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...desde janeiro de 2003

3º setor

valdir cruz na fundação stickel

Davi Kopenawa, sua filha Suyá, Ailton Krenak e Valdir Cruz na inauguração da exposição “Faces da Floresta – Os Yanomami” do fotógrafo Valdir Cruz, com curadoria de Rubens Fernandes Junior, no Espaço Fundação Stickel.

A logística para reunir Davi e Ailton no dia da inauguração da exposição foi bem trabalhosa, pois foi necessário coordenar as já lotadas agendas, geridas também pelo Instituto Socioambiental – ISA, Hutukara Associaçã Yanomami e a Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP

A fala de Davi Kopenawa no debate de abertura foi interessantíssima, ele iniciou seu discurso na língua Yanomami, e falou por um longo período, causando até um certo espanto na audiência, aí, falando em português, explicou que a língua nativa é a língua original do país, o português é o idioma dos invasores, explanação óbvia, porém muito poderosa para divulgar a opressão que os povos indígenas vem sofrendo desde sempre.

Na primeira fila, sentados, a fotógrafa Maureen Bisilliat, Antonio Peticov e minha mãe Martha Stickel.

Maureen Bisilliat, Valdir Cruz, eu e Christiane Torloni.

Valdir Cruz em primeiro plano, e o curador Rubens Fernandes Junior de calça vermelha, em palestra após a abertura da exposição.

é isso, por fernando stickel [ 8:46 ]

davi kopenawa

Conheci Davi Kopenawa, líder Yanomami, na cerimônia em que ele foi agraciado com título de Doutor Honoris Causa pela Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP em 15 março 2023.


Davi recebendo a comenda


Davi no discurso de agradecimento


Uma feliz coincidência de datas permitiu que Davi Kopenawa estivesse presente na exposição de fotos dos Yanomami de Valdir Cruz, com curadoria de Rubens Fernandes Junior no Espaço Fundação Stickel.

é isso, por fernando stickel [ 10:10 ]

yanomami

Fundação Stickel convida para a abertura da exposição FACES DA FLORESTA – Os Yanomami – Fotografias de Valdir Cruz, com curadoria de Rubens Fernandes Junior.

Nesta mostra inédita em São Paulo, Valdir Cruz exibe 26 fotografias em preto e branco, incluindo o icônico retrato de Davi Kopenawa, xamã e líder indígena que estará presente no evento, acompanhado de Tuira Kopenawa Yanomami, Edmar Tokorino Yanomami e do escritor e ambientalista Ailton Krenak.

FACES DA FLORESTA
OS YANOMAMI

Os mistérios da floresta e de seus habitantes continuam a sensibilizar os fotógrafos. Só que agora, não mais pela grandiosidade das matas, ou pela exuberância da fauna, ou pela beleza da flora. Atualmente, o que preocupa o homem contemporâneo é a falta de perspectiva de uma existência futura para o cidadão que ali vive livremente. Em pleno século 21, onde tudo parece muito tênue e provisório, o que interessa é o olhar agudo e crítico sobre este imenso labirinto da floresta Amazônica, que quase já não consegue mais esconder a beleza mágica de seus habitantes, entre eles, os Yanomami.

Valdir Cruz adentra o território para flagrar este momento de transição em que parece impossível alimentar alternativas de salvação do que ainda resta da mais primitiva e pura experiência humana no planeta Terra. Através de um olhar refinado e certeiro, estabelece uma possibilidade de registrar os encantos da vida Yanomami e, ao mesmo tempo, impõe uma contundente e estranha sensação ao exibir as feridas abertas pelo homem civilizado. Claro que é perceptível a forte conexão entre o olhar envolvido que não só documenta, mas escancara o dramático e brutal esquecimento do povo originário Yanomami submetido ao abandono e a urgência da denúncia da perda de identidade.

