguém bate na porta. Tom abre e vê um homem barbudo, enorme, que diz:
-Meu nome é Lars, seu vizinho, 40 milhas adiante. Festa de Natal lá em casa, sexta-feira. Começa às cinco.
Tom se entusiasma:
-Ótimo, depois de seis meses por aqui, acho que estou pronto para conhecer umas pessoas. Muito obrigado, vou sim !
Lars começa a ir embora, pára e diz:
-Seguinte: vai ter bebida.
-Sem problema. Eu gosto de beber.
Novamente Lars ameaça ir embora, pára e diz:
-Olha só, também pode ter briga.
-Tudo bem eu me dou bem com as pessoas, mais uma vez obrigado.
Lars continua:
-E pode ter sexo meio selvagem…
-Também não é problema. Eu estou aqui faz seis meses. Mais um motivo para eu ir. E me diz uma coisa: qual é o traje?
E Lars:
-Você que sabe. É só nós dois.
19 de junho de 2007
é isso, por fernando stickel [ 10:28 ]
18 de junho de 2007
é isso, por fernando stickel [ 14:03 ]
17 de junho de 2007
Brigitte Bardot pergunta:
“Você tem que ter uma razão para amar?”
é isso, por fernando stickel [ 15:15 ]
17 de junho de 2007
Brotinho Indócil – Vinicius de Moraes (1966)
A insistência daqueles chamados já estava me enchendo a paciência (isto foi há alguns anos). Toda a vez era a mesma voz infantil e a mesma teimosia:
— Mas eu nunca vou à cidade, minha filha. Porque é que você não toma juízo e não esquece essa bobagem…
A resposta vinha clara, prática, persuasiva:
— Olha que eu sou um broto muito bonitinho… E depois, não é nada do que você pensa não, seu bobo. Eu quero só que você autografe para mim a sua “Antologia Poética”, morou?
Morar eu morava. É danadamente difícil ser indelicado com uma mulher, sobretudo quando já se facilitou um bocadinho. Aventei a hipótese:
— Mas. . . e se você for um bagulho horrível? Não é chato para nós ambos? A risada veio límpida como a própria verdade enunciada:
— Sou uma gracinha.
Mnhum – mnhum. Comecei a sentir-me nojento, uma espécie de Nabokov “avant-la-lettre”, com aquela Lolita de araque a querer arrastar-me para o seu mundo de ninfete. Não, resistiria.
— Adeus. Vê se não telefona mais, por favor. . .
— Adeus. Espero você às 4, diante da ABI. Quando você vir um brotinho lindo você sabe que sou eu. Você, eu conheço. Tenho até retratos seus. . .
Não fui, é claro. Mas o telefone no dia seguinte tocou.
— Ingrato . . .
— Onde é que você mora, hein?
— Na Tijuca. Por quê?
— Por nada. Você não desiste, não é?
— Nem morta.
— Está bem. São 3 da tarde; às 4 estarei na porta da ABI. Se quiser dar o bolo, pode dar. Tenho de toda maneira que ir à cidade.
— Malcriado. . . Você vai cair duro quando me vir.
Desta vez fui. E qual não é minha surpresa quando, às 4 em ponto, vejo aproximar-se de mim a coisinha mais linda do mundo: um pouco mais de um metro e meio de mulherzinha em uniforme colegial, saltos baixos e rabinho de cavalo, rosto lavado, olhos enormes: uma graça completa. Teria, no máximo, 13 anos. Apresentou-me sorridente o livro :
— Põe uma coisa bem bonitinha para mim, por favor?…
E como eu lhe respondesse ao sorriso:
— Então, está desapontado?
Escrevi a dedicatória sem dar-lhe trela. Ela leu atentamente, teve um muxoxo:
— Ih, que sério . . .
Embora morto de vontade de rir, contive-me para retorquir-lhe:
— É, sou um homem sério. E daí?
O “e daí” é que foi a minha perdição. Seus olhos brilharam e ela disse rápido:
— Daí que os homens sérios podem muito bem levar brotinhos ao cinema…
Olhei-a com um falso ar severo:
— Você está vendo aquele Café ali? Se você não desaparecer daqui imediatamente eu vou àquele Café, ligo para sua mãe ou seu pai e digo para virem buscar você aqui de chinelo, você está ouvindo? De chinelo!
