Na R. dos Franceses na Bela Vista está encalhada há décadas esta baleia pré-histórica, a poucas dezenas de metros da casa onde nasci e minha mãe morou até 3 anos atrás. Seu autor é o escultor Domenico Calabrone.
Todos os meus filhos, quando pequenos, se interessavam pelo monstro, pincipalmente quando “fazia xixi”, pois o monstro é também, nas horas vagas, uma fonte.
arte
9 de dezembro de 2008
baleia fonte
é isso, por fernando stickel [ 17:43 ]
9 de dezembro de 2008
bienal do vazio
O PROTESTO DAS ARTES – 07/12/2008
AONDE HOUVER UM ARTISTA, NÃO EXISTIRÁ UM VAZIO!
Texto -Ana Maria Lisbôa Mortari
A iluminada manhã de primavera brindou os paulistanos que visitaram o Parque do Ibirapuera neste primeiro sábado de dezembro.
Apesar de nossa querida São Paulo haver se transformado numa das maiores metrópoles do mundo, a beleza e extensão deste parque, que alguns de nós viu nascer durante as comemorações do quarto centenário desta cidade, nos faz pensar que aqui só existem flores e belos jardins…
Mas, nem sempre tudo são flores…
Foi o que pudemos constatar neste ano com as ocorrências que antecederam e precederam a inauguração desta malfadada “28ª Bienal do vazio!”
Sim, o titulo é com letra minúscula porque vazio é nada.
– O que será que isso quer dizer? Onde está o vazio? Que vazio é esse?
– Vazio para mim e apoiada pelo Aurélio, significa:
“Que não contém nada, ou só contem ar; desocupado; despovoado; desabitado; frívolo, fútil; pessoa vazia; falto ou destituído de inteligência; cabeça vazia; pensamentos vazios;”
Portanto nenhum destes significados pode ser encaixado como símbolo ou título de uma Bienal de Arte.
Achei tudo isso tão grotesco, que pela primeira vez não fui ao evento, pois não tenho tempo a perder para ver o nada, executado por pessoas vazias, de cabeças e pensamentos vazios.
OH! Por favor, não desejo magoar ninguém em especial porque, essas frases são do Aurélio Buarque de Holanda Ferreira, da Academia Brasileira de Letras e Filologia…
Com esse espírito fui convidada por um grupo de artistas liderado por Antonio Peticov, para uma manifestação puramente intelectual em frente ‘a Bienal, hoje ás 10:00 hs, onde estava sendo organizada uma grande festa carnavalesca para o encerramento do “Circo do Vazio”, logo mais tarde.
Nós artistas plásticos estivemos lá.
A curadoria e a presidência da Bienal, embora convidadas não compareceram à nossa pacifica manifestação contra a desrespeitosa citação de “Vazio na Arte”, apoiada pela Uol, VIVASP, Blog do Mario Lopomo, Grupo São Paulo Minha Cidade, Radio Eldorado, GNT, Jornal O ESTADO DE SÃO PAULO, Agencia de Notícias da Internet, entre outras, mas, nós entendemos… Afinal tratava-se de uma manifestação intelectual, de intelectuais, estudiosos e profissionais da arte paulista.
Num momento em que lamentamos profundamente o fechamento de grandes e honradas galerias, a ausência de competentes marchands que desistiram ou saíram do mercado, dos grandes colecionadores e apreciadores que apoiavam os artistas em suas exposições e leilões de arte, dos clientes de arte que a crise os afastou do mercado que tanto apreciam e conhecem… É lamentável assistirmos alguém que ocupa uma posição de comando num espaço público que pertence ao povo como é o saguão da Bienal e outros do Ibirapuera, dedicar uma Bienal – outra aberração visto bienal significar dois anos – com todo aquele espaço homenageando o que carregam em suas cabeças: NADA!
Tantos artistas sem conseguirem locais para expor suas obras, ou sem capacidade financeira para custear exposição em galerias, para assistirmos a essa “Apoteose do NADA”?