A fotografia documental tem esse incrível poder transformador. Ao nos depararmos com esse comovente ensaio, que materializa as luzes e as sombras da floresta, somos surpreendidos pela tensão visual provocada pela sensação de impotência diante de uma inevitável catástrofe. Valdir Cruz não é um simulador de imagens: apenas registra o que se evidencia diante de seus olhos, com a perspicácia de um observador atento que provoca efeitos perturbadores.

Roland Barthes defende que a fotografia é subversiva, não quando ela assusta, mas quando ela incita à reflexão, quando ela é incômoda, quando ela desalinha nossa percepção do cotidiano e, como neste ensaio, provoca a ampliação da exagerada insensatez do homem civilizado. É paradoxal se deparar com essas fotografias bem elaboradas esteticamente, mas apreendidas sem deslumbramento. Um manifesto visual que consegue sensibilizar nossa imaginação e detonar uma última centelha capaz de incendiar nossa consciência sobre a necessidade de dar condições para a preservação e sobrevivência da diversidade étnica ainda existente em nosso país.

Rubens Fernandes Junior
pesquisador e curador de fotografia

Abertura 18 de março, sábado, às 11h.
Espaço Fundação Stickel – Rua Nova Cidade 195 – Vila Olímpia – São Paulo.

Em cartaz até 29 de abril 2023

REALIZAÇÃO: Fundação Stickel – Galeria Bolsa de Arte

APOIO: UNIFESP – Instituto Socioambiental – Hutukara Associação Yanomami


Valdir Cruz fotografado por Juan Esteves.

é isso, por fernando stickel [ 8:47 ]

reunião conselho curador


Conselho Curador da Fundação Stickel reunido no escritório da Fundação. Nestas reuniões são decididos os rumos da Fundação.
A Miriam, Gerente Administrativa Financeira de vermelho, e eu, CEO, de marrom, não fazemos parte do Conselho.
Da esq. para a direita, Arnaldo Halpern, Rosangela Santos, Manoel Alves de Lima, Marcelo Pallota, Sandra Pierzchalski (Presidente) e Alexandre Dórea Ribeiro.

é isso, por fernando stickel [ 18:09 ]

edouard bos & krajcberg


No dia 7 novembro 2006 a Fundação Stickel abriu em seu espaço na Vila Olímpia a exposição dupla dos fotógrafos Juan Esteves, com “Presença” e Joaquim Marques (1950-2004) com “Matizes do Tempo”, com curadoria de Rosely Nakagawa.

Edouard Bos foi meu aluno de desenho de observação, e faleceu precocemente. Na foto, Edouard na abertura da exposição em frente à imagem de Frans Krajcberg (1921-2017).

é isso, por fernando stickel [ 18:17 ]

investidor cultural


Parceira da Fundação Stickel com a Cordier Investimentos. que criou o conceito deste Certificado de Doação, emitido ao doador da Fundação.


Fernando Hormain, diretor da Cordier e eu, apresentando a ideia aos sócios do Mercedes-Benz Clube SP.


Ao centro, de vermelho o presidente do Clube Elias Haddad.

é isso, por fernando stickel [ 12:56 ]

rua henrique martins

Eu nasci em 1948 no nº 631 da Rua Henrique Martins, bairro de Jardim Paulista em São Paulo. Parado no portão o Citroën Traction-Avant do meu pai.

Em 1954 meus pais Erico e Martha criaram a Fundação Stickel, e a casa da R. Henrique Martins foi incluída na dotação inicial da Fundação. Desde então ela vem sendo alugada, gerando renda para a Fundação.

O Restaurante Roanne em São Paulo foi criado em 1986 pelo “chef” Claude Troisgros, que já tinha um restaurante no Rio de Janeiro, sendo inquilino da Fundação neste imóvel.

A sociedade mudou posteriormente de mãos e passaram a ser sócios o “chef” francês Emmanuel Bassoleil e a empresária carioca Vania Ferreira Fontana. Durante muitos anos o Roanne foi um dos famosos, caros e bem frequentados restaurantes de culinária francesa de São Paulo. Em 1993, Bassoleil foi reconhecido como o chef do ano, e o Roanne ganhou sua terceira estrela no Guia Quatro Rodas.