Ela me ouviu, parada, um arzinho meio triste como o de uma menina a quem não se fez a vontade. Depois disse, devagar, olhando-me bem nos olhos:
— Você não sabe o que está perdendo. . .
E saiu em frente, desenvolvendo, para o lado da Avenida.
é isso, por fernando stickel [ 1:12 ]
16 de junho de 2007
é isso, por fernando stickel [ 16:13 ]
16 de junho de 2007
Niemeyer projeta novo MAC para mudar o Ibirapuera.
Simplesmente assustador!
Para fazer essa reforma medonha é melhor deixar o DETRAN lá mesmo, como está.
Oscar Niemeyer que me perdoe, mas o colega arquiteto poderia aposentar o lápis e dedicar-se à praia de Copacabana, aos netos ou às orquídeas.
Insistir na arquitetura está depondo contra ele e sua obra.
( Não custa esclarecer: Sou totalmente a favor de uma sede própria para o MAC-USP, com condições de exposição permanente de seu fantástico acervo.)
é isso, por fernando stickel [ 15:51 ]
16 de junho de 2007
Ananias é um motorista de taxi gordo, desleixado, fumante e folgado. Seu filho nerd de 12 anos só pensa em videogame e chama-se Felizbento.
Arthur, meu filho fez o Ananias e eu fiz o Felizbento, numa rapidíssima peça de teatro hoje na Escola Viva, como parte das apresentações do final de semestre.
é isso, por fernando stickel [ 13:25 ]
13 de junho de 2007
Fiz ontem o curso de pilotagem do Beto Manzini em Interlagos. Demorei cerca de quarenta anos para assumir o meu tesão pelo automobilismo, e agora estou fazendo tudo direitinho, inclusive com este curso, que é excelente.
Os carros são Renault Clio e Megane, 1.6 16 válvulas, com preparação mínima e todos os requisitos de segurança.
O banco, por exemplo é uma concha, e com o cinto de segurança de quatro pontos bem apertado você passa a fazer parte do carro.
O forte do Manzini são os cursos de direção defensiva, para frotistas e seguradoras.
A minha prova.
é isso, por fernando stickel [ 11:18 ]
11 de junho de 2007
Ferrari é o que não falta na Vila Olímpia, vermelhas e amarelas de monte, as pretas são mais difíceis de aparecer por aqui.
Na Av. Helio Pellegrino ou Av. Nova Faria Lima elas circulam sempre em primeira e segunda marcha, pru modi fazê bastante barulho…
Esta é homenagem para o meu amigo JRO.
é isso, por fernando stickel [ 16:43 ]
11 de junho de 2007
Disse Jeanne Moreau:
“A idade não te protege do amor. Mas o amor, de certo modo, te protege da idade.”
Dedicado ao meu Xará: Arquiteto; mineiro; artista plástico; músico e pai.
é isso, por fernando stickel [ 16:09 ]
10 de junho de 2007
Encontrei também um Donald Judd tropicalizado…
é isso, por fernando stickel [ 15:15 ]
10 de junho de 2007
Encontrei aqui na Vila Olímpia um fragmento da pintura de Frank Stella (da fase boa, 1959…)
é isso, por fernando stickel [ 14:59 ]
10 de junho de 2007
é isso, por fernando stickel [ 13:05 ]
10 de junho de 2007
Acabei de ler, a muito custo,” Trem Noturno” de Martin Amis, escritor inglês da minha geração.
Li quase por obrigação, pois as resenhas que me lançaram na direção de tão frustrante leitura eram excitantes. O resultado de tanto esforço, pífio.
Talvez eu tente novamente com outra obra.
é isso, por fernando stickel [ 9:47 ]
9 de junho de 2007
Jaguar XK 120 de 1950.
é isso, por fernando stickel [ 22:46 ]
9 de junho de 2007
Sandra cavalga Ulion.
é isso, por fernando stickel [ 22:43 ]
9 de junho de 2007
Trabalho com lâmpadas, tem de dois tipos, o que eu mesmo faço, e este aí em cima, bem melhor…