Visitei ontem a 29ª Bienal de São Paulo, vamos em primeiríssimo lugar às coisas boas:
O labirinto de Henrique Oliveira.
A sala de jantar de Ana Maria Maiolino.
A belíssima instalação de Eduardo Coimbra.
Você não precisa ser um expert em arquitetura para perceber a confusão…
Em relação à tristemente famosa 28ª mostra, a “Bienal do Vazio” não há comparação, o esforço de seu atual presidente Heitor Martins em “ressuscitá-la” é louvável, ainda assim, não gostei.
A arquitetura confusa, opressiva e mal iluminada simplesmente não flui.
A colocação das fichas técnicas desafia a lógica e a sua saúde, pois o esforço físico para encontrá-las acaba por exaurir as forças do visitante.
E, para variar, o excesso de salinhas escuras e quentes para vídeos, que não me dei ao trabalho de assistir.
É claro que existem trabalhos bons, e, se possível, uma polêmica, que foram os assassinatos de Gil Vicente.
Acontece que, na minha opinião, muito mais interessante que os mega-desenhos, é a pequena suite erótica que coloca Gil Vicente entre os melhores da mostra.
Óbviamente não deu para ver tudo, quiçá em uma segunda visita. Por enquanto sobrou sensação de falência das artes.
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