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sociedade beneficente alemã

sba
Este é o “Stickel Heim”, pavilhão que meus pais doaram à Sociedade Beneficente Alemã SBA no Sesquicentenário da Imigração Alemã 1824-1974.
O projeto arquitetônico ficou a cargo do arquiteto Salvador Candia, em cujo escritório eu trabalhava na época. Sob a orientação do arquiteto Yasuhiro Aida, braço direito do Salvador, trabalhei bastante neste projeto.
São 12 quartos, sala de estar, copa e terraço para uso dos idosos que a SBA abriga.


Os dizeres da placa comemorativa, afixada no prédio:

Em homenagem à memória de nossos pais
Ernesto Diederichsen
Maria Elisa A. Diederichsen
Arthur Stickel
Erna H. Stickel
No ano comemorativo do Sesquicentenário da Imigração Alemã no Brasil, construimos esta casa.
Martha Diederichsen Stickel
Erico João Siriuba Stickel


Meu pai, Erico Stickel, na inauguração.


Eu, meu pai Erico, iris Di Ciommo, minha mãe Martha e o arquiteto Salvador Candia.


Meu pai assinava o “Käseblatt” apelido carinhoso com que a comunidade alemã se referia ao jornal em lingua alemã “Deutsche Zeitung”, que trouxe uma longa reportagem com fotos sobre a inauguração do “Stickel-Heim”.

é isso, por fernando stickel [ 20:06 ]

indiana e argos


Logotipos da Argos Industrial S.A. e da Fiação para Malharia indiana S.A. projetos dos anos 60-70 do designer gráfico Alexandre Wollner (1928-2018), considerado o pai do design moderno no Brasil. Wollner participou da fundação da primeira escola de design do país em 1962, a Escola Superior de Desenho Industrial do Rio de Janeiro – ESDI.

Sobre as empresas, no texto de 1959 “Os precursores do progresso do Brasil” de Eddie Augusto da Silva-Rubens Veras-Julio Ewigkeit, Editora Sociedade Brasileira de Expansão Comercial Ltda:

São múltiplos e notáveis os empreendimentos pessoais de ERNESTO DIEDERICHSEN. Em 1914 em sociedade com Luiz Trevisioli e Aleardo Borin, fundou uma fábrica de tecidos em Jundiai. Essa fábrica transformou-se no que é hoje a “Argos Industrial S/A” uma das mais pujantes organizações industriais do ramo. Acompanhado por alguns amigos ERNESTO DIEDERICHSEN fundou ainda a “S/A Fiação para Malharia Indiana”, o “Lanifício Argos S/A”, e adquiriu e ampliou a “S/A Cotonificio Adelina”.


Algumas marcas/logotipos projetados por Alexandre Wollner.


Um dos meus primeiros trabalhos gráficos foi criar os nomes para fibras especiais ALVIL e TEFIL, e as respectivas etiquetas.


Anúncio de revista.

é isso, por fernando stickel [ 14:12 ]

lili e a gripe espanhola


Lili, minha mãe Martha e meu tio Ernesto, anos 30, na casa da R. dos Franceses

Minha avó Lili – Maria Elisa Arens Diederichsen (1883-1973), foi uma sobrevivente da gripe espanhola de 1918.

Ela se curou da gripe, mas teve como sequela uma lesão no pulmão que muitos anos mais tarde se transformaria em enfisema, doença que acabou sendo a causa de sua morte aos 90 anos de idade.

Ela tinha 35 anos de idade quando foi infectada em São Paulo pelo H1N1, a pandemia infectou 500 milhões de pessoas, cerca de um quarto da população mundial na época, e vitimou entre 50 e 100 milhões de pessoas no planeta, as vítimas preponderantemente adultos jovens.

Dois anos mais tarde nasceu a caçula da família, minha mãe Martha em 1920. Lili teve uma vida excelente, suas sequelas não diminuíram em nada seu vigor e alegria de viver. Dois anos ates de falecer o enfisema se manifestou, e ela passou a ter sintomas de falta de ar.


