Fui durante muitos anos cliente de um lava-rápido da Rede Lavabem na Av. Santo Amaro, quase esquina com R. Fiandeiras, o serviço era bom, os atendentes já me conheciam e formavam uma equipe coesa e eficiente.
Certa feita encontrei em um sábado de manhã o Rubens Apovian, dono da Rede Lavabem, ajudando na lavagem e conversei com ele, contando das minhas experiências similares no Auto Posto Interlaken, e mesmo sobre sua filha artista plástica Cristina Apovian.
Evidentemente que como empresário bem sucedido o Rubens sabia o valor de dar o exemplo e mostrar à equipe o seu cuidado e envolvimento, estando lá pessoalmente no “chão de fábrica”.
O estabelecimento mudou de dono e agora chama-se Lava-Já, e estive lá este sábado para lavar o Porsche. As instalações físicas não mudaram, mas a mão de obra, que desastre!!!!!!!!
Nenhum dos funcionários demonstrou prazer naquilo que fazia, passavam mecânicamente os esguichos, escovas e panos, sem capricho, sem atenção a detalhe, sem vontade, sem prazer.
A coisa é tão lenta e irritante que dá vontade de tomar o pano da mão do infeliz e fazer você mesmo!
O problema da mão de obra e do treinamento se torna a cada dia mais grave no Brasil, mesmo em empregos de baixa qualificação como estes. Nas áreas técnicas então nem se fala, os empresários caçam desesperadamente os raros funcionários qualificados.
5 comentários
Zé Rodrigo
julho 12th, 2010 at 13:06
Lavar carro no sábado é uma tradição paulistana como era ver os aviões no aeroporto de Congonhas antigamente.
🙂
O problema destes lugares de lavagem de hoje em dia é que não existem mais elevadores ou poços, para que possam ser lavadas as partes íntimas do carro.
Ninguém mais conhece o seu carro por baixo, ninguém mais limpa o motor do carro e limpar a mala então, tirando tudo de lá de dentro para limpar e arrumar depois, nem pensar.
O “sistema” diz que apenas a aparência exterior é o que conta, além de uma limpeza interna nos bancos e tapetes e com muito uso daqueles líquidos infames e gordurosos que dão brilho aos pneus e forrações, é claro.
Vou com muita frequencia para uma cidadezinha chamada Pouso Alto (MG). Lá tem um posto na beira da estrada que ainda possui um daqueles elevadores hidráulicos que aguentam até um caminhão pequeno. O lavador do posto tira as 4 rodas (ninguém se toca do quanto que é sujo uma caixa de roda e a própria roda pelo lado de dentro) do carro quando inicia uma lavagem, que é feita com tal minúcia que mais se assemelha a um ato litúrgico.
Mas uma lavagem destas é um programa para no mínimo 2 horas, coisa impensável para um ser vivente de uma cidade grande que só quer desfilar com seu carro brilhando pelas ruas.
🙂
madoka
julho 12th, 2010 at 22:18
Esse é o grande problema não só nos lava-rápído da vida Fernando, mas em todos os setores: funcionários sem vontade e prazer, e dá a impressão que estão fazendo um grande favor para os clientes. É a falta de profissionalismo e qualificação. Como vc diz: patético mesmo.
bjk
fernando stickel
julho 14th, 2010 at 9:43
Zé, tá mais para ato cirúrgico!
fernando stickel
julho 14th, 2010 at 9:44
Madoka, aí no Japão um lava-rápido como esse não sobreviveria 24 horas, né mesmo?
madoka
julho 15th, 2010 at 5:32
com certeza Fernando! A sociedade japonesa tem esse porém, é extremamente formal e bastante profissional. Aqui não tem espaço pra amadores não, rs…
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