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bomba atômica

O filme Oppenheimer é longo, pesado, difícil e muito bom. Poderia ter uma hora a menos? Talvez. Mas acho que vale a pena, é um daqueles filmes necessários. O personagem de Robert Oppenheimer está perfeito no ator irlandês Cillian Murphy, que eu já tinha amado na série Peaky Blinders.

Para mim que tenho interesse em ciência, e que já havia lido cerca de 10 anos atrás o livro “The making of the atomic bomb” escrito pelo ganhador do Pulitzer, Richard Rhodes, o filme foi um complemento perfeito!
São nada menos que 788 páginas fascinantes, a história do gênio humano e da física nuclear se confundem com a política do século XX, as perseguições nazistas aos judeus, a primeira e a segunda grande guerra, os prêmios Nobel.
Um esforço técnico/científico/político/logístico sem precedentes, algo que custou nos anos 40 dois bilhões de dólares ao governo dos E.U.A.
As questões morais colocadas, o esforço para terminar a guerra, a consciência pesada dos responsáveis pela criação da mais poderosa arma se confundem com o fascínio e o prazer intelectual da verificação prática de teorias altamente sofisticadas da desintegração atômica.
Sem dúvida um dos melhores livros que li. Tudo aquilo que aprendi nas aulas de física e química no colégio, mais um tanto que pude complementar na vida adulta voltaram à tona, simplesmente fascinante.
O autor deteve-se inclusive na vida pessoal dos protagonistas, nomes como Robert Oppenheimer, Enrico Fermi, Einstein, Nioels Bohr, Madame Curie, Heisenberg, Leo Szilard, Emilio Segrè, Egene Wigner, Edward Teller, e também na vida da comunidade de Los Alamos, onde centenas de cientistas, técnicos e suas famílias conviveram no período final da criação da bomba.
O horror de Hiroshima e Nagazaki não foi poupado, a descrição gráfica dos efeitos das bombas é de arrepiar, até hoje.
Raras vezes na vida consegui ler um livro deste tamanho e complexidade até o fim, valeu!!

é isso, por fernando stickel [ 8:56 ]

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