Elegância, concisão e força poética você encontra na instalação Ttéia de 2002, que garantiu à artista fluminense Lygia Pape (1927-2004) a Menção Especial do júri da 53ª Biennale di Venezia “Fare Mondi” (“Refazendo Mundos”, em tradução livre) em caráter póstumo.
viagem
17 de junho de 2009
lygia pape
é isso, por fernando stickel [ 9:06 ]
17 de junho de 2009
cildo e renata
A instalação de Cildo Meirelles na Biennale di Venezia fica bem apenas no papel, (ou no vídeo). A foto acima achei no Flickr, sem autor.
Eu atravessei as seis salas interligadas e coloridas com cores fortes e não achei a mínima graça, um trabalho “flat” – “uninspired”, burocrático, (tem certas expressões em inglês que caem como uma luva para definir chatice), bem ao contrário de seu trabalho Red Shift: 1 Impregnation 1967–84 na foto abaixo, que me emocionou quando vi.
Marcos Augusto Gonçalves/Folha Imagem – Renata Lucas posa ao lado de sua obra: uma estrada feita abaixo do piso da Bienal.
O trabalho de Renata Lucas então não fica bem nem no papel. Se eu não houvesse lido sobre sua instalação antes da viagem, e procurado atentamente pelo trabalho não o teria encontrado. Apenas cerebral, de “plástico” não tem nada. Um furo na água, triste.
é isso, por fernando stickel [ 8:49 ]
16 de junho de 2009
peggy guggenheim
Durante a visita à Biennale di Venezia, paramos para palestra do diretor da Peggy Guggenheim Collection, Dr. Philip Rylands para o nosso grupo.
Dona Peggy (1898-1979) teve uma história realmente fenomenal, e o pequeno museu em Veneza mantém até hoje o espírito da casa desta mecenas da arte moderna.
Em primeiro plano de costas nosso anfitrião Wulf Mathias.
Suas cinzas estão depositadas no jardim do museu, ao lado das cinzas dos seus “babies”, que foram seus inseparáveis cães.
é isso, por fernando stickel [ 18:45 ]
16 de junho de 2009
ariane grigoteit
Na entrada dos “Giardini” da Biennale di Venezia, a Dr. Ariane Grigoteit, nossa guia, foi durante anos a curadora da coleção do Deutsche Bank.
é isso, por fernando stickel [ 11:05 ]
16 de junho de 2009
fare mondi
O nosso grupo visita no pavilhão do Brasil a exposição de Delson Uchôa, elogiadíssima.
Já o outro artista brasileiro, Luiz Braga, passou desapercebido.
O interessante nesta Biennale di Venezia cujo tema é “Fare Mondi – Making Worlds” não são os artistas em si, que em todas as mega-exposições como essa podem ser excelentes ou péssimos. (ou simplesmente irrelevantes)
Para mim o mais interessante é a maneira extremamente civilizada de distribuir os diversos pavilhões no cenário belíssimo dos Giardini e do Arsenale.
Quando você cansa de arte (e todo mundo cansa) basta sair fora, sentar em uma beirada de escada e ficar aproveitando a natureza e vendo as pessoas passarem.
É a sabedoria da mistura entre ARTE e VIDA.
Só arte é um porre, e só vida você já tem no seu dia-a-dia.
Outro artista unanimamente elogiado pelo nosso grupo foi o argentino Luis Felipe Noé, com sua instalação “Red”.
é isso, por fernando stickel [ 10:09 ]
15 de junho de 2009
noite
Durante a visita à Biennale di Venezia, descobrimos que a noite de Veneza tem seus mistérios…
é isso, por fernando stickel [ 16:59 ]
15 de junho de 2009
burano
Durante visita à Biennale di Venezia, foto feita na ilha de Burano, na mesma ótica da minha série de fotos “Vila Olímpia”.
é isso, por fernando stickel [ 15:47 ]
15 de junho de 2009
punta della dogana
Durante nossa visita à Biennale di Venezia, descubro que certas coisas quando vistas dão alívio imediato.
Foi o caso do centro de arte contemporânea Punta della Dogana, recém inaugurado, que juntamente com o Palazzo Grassi também em Veneza, abriga parte da vasta coleção de arte de François Pinault, controlador da Christie’s e a mais influente personalidade no universo da arte contemporânea em 2006 e 2007, segundo a revista Art Review.
