Estive ontem no Crematório de Vila Alpina.
A foto acima é da chaminé que expele as moléculas de H2O, carbono, hidrogênio e oxigênio que compõe mais de 90% dos nossos corpos.
Sobram na câmara de cremação alguns poucos resíduos sólidos, que depois de devidamente triturados são entregues à família na famosa urna, não mais que 1kg. daquilo que foi o seu ente querido.
Já passei por fases em que achava um horror ser cremado, inclusive convenci meus pais a desfazerem uma escritura pública em que pediam para ser cremados.
Hoje estou achando mais interessante a cremação.
De qualquer maneira a visita ao local deixa suas impressões.
A arquitetura dos anos 70, toda em concreto aparente é gelada e escura, tudo o que não deveria existir em um local destinado a confortar as famílias.
As vibrações industriais do edifício, e o calor que emana da chaminé não deixam dúvida sobre o que ocorre no subsolo, fantasias das imagens dos fornos crematórios nazistas são inevitáveis…
Aprendi algo que não sabia. O caixão com o falecido fica durante 24 horas em uma geladeira, antes de seguir para a cremação, aparentemente por razões legais, portanto quando se encerra a cerimônia do adeus no anfiteatro circular, e o caixão some pelo elevador central, a cremação não ocorre logo em seguida.
1 Comentário
Luciano
dezembro 8th, 2017 at 12:45
Perfeito!
Uma pena que as pessoas não procurem tais conhecimentos.
O Vila Alpina é o primeiro crematório do país, mas isso não impede de se renovar e melhorar seu ambiente externo.
Espero que este texto chegue ao conhecimento deles e busquem um processo de aperfeiçoamento, para que as famílias, daqui para adiante, tenham o devido conforto.
Deixe seu comentário