O que é mais gostoso, elogiar ou criticar?
Eu acho mais gostoso elogiar, é uma ação imbuída de fluidos positivos, alegria, sorrisos, solidariedade, compartilhada pelo sucesso, beleza, conquista, seja no ramo que for. É uma ação totalmente desprovida de preguiça, egoismo, inveja ou soberba, por definição.
Vai me dizer que não é gostoso, por exemplo, dar os parabéns para mais um coroa que entra para o time dos vovôs??!! Parabenizar a família do adolescente que se forma, ou o amigo que ganha um prêmio e/ou uma grana? E o profissional ou esportista que realiza algo incrível, não é gostoso parabenizar?
Sem dúvida, mas… e as críticas? Bem… a crítica é inevitável em determinadas situações, como a de ontem, por exemplo:
Bom momento da exposição, a coleção dos 30 cartazes.
Minha mulher Sandra e eu fomos convidados a fazer uma visita guiada à exposição 30 × Bienal – Transformações na arte brasileira da 1ª à 30ª edição.
Pontualmente lá estávamos às 17:00h e nos juntamos ao grupo. Dia feio, cinza, chuvoso, trânsito caótico, tudo aquilo que o paulistano conhece de sobra e cada vez mais o retém em casa. O que se espera depois de enfrentar o calvário? No mínimo beleza, inteligência, provocação intelectual, excitação, charme, acolhimento.
No primeiro contato com o espaço da exposição a primeira decepção, uma sensação ruim, luz muito fria, desregulada, grandes espaços vazios de coisas e pessoas, uma impressão de desespero… isso logo nos primeiros cinco minutos…
Subimos as rampas, de esguelha identifico um Antonio Dias ali, um Carlos Fajardo ali… Muito espaço branco, vazio, muitas curvas desnecessárias, muitos quilômetros percorridos para pouca densidade artística, afinal o objetivo da mostra é a comemoração de 30 bienais, 60 anos de arte da melhor qualidade. Qual o que. Nada disso se percebe na montagem e na curadoria desprovidas de excitação e sensualidade.
Que pena, tanto esforço para nada, ou quase nada.
Não é a Bienal do Vazio, é a Bienal do quase Vazio, impossível de ser elogiada, sorry…
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