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coisas, coisas, coisas...
...desde janeiro de 2003

Encontrei no meu computador este meu texto, pré-blog, achei interessante…

COISAS DA SEMANA por Fernando Stickel 19/2/2000

“Eis a verdade!”
Andei lendo Nelson Rodrigues e reparei no uso frequente que ele faz dessa expressão.
Pensei em começar com “pois é,” mas acho que pois é, da maneira que está sendo dito hoje, pressupõe um certo torcer dos lábios. “Eis a verdade” é mais direto, não aceita rodeios nem caras e bocas, é meu estado de espírito, doa a quem doer.
Eis a verdade: Estou num buraco, numa situação meio esquisita, numa letargia, parálise, preguiça, inércia.
TORPOR: indiferença ou inércia moral. Desalento, esmorecimento, falta de ação, moleza.
Não que isto seja novidade, de jeito nenhum, conheço de longa data esta sensação. Apenas que desta vez está me incomodando mais. Como diz João Ubaldo nas páginas amarelas da Veja, o meu pequeno Fernando não sai do meu pé, cobrando, exigindo, reclamando ação, trabalho, iniciativa, criatividade.
Também essa semana foi de fuder. Meu carro me deixou na rua, não queria pegar, o outro carro, a minha querida Mercedes-Benz 500 SL 1986, a Polícia Federal quer levar embora por conta de problemas de documentação do primeiro dono. Os abajures da casa queimam misteriosamente, um atrás do outro, a esteira ergométrica foi ligada no 220, por uma distraçãozinha da empregada. Queimou tudo, puta preju. Essas coisas acontecem, mas não ajudaram em nada o meu já péssimo humor.
Aí a minha mulher teve a boa idéia de comprar entradas para o teatro pelo telefone, pra quem não sai de casa jamais até que foi um bom empurrão.

Primeiro programa: PAULO AUTRAN no Teatro Renaissance. Escrevo assim em maiúsculas porque ele merece. Uma hora de monólogo cativante, engraçado, emocionante. Saio alegre, acreditando na arte, na vida, na delícia de escrever, ouvir, representar, interpretar.

Segundo programa: Peça escrita por Antonio Ermírio de Morais, Brasil SOS ou qualquer coisa assim no Teatro da FAAP. Que sono! Que chatice! Que porre! Tudo muito correto, mas chato, chato, chato. Na saída, encontramos nossa amiga Karin Rodrigues, que faz o papel de Diretora do Hospital na peça, elogiamos muito seu colar…

Terceiro programa: Exposição de pinturas do BOI na Galeria Nara Roesler. Também com maiúsculas, porque maravilhosa. Nosso velho amigo José Carlos BOI Cezar Ferreira “at his best”, grande alegria!

Quarto programa: Ópera Cazas de Cazuza no Tom Brasil, dirigida por um tal de Pitta, também com esse nome…Minha mulher escolheu porque adora Cazuza, eu também gosto, bem… O espaço é idêntico ao Palace, ou seja, uma merda. Mesinhas mínimas, cadeirinhas mais mínimas, gente mínima, serviço mínimo e fumantes máximos, milhares deles se deleitando em produzir um ambiente de quinta categoria. People that came from strange zip codes, loiras fudidas, apertadas em jeans, homens de meia idade todos de preto, se achando o máximo, apesar da barriga e da careca.
O espetáculo?
Bem, o sentido da palavra afinação, para dizer o mínimo, foi assassinado, morto, sepultado e totalmente esquecido. Coitado do Cazuza, deve ter dado boas cambalhotas em seu caixão.

Quinto programa: Exposição múltipla no Centro Cultural Itaú. Essa então dá mais desânimo ainda de contar, afinal trata-se de um dos maiores orçamentos da América Latina. Bom, pra resumir, uns quinhentos curadores incompetentes selecionam, em torno de um tal “eixo curatorial” outros quinhentos jovens, desorientados, ambiciosos e preguiçosos com três ou quatro exceções, assim ditos “artistas”, afinal pra tirar foto sem foco e mandar ampliar só precisa ter um pouco de paitrocínio, para expor num prédio de quinta categoria (na Av. Paulista!) uma salada que eles curadores pensam justificar com textos absolutamente incompreensíveis e pretensiosos. Submetidos ( os textos) a um painel de “scholars” tenho certeza de que ninguém entenderia patavina. A quem será que eles pensam que enganam, deve ser a mesma turma que aplaude emocionada “Cazas de Cazuza”.

