Se você teme a chegada do final do ano de 2008 por perceber que mais um ano se passou rapidamente, não se preocupe, terá mais tempo do que o normal. Mais precisamente um segundo.
Na véspera de Ano Novo, as autoridades internacionais responsáveis por manter o tempo preciso irão acrescentar um único segundo às nossas vidas. Este será o 24º “segundo adicional” desde 1972 e o primeiro desde 2005.
Se isso não soa como algo importante, considere que em um segundo um leopardo consegue percorrer 31 metros, um sinal telefônico 160.934 km, um beija-flor bate as asas 70 vezes e oito milhões de suas células sanguíneas podem morrer.
Como diz o ditado, todo segundo conta. No caso do segundo adicional isso é especialmente verdadeiro.
Segundos adicionais são necessários para reconciliar duas formas diferentes de medirmos o tempo. Tradicionalmente, a humanidade tem usado as rotações terrestres e sua órbita em torno do sol. De acordo com este arranjo astronômico, um segundo é um 86.400 átimo da rotação diária do planeta. Mas por causa da fricção das marés e outros fenômenos naturais, aquela rotação está diminuindo em cerca de dois milionésimos de segundos por dia.
Desde os anos 1950, no entanto, relógios atômicos (que são baseados na movimentação de átomos de césio) possibilitaram a medição do tempo de forma mais apurada, para cerca de um bilionésimo de segundo ao dia. Infelizmente, a cada 500 dias mais ou menos, a diferença entre o tempo registrado nos relógios e o tempo registrado pela rotação terrestre somam cerca de… bem, um segundo.
Então, em intervalos regulares, o Serviço Internacional de Sistemas de Referência e Rotação Terrestre, baseado em Frankfurt, Alemanha, exige que os relógios atômicos sejam parados por um segundo. Isso sincroniza novamente os dois sistemas – pelo menos até o próximo segundo adicional.
Por Thomas Vinciguerra
Veja o artigo original em inglês aqui.
1 Comentário
Norival R. Duarte
fevereiro 15th, 2009 at 11:48
Puxa vida!
Ainda bem que os caras fazem esse ajuste de vez em quando!
Grande abraço.
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