Nani
O segundo tempo nos deu dois belos gols, de Maicon, desafiando as leis da física, e de Elano.
Mas continuou a jogar mal, e de quebra tomamos um gol da Coréia, por pura distração.
Mas isto todo mundo já sabe,
O chato é que a minha previsão está se realizando. Aquela coisa arrastada, lenta, sofrida, sem gosto e sem prazer. Para aqueles adeptos da vitória a qualquer preço, é um prato cheio, só que o preço é um tédio infinito.
Até agora, final do Primeiro Tempo, o Brasil não fez nada.
Uma bosta de jogo.
Faleceu nesta madrugada Dona Julita (Juju), mãe da minha secretária Miriam.
A cremação será às 15:00h na Vila Alpina.
Nestes dias frios eu me preparo psicológicamente para a aula de natação. Sei perfeitamente bem que uma vez na água e em movimento o frio se dissipa, a piscina aberta é aquecida por volta dos 26 centígrados, o que é suficiente, mas os poucos minutos que separam a troca de roupa até o mergulho são terríveis!
Hoje, dia de aula, estava eu em plena preparação psicológica quando me liga o meu professor Ricardo cancelando a aula.
Ele foi assaltado na Giovanni Gronchi, estava com um aluno no carro, foram baleados com nove tiros, o aluno levou dois tiros, e está fora de perigo, ele milagrosamente sobreviveu apenas com alguns ciscos nos olhos.
O delegado que tomou o depoimento do Ricardo disse que pela análise da perícia, tudo que este bandido queria era matá-los.
O Ricardo, compreensivelmente, está com medo de sair de casa.
É o fim do mundo!
Na Vila Brasilândia, ao lado da nova Casa de Cultura da Brasilândia.
Faleceu ontem Dona Yolanda, mãe do meu amigo Abbondio Barana Neto.
O enterro sairá hoje às 15:00h do velório do Cemitério do Araçá.
Meu capitão/timoneiro Mario Sacconi me ligou por volta do meio-dia:
-Vamos dar uma velejada rápida? Estou de moto e já estou indo para o clube.
Eu topei na hora, pois proeiro que tem juizo aproveita todas as oportunidades de treinar, peguei minhas tralhas e fui também de moto, rápidamente.
Uma vez na água, tudo que não é velejar perde a importância.
A cidade ao fundo, além do paredão da represa de Guarapiranga está longe, muito longe…
Por volta das 14:30 eu já estava de volta em casa, para um almoço delicioso que a Sandra cozinhou.
A epopéia do Porsche 911 Carrera 1975 avança.
Depois do rallye e da viagem tentamos regular o motor para enfrentar o teste de emissões, obrigatório por lei.
Não deu acerto, e a bomba de injeção foi enviada à Bosch para calibragem.
De lá veio a notícia de que seria necessário abri-la, pois não havia meio de calibrá-la corretamente.
Aberta a bomba, verificaram-se duas peças desgastadas, o parafuso de regulagem da alta espanado, e um dos pistões de injeção engripando.
Os bicos de injeção também foram testados, estão todos OK.
Encomendadas as peças, remontada e recalibrada, a bomba voltou ao Gigante ontem.
Agora é montar no motor, e andar…
A logística envolvida nas “Travesias Explora” é fantástica.
Em um jipe Land Rover, todos que estão na foto menos o Felix, primeiro do lado esq., que era o nosso motorista, vão na frente e preparam o acampamento para a nossa chegada, isto significa abrir tudo, limpar, instalar camas de campanha, sleeping-bags, toalhas nos banheiros, ligar o gás os aquecedores de água e do fogão, acender lamparinas, preparar o lanche, etc.. etc… Mais tarde fazem um jantar magnífico.
Existe também o transporte de gasolina e gás, que não se encontra em qq esquina por ali…
Alguns itens do cardápio são preparados localmente, mas uma norme quantidade de mantimentos precisa ser transportada.
O problema da água também é complexo, nos quatro acampamentos pelos quais passamos apenas um tinha água corrente, nos outros era preciso buscar, bombear, armazenar. Água para beber, só mineral, garrafas de dois litros.
Tudo isso sem mencionar a organização das bagagens e tudo o mais nos carros, inclusive oxigênio suplementar (marcado em vermelho) se alguém precisar, pois 90% do tempo estamos acima de 4.000m de altitude!
… e sem mencionar os almoços ao ar livre, e este fantástico drink de despedida do Salar de Uyuni, com banda de música ao por-do-sol!
Foi ontem o lançamento do livro ÓCIO da minha amiga Helena Carvalhosa.