Lili no navio, com meu pai Erico, eu e minha irmã Sylvia, anos 50


Lili com minha irmã Sylvia na Suíça, anos 50


Lili com 87 anos, na festa do meu noivado com Maria Alice Kalil, 1970


A ciência tem dados das epidemias e pandemias, as curvas e as precauções são as mesmas…

é isso, por fernando stickel [ 9:23 ]

cj. coral de câmara de s.paulo

klaus-dieter-wolff
À esquerda Klaus-Dieter Wolff, à direita Roberto Schnorrenberg.

A convite do meu primo Luiz Diederichsen Villares (Luisinho), ingressei no Conjunto Coral de Câmara de São Paulo onde cantei no naipe dos tenores de 1964 a 1969. O grupo coral amador era regido por Klaus-Dieter Wolff (1926-1974) dedicado a repertórios medievais, renascentistas, de música contemporânea e de autores brasileiros.

Eu morava com meus pais na R. dos Franceses na Bela Vista e ia a pé aos ensaios no Colégio Visconde de Porto Seguro na Praça Roosevelt, duas vezes por semana, à noite.
O grupo se apresentava em teatros, igrejas, na TV, na Semana Santa viajávamos sempre para Santos e lá nos apresentávamos em uma igreja, ocasionalmente haviam apresentações conjuntas com o Madrigal Ars Viva de Santos e o Collegium Musicum de São Paulo, sob regência de Roberto Schnorrenberg (1929-1983)
A maior glória foi uma destas apresentações conjuntas no Teatro Municipal de São Paulo, com a casa cheia, em 7/12/1968 com o Vespro della Beata Vergine de Claudio Monteverdi.

coral2
A emoção de se apresentar com orquestra sinfônica completa, quase cem vozes e casa cheia é indescritível.
Depois das apresentações o grupo terminava invariavelmente em uma pizzaria, com todos cantando e sendo aplaudidos pelos outros comensais.

Apresentação em Santos em 1964, Luisinho Villares e eu indicados nas setas.

Em 1964 a composição do coral era a seguinte:
Antonieta Moreira Leite
Eneide Gebara
Esther Lenhard
Helena Arato
Helenita Villares
Inês Peralva Costa
Isa Lea Marques
Jacyra P. de Carvalho
Joselina de Féo
Liselotte Schachtitz
Maria Aparecida Jorge
Maria A. Antunes da Costa
Maria Lucia Machado
Marisa de Oliveira Fonterrada
Myriam Chebel Labaki
Rosmarie Appy
Alfredo Alves
Arnaldo da Eira
Fernando D. Stickel
Humberto Egypto de Cerqueira
Jean Pierre Appy
José Maximo Ribeiro Sanches
Laudo Olavo Dalri
Luiz D. Villares
Michel Rabinovitch
Munir Bussamra
Ronald Rocabert Faccio
Sergio Benedetti
Victoriano Prieto Puentes


Ajudei a fazer esta arte final!

é isso, por fernando stickel [ 9:52 ]

projeto no arrozal


No início dos anos 70 eu estudava na FAUUSP, e meu primo Luiz Diederichsen Villares conversou comigo para fazer o projeto de uma casa na Praia do Arrozal em Ilhabela, SP

Propus para o arquiteto Marcos Acayaba, formado 4 anos na nossa frente, a execução do projeto em conjunto, que foi feito no escritório dele e concluido em 1973, ano em que me formei. A construção se deu em 1974 e 75.

A casa ficou muito bonita e funcional, com o corpo dos quartos separado do corpo social por um amplo terraço coberto. Utilizamos vigas enormes de madeira composta. Foi meu primeiro projeto construído!


Minha mãe Martha na obra.