Sem mencionar a gripe que me pegou bem no meio da fumaça no Tom Brasil. Ah, sim! Que alegria! Na saída do Tom Brasil (saímos no meio do “espetáculo”) encontramos um congestionamento total,
a Vila Olímpia paralisada.
Legal, né?

é isso, por fernando stickel [ 12:54 ]

arbus1
A fotógrafa Diane Arbus com 45 anos de idade em 1968. Em 1971 ela cometeu suicidio.

é isso, por fernando stickel [ 8:49 ]

pereira11
Domingo cedo saí com meu amigo Miguel para uma volta com a Pagoda pela Estrada dos Romeiros.
Dia gostoso, fresco, com sol e bom asfalto, o cenário perfeito para uma máquina maravilhosa!

Em seguida uma turma de amantes dos carros antigos (e modernos…) se reuniu no bar da Praça Pereira Coutinho na Vila Nova Conceição, e não cansamos de admirar dois ícones, ambos construidos em 1970, o Jaguar EType e a Mercedes-Benz 280 SL, que voltou a funcionar perfeitamente!

Reparem as placas das Mercedes-Benz SLS AMG… sincronicidade na cabeça!!!

é isso, por fernando stickel [ 15:01 ]

O velhinho caminhava tranquilamente quando passa em frente a um prostíbulo.
Uma prostituta grita: “Oi, Vovô!, Por que não experimenta?”
O velhinho responde:
“Não, minha filha, já não posso!”
A prostituta: “Ânimo!!!! Venha, vamos tentar!!!”
O velhinho entra e funciona como um jovem de 25 anos, 3 vezes… e sem descanso!
“Puxa”, diz a prostituta, “E o senhor ainda dizia que já não pode mais?”
O velhinho responde:
“Aaahhh minha filha, transar eu posso, o que eu não posso é pagar!!!”

(Obrigado pela dica, Boczon!)

é isso, por fernando stickel [ 18:24 ]

ultimo-blog
Blog de papel…

Recebi hoje agradável surpresa pelo correio (sim, aquele troço que chega na tua casa em envelopes de papel).

Dentro do envelope o anunciado livro (sim, aquele troço retangular feito de papel e tinta) sobre a “blogosfera” do meu amigo Eduardo Lunardelli, dono do blog “Varal de Idéias” e vários outros blogs.

A obra responde por “o último blog e outras blogagens” assim mesmo em minúsculas, em edição do autor finamente impressa em papel polen.

Nós blogueiros, pioneiros e sobreviventes ao mesmo tempo, insistimos no nosso ofício, apesar da concorrência de Twitter, Facebook, Linkedin e outras cositas más, e o Eduardo conta um pouco sobre esta nossa insistência no ofício de blogueiro, são muitas histórias, que você pode saborear com o computador desligado, nesta delícia imortal, o LIVRO.
Aliás, o rapaz anda pródigo em produzir essas coisas em PAPEL, Setembro passado ganhei também dele um pequeno livro, POEMA [entre chaves].

Obrigado Eduardo!!!!!

é isso, por fernando stickel [ 18:03 ]


Sandra in Deutschland.

é isso, por fernando stickel [ 15:58 ]

ze
Outra razão para não sair de São Paulo no feriado é acompanhar a devolução do “coração” do motor da Mercedes-Benz 280SL ao seu devido lugar.
A bomba de injeção foi novamente revisada, e pelas hábeis mãos do Zé voltará a funcionar!!! Desta vez, tenho certeza, em definitivo!!!!

é isso, por fernando stickel [ 14:50 ]

6-anos
… e seis anos se passaram desde que, em um delicioso almoço de domingo, Sandra e eu celebramos nosso casamento em 12 Novembro 2006!!!
… e continuamos a celebrar em uma dúzia de anos juntos, cheios de amor, trabalho, prazer, crescimento, filhos, neto, Jimmy, viagens, arquiteturas, artes, esportes, terceiro setor, etc… etc… etc…

é isso, por fernando stickel [ 8:25 ]

Meu amigo Gabriel Borba, com incrível presteza, postou esse comentário, altamente esclarecedor:

A Cooperativa teve uma primeira gestão com diretoria formada por Ubirajara Ribeiro, Carlos Fajardo e eu mesmo. Funcionava no meu ateliê, Al. Lorena e tinha como secretária a Ushe.
Os trabalhos de gravação foram feitos no ateliê do Ubirajara Ribeiro, no Pacaembu se não me engano, e as assembleias no ateliê do Fajardo, na rua Pamplona.
A segunda gestão teve o Maurício Fridman, o Boi e mais alguém na diretoria (é preciso investigar melhor esta composição pois já não me lembro bem, por exemplo, do papel do Boi). Foi esta gestão que decidiu pelo espaço expositivo na Rua Joaquim Floriano 666 (logotipo do Julio Plaza) e pela publicação do periódico ABC Color.
A foto me foi enviada há tempos pelo Granato e nela está a Selma Dafre com uma interrogação e a Yolanda Bessa com o nome incompleto. A lista de cooperados está longe de ser completa. Sara Goldman, Carmela Gross e Marcelo Nitsche eram cooperados pelo que me lembro e, de memória, sinto falta dos nomes de Gerti Saruê, Feo Zanforlin, Gilberto Salvador, Lizarraga, Rafael França, Tomoshigue Kusuno, Mario Gruber (frequentou assembleia, não sei se era cooperado) e muitos, mas muitos outros.
Eramos uns oitenta, pelo menos uns cinquenta. A ação mais relevante a meu ver foi o lançamento do album “Desenho Como Instrumento”, na Pinacoteca. E a ocorrência mais pirada foi conhecida como a “Guerra das Gravuras”, envolvendo umas galerias da cidade.
Mas muito cuidado: estou esticando minha memória e o que expus serve apena como roteiro para pesquisa mais apurada e isto deve ser mencionado ao usar este meu texto. Há documentaçao sobre tudo e as cópias que ficaram comigo foram emprestada para Adalice Araujo e Jair Mendes de Curitiba e nunca devolvidos. Estes fatos são históricos e é muito apropriado que sejam levantados finalmente.
GB.

cooperativa
Fundada em 1979 em São Paulo, a Cooperativa dos Artistas Plásticos de São Paulo teve um espaço de exposições na R. Joaquim Floriano, e pouco mais se sabe, pesquisando a internet.
Seus membros, salve imperfeições:

Arnaldo Pappalardo
Carmela Gross
Carlos Alberto Fajardo
Cassio Michalany
Dudi Maia Rosa
Eli Bueno
Gabriel Borba
Gabriel Zellmeister
Gilda Vogt
Guto Lacaz
Ivald Granato
João Xavier
José Carlos BOI Cezar Ferreira
Julio Plaza
Leila Ferraz
Luis Paulo Baravelli
Marcelo Nitsche
Marcio Perigo
Mario Fiore
Mauricio Fridman
Mauricio Nogueira Lima
Newton Mesquita
Regina Silveira
Regina Vater
Ricardo Amadeo
Sacilotto
Sara Goldman
Selma Dafre
Sergio Fingerman
Tomie Ohtake
Ubirajara Ribeiro
Waldir Sarubbi
Yolanda Bessa

A confirmar:

Alex Fleming
Carlos Lemos
Claudio Tozzi
Emanoel Araujo
Gerty Saruê
Gilberto Salvador
Graciano
Gregório Gruber
León Ferrari
Lizárraga
Lothar Charoux
Mario Gruber
Megumi Yuasa
Nakakubo
Odair Magalhães
Odiléia Toscano
Rebolo
Rafael França
Renina Katz
Romildo Paiva
Samuel Szpigel
Tuneu

é isso, por fernando stickel [ 11:10 ]

cooperativa-ana
Sobre a Cooperativa dos Artistas Plásticos de São Paulo.
Descobri também que o acervo digitalizado do Estadão tem muito material a respeito, mas é preciso se cadastrar, vou fazer o cadastro e voltarei ao assunto…

é isso, por fernando stickel [ 8:25 ]

itaim
O Itaim vai se juntando com a Vila Olímpia em dezenas de prédios novos, alguns belíssimos, como é o caso do prédio na R. Leopoldo Couto de Magalhães Jr. 700, construido pela Método, de onde a foto panoramica foi tirada.
Alguém sabe quem é o arquiteto?

