Aniversário duplo, Maria minha nora hoje e Antonio, meu filho, ontem.
família
25 de novembro de 2008
rua dos franceses
Este é o banheiro da minha infância e adolescência, fica na desativada casa da família na Rua dos Franceses, Bela Vista (ou Bixiga).
é isso, por fernando stickel [ 10:12 ]
5 de novembro de 2008
bodas de ouro
As famílias Stickel e Müller reunidas em 1966 na festa de bodas de ouro dos meus avós Erna e Arthur Stickel, sentados, no centro. Na extrema direita da foto, sentada, minha avó Lili Diederichsen.
Eu, de pé atrás dos meus avós, tenho minha mãe e minha tia Mausi ao meu lado. À esquerda os Müller, à direita os Stickel.
As três na frente são minhas primas Renate, Lucia e Cristina Müller.
é isso, por fernando stickel [ 16:58 ]
5 de novembro de 2008
erna e arthur stickel
Meus avós paternos, Erna e Arthur Stickel em frente à lareira da casa da R. dos Franceses, na comemoração de suas bodas de ouro em 1966.
Engraçado um detalhe impensável nos dias de hoje, na mesa de centro, um copo com cigarros. Como ninguém na casa fumava, imagino que o costume da época era oferecer cigarros…
é isso, por fernando stickel [ 16:19 ]
5 de novembro de 2008
brazão stickel
Meu pai era muito ligado em genealogia, fazia parte de uma sociedade genealógica, e acabou por descobrir que este é o brazão da Família Stickel.
Nas arrumações dos documentos após seu falecimento minha mãe trouxe à luz este desenho, além de muitas fotos.
A origem do símbolo do nome alemão é um bastão, símbolo de poder do burgo-mestre, o “prefeito” das pequenas vilas medievais.
Ninguém da família jamais usou este símbolo, e hoje nem lareira eu tenho mais, para colocá-lo emoldurado em cima…
é isso, por fernando stickel [ 16:10 ]
3 de novembro de 2008
esvaziar, organizar
Enquanto a casa da família na R. dos Franceses se esvazia lentamente, a biblioteca se organiza, também lentamente.
é isso, por fernando stickel [ 17:28 ]
30 de outubro de 2008
aniversários
Na mesma mesa de almoço, na casa da minha mãe, Fernanda minha filha completa 31 anos no dia 29/10, e eu 60 no dia 6/10.
A foto da Fernanda fiz eu, e a minha fez ela.
é isso, por fernando stickel [ 18:39 ]
2 de outubro de 2008
ciclo de sessenta
Do outro lado do mundo me chega este simpaticíssimo comentário da minha amiga Madoka Otsuka:
Oi Stickel,
Olha o que eu achei. Aqui no Japão, quando uma pessoa completa 60 anos é realizada uma grande festa chamada Kanreki cujo kanji (escrita japonesa) também pode ser lido como Honkegaeri que significa que o aniversariante renasceu, voltou ao ano de nascimento. Isto porque no Horóscopo Oriental existe o “Ciclo dos 60 anos”, que na astrologia corresponde a um período completo. Nesse ciclo, cada animal-signo corresponde aos cinco elementos da natureza (agentes madeira, fogo, terra, metal e água).
A tradição manda que na festa do kanreki o aniversariante vista roupa vermelha de criança, com babador e rendinhas. Tomar sake ou cerveja na mamadeira e chupar chupetas durante o “parabéns pra você”. Dizem que esta festa promovida pelos familiares e amigos é para somar energias para o homenageado poder encarar o novo ciclo de vida.
Tirando as rendinhas, um bom sake, nada mal. Parabéns, tudo de bom. Seu blog é demais, sou fã…
sayonara
Madoka
Através da Madoka quero agradecer a todos que deixaram aqui seus parabéns e mensagens altamente positivas.
Posso garantir a todos que já sinto meu inferno astral se desmanchando…
Agora fica uma dúvida, será que é pra chegar nos 120??!!
é isso, por fernando stickel [ 20:01 ]
2 de outubro de 2008
aniversário
Contagem regressiva para os meus sessenta anos.
Estou totalmente imerso naquilo que se convencionou chamar de “inferno astral”, com dores no corpo, desorientação, falta de foco, mau humor, etc…
Resolvi fugir, no domingo vou votar logo cedo e à tarde Sandra e eu embarcamos para merecidos dez dias na Itália.
Chegaremos em Roma no dia do meu aniversário, 6 de Outubro.