é isso, por fernando stickel [ 23:34 ]

faleceu luisinho villares


Luiz Diederichsen Villares (Luisinho), meu primo-irmão e padrinho faleceu hoje aos 90 anos de idade em São Paulo. A foto do Luisinho, como todos o conheciam, é de minha autoria no aniversário de 89 anos da minha mãe Martha, 4 anos atrás,
Ele foi sempre um exemplo para mim como colecionador de extremo bom gosto, como responsável pelo design da marca Villares, pelas suas casas sempre lindas e arrumadas, com sua coleção de arte exposta com maestria, pela sua conexão visceral com a música clássica. Ele incentivou desde cedo a minha própria coleção de arte, me presenteando com uma magnífica tela de Maria Leontina e uma gravura de Serge Poliakoff.
Foi presidente da Fundação Bienal de São Paulo de 1980 a 1983, realizando as XVI e XVII Bienais de São Paulo.
Além das artes visuais Luisinho amava a música, e a conhecia como ninguém, quando eu tinha cerca de 15 ou 16 anos de idade nós cantávamos juntos no Conjunto Coral de Câmara de São Paulo, um período de convivência próxima e gostosa.
Uma informação interessantíssima sobre o Luisinho surgiu nas palavras de Lia Diskin, da Associação Palas Athena proferidas no velório.
Luisinho e seu amigo Marcos Ring iniciaram como voluntários nos anos 70 a construção da creche/escola Instituto Pandavas no Bairro dos Souzas em Monteiro Lobato, SP O curioso é que nem mesmo a família do falecido conhecia sua vertente filantrópica… Ele fazia o bem, e não contava pra ninguém…foi durante 20 anos voluntário do Centro de Valorização da Vida-CVV
Luisinho tinha sempre o melhor aperto de mão da praça, firme, forte, sólido, acompanhado do mais simpático sorriso… Deixa a viuva Raquel, os filhos Marcelo Claudia e Eduardo e netos.
Vá em paz Luisinho, faça uma linda viagem, com acompanhamento de Beethoven, Mozart, Olivier Messiaen, Berlioz e tantos outros compositores e músicos que você amava…

é isso, por fernando stickel [ 17:03 ]

tcc fia-ceats

Este é o meu Trabalho de Conclusão do Curso – TCC, na 5ª Turma do MBA em Gestão e Empreendedorismo Social na Fundação Instituto de Administração – FIA, Programa de Empreendedorismo Social e Terceiro Setor – CEATS 2009

AS FUNDAÇÕES FAMILIARES NO BRASIL, A MOTIVAÇÃO DOS INSTITUIDORES NO MOMENTO DA INSTITUIÇÃO, SUA EVOLUÇÃO
FERNANDO DIEDERICHSEN STICKEL
SÃO PAULO
2009

é isso, por fernando stickel [ 8:10 ]

aniversário martha


Minha mãe Martha Diederichsen Stickel completa hoje, 21 Fevereiro 2020, 93 anos de idade!!! Parabéns Mamãe!!! Suas fiéis escudeiras Tide e Ivani a ladeiam na foto.
A Fundação Stickel também comemora o aniversário de sua instituidora, que com seu marido e meu pai Erico João Siriuba Stickel a criaram em 1954.


Que Mamãe continue a navegar acompanhada dos quatro filhos, Fernando, Sylvia, Ana Maria e Roberto, quatro netos, Fernanda, Antonio, Joana e Arthur e cinco bisnetos, Samuel, Rodrigo, Ian, Noah e Pedro.


Anos 60, Martha com 30 e poucos anos…


Familia quase completa no Natal 2019.

é isso, por fernando stickel [ 9:57 ]

erico stickel


Encontrei na publicação “Quem é Quem no Brasil – Biografias Contemporâneas” Volume VI de 1961 o verbete alusivo ao meu pai.
A editora Sociedade Brasileira de Expansão Comercial Ltda se dedicava a traçar perfis de empreendedores e divulgar empresas.

STICKEL, Erico João Siriuba — Advogado e Industrial.