No início dos anos 2000 os sócios se desentenderam e o restaurante começou a decair. Lá pelas tantas os aluguéis foram escasseando, pararam de pagar o IPTU, contas de água, luz, etc… até que o restaurante fechou e o imóvel foi abandonado pelos inquilinos.

A Fundação não recebeu as chaves e ficou sem acesso ao imóvel. Contatos amigáveis com o fiador Emmanuel não progrediram e a Fundação se viu obrigada a iniciar os competentes processos judiciais. Finalmente em 2008, depois de muitas tentativas, a Fundação recebeu as chaves e pudemos fazer a vistoria do imóvel acompanhados dos advogados de ambas as partes e dos peritos judiciais.

Deu vontade de chorar, a casa encontrava-se totalmente vandalizada, destruída, cheia de infiltrações e vazamentos, furos no telhado, em péssimo estado.

Sou um firme adepto da máxima: “Melhor um mau acordo que uma boa briga” e tentei inúmeras vezes, sem sucesso, um contato com o Emmanuel, afim de chegarmos a um acordo, pois haviam aluguéis não pagos, danos ao imóvel, contas não pagas, etc… configurando considerável prejuízo financeiro, além do imóvel destruído.

Enquanto isso, nossa lenta justiça foi trabalhando, as responsabilidades apuradas, os danos dimensionados, e, treze anos depois o processo judicial finalmente chegou ao fim. Através de um advogado conhecido de ambas as partes, que intercedeu, Emmanuel finalmente aceitou um acordo e no dia 12 Junho 2017 foi colocado o ponto final no processo, com o recebimento pela Fundação de uma indenização.

No dia seguinte, 13 junho 2007, enviei ao Emmanuel uma bela garrafa de champagne francês Taittinger, com o seguinte bilhete:

“Prezado Emmanuel,
Recebemos ontem a parcela final do nosso acordo, encerrando definitivamente o longo processo judicial.
Quero lhe garantir que de nossa parte não sobra nenhum ressentimento, e que desejo que possamos voltar a conviver como amantes da gastronomia e dos bons vinhos.
Santé!”

Não houve resposta do Emmanuel.

O sofrimento de todos os envolvidos e o desperdício de tempo e dinheiro que este processo provocou é algo que jamais deveria acontecer, ainda mais com uma instituição do Terceiro Setor, que já tem por sua própria natureza incontáveis preocupações.

Enfim, melhor um mau acordo que uma boa briga sempre foi o meu lema, bola pra frente!


Repetiu-se aqui em São Paulo a mesma sina de Campos do Jordão. Vendemos o imóvel e lá se instalou um salão de beleza.

é isso, por fernando stickel [ 10:57 ]

conselho fundação stickel


Última reunião de 2022 dos Conselhos Curador e Fiscal da Fundação Stickel em sua sede na Vila Olímpia.
Da esq. para a direita, eu, Alexandre Dórea Ribeiro, Sandra Pierzchalski, Marcia Kalvon Woods, Rosangela Santos, Arnaldo Halpern, Vitor Urner, Miriam Miranda Costa, Valdir Mafra.

é isso, por fernando stickel [ 9:53 ]

dia de doar

Chegou o grande dia de manifestar sua solidariedade! O Dia de Doar é hoje, 29 novembro!

A nossa causa é transformar a vida das pessoas através da arte. Entre no site da Fundação Stickel e doe hoje! Ou ainda faça um Pix: 61002937/0001-90 Compartilhe suas doações com a #diadedoar e inspire outras doações! ?

O Dia de Doar é um movimento para promover a generosidade. É uma mobilização que promove um país mais solidário, por meio da conexão de pessoas com causas. E faz isso celebrando o prazer que é doar, e o hábito de doar o tempo todo.