É um assinante ‘a classe artística.
É um desrespeito a nós como profissionais da arte.
Alias, acredito que esse tipo de presidência e curadoria deveria ter pessoas do meio artístico, para garantir a sensibilidade e a criatividade para organizar Bienais como já existiram no passado, e não acontecer mais outra em homenagem ao NADA, onde para acontecer algo, precisaram mandar prender alguém que incomodado quis colocar algo lá dentro…
Como diria Lair Ribeiro o filósofo das massas: “O pior incompetente é aquele que não tem competência para perceber o quanto é incompetente!”
Por essas e outras que após mais de 35 anos de carreira, de lecionar, de exposições nacionais e internacionais, de inúmeras premiações e comendas, de haver pintado entre outros trabalhos um altar mor de 42 metros quadrados, uma Via Sacra em Minas Gerais, um cenário, vários painéis e inúmeros quadros, me sinto desanimada frente ‘a carreira, ao mercado atual, despojada de forças para pintar com o ímpeto e a criatividade que pulsam dentro de mim, ao ver pessoas em posições chave, nada fazerem para levarem a arte, a cultura e o conhecimento para a sociedade brasileira.
Disse, digo e não canso de repetir: “A Arte nunca foi vazia. Nem na época da guerra mundial ela deixou de existir, mas se transformou num registro das ocorrências como em todos os tempos da história mundial”.
Assim termino meu texto com o título: “AONDE HOUVER UM ARTISTA, NÃO EXISTIRÁ UM VAZIO”!
O artigo completo pode ser visto aqui.
é isso, por fernando stickel [ 11:45 ]
6 de dezembro de 2008
bienal do vazio
A “bienal do vazio“, imagine você, termina hoje. Vazia.
é isso, por fernando stickel [ 7:54 ]
3 de dezembro de 2008
steinberg
Na minha saudosa aula de desenho de observação, as referências aos mestres estavam sempre presentes, neste caso Saul Steinberg.
Este aluno dedicava-se a criar caricaturas, com muito sucesso!
é isso, por fernando stickel [ 12:49 ]
26 de novembro de 2008
maurício ianês
MAURÍCIO IANÊS na 28º Bienal de São Paulo
Leia aqui a entrevista do artista após sua performance na “bienal do vazio”.
é isso, por fernando stickel [ 9:49 ]
25 de novembro de 2008
acaia
Ana Cristina Cintra Camargo, Beati Giorgi e Elisa Bracher (Licó) no ateliê de xilogravura do Instituto Acaia.
A Ana e a Licó tocam o trabalho fantástico que o Instituto faz na comunidade carente da Vila Leopoldina, atendendo jovens de 6 a 18 anos, proporcionando aulas de marcenaria, música, artes, vídeo, etc…
A Beati é filha de Flavio Di Giorgi, que foi meu professor no Colégio Santa Cruz, uma figura inesquecível. Ela está preparando um livro sobre o pai, que deverá abordar algo chamado “Oficina de Sentimentos”
é isso, por fernando stickel [ 11:06 ]
24 de novembro de 2008
sucos ou grafite?
Durante anos funcionou nesta esquina da Av. Republica do Líbano, em frente ao Parque do Ibirapuera uma lanchonete de sucos, açaí na tijela, etc… permanentemente cheia de clientes.
A Prefeitura fechou-a várias vezes, e várias vezes foi reaberta, finalmente foi murada e surgiu recentemente este grafite.
é isso, por fernando stickel [ 9:46 ]
23 de novembro de 2008
a mulher do meu amigo
Insistimos no cinema nacional e fomos ver a comédia “A mulher do meu amigo”
Ruinzinho demais, dá para uma ou duas gargalhadas.
Enredo perfeito para uma pornochanchada, duas mulheres bonitas e gostosas, mas nem isso.
é isso, por fernando stickel [ 18:13 ]
22 de novembro de 2008
feliz natal?
Como é possível um “feliz natal” quando o convidado indesejado é Caio (Leonardo Medeiros).