Nasceu a 3 de abril de 1920, em São Paulo (Capital). Filho do Sr. Arthur Stickel e de D. Erna Stickel.
Casado com D. Martha Diederichsen Stickel. Tem quatro filhos: Fernando, Sylvia, Ana Maria e Roberto.
Fêz seus estudos no Ginásio São Bento; Escola de Comércio “Alvares Penteado” e na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. É Oficial do Exército Brasileiro pelo CPOR; Diretor do grupo industrial S.A. Fiação para Malharia “Indiana”; S.A. Cotonifício Adelina; Argos Industrial S.A. e Lanificio Argos S.A.; Diretor do grupo Villares S.A. — Participações Industriais; Ibaté S.A. Agropecuária e Alduvi S A. Agrícola e Pecuária; Gerente Geral das firmas: Sociedade Agrícola e Comercial Siriuba Ltda.; Autogar Ltda. e Sociedade Hotel Toriba Ltda.; Presidente (instituidor) da Fundação Beneficente “Martha e Erico Stickel”, Presidente da Fundação “Visconde de Porto Seguro”; Vice-Presidente dos “Sanatorinhos” de Campos do Jordão; Conselheiro (vitalício e colaborador ativo) das Fundações: “Luiz Dumont Villares”, “Martius de Ciências, Artes e Letras” e “Instituto Hans Staden”. Pertence ao Jóquei Clube, e Automovel Clube de São Paulo; São Paulo F.C. e à Hípica Paulista.

Residência: Rua dos Franceses, 324 — Fone: 32-1160.
Escritorio: Largo do Ouvidor, 102 — 5.o andar — Fone: 32-5483 — S. Paulo.

Interessante a divulgação aberta de amplos dados pessoais, incluindo endereços e telefones, algo impensável no Brasil de hoje.

é isso, por fernando stickel [ 9:59 ]

ernestinho completa 98


Comemoração do aniversário de 98 anos do meu tio Ernesto George Diederichsen nascido em 6 Agosto 1921, em sua casa em Florianópolis.
Ernesto com os filhos Maria Cristina (Tim) e Arnaldo, no centro o neto Tomás.


Arnaldo, Maria Villares e Sandra Pierzchalski


Os irmãos Ernestinho, Martha e Leonor (1906-2006)


Ernestinho, sua cadela Buja, o neto Sereno e bisnetos.


Os irmãos Martha e Ernestinho.

é isso, por fernando stickel [ 9:49 ]

fundação stickel 1956


O ESTADO DE SÃO PAULO

DOMINGO, 18 DE MARÇO DE 1956

Nova entidade beneficente criada em Campos do Jordão

Rentemente foi criada em Campos do Jordão, encontrando-se já em pleno funcionamento, a Fundação Beneficente Erico e Martha Stickel, intituição de assistencia social, de carater particular, com a finalidade de proporcionar às familia pobres desta cidade, cujos salarios estejam em desacordo com o alto custo da vida, assistencia medico-dentaria, medicamentos, roupas, agasalhos, uniformes escolares, calçados, leite etc.
Funcionando em prédio proprio possui a Fundação consultorio medico, gabinete dentario, aparelho de raios X, farmacia, almoxarifado e sala para distribuição de leite, onde são atendidas, diariamente, 80 crianças; nestes varios departamentos, após verificadas as reais necessidades de cada familia, através de rigorosa sindicancia, cujas observações são anotadas nas fichas familiares, passam as mesmas a receber assistencia, de acordo com cada caso, inteiramente gratuita. Ainda nos casos em que os chefes dessas famílias, por motivo de doença, de acordo com parecer medico, fiquem impossibilitados de trabalhar, a instituição assiste-os também com alimentos, até que o enfermo, após ser convenientemente tratado e restabelecido, possa retornar ao trabalho.
Mantém ainda a Fundação um departamento de orientação educacional, onde, além de serem ministrados a essas familias ensinamentos de ordem moral e higienica e encaminhamento de crianças às escolas, são feitas preleções contra o alcoolismo, o jogo etc., e solução dos mais variados problemas de ordem familiar; todas as famílias assistidas por esta instituição, são ainda visitadas periodicamente, através do serviço de visitação mantido pela instituição.
Nessas visitas são também acompanhados os diversos aspectos da vida dos doentes que estão recebendo, assistencia medica, isto é, é feita a verificação se realmente estes estão seguindo o tratamento que lhes é indicado pelo medico.
Esta nova instituição, criada por iniciativa do dr. Erico Stickel, seu atual presidente e principal mantenedor, e sua esposa d. Martha Diederichsen Stickel, que transferiram bens de sua propriedade para patrimonio da Fundação na importancia de Cr$ 5.147.600,00, e que vem sendo dirigida, em Campos do Jordão, pelo rev. Osvaldo Alves, capelão evangelico nesta cidade, em apenas alguns meses de atividade já assistiu cerca de 2.600 pessoas.
Embora com manutenção propria, tem a Fundacão recebido a cooperação de varias firmas comerciais, instituições e particulares, através de valiosos donativos em espécie, o que tem permitido maior amplitude nos seus serviços de Assistencia Social.