Hoje o Brasil inteiro se mobiliza pelo Dia de Doar: milhares de organizações estarão preparadas para receber doações, e milhões de brasileiros demonstram seu apoio, doando e tornando pública a doação compartilhando a hashtag #diadedoar nas mídias sociais.


A sua doação muda mundos!

é isso, por fernando stickel [ 9:38 ]

faleceu rochelle costi

Com a fotógrafa Rochelle Costi em 2016, em frente aos trabalhos dos alunos no curso “Espaço, Espesso, Espelho” promovido pela Fundação Stickel no CEU Paz, no qual ela foi a educadora.

Rochelle Costi, parceira da Fundação Stickel e minha amiga, faleceu hoje aos 61 anos de idade, vítima de atropelamento. Muito triste e trágico, estou chocado. Desejo que a querida Rochelle esteja bem e em paz, e que sua família consiga superar esta perda trágica.

Este espaço com marcas de uma estante na parede era o quarto do meu irmão Neco na casa da R. dos Franceses, onde a família Stickel morou até um ano após o falecimento do meu pai Erico em 2004.
Contei para a Rochelle da existência da nossa casa na R. dos Franceses, na época estava fechada, aguardando venda. Por ser tombada, a venda era particularmente difícil, o que deu bastante tempo à família para desmontar e esvaziar a casa.
Rochelle e eu visitamos a casa, e ela perguntou o que iríamos fazer com as estantes, disse a ela que se interessasse poderia levar embora, e assim foi, algum tempo depois ela me enviou a foto da estante já instalada em sua casa na R. Livreiro Saraiva no Pacaembu.

Estante instalada na casa de Rochelle Costi em uma configuração diferente de seu local original, no quarto do meu irmão Neco na R. Dos Franceses.

é isso, por fernando stickel [ 9:20 ]

desenho e gravura

A Fundação Stickel acaba de entregar os certificados de conclusão do curso gratuito “Desenho e Gravura” a 20 alunos de Merien Rodrigues e seu projeto Itinero Grapho. Merien estreou como educadora da Fundação na Escola Condessa Filomena Matarazzo em Ermelino Matarazzo, Zona Leste de São Paulo.

O projeto é particularmente interessante porque a Merien vai ao local das aulas com Akalangakamaleoa, uma Kombi equipada como atelier de gravura!!!

é isso, por fernando stickel [ 11:45 ]

crescer sempre

A Fundação Stickel e a Crescer Sempre, instituição localizada em Paraisópolis, criaram parceria para oferecer diversos cursos de arte gratuitos em suas instalações.


Max Schenkman, educador de música da Fundação Stickel, eu, Marcia Oliveira e Miriam


Alunos do Max, com instrumentos criados com sucata


Renata Sauda, educadora de vídeo da Fundação Stickel, e um grupo de alunos


Alunas de Renata em ação no bairro

é isso, por fernando stickel [ 12:51 ]

baravelli 80

Trabalhar com pessoas inteligentes é bom, colocar em ação o que foi combinado com objetividade é melhor ainda, e quando você junta inteligência, criatividade e pragmatismo no mesmo pacote aí fica bom demais!

É o caso da exposição BARAVELLI 80 que criamos a partir de uma ideia da minha mulher Sandra, em parceria com o artista Luiz Paulo Baravelli, a Fundação Stickel e a Galeria Marcelo Guarnieri, para homenagear o aniversário de 80 anos do artista e seus 57 anos de carreira profissional (1965-2022).

Eu tive o privilégio de conhecer o Baravelli em 1968 no Cursinho Universitário, me preparando para o vestibular de arquitetura. De lá para cá meio século se passou, e nós continuamos firmes nas nossas paixões, criando com o mesmo entusiasmo de 50 anos atrás uma nova exposição de ARTE!

Vamos mostrar didaticamente no Espaço Fundação Stickel, 57 trabalhos do artista, expostos em sequência cronológica, proporcionando aos espectadores uma experiência imersiva na mente privilegiada e multifacetada de um artista muito ativo e produtivo, cuja obra é ao mesmo tempo fascinante e surpreendente!

