MINEIRICES (no Rio de Janeiro)
O mineirim tava no Ridijanêro, abismado cas praia, pé discarço, sem camisa, aquele carção samba canção forgado, sem cueca.
Os cariocas zombano, contano piada di minero.
Alheio a tudo, o mineirim olhou pro marzão e num se güentô: correu a toda vilocidade e deu um mergúio, deu cambaióta, pegou jacaré e tudo o mais.
Quando saiu, o carção de ticido finim tava transparente e grudadim na pele.
Tudu mundo na praia tava oiano pro tamanho do pinguelo que mineirim tinha.
O bicho ia até pertim do juêio.
A turma nunca tinha visto coisa igual.
As muié c’um sorrisão, os homi roxo dinveja, só tinham olhos pro bixo.
O mineirim intão percebeu a situação, ficou todo invergonhado e gritou:
– Qui qui foi, uai?! Seus bobãum… vão dizê qui quando oceis pula n’água fria, o pintim dôceis num incóie?!