é isso, por fernando stickel [ 9:33 ]

lili e filhos, 1934


Minha avó Maria Elisa (Lili) Arens Diederichsen (1883-1973), com meu tio Ernesto George Diederichsen, que completará 96 anos de idade no próximo dia 6 de Agosto, e minha mãe Martha Diederichsen Stickel, 90 anos de idade…
Esta foto tirada na casa da R. dos Franceses deve ser de cerca de 1934.

é isso, por fernando stickel [ 9:27 ]

martha 90!

A comemoração dos 90 anos da minha mãe!


Martha Diederichsen Stickel no dia do seu aniversário de 90 anos, com a anfitriã Sandra Pierzchalski.

Tudo começou um pouco antes…

Sandra foi convidada para um almoço da Bottega Veneta na Casa Jereissati em Setembro de 2016. Ficou encantada com a linda casa e seu jardim e pensou que poderíamos fazer uma festa lá.

Foi assim que iniciamos os preparativos das comemorações do aniversário de 90 anos da minha mãe Martha.

Encantado com a ideia liguei imediatamente pro Iguatemi para reservar a data. O aniversário no dia 21 Fevereiro 2017 cairia em uma terça-feira e como o ideal seria um almoço de sábado, poderíamos reservar dia 18 ou 25 Fevereiro 2017. Dia 25 seria sábado de Carnaval, então decidi pelo dia 18.

Descobri que a Casa Jereissati não era aberta para qualquer interessado, mas dirigida a grupos empresariais, acionei minha super secretária Miriam que convenceu-os e assim obtivemos uma pré-reserva para o dia 18.

Neste ponto escrevi aos meus irmãos no grupo de Whatsapp, relatando o contato com a Casa Jereissati e fazendo a proposta da festa, já com a pré-reserva e uma estimativa de valores, sugerindo que nós quatro assumíssemos integralmente os custos, fazendo uma festa surpresa para Mamãe.

Para minha surpresa meus irmãos não aprovaram a ideia, e a reserva na Casa Jereissati caducou. Uma das razões alegadas foi, nas palavras de uma das minhas irmãs, “Ela não gosta de surpresas”.

Muito bem, o tempo passou e em Novembro minhas irmãs foram à Casa da Fazenda do Morumbi e marcaram o almoço de aniversário para domingo, 19 Março 2017, com ciência da minha mãe.
Confesso que não achei a solução tão boa quanto a minha proposta original, na Casa Jereissati, e a Sandra sugeriu:
– Vamos fazer uma surpresa para ela na nossa casa, no dia do aniversário!
Achei a ideia fantástica e nos colocamos para organizar o almoço, desta vez totalmente SURPRESA! Mamãe não poderia saber de nada!

Sandra e eu preparamos tudo, descolamos uma lista das amigas mais íntimas da minha mãe, fizemos os convites e recomendamos que todos chegassem em casa às 12:30h, pois a estratégia para enganar minha mãe seria de dizer a ela que iríamos almoçar em um restaurante, e o motorista iria pegá-la em sua casa e levá-la ao restaurante. Alguma desculpa seria dada para passar primeiro pela minha casa…

E assim foi feito, ela chegou em casa sem saber de nada, com toda a família e as melhores amigas esperando por ela, foi o máximo! Ela simplesmente adorou!