é isso, por fernando stickel [ 17:42 ]


Tenho a sensação que vou indo vida afora apesar de mim.
Quem me empurra é a minha história (quase) longa de vida, o acúmulo de coisas que geraram impulso positivo, aparentemente maior que a somatória das coisas que atrasaram a vida.
O saldo positivo bem ou mal continua a propelir meu esqueleto, gerando expectativa/cobrança/recompensa na minha mente/alma/coração.
Imagino que, isolado de tudo e de todos atingiria o Nirvana do ócio perfeito. Os músculos agradeceriam a ausência total do desejo, o esqueleto perderia a ânsia de se mover.
Bastaria tirar da frente a família, filhos, mulher e neto, trabalho, amigos, esportes, arte, fotografia, e otras cositas mas…
A principal dúvida é se o Jimmy Hendrix vai ou fica…

é isso, por fernando stickel [ 16:55 ]

flamboyant
Hoje em Quiririm, SP.

é isso, por fernando stickel [ 22:12 ]


A Saga do Exaustor Capítulo XIV

Instalaram o “novo” exaustor atrás da chaminé da Sociedade Hípica Paulista, esconderam-no um pouco melhor.
Com o barulho reduzido, a Diretoria em fim de mandato considera o problema resolvido.
Eu não concordo, pois apesar de reduzido em relação ao desastre que era, o barulho continua presente, mas isso será colocado para a nova Diretoria, a ser eleita na semana que vem.?

Acompanhe todos os capítulos da novela clicando aqui.

é isso, por fernando stickel [ 12:00 ]

café-com1
Com a simpática concordância dos organizadores da prova pudemos utilizar o Volvo XC 60 (veículo não histórico…) da patroa e participamos, meu filho Arthur navegador, e eu, piloto, do Rallye Café com Leite, quarta e última etapa do IV Campeonato Brasileiro de Regularidade para Veículos Históricos (CBR) que se realizou a partir do Hotel Serra Verde em Pouso Alto, MG, no sábado dia 3 de Novembro.

A organização desta etapa do campeonato ficou ao cargo do Alfa Romeo Clube e da Federação Brasileira de Veículos Antigos-FBVA, com a valiosa colaboração de várias pessoas, entre elas o meu amigo José Rodrigo Octavio.

A prova começou em Pouso Alto. De lá os participantes passaram por várias cidades mineiras e paulistas, entre elas Itamonte, Itanhandu, Passa Quatro, Rio Verde, Cruzeiro, Piquete e Itajubá. Nesta última foi servido o almoço, no restaurante do Clube Itajubense.

A volta se deu por Maria da Fé, onde os competidores visitaram o Centro Cultural da cidade. Dali, os antigomobilistas passaram por Cristina, Carmo de Minas e São Lourenço antes de retornarem à praça de Pouso Alto, onde os moradores puderam admirar os veículos.

totem1
Arthur e eu ficamos com o oitavo lugar na classificação geral, resultado excelente considerando que esta é a segunda vez que o Arthur participa de uma prova como navegador!


Zeramos 10 PC (posto de controle) em 51, quase 20% da prova 100% correta, fantástico!!

Na noite de sábado, 3/11, realizaram-se as premiações da prova local e do Campeonato.
Ganhei uma medalha por ter me inscrito no IV Campeonato Brasileiro de Regularidade para Veículos Históricos (CBR) 2012, promovido pela Federação Brasileira de Veículos Antigos-FBVA.
A lógica é que ao me inscrever, e ter participado de duas das quatro provas anuais, prestigiei o evento, é, faz sentido!

é isso, por fernando stickel [ 22:39 ]

volvo-xc601
Vencendo frustrações!
A idéia de um rallye para carros clássicos é que todos os veículos participantes tenham mais de 30 anos de idade, ocorre que com os carros clássicos recolhidos à força à garagem, fui obrigado a pedir emprestado o Volvo da patroa, para poder participar do Rallye Café com Leite, que se realiza a partrir do Hotel Serra Verde em pouso alto, MG, no sábado dia 3 de Novembro.
Meu filho Arthur, navegador, e eu, piloto, sairemos amanhã cedo de Sampa em direção a Minas, onde chegaremos na hora do almoço. À tarde haverá um curso de navegação.
Por especial deferência dos organizadores da prova poderemos participar do rallye, sem direito a pontuação, o importante é competir e treinar!

é isso, por fernando stickel [ 16:27 ]

automat
Em 1970 fui a New York com 22 anos de idade, sériamente intoxicado pelo vírus da ARTE, que havia adquirido no contato com Luis Paulo Baravelli no Cursinho Universitário, e nas aulas de desenho de observação de Frederico Nasser.