O filme Feliz Natal de Selton Mello, desculpem-me, é ruim demais. Não é fácil tratar da escuridão profunda com competência.
É preciso cultura, leitura, quilometragem. Selton está com 36 anos de idade, tinha 7 quando David Lynch lançou “Eraserhead” em 1979. Talvez não conheça este clássico em pb, denso e aterrorizador.
Será que leu Monteiro Lobato (Contos Pesados), Edgar Allan Poe ou Joseph Conrad (“Heart of Darkness”) que acabou por dar origem ao roteiro de Apocalypse Now (1979) de Francis Ford Coppola? Será que viu “Dr. Mabuse” de Fritz Lang (1933)?
Ou será que simplesmente ficou inebriado com o Cheiro do Ralo?
Me impressiona muito a famosa “unanimidade burra” (Nelson Rodrigues) críticos elogiando, prêmios, estrelinhas no guia, etc… Bom, deve ter gente que acha a “bienal do vazio” o máximo e que já está com saudades de Julio Neves na presidência do MASP…
A chatice foi tanta que potencializou o efeito expulsante das poltronas do Cine UOL Lumière. Vinte minutos foram suficientes.
é isso, por fernando stickel [ 9:17 ]
21 de novembro de 2008
macc campinas
No Museu de Arte Contemporânea de Campinas – MACC, as exposições de fotografias que estarão abertas até 30/11/08:
Juan Esteves – Presença
Fernando Stickel – Vila Olímpia
As fotos são da Tati Nolla.
é isso, por fernando stickel [ 16:44 ]
21 de novembro de 2008
estúdio ou depósito
Em Fevereiro 2003, esta era a cena no meu estúdio, em plena aula de desenho de observação com modelo.
Hoje meu estúdio se transformou em um depósito…
é isso, por fernando stickel [ 15:07 ]
21 de novembro de 2008
artes
Em 2003 não existia ainda nem sombra da minha vida dedicada ao Terceiro Setor, à Fundação Stickel e ao MBA na FIA-CEATS.
Minhas tardes eram dedicadas às artes e aulas de desenho de observação.
A vida de um artista plástico é muito diferente, não vou dizer que é mais fácil ou mais difícil, mas diferente com certeza.
Datam de 2002/2003 os meus últimos trabalhos significativos, colagens e assemblages.
é isso, por fernando stickel [ 15:00 ]
19 de novembro de 2008
tomie ohtake na fea
Estive ontem na FEAUSP, na Cidade Universitária para palestra do Prof. James Austin, da Harvard Business School, “A CRISE E SEUS IMPACTOS SOCIAIS?”. A palestra foi muito interessante, e o Prof. é uma figura simpaticíssima e singular, to say the least…
Do lado de fora, reencontrei a MONSTRUOSA escultura da Tomie Ohtake ainda lá no jardim, agora sem o plástico preto cobrindo-a, revelando o horror em todos os seus detalhes.
Este desastre da engenharia PERC me faz pensar o seguinte: Existe ainda uma parcela grande de pessoas de “nível” neste país que não acredita em projeto. Não basta o artista pegar um pedaço de papelão torcido e dizer que é uma escultura. É preciso ir à prancheta e detalhar, dimensões, materiais, estrutura, etc…, conversar com o fornecedor, aparar arestas, chegar ao processo construtivo ideal, algo que óbviamente não aconteceu neste caso.
Algumas faixas meio caídas avisam:
“Devido a falhas em seu processo construtivo, a empresa de engenharia PERC reconstruirá a escultura de Tomie Ohtake, sem custos adicionais para a FEA.”
Grande merda.
é isso, por fernando stickel [ 18:25 ]
17 de novembro de 2008
macusp
Como a Bienal me deixou melancólico, resolvi subir a rampa e visitar o MAC-USP no 3º andar do prédio da Bienal.
A melancolia não passou, mas pelo menos eram algumas exposições de ARTE, com destaque para as fotos do mexicano Pedro Meyer, emolduradas e expostas na parede, como deve ser.