Mamãe com os filhotes!


Vovó com os netos!


A mesa das amigas!


As comadres!


Sandra e eu temos o Jimmy e o Bolt, queridíssimos Jack Russell que são tratados como filhos e convivem conosco as 24 horas do dia.
Evidentemente estavam também presentes na festa da Vovó Martha!

O bolo do aniversário era uma linda torta Mille-feuilles da Confeitaria Dama, após o parabéns e apagar a vela ficou posicionado no canto do bufê, para que as pessoas se servissem confortavelmente. A seta mostra o ladrãozinho se posicionando…

Lá pelas tantas flagrei nossa simpaticíssima amiga Terezinha Aflalo prestes a empurrar generoso pedaço da torta rumo ao Jimmy e Bolt, estrategicamente colocados em baixo da torta! Gritei:
– Terezinha!!!!!
Ela me olhou assustada, mas interrompeu o arremesso da torta rumo aos gulosos.
– Não, não pode dar torta pros cachorros!
– Por que??!!
– Porque faz mal para eles.
Deixei os três contrariados, mas consegui interromper o arremesso… Jimmy e Bolt são extremamente gulosos e rápidos, mas esse tipo excesso gera enormes complicações posteriores…

é isso, por fernando stickel [ 17:25 ]

ernestinho faz 95!!!

ernesto
Meu tio Ernesto George Diederichsen completa hoje, 6 Agosto 2016, 95 anos de idade!!!!
Parabéns tio Ernestinho!!

é isso, por fernando stickel [ 13:48 ]

fernando stickel na folha de são paulo

f s paulo
O jornalista Toni Sciarretta do caderno “Morar” do jornal Folha de São Paulo do último domingo, 17 Abril 2016, me entrevistou sobre a minha experência como morador da Vila Olímpia.
Conversamos também sobre a série de fotos que realizei no bairro em 2003-2005, que acabaram por gerar a exposição “Vila Olímpia” na Pinacoteca do Estado de São Paulo em 2006, com curadoria de Diógenes Moura, e lançamento simultâneo do livro “Vila Olímpia” pela Editora Terceiro Nome.
A minha foto na matéria é da Raquel Cunha.

ENTREVISTA FERNANDO STICKEL

Vila Olímpia foi dos inferninhos aos arranha-céus

Fotógrafo registrou detalhes do dia a dia do bairro em que vive desde 1986 e reuniu as imagens em livro e em mostra na Pinacoteca.

RAIO X
NOME Fernando Diederichsen Stickel

IDADE 67

FORMAÇÃO Arquitetura na FAUUSP

OCUPAÇÃO Presidente da Fundação Stickel de oficina de artes na periferia e autor do blog “aqui tem coisa”

Artista plástico, fotógrafo, blogueiro e agora executivo do terceiro setor, o arquiteto Fernando Stickel, 67, vive na Vila Olímpia há 30 anos, época em que o bairro ficava submerso nas águas do córrego Uberaba, onde hoje fica a avenida Hélio Pellegrino. Pelas lentes de Stickel e pelo bairro, retratado no blog “aqui tem coisa”, iniciado em 2003, passaram diferentes tribos: motoqueiros dos anos 1990, inferninhos “de quinta categoria” dos anos 2000 e agora executivos dos prédios espelhados e estudantes do Insper e da Anhembi Morumbi.
Stickel, que nos anos 1990 manteve um loft e ateliê de 2.000 m² até se render à especulação imobiliária local, chegou fotografar os prédios espelhados que surgiam na região, mas não gostou do resultado. Preferiu retratar detalhes de fachadas, tapumes de prédios em construção, portas e janelas do bairro. O trabalho motivou uma exposição na Pinacoteca e virou o livro “Vila Olímpia” em 2006 (ed. Terceiro Nome).
Leia trechos da entrevista feita na Fundação Stickel, instituição sem fins lucrativos que faz trabalhos na Vila Nova Cachoeirinha e na Vila Brasilândia (zona norte).