A Fundação Stickel focará nesta exposição o educativo, pois o formato idealizado pelo artista se presta exatamente para este fim, privilegiando o entendimento do processo de trabalho do artista.

é isso, por fernando stickel [ 16:28 ]

baravelli 80

Luiz Paulo Baravelli completa 80 anos de vida. A data, longe de passar em branco, será celebrada por uma história repleta de cores e arte: a Fundação Stickel e a Galeria Marcelo Guarnieri apresentam a exposição BARAVELLI 80, com 61 trabalhos que traduzem a singularidade do artista ano a ano, ao longo de toda sua carreira profissional (de 1965 a 2022).
Com um caráter evolutivo e educativo, a mostra traz os trabalhos em ordem cronológica. Por um lado, o público terá a chance de acompanhar a evolução do artista e os diálogos construídos por cada peça com o momento em que foi criada. Por outro, poderá perceber a sua identidade única, pois as obras formam uma unidade coesa e convergente – uma característica inerente ao trabalho de Baravelli é o retorno a antigas ideias e projetos, todos minuciosamente catalogados em seus ricos cadernos.

Espaço Fundação Stickel
Rua Nova Cidade, 195, Vila Olímpia – São Paulo, SP
Abertura: 29 de outubro de 2022 às 20h
Em cartaz até 04/02/2023
Segunda a sexta feira, das 11 às 18h Sábado, das 14 às 17h

Baravelli em sua casa/estúdio na Granja Viana.

é isso, por fernando stickel [ 9:33 ]

biblioteca carmelita brito


Igor, Rafael, eu e Miriam.

A Fundação Stickel vem se mobilizando por uma causa muito nobre, a montagem de uma biblioteca rural no sertão baiano, município de Casa Nova. A sede de logística e distribuição fica na Fazenda Santarém, a 74 km de Casa Nova, nas imediações da represa de Sobradinho, a cerca de 140 km de Petrolina / Juazeiro. Outras sete “sub-bibliotecas”se localizam na região, 2 em casa de família e 5 em escolas públicas.

A importancia dos livros está no DNA da minha família, meu pai Erico João Siriuba Stickel foi um bibliófilo e escritor, desde cedo convivi e me contaminei com sua paixão pelos livros, vivendo em uma casa abarrotada deles. A Fundação Stickel segue esta tradição, com vários títulos editados, e agora contribui com uma nova biblioteca.

Tudo começou quando a Elaine Scutellaro, aluna de um dos nossos cursos gratuitos nos perguntou se teríamos livros para doar. A Fundação fez a primeira doação de livros para a Biblioteca Carmelita Brito, e a bola começou a rolar…

Conhecemos a Simone Santarém, líder local e presidente da Associação Comunidade da Fazenda Santarém, Embaixadora das Mulheres Rurais, Embaixadora da ONU Brasil | FAO, e o Rafael Araujo, Coordenador Nacional da Biblioteca que nos visita aqui em São Paulo para retirar os livros.

Novas doações de livros se seguiram, e o Instituto Wesley Duke Lee doou a obra “Cartografia Anímica”, obra de tiragem limitada com 48 pranchas produzidas pelo artista na década de 1980. Esta obra com certeza despertará muita curiosidade e conexão com o mundo da ARTE!


Minha prima Isabel Villares Lenz Cesar (na foto do celular) ficou sabendo das doações e se interessou, a Fundação operacionalizou sua fantástica doação de livros sobre psicologia, budismo e muitos outros.


Meu amigo Alexandre Dórea Ribeiro, da DBA Editora, fez generosa doação de maravilhosos livros de arte, fotografia, culinária, etc…


Rafael Araujo, Coordenador Nacional da Biblioteca recebe cópia autografada do meu livro “aqui tem coisa”, no Espaço Fundação Stickel na Vila Olímpia. Na sequência, após viajar 2.300km o livro chegou às mãos de Joaquim Ribeiro, Embaixador da Biblioteca, lá no sertão da Bahia!