O alívio provém da constatação de que há locais e coisas que privilegiam a perfeição, a qualquer custo. Este é o caso da reforma feita pelo arquiteto Tadao Ando e financiada por Pinault.
Você entra no prédio, e imediatamente se instala a sensação de alívio, que maravilha!
Tudo no seu lugar, tudo funciona, a sensação de harmonia, beleza, correção permeia tudo, as cores, a iluminação, os detalhes, tudo é perfeito. Além disso fica evidente o respeito ao prédio original da alfândega, construido em 1414 e reformado em 1675.
É proibido fotografar no interior do prédio, mas já existem sites com as fotos.
é isso, por fernando stickel [ 15:25 ]
15 de junho de 2009
arsenale
Em um cenário digno de Giorgio De Chirico, passeamos pelo Arsenale da Biennale di Venezia.
é isso, por fernando stickel [ 11:18 ]
15 de junho de 2009
taxi-lancha
No Grand Canal, de taxi-lancha, da esq. para a direita, Christiana, Johannes, Ulf e Ariane, nossa guia para as Artes na visita à Biennale di Venezia.
é isso, por fernando stickel [ 11:07 ]
15 de junho de 2009
al gatto nero
No sábado à tarde, voltando da ilha de Burano, onde almoçamos na “Trattoria al Gatto Nero”, Sandra conversa com Wulf Matthias, o simpaticíssimo responsável pelo convite para passarmos os feriados em Veneza, visitando a Biennale di Venezia.
Ele teria sido arquiteto, seu irmão é designer da Porsche, sua mãe foi atriz de teatro, e a filha tentou carreira na ópera. Só Deus sabe como ele virou importante executivo do mercado financeiro, hoje no Credit Suisse.
é isso, por fernando stickel [ 10:56 ]
15 de junho de 2009
veneza
Sandra na Piazza San Marco ontem, a poucos minutos de pegarmos o Taxi (lancha) para o aeroporto.
28 graus centigrados, sol céu azul, estes dias em Veneza visitando a Biennale di Venezia foram um prêmio!
é isso, por fernando stickel [ 10:05 ]
8 de junho de 2009
bienal de veneza
Este é o programa que faremos in Deutsch na Biennale di Venezia. Desta vez o convite do Credit Suisse inclui “na faixa” três jantares, dois almoços e o que eles chamam de logística, as entradas das exposições, traslados, etc…
Nada mal para quem até quinze dias atrás não tinha o menor plano de ir até lá… e ainda por luxo encaixou como uma luva nos feriados…
é isso, por fernando stickel [ 18:32 ]
4 de junho de 2009
biennale di venezia
Em 1985 meu amigo Jay Chiat (1931-2002) me convidou a passar uma temporada em Cap d’Antibes, em Junho.
Em 1986 ele repetiu o convite, e eu prontamente aceitei, ao terminar a novamente gloriosa temporada na Villa Dorane, tomei o trem para ir à Bienal de Veneza. No meio do caminho parei em Genova e liguei para a minha mãe do orelhão só para saber se estava tudo bem com a família.
Ela atendeu o telefone já suspirando, o diálogo foi mais ou menos assim:
-Oi Mãe, tudo bem?
-Ah… Fernando…….
-Que foi? Aconteceu alguma coisa??!!
-Ah…. Fernando…. o Antonio………
-Fala Mãe!!!! Fala logo, o que aconteceu?!!!!!!!
-Ele levou um tiro.
-Aonde??
-Na mão.
-Que mão?
-Direita.
-Como? Ele está bem??!!
-Foi um assalto, mas agora já está tudo bem.
-Tô voltando.
Depois de dois ou três dias, passando por uma conexão em NYC, cheguei ao aeroporto em São Paulo e o Antonio meu filho, com 7 anos de idade estava lá me esperando com o gesso no braço direito.
Aconteceu um assalto ao posto de gasolina da esquina da R. João Cachoeira x R. Dr. Alceu de Campos Rodrigues, no Itaim, o Antonio estava no banco de trás da Variant da mãe, voltando da escola com o motorista, e uma bala perdida entrou pelo vidro traseiro do carro e pegou no antebraço dele, fraturando o osso.
