Assino em baixo da cartinha da Fal:
Querido Governador,
Eu sei, eu sei, não há nada com que eu me preocupar, está tudo bem. Sei que as 3 aulas que não dei pela manhã – pois não consegui ônibus para Moema e fui gentilmente convidada a me retirar de dentro da van por um “manifestante pacífico” – são uma pequena gota de sacrifício para um bem maior e que eu devo aprender a viver com menos dinheiro – sou uma burguesa, Sr. Governador, mas prometo melhorar.
Minha faxineira também não veio trabalhar. Não apenas não havia ônibus no bairro dela, mas também a creche da filha dela não abriu por falta de funcionários.
Embora minhas aulas da manhã estejam perdidas e as da tarde também – as mães dos meus aluninhos ligaram, estão aparavoradas e não querem sair mais – ainda está em tempo do senhor salvar o dia de trabalho de Dáuria, minha faxineira.
Acredite, ela precisa dos 50 reais.O senhor pode ir buscá-la na casa dela no seu carro oficial e trazê-la para cá. E como a pequena Maria de Fátima terá que vir junto – o senhor deve se lembrar como bebês de seis meses são ligados às suas mães – enquanto a bela Dáuria dá um gás aqui em casa, o senhor pode ficar com a nenê no colo, trocar suas fraldas etc. No final da tarde, o senhor levaria a bela Dáuria pra casa dela. Que tal??
Aguardo notícias, abraço respeitoso,
Fal
PS: Tem um coronel seu na tevê dizendo que as providências tomadas estão sendo “efetivas”. Hum. Eu tenho pouco estudo, o senhor vai ter me explicar o que vem a ser “efetivo”.
1 Comentário
Beta Pereira
julho 14th, 2006 at 11:17
A Fal é maravilhosa!!! Sou fã!
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