A sede da biblioteca no sertão baiano se localiza na Fazenda Santarém.


Este livro que doei, “The Grand Prix Car” escrito por Laurence Pomeroy em 1949, tem um significado muito especial. Recebi-o de meu pai Erico, oriundo da biblioteca VICSA, empresa do meu tio Luiz Dumont Villares, é talvez um dos livros que está comigo há mais tempo, e que mais prazer me trouxe. Amplamente ilustrado, trata do universo dos carros de Grand Prix pré-guerra, (1906-1939) suas características técnicas, e inovações de engenharia.


Tenho certeza que chegando às mãos de jovens interessados, este livro poderá despertar paixões pela engenharia, pelo design, e quem sabe pela carreira desportiva!


São dezenas de pranchas detalhando a mecânica de carros de marcas ainda existentes como Mercedes, Fiat, Bugatti, Alfa-Romeo, Maserati e Bentley, e tantas outras que não existem mais, como Delage, Itala, Ballot, Sunbeam, Auto-Union.

é isso, por fernando stickel [ 8:49 ]

martha stickel

Martha Diederichsen Stickel (sentada), instituidora da Fundação Stickel em 1954, ao lado do meu pai Erico João Siriuba Stickel, decidiu na reunião do Conselho de Curadores realizada ontem, se afastar da Presidência do Conselho.
Ela tomou a decisão correta, aos 95 anos de idade minha mãe merece descanso…
Assume a Presidência Sandra Pierzchalski, sua vice será Rosangela Santos. Obrigado a todos os Conselheiros que durante tantos anos tem gerido competentemente os destinos da Fundação, Marcia Woods, Alexandre Dórea Ribeiro e Arnaldo Halpern.
Obrigado à minha equipe, Miriam, Igor, Flavio e Anderson, aos educadores e prestadores de serviço que mantém a máquina bem azeitada e funcionando, para a manutenção da missão de transformar a sociedade brasileira, levando arte e cultura às periferias de São Paulo, inspirados pelo poder transformador da arte. ARTE TRANSFORMA!!

é isso, por fernando stickel [ 9:20 ]

desenho de observação


Segunda aula do Curso de Desenho de Observação, versão 2022, no Espaço Fundação Stickel.

Meus filhos mais velhos, Fernanda e Antonio frequentaram a Escola Viva desde pequeninos, no início dos anos 80, fazendo o maternal nas classes Amarelinho, Amarelo, Laranja, Azul e Vermelho.

A escola era pequena, todos se conheciam, e rapidamente ficamos amigos das fundadoras da Escola, Helo Pavan, Mariangela Fiorini e Maria Ignez Americano.

A Mariangela (falecida em 2005) foi a responsável pelo início do meu curso de desenho de observação, ao me convidar em 1986 (e convencer…) a dar aulas de desenho para um pequeno grupo de crianças de dez anos, incluindo os filhos dela, Juliana e Andre.

Logo em seguida passei a dar as aulas no meu próprio atelier, e a Mariangela foi uma das primeiras alunas, sempre muito interessada, tendo sido por um breve período minha assistente.

O recém inaugurado ofício de professor de desenho de observação vingou e se estendeu por 20 anos, nos meus estúdios da Vila Olímpia, primeiro na R. Ribeirão Claro 37 e posteriormente na R. Nova Cidade 193.

Em 2006 o meu estúdio da R. Nova Cidade começou a se transformar no escritório da Fundação Stickel, por conta desta mudança de atividade encerrei o meu curso de desenho.

Agora, 16 anos depois, no mesmo endereço, estou retomando o ofício de professor, que, para minha surpresa, manteve-se intocado. Voltei à atividade com o mesmo interesse e capacidade de anos atrás, desta vez a serviço da Fundação Stickel!

