Adeus, Caju Amigo
Mais um clássico da boemia nos deixa. Fecha as portas nesta terça-feira o simples e aconchegante Pandoro, que brilhou por 50 anos na noite de São Paulo. O Pandoro – cujo nome vem da denominação moçambicana para “feiticeiro” – é desses lugares que não deveria acabar nunca. Não apenas pela antiga clientela, fidelíssima e apaixonada, mas também pelo famoso caju amigo, o drinque exclusivo do bar, há décadas uma instituição paulistana.
Inventado por um barman da casa em 1955, o caju amigo é feito de vodca, caju em calda, suco de caju, açúcar e gelo, todos batidos em copo longo. Uma delícia, marca registrada do lugar. Mesmo nestes últimos anos já marcados pela franca decadência.
Com o fim do Pandoro, vão-se também a carta com mais de 100 marcas diferentes de uísque, os doces e chocolates da confeitaria anexa, os almoços animados da turma da publicidade que ainda gostava de marcar ponto por lá.
Enfim… uma pena. E a rica cidade de São Paulo fica um pouquinho mais pobre.
A receita ORIGINAL do CAJU AMIGO é:
1 dose de GIN,
1 dose de SUCO DE CAJU,
1 CAJU bem maduro ESPREMIDO e coado,
1 colher de sopa de AÇÚCAR,
1 copo de SODA LIMONADA Antárctica,
2 colheres de sopa de GELO MOÍDO
Preparo:
1- Todos os ingredientes menos a SODA e o GELO devem ser “chacoalhados” numa coqueteleira.
2- Acrescentar a SODA LIMONADA e o GELO, mexer levemente com uma colher longa e servir.
A nota, que copiei na íntegra, é do meu amigo Aly.
É necessária também outra nota de profundo luto de outro amigo, Alberto. Recentemente lá curtimos deliciso repiau.
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