Muito interessnte a relação de suas esculturas efêmeras com as poesias de Manoel de Barros.
Chegamos ao segundo acampamento Explora com esta visão.
O Explora negocia com o proprietário das choupanas, faz uma reforma, monta esquema para obter água corrente para os hóspedes, e você é recebido “quase” como em um cinco estrelas.
Aroeira
Meu amigo Theo me cobra posição sobre a Copa do Mundo:
“Como leitor assíduo do “aqui tem coisa” solicito saber as opiniões sobre a overdose de copa do mundo na imprensa,TV, rádio, jornais, etc… até agora o blog não se posicionou nem colocou nenhuma nota, apesar de que eu como sou muitíssimo ocupado, deverei estar vendo todos os jogos…”
Realmente, me deu uma preguiça… mas vamos lá!
Eu sou na alma um artista, sempre fui. Odeio burocracia, e me sujeitei a ela revoltado, nas diversas oportunidades em que trabalhei em empresas ou agora na Fundação Stickel.
Portanto não posso me encantar com a seleção “burrocrática” do Dunga. Prefiro mil vezes o gesto lírico, o futebol arte e a beleza.
Para mim é melhor perder com arte e estilo do que ganhar arrastadamente “por pontos”.
É com certo mau-humor que vou assistir á estréia do Brasil, já antevendo aquele jogo arrastado, amarrado e sem imaginação.
Quanto à overdose de mídia, é inevitável. Quem mora em qualquer metrópole terá que suportá-la, vem de todos os lados, não quisesse passar por isto, eu deveria ter ficado mais um mês lá no Altiplano Boliviano…
Um amigo comentou, sobre o excesso de marketing, enquanto assistíamos ao jogo final Nadal x Soderling:
“Repara como mesmo sem querer, a câmera, ao filmar a multidão, acaba por fazer o marketing de uma camisa Lacoste aqui, ou um xadrez da Burberry ali.”
E finalmente, o UFANISMO. Esta para mim é a pior praga. Brasil Superpotência, o maior isso, o maior aquilo, nunca antes, com brasileiro ninguém pode, toda esta tralha me irrita profundamente.
No penúltimo dia de viagem passamos pelo Salar de Coipasa e chegamos à fronteira entre a Bolívia e o Chile, em um lugarejo chamado Pisiga, no Departamento de Oruro, a 3712m. de altitude.
Do lado boliviano a fronteira nada mais é que uma cancela no meio do nada. Parece piada. Do lado chileno uma construção nova, bonita, e… sem eletricidade. Esperamos cerca de uma hora até que a energia retornasse e fossemos liberados.
As crianças ficam por ali brincando, felizes da vida!
Em Março anunciei aqui no blog a entrega de 4.000 bonequinhos, executados pelo primeiro grupo de geração de renda da Vila Brasilândia, organizado pela Fundação Stickel.
Agora que o “Kit Vingança” foi lançado pelo escritor Paulo Tadeu, a história completa em reportagem do jornal da Tarde.
Enquanto isso, lá no Altiplano Boliviano, a natureza segue impávida, colossal.
Certo?
Certo.
E se você fala outras línguas, além da sua, a porcentagem vai ficando cada vez mais ínfima.
Portanto, se você é brasileiro, entendeu o cartaz e chegou até aqui, agradeça.
Agradeça muito!
Que tal?
Se você colocar a ponta de um compasso nesta placa e traçar uma circunferência de, digamos, 10km de raio, obteremos um círculo com cerca de 300km2 de área, com enorme probabilidade de não se encontrar ali um único ser humano.
Por outro lado, a natureza é extremamente ativa, deserto é algo vivo, cheio de bactérias nas lagoas sulfurosas, que alimentam mini camarões, que alimentam uma infinidade de aves, e assim vai…
Ontem no Itaucultural foi lançado pela parceira da Fundação Stickel, a Fundação Oftalmológica Dr. Rubem Cunha – FUNDOF, um projeto interessantíssimo.
Chama-se Projeto Boa Visão – Boa Educação, tem por objetivo oferecer atendimento oftalmológico a crianças carentes. Funcionará com uma equipe da Fundação visitando escolas selecionadas e fazendo a triagem das crianças. Aquelas que tiverem problemas de visão serão encaminhadas à Clínica de Olhos Dr. Moacir Cunha, para tratamento, óculos, medicamentos e mesmo cirurgias.
A madrinha do projeto é a atriz Maria Fernanda Cândido, posando na foto com o casal instituidor da FUNDOF, Dra. Rosana e Dr. Marcelo Cunha.