Pela minha experiência, assim que as portas do avião se fecham, tudo fica cor de rosa, eu (ou o meu corpo) esqueço as dores, as preocupações, o trabalho, o estudo, etc…
é isso, por fernando stickel [ 11:31 ]
19 de setembro de 2008
maçonaria
Minha mãe encontrou esta pequena medalha maçon, que disse ter pertencido ao meu avô Arthur Stickel.
Eu nunca soube que ele era maçon, e fiquei curioso sobre o que de fato representa pertencer à Maçonaria.
A simbologia é a do trabalho, compasso, régua, martelo, colher de pedreiro e fio-de-prumo. E o olho tudo olha…
é isso, por fernando stickel [ 13:14 ]
18 de setembro de 2008
cigarros, fumo & etc…
Com cerca de 12 anos eu fazia cigarros no meu quarto na R. dos Franceses, enrolando chá em papel sulfite, era difícil de fumar porque o sulfite queimava muito rápido, fazendo labaredas, e o chá, apesar de ser compactado dentro do cilindro de sulfite com a borracha de um lápis, escorria fácilmente para fora, o cheiro era insuportável!
Com 13, 14 anos, nas férias de Julho em Campos do Jordão a molecada saía logo cedo e fazia grandes passeios a cavalo.
Eu havia começado a fumar com 14 anos, e parava naquelas biroscas de beira de estrada, que vendiam pinga, cigarro e paçoca, e comprava um maço de QUETAL (o mais barato) e uma caixa de fósforos.
Eu me sentia o máximo fumando em cima do cavalo, o próprio HOMEM DE MARLBORO principalmente se estivesse frio e nublado! Fumava também naquela época Continental e Lincoln.
Mais pra frente consegui canais para comprar os proibidos cigarros americanos, e aí então só fumava Camel, Lucky Strike e Parliament, achava chiquetérrimo!
Houve também a fase de roubar Marlboro, de um inquilino dos meus pais no Guarujá, que deixava tudo na casa, inclusive pacotes de cigarro…
Com cerca de 18 anos tive uma gripe fortíssima e parei de fumar, quando a gripe passou, passou também a vontade de fumar.
Com 20 anos, certo dia no Cursinho Universitário vi um maço de cigarro e um isqueiro esquecidos em cima de uma carteira, me deu uma vontade e acendi um. Foi péssimo, me senti mal e sepultei definitivamente o hábito.
Por volta dos 22, 23 anos me encontrei com os baseados, que me renderam algumas boas gargalhadas e o pior porre que já tive. Não gostei da experiência.
Com cerca de 30 anos comecei a fumar charutos, que me acompanham até hoje. No início eram os bahianos, Suerdieck e Alonso Menendez, e depois, com a melhora da situa$$ão, vieram os cubanos.
Fumei-os com regularidade enquanto havia espaço disponível e pouco patrulhamento da sociedade. Hoje é um ou dois charutos ao ano, se muito!
Ah, sim! Também me encontrei pessoalmente com o fumo!
é isso, por fernando stickel [ 23:20 ]
15 de setembro de 2008
almoço a dois
No domingo Sandra foi à cozinha e preparou maravilhoso linguado com shitake, purê de batata com wasabe e salada.
De sobremesa salada de frutas com romã. Abri um vinho verde que estava esquecido na geladeira, revelou-se excelente combinação.
Exausto da sexta-feira e do sábado, este almoço a dois, na paz do lar foi o máximo!
é isso, por fernando stickel [ 15:49 ]
28 de agosto de 2008
aniversário da sandra
A Sandra meu Amor faz aniversário hoje.
Parabéns minha Luz, minha razão de viver, minha inspiração!!!!!
é isso, por fernando stickel [ 15:33 ]
27 de agosto de 2008
brinquedo na suíca
Minha mãe me lembrou hoje de um fato acontecido há 56 anos atrás.
Corria o ano de 1952, meus pais viajavam comigo e meus irmãos na Suíça, e na cidade de Zurique meu pai me levou a uma loja de brinquedos.
Eu com quatro anos, assim que vi um urso de brinquedo, encilhado com sela e estribos, subi nele para brincar, o vendedor sem perguntar nada me deu uma bofetada, me arrancando do lombo do urso.
Meu pai imedatamente deu um safanão de volta e o vendedor rolou escada abaixo.
