Takashi Fukushima me passa outra história relatada pelo Prof. Flavio Motta, escrita pelo seu amigo Guen Yokoyama:
Homens não choram
O relato abaixo, ouvi contado por Flavio Motta, meu ex-professor da FAUUSP, quando fomos visitá-lo, eu e Takashi Fukushima. É sobre Assis Chateaubriand. Ele o conhecia desde quando deu cursos no MASP.
Um dos ídolos de Assis Chateaubriand era Winston Churchill. Uma de suas maiores vontades era conhecê-lo. O britânico, além de ter levado os Aliados à vitória na Segunda Guerra Mundial, primeiro ministro durante e depois dela e bom escritor, pintava.
Chateaubriand comprou uma tela sua, como meio de poder conhecê-lo. Através de seu fiel secretário, paraibano como ele, conseguiu arrumar uma visita, em Londres. Finalmente conseguiu conhecê-lo. Churchill, àquela altura, um senhor de avançada idade, contava alguma reminiscência e, emocionado, começou a chorar. Chateaubriand, que não falava uma palavra de inglês, dirigiu-se ao fiel secretário e disse: “Arrume um jeito de terminarmos a visita. Não suporto ver homens chorando.”
Não foi com essas palavras que Flavio Motta contou-nos essa e outras inúmeras. Foi uma bela visita. Mostrou-nos desenhos que Saul Steinberg tinha feito quando esteve no Brasil, os seus – tinha um caderno em que fazia um por dia, sempre. Acabamos almoçando com ele e sua filha.
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