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arte

fundação na feira parte


A Fundação Stickel participou da Feira Parte, com trabalhos de seus alunos dos cursos gratuitos de fotografia.


A noite da inauguração.

é isso, por fernando stickel [ 18:03 ]

exposição alunos


Visita de educadores e alunos dos cursos gratuitos promovidos pela Fundação Stickel à exposição inaugural do novo Espaço Fundação Stickel na R. Nova Cidade 195, Vila Olímpia.


A aluna Djanira assiste ao seu depoimento em vídeo.

é isso, por fernando stickel [ 23:23 ]

Meu amigo Abbondio chamou hoje minha atenção para este texto de Monteiro Lobato (1882-1948) escrito há quase um século atrás.
O Brasil pouco mudou, e nada indica que mudará, infelizmente…
Uma das maiores cargas tributárias do planeta, e serviços públicos de quinta categoria parece ser a sina dos brasileiros… Leia:

NOVO GULLIVER

Há lembranças da meninice que jamais se apagam do cérebro
adulto, mesmo quando esse receptador de impressões não consegue,
por fraqueza senil, reter as da véspera. Lembro-me de um cromo de
vivas cores, visto aos cinco anos, reclame da linha de coser Coat’s e
não me lembro dos desenhos alegóricos a Cristo publicados nos jornais
na última sexta-feira santa. Representava esse cromo um gigante
estirado à borda do mar e enleado de mil fios de linha Coat’s; em redor
formigava a legião dos pigmeus amarradores. De mãos à cintura, muito
contentezinhos, confundiam a imobilidade do gigante, conseqüência do
bom sono que dormia, com a imobilidade da mosca enleada por mil
voltas da teia de aranha.
Mais tarde, quando chegou o belo tempo dos livros de Grimn,
Andersen, Ségur e outros maravilhadores da imaginação infantil travei
conhecimento com Jonathan Swift e tive a explicação do meu cromo
de Coat. Representava Gulliver no país de Lilipute, amarrado durante o
sono de mil cordas liliputianas. Mas Gulliver acordou, estirou os
músculos e com um simples espreguiçamento rompeu, com grande
assombro dos locais, toda a amarrilhoca que o prendia.
Quem trepa a um Corcovado imaginário e de lá procura ver em
conjunto o Brasil, espanta-se da sua atitude. É um gigante deitado e
amarrado. Mas não dorme; ofega com a respiração opressa e faz
descoordenados movimentos convulsivos para romper o cordame
enleador.
O Gulliver sul-americano principiou a ser amarrado pelos
portugueses, quando Portugal descobriu que em suas veias circulava
ouro, o sangue amarelo; e desd’aí até hoje os homens do cipó, vulgo
homens de governo, outra coisa não fizeram, federal, estadual,
municipalmente, senão dobrar cipós, cordas e fios de arame sobre seus
membros para que, a salvo de pontapés, possam sugá-lo com as suas
trombinhas de percevejo.
Portugal só organizou uma coisa no Brasil-colônia: o Fisco, isto é,
o sistema de cordas que amarram para que a tromba percevejante
sugue sem embaraços. Quem lê as cartas régias e mais literatura
metropolitana enche-se de assombro diante do maquiávelico engenho
luso na criação de cordas. Cordas trançadas de dois, de três, de quatro,
de dez; cordas de cânhamo, de crina, de tucum, de tripa; cordas
estrangulatórias de espremer o sangue amarelo e cordas de enforcar.
E assim foi até que um português de gênio impulsivo se condoeu
da triste sorte do gigante e cortou o cordão umbilical que o prendia à
Metrópole, corda mestra, corda mãe de toda a linda coleção de cordas
fiscais secundárias. E o gigante respirou e viveu feliz, sobretudo no
meio século de “compreensão” que o magnânimo filho do primeiro
Pedro houve por bem outorgar-lhe.
Mas não há felicidade que dure mais de meio século. Uns
bacharéis formados pela universidade da Lua e uns generais tentados
pela serpente da traição implicaram-se com a velhice do príncipe
magnânimo, acusaram-no de saber quatorze línguas, de assistir a
exames de meninos, de boicotar com um célebre lápis azul os maus
juízes, em vez de fazer as coisas interessantes que, quatrienalmente
postos no lugar do velho sábio, eles, bacharéis e generais, fariam. E
deportaram-no; meteram-no a bordo dum mau navio e:
— Vai ninar os netos de Victor Hugo. Tu não entendes de lidar
com o gigante.
O bom velho partiu e os bacharéis e generais, a olharem-se uns
para outros, sorridentes e gozosos, tomaram conta da casa.
Não diremos aqui das conseqüências inúmeras da mudança; basta
que as sintamos todos os dias como o suplício da gota d’água; diremos
somente da coisa capital que a república fez, faz e continuará a fazer.
Estomagada com a liberdade de movimentos do bom gigante, resolveu
amarrá-lo de novo. Foi às cartas régias da Metrópole e ressuscitou uma
a uma todas as cordas e cipós fiscais rompidos pelos Pedros;
recompô-las e começou a enlear pachorrentamente o pobre Gulliver.
Amarra os braços, amarra as pernas, amarra as mãos; amarra,
amordaça a boca para que não grite — e foi-se a Constituição; amarra,
venda os olhos para que não veja — e lá se foi a imprensa.
Sobre o corpo de Gulliver desceram todos os arrochos. Não
bastaram os cipós e cordas de invenção lusa; importaram-se cabos de
aço, torniquetes complicadíssimos, borzeguins medievais, remodelados
pela engenhosidade moderna. O Fisco tornou-se o objetivo supremo da
república, a meta de todas as suas altas cogitações. Anualmente se
reúnem, durante meses, centenas de técnicos cuja função é uma só:
inventar novas torturas fiscais, novos aparelhos de sarjar as carnes e
extorquir sangue à vítima.
Gulliver estertora. Todas as suas forças emprega-as em
defender-se das cordas e ventosas que o Congresso torce e engenha. O
Santo Ofício virou um marquês de Sade repartido em bancadas; não se
contenta em tirar sangue, há que tirá-lo da maneira mais dolorosa, da
maneira mais incômoda, da maneira mais lesiva ao organismo do bom
gigante. A invenção do novo borzeguim — imposto da renda, excede a
tudo quanto saiu da cabeça dos inquisidores: a vítima ignora o que tem
de pagar e se não paga com exatidão incide em pena de confisco! E se
em desespero de causa pede ao Fisco que lhe explique o mistério, que
lhe dê a chave vertical e horizontal do quebra-cabeças, o marquês de
Sade sorri e responde, diagonalmente:
— Pague com cheque cruzado, e explica com grande ironia de
detalhes como se toma de uma régua, duma pena molhada em boa tinta
e como se cruza um cheque.
Não há criatura neste país que não confesse um desânimo infinito.
As energias do homem que trabalha e produz despendem-se por três
quartos na luta contra a escolástica e o sadismo da cipoeira fiscal;
sobra-lhe uma pequena parte para dedicar à sua indústria. Até esforço
muscular dos dedos o sadismo do fisco lhe rouba. Pela manhã, ao
acender o primeiro cigarro, tem que gastar o esforço de duas unhadas
para romper o selo com que o fisco tranca as caixas de fósforos e os
maços de cigarro.
Este engenhoso sistema de tortura tem em vista uma coisa só:
permitir que sobre o corpo do gigante a vermina duma parasitalha
infinita engorde em dolce far niente, como o carrapato engorda no
couro do boi pesteado.
Vermina ininteligente! Consultasse ela os carrapatos e receberia
deles um conselho salutar:
— É perigoso levar a sucção a grau extremo; morre o boi, e com
ele a parasitalha.
Será que nem o instinto da conservação própria consiga meter um
raio de inteligência nos miolos do triatoma megista?