A revista Elle de Maio 1988 trouxe uma matéria sobre a minha casa/estúdio/escola na R. Ribeirão Claro 37, na Vila Olímpia. Meu curso de desenho já rolava neste espaço há dois anos…

é isso, por fernando stickel [ 9:22 ]

salvador candia, arquiteto

Meu texto de apresentação do livro:

“A Fundação Stickel tem grande prazer de atender mais uma vez ao chamamento público do CAU/SP – Conselho de Arquitetura e Urbanismo de São Paulo, e assim elaborar juntamente com o autor Eduardo Ferroni e a Editora Monolito, a publicação do livro “Salvador Candia, arquiteto”.

A colaboração da Fundação tem um significado especial, pois seu instituidor, meu pai, Erico João Siriuba Stickel, era muito amigo do Salvador e seus irmãos, Rubens e Filomena (Minuta), com quem também convivi.

Jovem estudante de arquitetura tive o privilégio de trabalhar no escritório do Salvador, inicialmente como estagiário, e na sequência, já formado, como arquiteto.

A experiência foi muito rica, pois o contato com o mestre era próximo, e o aprendizado facilitado pelo braço direito do Salvador, o arquiteto Yasuhiro Aida, que preenchia com gosto as lacunas.

Participei de projetos residenciais e comerciais e recebi com muito gosto a missão de desenhar a fachada do Edifício Barão de Iguatemi, que, modéstia à parte, ficou linda!

Nascido em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, Salvador era na verdade um italiano enraizado em São Paulo, detentor de cultura enciclopédica e um guarda-roupa europeu. De gostos sofisticados, aprendi com ele, no universo mundano, a apreciar bons charutos.

No período em que trabalhei, o escritório localizava-se no Edifício Filizola, projeto de Franz Heep, em frente à Praça Dom José Gaspar, em cujos arredores vivia-se a a rotina diária e onde se localizavam a Biblioteca Mario de Andrade e a Galeria Metrópole, projeto do Salvador em parceria com Giancarlo Gasperini, recém concluído na época.

A convivência diária no escritório, com toda a equipe, cimentou meu aprendizado da arquitetura, o pouco que sei foi lá que aprendi. Obrigado Salvador!”


Sandra Pierzchalski, do Conselho Curador da Fundação Stickel, discursa no lançamento do livro na sede do CAU/SP em São Paulo.

Nascido em Campo Grande, no Mato Grosso, Salvador Candia mudou-se com a família para São Paulo em 1933, onde formou-se arquiteto no Mackenzie em 1948.
Na faculdade, articulou – juntamente com Carlos Millan e Jorge Wilheim – a criação da revista Pilotis. Em 1947, faz uma viagem aos Estados Unidos, onde conhece, entre outros, Bernard Rudofsky e Philip Johnson, e entra em contado com a obra de Mies van der Rohe.
Em 1948, integra o grupo de ativistas culturais que funda o Museu de Arte Moderna de São Paulo, participando, posteriormente, da organização das Bienais de Arte organizadas pelo Museu. Após colaborar nos escritórios de Rino Levi, Oswaldo Bratke e Vilanova Artigas, inicia sua trajetória vencendo concurso da Estação Ferroviária de Pampulha, com parceria com Plinio Croce e Roberto Aflalo.
Entre as décadas de 1950 e 1980 Candia realizou uma série de edifícios de escritórios e apartamentos em São Paulo, sendo considerado o mais mieseano dos arquitetos brasileiros. Em sua produção, destacam-se o edifício João Ramalho (1954) – também com Croce e Aflalo, premiado na 4a Bienal de São Paulo –, o conjunto Ana Rosa (1957), o edifício Metropolitano (1960), com Gian Carlo Gasperini, o edifício Villares (1961), os edifícios Santa Cândida e Santa Francisca (1963), o edifício Joelma (1968) e Nações Unibanco (1964). Foi professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo do Mackenzie, dirigindo a instituição entre 1967 e 1969.

é isso, por fernando stickel [ 12:26 ]