Lá um grupo de amigos artistas se encontrou, Dudi Maia Rosa, Frederico Nasser, Augusto Livio Malzoni, Baby Maia Rosa e eu.

Visitávamos os museus e galerias, conversavamos “non stop”, fascinados com o poder da ARTE que exalava da megalópole, e muitas vezes frequentavamos o restaurante self service “Automat” da Horn & Hardart da Rua 57, muito barato e sem atendentes, comprava-se o prato que ficava exposto em vitrines automáticas, colocando moedas.
Eu ficava fascinado com aquele lugar, principalmente pelas pessoas malucas e esquisitas que por lá ficavam, pois não havia ninguém para enxotá-las. Era inverno, e lá dentro era aquecido.

diane
Estas memórias voltaram avassaladoras pela leitura da biografia da fotógrafa Diane Arbus, falecida em 1971 aos 48 anos, por Patricia Bosworth, que exatamente nos anos 60 frequentava o submundo de New York, incluindo aí o Automat da 57 Street… mencionado diversas vezes livro afora.

é isso, por fernando stickel [ 9:02 ]

livro-vera
Fazer um livro é uma das coisas mais gostosas que conheço.
Já fiz vários, tanto de minha autoria quanto para terceiros. Com maior ou menor grau de participação, a excitação e o prazer de ver a coisa pronta é sempre igual.

O livro sobre o trabalho da artista plástica Vera Martins “Pintura por Desconstrução” é o projeto editorial mais ambicioso da Fundação Stickel até agora, iniciou-se como um simples registro do “Projeto Contrapartida”, foi evoluindo, incorporou vários textos, fotos, recebeu a colaboração de várias pessoas, sofreu inúmeras revisões do design gráfico, e ao final de longo processo de maturação acertamos parceria com a editora Terceiro Nome, o que acabou por fornecer ao livro um “acabamento editorial” que só uma editora ativa no mercado sabe proporcionar.

Com 108 páginas, bilíngue (português-inglês) foi impresso a 4 cores em 1500 exemplares.
Coordenação geral: Fernando Stickel / Fundação Stickel
Textos: Agnaldo Farias, Carlos Perrone, Jochen Dietrich, Vera Martins
Concepção e projeto gráfico: Iris Di Ciommo
Revisão: Cecilia Ramos
Versão para inglês: Patrick David Hall
Fotos das obras: Rômulo Fialdini
Fotos na alemanha: Jochen Dietrich
Editora Terceiro Nome: Mary Lou Paris

Escrevi a introdução do livro:

Alquimia Contemporânea

Ao conhecer Vera Martins você percebe que ela não se revela por inteiro, mas se constrói aos poucos. É necessário um tempo para se chegar à inteireza da artista.

Para melhor compreender a artista e sua obra, a Fundação Stickel colaborou com o Projeto Contrapartida de Vera, e agora oferece, nesta publicação, as ferramentas necessárias para se entender sua trajetória.

Vera trabalhou em várias frentes. Sua trajetória é interessantíssima e recentemente incluiu uma forma de “atletismo artístico”, o pleno uso do vigor físico na fatura artística… Vera, porém, não descuida de aspectos espirituais e místicos – pois, ao final das contas, onde está a alma da obra de arte? Essa talvez seja a pergunta principal que se coloca em seu trabalho.

Alquimistas (ainda os há hoje… ) e artistas plásticos trabalham de maneira similar, trancados em seus estúdios e laboratórios, destilando bem guardadas sabedorias, muitas vezes mantendo seu trabalho propositalmente escondido do mundo.

O curioso na Vera é que o resultado de seu trabalho caminha no sentido oposto ao dos alquimistas tradicionais, que agregavam em seu cadinho substâncias exóticas e preciosas, para delas depurar conhecimento, sabedoria e poder.

Vera, na solidão do estúdio, tomou um caminho avesso para obter a pedra filosofal.
Seu objetivo? Chegar ao elemento primordial da pintura, isolar e capturar sua alma, sua essência, despindo-se no processo de todas as substâncias, excessos e acessórios, físicos e mentais. Um caminho difícil e tortuoso, que se revela claro e luminoso ao final .

Quanto mais Vera Martins desconstrói sua obra, mais ela própria se constrói.

Fernando Stickel
Outubro de 2011

é isso, por fernando stickel [ 15:09 ]