Na Antevéspera
Reações Mentais dum Ingênuo
Monteiro Lobato

Companhia Editora Nacional

São Paulo
1933

é isso, por fernando stickel [ 14:13 ]


Meu filho Arthur participou da 18ª Mostra do Filme Livre no Centro Cultural Banco do Brasil em 17/4/2019, com o curta Larus & Niu, onde ele fez a Direção de Som.

é isso, por fernando stickel [ 14:53 ]

fama


Na Fábrica de Arte Marcos Amaro – FAMA em Itu, interior de São Paulo.

é isso, por fernando stickel [ 8:42 ]

pharmacia cultural


A arquiteta Sandra Pierzchalski, autora da reforma da Pharmacia Cultural Fundação Stickel, em frente aos trabalhos dos alunos de Vera Martins.
A exposição inaugural dos trabalhos dos alunos dos cursos gratuitos da Fundação Stickel será no dia 23 Março às 11:00h na R. Nova Cidade 193 – Vila Olímpia


Na foto parte da equipe que montou a exposição.


Os grafiteiros Drope e Digão, parceiros da Fundação Stickel, em frente à fachada da Pharmacia Cultural, grafitada por eles.

é isso, por fernando stickel [ 21:55 ]

fachada do espaço fund. stickel


Os educadores e parceiros da Fundação Stickel, Drope e Digão, trabalhando na fachada do Espaço Fundação Stickel, a Pharmacia Cultural na R. Nova Cidade 195, Vila Olímpia.

é isso, por fernando stickel [ 10:38 ]

curadoria


Para a inauguração do Espaço Fundação Stickel, a Pharmacia Cultural na R. Nova Cidade 193 estamos preparando uma grande exposição.
Fazer a curadoria de uma exposição com cerca de 200 fotografias não é uma tarefa simples. Os autores das fotos são os alunos dos cursos gratuitos de fotografia ministrados por Lucas Cruz e Ana Mello e promovidos pela Fundação Stickel, os temas são os mais diversos possíveis.