Tumulto armado, chegou a polícia dizendo que iria todo mundo para a delegacia, meu pai disse que jamais entraria no camburão comigo, a polícia retrucou que ele poderia ir de taxi, mas teria de pagar o taxi.
Na delegacia meu pai explicou que no Brasil não existiria jamais a hipótese de alguém simplesmente esbofetear uma criança, ainda mais dentro de uma loja de brinquedos, e que em circunstancias idênticas, no Brasil, o vendedor já estaria morto…
Diferenças culturais esclarecidas, encerrou-se o episódio.
Desta temporada na Suíça e na Áustria lembro de algumas coisas, por exemplo da loja de brinquedo e da escada, da bofetada não.
Lembro de uma estrada no meio da floresta, viajando de carro chegamos a um pequeno bar ou restaurante e havia uma Ferrari vermelha parada na porta.
Lembro também com pungente clareza do cheiro da resina nas árvores, e do fogão Kaminofen todo em ladrilhos do hotel.
Lembro ainda de um congestionamento em uma estrada, de noite, o carro ferveu e meu pai foi pegar água numa bica.
é isso, por fernando stickel [ 16:54 ]
27 de agosto de 2008
estudos
Minha turma original de primário e ginásio do Colégio Visconde de Porto Seguro formou-se no colegial em 1966.
Após pegar segunda época e repetir o primeiro científico, fui colega por um ano da turma que se formou em 1967, caí novamente na segunda época, passei raspando e logo no início do segundo colegial fugi do científico para o clássico, pois o meu tormento era a matemática, e começaram a falar de um troço esquisitíssimo, uma tal de raiz quadrada de menos um…
No meio do ano não aguentando mais o Porto Seguro, convenci meus pais e mudei para o clássico do Colégio Santa Cruz, lá, conversando com orientadores, etc… me convenceram que meu caminho seria de fato pelo científico, e repeti novamente de ano, refazendo o segundo colegial no científico.
Juntamente com o terceiro científico encavalei o Cursinho Universitário, prestei o vestibular para arquitetura no Mackenzie e fiquei na lista de espera, em seguida foi o vestibular da FAUUSP, e entrei direto.
Ufa!!!!!
Agora me dou conta porque o ano da revolução, 1968, passou em branco para mim. Eu estudava de manhã, à tarde e à noite. Simplesmente não deu tempo…
Mês que vem comemoraremos em um almoço os 40 anos de formatura da turma de 1968 do Colégio Santa Cruz.
é isso, por fernando stickel [ 8:37 ]
26 de agosto de 2008
erico no hospital
Essa coisa de desenhar o próprio pai morrendo é complicada. Por um lado tem o seu impulso artístico irrefreável, a história mostra tantos e tantos artistas retratando os momentos finais de seus queridos, por outro lado existe um pudor natural, uma espécie de respeito, um freio.
Este desenho foi muito rápido, pequeno, cinco dias antes do meu pai falecer. Ele já estava no hospital, completamente dopado.
Dez dias antes fiz este desenho, foi mais tranquilo, me detive mais tempo.
é isso, por fernando stickel [ 12:12 ]
24 de agosto de 2008
jk rodou
Em 1966, mudei no meio do ano do Colégio Visconde de Porto Seguro, para o Colégio Santa Cruz, e passei a ir de ônibus para o colégio que fica na R. Orobó, Alto de Pinheiros (usava a famigerada linha 69, com poucos, barulhentos e quentes ônibus FNM da CMTC) e depois de tirar a carta, em 1967, com o carro que estivesse disponível na casa.
Certo dia, levando meu irmão Roberto comigo no Alfa-Romeo JK FNM 2000, eu vinha “pilotando” pela Av. Pedroso de Morais e entrei forte demais na Praça Panamericana, que naquela época nada mais era que um enorme círculo coberto de mato, a avenida não cortava a praça como hoje.
Rodei, e a força da curva à direita me arrancou da posição do motorista (o banco era inteiriço, não havia cinto de segurança) e me jogou sobre o coitado do meu irmão, que lembra da visão da direção do JK rodando para lá e para cá, comigo em cima dele, enquanto o carro, sozinho, rodava no asfalto até parar.
Por sorte não vinha ninguém atrás, o carro nem na guia bateu, eu simplesmente voltei ao meu lugar e completamos a viagem ao colégio.
Como observa meu amigo Zé Rodrigo, naquela época nossos anjos da guarda ofereciam um limite no cheque especial muito grande…
Encontrei no museu CARDE um JK na cor do nosso…