Folha – Como era a Vila Olímpia quando você chegou?
Fernando Stickel – Estou no bairro desde 1986. Construí um loft na rua Ribeirão Claro com a Fiandeiras –era meu estúdio e residência. A Vila Olímpia era um bairro pobre. A Hélio Pellegrino era um córrego imundo com uma favela. Quando chovia, a água subia mais de um metro.
O bairro inteiro tinha tecnologias diferentes para conviver com as enchentes: escadinha, rampa… Eu tinha um portão com gaxeta de borracha, que virava uma comporta para barrar a água.
Foi assim até que veio a obra que canalizou o córrego. Em seguida, saiu a nova Faria Lima. Aí o bairro explodiu.
E a sua história de fotógrafo?
Minha história de fotógrafo começa em 2003, quando montei o blog “aqui tem coisa”. Falava do meu filho, minha mulher, meu cachorro e do bairro. Ainda não tinha máquina digital. Comprei e saí fotografando como doido. Participava do Fotolog, um serviço de blog de fotografia que acabou de morrer. Fui formando uma visão das ruas do bairro que acabou gerando três anos depois a mostra na Pinacoteca e o livro.
A máquina fotográfica tem a mesma característica de um pincel –mas, no lugar de tinta e pincel, tem uma máquina. A visão é de artista plástico. Tanto que muitas pessoas falavam que era uma pintura.

O que as fotos mostram que não existe mais?
Tem tapume, fachada, janela, porta, portão; algumas coisas ainda lembro onde estão, outras foram embora há décadas. Era um bairro de casinhas, oficinas mecânicas, borracheiros, botequinhos, papelaria, mercadinho de bairro. O que era um barzinho de esquina, hoje virou um restaurante de quilo.
Esses bares da esquina da Quatá e Nova Cidade começaram na fase áurea dos motoqueiros. Aqui era “point” dos motoqueiros. Depois vieram os inferninhos. Eram boates de quinta categoria.

Onde estão esses moradores?
O borracheiro foi embora; não cabe mais aqui. O mercadinho foi comprado ou fechou. E assim tudo foi se modificando. Um dia vem o mercado imobiliário e toca a sua campainha. Ligavam todos os dias: eram corretores, incorporadores…
Não adianta lutar contra, então vamos fazer da melhor forma possível. Vendi o terreno para uma sinagoga, que ficou linda. Pelo menos, não foi um predião.

Os moradores da Vila Olímpia foram organizados e tiveram voz no desenvolvimento do bairro, como ocorreu no Itaim, onde a população ajudou a conservar o patrimônio histórico?
Sim. O cidadão, quando pode, se organiza e põe o dedo na ferida. Qual é o valor disso? Existe, mas o poder econômico é maior. Na minha visão, o poder público é totalmente omisso –não regulamenta, não fiscaliza e é vendido. O resultado é essa cidade completamente desestruturada e carente de infraestrutura.

Você tentou fotografar os prédios espelhados?
Quando comecei, achava que também iria fotografar os espelhados”¦ Tentei, mas não faz minha cabeça. Outros fotógrafos vão fazer mil vezes melhor, provavelmente não tiram a foto do detalhe como eu. Até porque esse tipo de detalhe está sumindo.

O que seria o detalhe dos prédios espelhados? A grama amendoim do paisagismo?
É tudo muito igual. Talvez você vá achar pessoas interessantes que passam na frente desses prédios.

Você tem nostalgia daquela Vila Olímpia?
Minha nostalgia não vai para dez anos atrás. Vai para o Guarujá dos anos 1950, onde eu cresci. Não tenho saudade do tempo dos botecos, era infernal! Demorava 45 minutos para andar dois quarteirões. Depois, assim como veio, também foi embora.
Hoje diria que é um bairro tranquilo. Faço tudo o que preciso a pé. Andei durante muito tempo de moto até que tive um acidente. Tentei andar de bicicleta, mas fui atropelado por um motoboy, ainda antes da ciclovia.
Almoço com os estudantes e executivos. Essa mistura é excelente. Vi na Vila Olímpia uma transformação não só de cidade mas também de vida. E acho ótimo que vá embora essa minha vizinha [aponta para o sobradinho em frente, com placa de “vende-se”], que mandou derrubar uma árvore linda porque sujava a casa dela. (TONI SCIARRETTA)

Veja aqui o artigo “Fotógrafo registra em livro detalhes do dia a dia do bairro em que vive desde 1986” on line.