Por sorte meu auxiliar Igor é jovem e me ajudou na tarefa de selecionar as fotos… Suas costas aguentaram bem a difícil missão…

é isso, por fernando stickel [ 21:13 ]

faleceu o boi


Faleceu no último dia 15 Dezembro aos 74 anos de idade o meu amigo José Carlos BOI Cezar Ferreira. Uma tristeza.


Em Março 2017 houve uma exposição das pinturas do Boi no estúdio do Artur Lescher, ele estava bem, lúcido e feliz. Logo depois foi internado e de lá para cá sua saúde decaiu rapidamente.


Artista de mão cheia, Boi foi um pintor único, não deixou jamais seu estilo próprio, forte, personalíssimo ser influenciado por qualquer modismo ou tendência.


Boi foi parceiro da Fundação Stickel, realizamos uma exposição de suas pinturas em 2006 no Espaço Fundação Stickel e fizemos seu livro “Um Boi abstrato” com texto de Gabriel Borba em 2011.

é isso, por fernando stickel [ 7:13 ]

fumaça da brahma

Nos final dos anos 60 a Brahma tinha uma fábrica no bairro do Paraiso, perto da Catedral Ortodoxa.
Havia uma chaminé que expelia fumaça branca 24 horas/dia, e eu fascinado por aquela imagem, planejava filmá-la, ao estilo Andy Warhol, plano fixo, pelo menos uns 20 minutos de fumaça…
Nunca realizei o projeto, o prédio foi demolido na década de 90. Hoje me arrependo por não ter acreditado, ido à luta e feito o filme…

é isso, por fernando stickel [ 19:33 ]

fotos em maresias


Sandra me contratou como fotógrafo de várias obras de decoração de interiores, recém concluidas em Maresias, etc…

é isso, por fernando stickel [ 11:35 ]

restaurante em naoshima


Na ilha de Naoshima no Japão, o Terrace Restaurant – Etoile de la mer com arquitetura de Tadao Ando e obras de Michelangelo Pistoletto nas duas empenas do edifício
Affresco-5 (Blue), 1998


Affresco-5 (Orange), 1998


De frente para o mar, o restaurante é de uma beleza suave indescritível, muito lindo, calmo, poderoso!

é isso, por fernando stickel [ 9:48 ]

dois clássicos


Dois clássicos.
Na arquitetura um conjunto de quatro sobrados geminados, projeto de Vilanova Artigas na Rua Sampaio Vidal em São Paulo.
No design, Mercedes-Benz 280SL “Pagoda”, projeto de Paul Bracq.

é isso, por fernando stickel [ 16:16 ]

lorca


O fotógrafo German Lorca e eu na SP Foto.

é isso, por fernando stickel [ 12:54 ]

valdir cruz visita


O fotógrafo Valdir Cruz em visita ao Espaço Fundação Stickel.

é isso, por fernando stickel [ 13:29 ]

bienal sem identificação das obras


Sandra Pierzchalki ao lado de pintura de Antonio Malta Campos, a autoria do trabalho à direita é desconhecida.

Exposições coletivas de artes plásticas sem identificação individual das obras, de forma legível e de fácil acesso, são um desrespeito ao espectador, em qualquer lugar do mundo, seja qual for a justificativa e seja qual for a circunstancia, sejam salões, bienais, galerias particulares ou qualquer outra coisa, e não é de hoje que faço esta observação.

Tivemos o privilégio de ser convidados à “preview” da 33ª Bienal de São Paulo, evento muito bem organizado seguido de um excelente jantar. Passeamos pela Bienal e chegamos ao segundo piso, área de curadoria de Sofia Borges, artista que respeito e admiro muito. Sofia criou um labirinto digno de Twin Peaks de David Lynch, maravilhoso, cheio de veludos e recheado de obras de seus artistas convidados, todas as obras sem identificação.

Tudo bem, um dinossauro como eu, a poucos dias de completar 70 anos de idade, poderá identificar um Tunga ali ou um Antonio Malta Campos acolá, mas, faça-me o favor, exigir de qualquer espectador, de 17 a 70 anos, consulte o seu mapinha para saber qual o artista que está dependurado à sua frente já é pedir demais. Qual a justificativa?

No espaço maravilhoso de curadoria de Waltercio Caldas no 3º andar, o pobre do espectador terá de adivinhar em qual das esquinas ocultas estará o mapa da mina (que existe!) indicando a autoria das obras dos convidados do curador. Assim não dá, assim não é correto, assim não há possibilidade de se usufruir com prazer da arte contemporânea.

Alguém me desminta se for capaz!!!

é isso, por fernando stickel [ 9:58 ]

ibirapuera à noite


Raríssima visita ao Ibirapuera à noite!

é isso, por fernando stickel [ 8:08 ]

visão urbana


Visão urbana.

é isso, por fernando stickel [ 12:39 ]