Por sorte o motorista teve presença de espírito, e assim que percebeu o que havia ocorrido, foi ao Hospital São Luís, que fica ali do lado e o Antonio foi prontamente atendido, sem maiores consequências.
Passado o susto o Antonio perguntou se eu não havia ficado chateado de não ir para a Bienal, conforme o planejado, e eu disse que de jeito nenhum, que nem pensava mais nisso, e que o importante era ele estar bem.
Com isso, a vontade de ver La Biennale di Venezia ficou adiada até agora, pois mais uma vez o Credit Suisse me faz um convite IRRECUSÁVEL, para visitar com eles a Bienal, nos feriados da semana que vem.
É óbvio que aceitei, Sandra e eu lá estaremos, não preciso mais adiar meu sonho…
é isso, por fernando stickel [ 11:23 ]
1 de junho de 2009
habilidade precoce
Em 1951/52, com três ou quatro anos de idade, e já desenvolvendo minhas habilidades em conduzir veículos, levo minha irmã Sylvia e meu falecido primo Joaquim Marques a passear em Campos do Jordão…
é isso, por fernando stickel [ 11:37 ]
1 de junho de 2009
roadbook
Como foi feito o rallye de regularidade Chiantigiana Classica 2009?
Com um Roadbook e uma planilha (que esqueci de fotografar) com instruções surpresa, entregue na hora da largada.
Aí você sai na hora marcada, com o odômetro e o relógio zerados, e o teu navegador vai seguindo as instruções do Roadbook, às vezes acerta, às vezes erra, e às vezes o Roadbook também erra (ninguém é perfeito, mesmo na Suíça…)
Competidores sofisticados lançam mão de equipamentos de última geração, computadores que dão a média a cada segundo, se necessário, odômetros calibrados quase que nos centímetros.
No nosso caso dispunhamos de relógios de pulso, e o odômetro descalibrado original do carro, aí os erros vão se somando com o passar dos quilômetros, e em certos momentos vale mais o chutômetro e a intuição…
A história completa da participação no rallye você encontra apertando aqui.
The full story of my participation in the rallye you will find by pressing here.
é isso, por fernando stickel [ 10:03 ]
29 de maio de 2009
grazie mille!!!!
No domingo 10 Maio arrumamos as malas, e ficamos um bom tempo largados na piscina sem fazer absolutamente nada, pela primeira vez na viagem. Almoçamos tranquilamente, fumei meu charuto com calma e às 16h tomamos o taxi para o aeroporto.
Nestes cinco dias de céu azul, poucas nuvens e temperaturas amenas dirigi o Jaguar por cerca de 700km de estradas lindas, a Sandra foi uma navegadora perfeita, nós dizíamos aos colegas que a inevitável briga entre piloto e navegador durava cerca de 1 minuto a cada hora… e desta vez ela não dormiu…
Nos relacionamos bem com os alemães e suíços que representavam 90% dos participantes, gastei meu inglês, alemão e italiano, comemos bem no geral (era sempre um grupo de 70 pessoas…) e magníficamente no “Buca Lapi”.
Enfim, só temos a agradecer ao Credit Suisse pela rara oportunidade de participar de um evento como essa Chiantigiana Classica 2009, que transcorreu na mais absoluta perfeição!
é isso, por fernando stickel [ 15:01 ]
29 de maio de 2009
planilha
Faltou mostrar Sandra Pierzchalski, minha navegadora em ação, no rallye Chiantigiana Classica 2009. Em primeiro plano o Jaguar E-type.
Na saída do rallye a cada manhã, a organização te entrega uma planilha que deve ser preenchida com três categorias de quesitos:
Carimbos – De tempos em tempos em um pequeno poste com símbolo do rallye fica à beira da estrada, nele fica preso um carimbo, que deve ser aplicado na planilha.
Números – Escondidos no meio do mato, do lado direito da pista, normalmente pregados em árvores ficam placas de cerca de 20 x 20cm com um número, que você deve escrever na planilha.
Perguntas – Constam do Roadbook, por ex: Qual o número da casa ao lado da igreja? ou Qual o animal da escultura no topo do portão? ou Qual a altitude na placa “X”
O não atendimento aos quesitos significa pontos perdidos. Só no final do rallye começamos a ficar bons em prestar atenção…