aqui no aqui tem coisa encontram-se
coisas, coisas, coisas...
...desde janeiro de 2003

Cris Mie aquarelando, na minha aula de desenho de observação.

é isso, por fernando stickel [ 19:34 ]

Detalhe de um trabalho novo.

é isso, por fernando stickel [ 17:31 ]

Ilhabela, Praia do Curral, por volta de 1984. Da esquerda para a direita, Fernanda Stickel, Antonio Stickel, Maria Prata.

é isso, por fernando stickel [ 9:35 ]

No dia da mentira, estou pensando em dizer umas verdades.
No dia em que este blog completa dois meses e um dia de vida, estava eu pensando sobre minhas razões para fazer um blog.
Vocês se lembram da cena do imperdível filme “A Festa de Babette” em que o General, arrumando-se para o jantar em frente ao espelho diz, pensativamente:
“Vanity, all is vanity”
ou seja,
“Vaidade, tudo é vaidade”.
Pois é, acho que tudo começa com a vaidade.
Depois vem a liberdade, autenticidade, curiosidade, contatos, humor, excitação, mistério, obsessão, poesia, arte, culinária, política, beleza, precisão, paranóia, elegancia, saudade, tecnologia, DIVERSIDADE, inteligência, máquinas, gratificação, história, links, muitos links.

é isso, por fernando stickel [ 14:27 ]

Linda manhã de sol, com mais um poema do Paulo Mendes Campos, do livro Alhos e Bugalhos:

Coisas deleitáveis
Arrancar os sapatos depois do baile;
andar descalço em relva úmida;
sombra de árvore;
passarinho colorido quando pousa perto da gente;
mudar para apartamento maior;
flores;
dormir cansado;
banho de cachoeira antes do almoço;
achar dinheiro;
varanda de fazenda;
o sorriso de Ingrid Bergman;
janela para o mar…

é isso, por fernando stickel [ 8:50 ]

No meio da bruma São Paulo acorda, e nada melhor para começar a semana do que esta pérola:

ACORRENTADOS de Paulo Mendes Campos, do livro “O Anjo Bêbado”, Editora Sabiá – Rio de Janeiro, 1969.

Quem coleciona selos para o filho do amigo; quem acorda de madrugada e estremece no desgosto de si mesmo ao lembrar que há muitos anos feriu a quem amava; quem chora no cinema ao ver o reencontro de pai e filho; quem segura sem temor uma lagartixa e lhe faz com os dedos uma carícia; quem se detém no caminho para ver melhor a flor silvestre; quem se ri das próprias rugas; quem decide aplicar-se ao estudo de uma língua morta depois de um fracasso sentimental; quem procura na cidade os traços da cidade que passou; quem se deixa tocar pelo símbolo da porta fechada; quem costura roupa para os lázaros; quem envia bonecas às filhas dos lázaros; quem diz a uma visita pouco familiar: Meu pai só gostava desta cadeira; quem manda livros aos presidiários; quem se comove ao ver passar de cabeça branca aquele ou aquela, mestre ou mestra, que foi a fera do colégio; quem escolhe na venda verdura fresca para o canário; quem se lembra todos os dias do amigo morto; quem jamais negligencia os ritos da amizade; quem guarda, se lhe deram de presente, o isqueiro que não mais funciona; quem, não tendo o hábito de beber, liga o telefone internacional no segundo uísque a fim de conversar com amigo ou amiga; quem coleciona pedras, garrafas e galhos ressequidos; quem passa mais de dez minutos a fazer mágicas para as crianças; quem guarda as cartas do noivado com uma fita; quem sabe construir uma boa fogueira; quem entra em delicado transe diante dos velhos troncos, dos musgos e dos liquens; quem procura decifrar no desenho da madeira o hieróglifo da existência; quem não se acanha de achar o pôr-do-sol uma perfeição; quem se desata em sorriso à visão de uma cascata; quem leva a sério os transatlânticos que passam; quem visita sozinho os lugares onde já foi feliz ou infeliz; quem de repente liberta os pássaros do viveiro; quem sente pena da pessoa amada e não sabe explicar o motivo; quem julga adivinhar o pensamento do cavalo; todos eles são presidiários da ternura e andarão por toda a parte acorrentados, atados aos pequenos amores da armadilha terrestre.

é isso, por fernando stickel [ 10:46 ]

Página do catálogo do José Carlos BOI Cezar Ferreira na exposição “2 metros e 1 página”, promovida pela Cooperativa dos Artistas Plásticos de São Paulo, Abril 1980.

é isso, por fernando stickel [ 17:32 ]

Almocei com a minha lebre no quilo da esquina, a R$ 10,00 cada. Honesto. Em seguida um bom espresso acompanhado de um Partagas D4. Pronto. Meia hora no sofá e estou pronto para trabalhar.

é isso, por fernando stickel [ 17:31 ]

Coisas do estúdio.

é isso, por fernando stickel [ 1:16 ]

O mau-gosto não conhece limites.
Em plena Av. Helio Pellegrino, esquina da R. Nova Cidade na Vila Olímpia, este out-door clama para ser destruído por algum play-boy mais afoito em sua máquina.
Já enviei reclamação ao CONAR, vamos ver se adianta alguma coisa.

é isso, por fernando stickel [ 13:57 ]

Olhando este meu desenho de 1971 me pergunto se é realmente necessário muito mais do que lápis, papel, máquina fotográfica e um cérebro pensante.

é isso, por fernando stickel [ 11:13 ]

Minha amiga Cassia Gonçalves me enviou este delicioso poema de Fernando Pessoa:

Temos, todos que vivemos,
Uma vida que é vivida
E outra vida que é pensada
E a única vida que temos
É essa que é dividida
Entre a verdadeira e a errada.

é isso, por fernando stickel [ 19:39 ]

Esta foto foi tirada pelo meu falecido amigo e colega arquiteto Leslie Joseph Murray Gattegno, na Bienal de São Paulo,1969. Estou observando as pinturas do artista canadense Greg Curnoe, 1936 – 1992.

é isso, por fernando stickel [ 18:40 ]

Sem direção.

é isso, por fernando stickel [ 18:09 ]

Coisas no estúdio.

é isso, por fernando stickel [ 0:42 ]

Recém-nascido poema da Ledusha:

Espreito sobre a pedra do meu peito:
Inerte feito lagarta
Pisco sem horário fixo
Assim como virgulo à esmo
Com agudez de flecha espicho
A lépida língua ambígua e fisgo
Tudo que se arrisca a musgo ou visco
E desse ponto de vista vesgo, misto
Visto de outras vozes
Tudo que se chama
Chispa, nesga, caco, cisco
Pensam que de versar fiquei extrema:
Papo pro-lixo!
Pinço a brisa, lambo a pista
Sem fricotes poucas vezes desvario
Desprego a peça, pago o fisco
Quase nunca é só no coração que arde
O verso arisco

é isso, por fernando stickel [ 10:21 ]

Na mega-exposição Documenta de Kassel, realizada no ano passado na Alemanha, Cildo Meirelles apresentou um picolé da mais pura água, com o título DISAPPEARING / DISAPPEARED ELEMENT.
Estes picolés eram vendidos a 1 Euro cada em diversos carrinhos de sorvete espalhados por todos os locais da exposição.

é isso, por fernando stickel [ 1:25 ]

Fiz este desenho comemorando os 80 anos do meu pai, Erico João Siriuba Stickel em 3 Abril 2000.

é isso, por fernando stickel [ 14:29 ]