EM TEMPO: Recebi esta mensagem, acompanhada da foto da pintura, muito interessante e simpática!
“Olá Fernando
Estava viajando e não vi seu email. Então, esse é o quadro que minha mãe pintou baseado na foto do seu livro “Vila Olímpia”. Ela tb pintou mais dois que devem estar com a família.
Vou procurar saber para te enviar tb. O nome dela é Therezinha Fontes, já faleceu há dois anos, dei pra ela o seu livro de presente justamente por causa das fotos.
Espero que vc goste do resultado.
Um abraço
Cristina Teresa Fontes”

pintora

é isso, por fernando stickel [ 14:31 ]

wikipedia fundação stickel

wiki
A minha equipe fez um trabalho incrível de destrinchar as instruções e encontrar o caminho correto para criar na WIKIPEDIA a página da Fundação Stickel.
Se alguém que me lê já tentou, sabe do que estou falando, cada letra digitada tem que estar em acordo com dezenas de menus e sub-menus…
Só alguém com extrema objetividade e paciência para chegar lá, desnecessário dizer que ajuda muito se for jovem, caso da Ana Luisa e do Marcio… Parabéns para os dois!
Registrar, documentar e manter viva a história de um indivíduo, família ou instituição não é tarefa simples, eu luto há muitos e muitos anos para encontrar informações do período pioneiro da Fundação, 1946-1976. Não encontrei até hoje, infelizmente, uma única foto deste período, o pouco que encontrei foi em arquivos da própria Fundação e da família.
Continuo procurando!
Quem puder ajude, envie o que descobriu para Fernando Diederichsen Stickel, e-mail fernando@fundacaostickel.org.br

é isso, por fernando stickel [ 8:48 ]

fora dilma!!!!

martha
Orgulho da minha mãe Martha Diederichsen Stickel, 89 anos de idade.
Olha ela aí de casaco verde hoje, 13/3/2016, na Av. Paulista!!!
Ela e mais seis amigas se juntaram e foram protestar contra o esta porcaria de governo falido de Dona Dilma e seus petralhas incompetentes, mentirosos e corruptos.

Hoje foi um dia lindo, de altíssimo astral, voltei a ter confiança no Brasil!!!

#foradilma #forapt #foralula

é isso, por fernando stickel [ 23:43 ]

martha e seus irmãos


Minha mãe Martha completa 89 anos em 21 Fevereiro 2016!


Eu e ela, ela e eu.


Loli e Samuel.


Arthur e Vovó.

martha e irmãos
Neste dia fiz questão de de fotografar minha mãe Martha Diederichsen Stickel com a turma dos mais “experientes”… Ela os trata carinhosamente de ‘segundos irmãos’, pois eles são na verdade seus sobrinhos, filhos de sua irmã Leonor Diederichsen Villares (1906-2006), que era 20 anos mais velha, daí que a diferença de idade era mínima, e terem crescido quase como irmãos.

Da esq. para a direita, Paulo, Maria, Joanninha, Martha, Elisa e Luisinho. Joaninha é na verdade prima, mas acumula a função de melhor amiga…

O único irmão vivo de minha mãe, Ernesto George Diederichsen, está com 94 anos, boa saúde e vive em Florianópolis, infelizmente não pode estar na comemoração.

martha e filhos
Agora a foto com filhos, netos e bisneto.
Da esq. para a direita, no sofá: Meu neto Samuel no meu colo, Ana Maria, Martha, Sylvia e Roberto.
Sentados no chão, Joana, Antonio e Arthur.
Faltaram a minha filha Fernanda, que estava trabalhando, e os bisnetos recém nascidos Ian e Rodrigo.

é isso, por fernando stickel [ 16:58 ]