aqui no aqui tem coisa encontram-se
coisas, coisas, coisas...
...desde janeiro de 2003

cildo e renata

cildo1
A instalação de Cildo Meirelles na Biennale di Venezia fica bem apenas no papel, (ou no vídeo). A foto acima achei no Flickr, sem autor.
Eu atravessei as seis salas interligadas e coloridas com cores fortes e não achei a mínima graça, um trabalho “flat” – “uninspired”, burocrático, (tem certas expressões em inglês que caem como uma luva para definir chatice), bem ao contrário de seu trabalho Red Shift: 1 Impregnation 1967–84 na foto abaixo, que me emocionou quando vi.

cildo2

renata2Marcos Augusto Gonçalves/Folha Imagem – Renata Lucas posa ao lado de sua obra: uma estrada feita abaixo do piso da Bienal.

O trabalho de Renata Lucas então não fica bem nem no papel. Se eu não houvesse lido sobre sua instalação antes da viagem, e procurado atentamente pelo trabalho não o teria encontrado. Apenas cerebral, de “plástico” não tem nada. Um furo na água, triste.

é isso, por fernando stickel [ 8:49 ]

1 Comentário

Roberto Silva

junho 18th, 2009 at 0:49

Teoria da cor na obra de Cildo Meireles.
A obra de Cildo na 53ª Bienal de Veneza pelo que vi nas fotos parece descrever uma aula prática de teoria da cor, induz o visitante por enxergar as radiações complementares das cores de cada ambiente, arrisco por dizer que seja inocente apropriação do conteúdo do livro “Da Cor à Cor Inexistente” escrito pelo mestre Israel Pedrosa.
Não sei onde está a complexidade na obra de Cildo como diz Fabio Cypriano em sua matéria publicada da F.SPaulo em 09/06/2009 na Ilustrada, onde diz “… felizmente, Renata Lucas, Sara Ramo, Cildo Meireles e Lygia Pape, apresentam um Brasil muito mais complexo que o do pavilhão nacional.”
Já na participação do alagoano Delson Uchoa, exposição elogiada pelo seu grupo, que acredito ter tido igual opinião do grande público de lá. Para Fabio Cypriano é temática regionalistas, folclórica, “parece propaganda governamental” coisa exótica… Na Feira Arco 2009 de Madri, a Dan Galeria de Peter Cohn foi destaque mostrando pinturas e sua oitava participação, obras de nosso período concretista das décadas de 50. Valores que as pessoas de fora estão demonstrando não só a curiosidade, mas o interesse por artistas que imprimem a identidade da arte brasileira.
Gosto muito das matérias do Fábio Cypriano, essa, em particular, acho que ele vacilou. Coisa esquisita…!!!

(: Fernando meu voto para o blog já foi confirmado…

Deixe seu comentário